quarta-feira, 3 de março de 2010

A filha de Prestes


O Prof. Felipe Silva, tem sido um grande companheiro. Suas mensagens constantes têm aberto a possibilidade de criarmos neste espaço, discussões muito interessantes.
Coloco agora um comentário dele, seguido de uma carta da filha de Luiz Carlos Prestes. É ler e opinar.
Abraços.


Eu nunca fui "stalinista", sou contra o dito "Socialismo de Caserna". Como combinar igualdade social, justiça social com liberdade é uma grande questão para o século XXI. Sem igualdade social não há democracia. Os países que mais se aproximam deste ideal são os nórdicos, Dinamarca, Suécia, Noruega etc. Mas estes países capitalistas e sociais democratas exploram outros, suas empresas transnacionais exploram operárias e operários dos paises periféricos. É preciso mudar o modo de destruição capitalista, a natureza não suporta mais o consumismo destruidor. As pessoas de esquerda têm medo de assumir as idéias socialistas e ficam gerenciando a miséria com políticas sócio-neoliberais... bolsas disto, bolsas daquilo... Pleno Emprego?? Horror!
Silva.
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UM BELO EXEMPLO DE DIGNIDADE REVOLUCIONÁRIA.


Carta de Anita Leocádia Prestes ao Jornal " O Globo "



À Redação de “O Globo”
RJ, 13/01/2010





Tendo em vista matéria publicada em “O Globo” de hoje (p.4), intitulada “Comissão aprovará novas indenizações” e na qualidade de filha de Luiz Carlos Prestes e Olga Benario Prestes, devo esclarecer o seguinte:

Luiz Carlos Prestes sempre se opôs à sua reintegração no Exército brasileiro, tendo duas vezes se demitido e uma vez sido expulso do mesmo. Também nunca aceitou receber qualquer indenização governamental; assim, recusou pensão que lhe fora concedida pelo então prefeito do Rio de Janeiro, Sr. Saturnino Braga.

A reintegração do meu pai ao Exército no posto de coronel e a concessão de pensão à família constitui, portanto, um desrespeito à sua vontade e à sua memória. Por essa razão, recusei a parte de sua pensão que me caberia.

Da mesma forma, não considerei justo receber a indenização de cem mil reais que me foi concedida pela Comissão de Anistia, quantia que doei publicamente ao Instituto Nacional do Câncer.

Considerando o direito, que a legislação brasileira me confere, de defesa da memória do meu pai, espero que esta carta seja publicada com o mesmo destaque da matéria referida.

Atenciosamente,

Anita Leocádia Prestes

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