quarta-feira, 30 de junho de 2021

O mago e o super pedido

 

Quando o dia de hoje surgiu, com o friozinho de início de inverno, apresentou um sol diferente. Talvez a alertar para a surpresa do final da tarde. A apresentação do Super Pedido de Impeachment por diversos parlamentares e entidades. 

De manhã eu ainda não sabia da história vergonhosa do US$ 1 por dose de vacina.  Só sabia do escandaloso superfaturamento da COVAXIN. Também havia a expectativa do depoimento do empresário Carlos Martins (Wizard) na CPI da COVID. Depoimento aliás que foi vergonhoso, seja pelo silêncio forçado e covarde do depoente, seja pela defesa descabida dos governistas a tentar encontrar no mesmo uma porção de boa vontade por aceitar o “desafio” de ajudar no Ministério da Saúde.

O mórmon Wizard, que acrescentou esse estranho sobrenome por representar sua empresa de então (o curso de línguas Wizard), chegou fazendo citações bíblicas e se colocando como grande altruísta e cristão.  Patético.

Em português, a tradução de seu nome é algo como “mago”.  Talvez porque foi usando magia que conseguiu uma fortuna de R$ 2,1 bilhões segundo a Forbes. A escola de idiomas WIZARD, que virou rede de franquias, passou a compor um grande grupo de educação que Carlos batizou de Grupo Multi, mais tarde vendido a um grupo britânico, o Pearson.  Hoje, ele é proprietário da Sforza, empresa de gestão de investimentos, do KFC, Mundo Verde, Pizza Hut entre outras.

O fato é que junto ao “velho da Havan” e outras figuras simpáticas ao governo, o cara realmente deu seus pitacos no Ministério da saúde e pode sim ter participado do tal “gabinete paralelo”. Como quem cala consente, ele não negou.

Diversos vídeos eram mostrados enquanto ele repetia roboticamente, após cada pergunta, que iria “usar o direito de ficar calado”.  Num dos vídeos, Carlos Wizard ri ao comentar que pessoas morreram em Porto Feliz, no interior de São Paulo, por ficarem em casa e não utilizarem os medicamentos preventivos.  Isso mesmo, aqueles que todo mundo conhece e que comprovadamente não fazem nenhum efeito contra o vírus, mas pelo contrário, complicam em muito a saúde de quem os utilizou indiscriminadamente.

Mas o ponto alto do dia, anunciado pelo sol da manhã, foi sem dúvida a reunião de deputados, juntando no mesmo microfone, Gleisi Hoffmann do PT e Joyce Hasselmann, ex-líder do governo Bolsonaro, além de outros tantos que misturaram direita, esquerda e centro, para apresentarem um pedido de Impeachment ao presidente da Câmara dos Deputados. Mais de 120 pedidos foram reunidos em um só e Lira não poderá fingir-se de morto.

Esse é o fim da saga do pior presidente desse país, que termina seus dias com gigantescos casos de corrupção. 

Para arrematar, no próximo sábado dia 3 de julho, brasileiros de toda parte sairão novamente às ruas, em plena pandemia, para dar o empurrão final para fora do Planalto.

Quem viver verá.

terça-feira, 29 de junho de 2021

Sobre vacinas

Enquanto o Brasil ostenta a vergonhosa posição de 64º no ranking de vacinação global, tem gente postando nas redes sociais que estamos em 4º lugar porque considera apenas o número de doses de vacinas aplicadas.

É preciso lembrar que há uma proporcionalidade com o número de habitantes do país.

Estamos com menos de 12% da população vacinada e isso é sim ridículo.


Tem gente escolhendo entre uma vacina e outra, com medo de reações ou por preferir dose única. Nessa altura do campeonato, o mais acertado seria aceitar, de bate pronto, a vacina disponível.

No entanto há uma grande virgula. O saber de que houve, concretamente, esforços e conluios variados, com participação do Governo Federal para a compra de vacinas superfaturadas.

A única vacina que não quero em meu braço são as superfaturadas.


Nem todo atleta tem a mente arejada, oxigenada.

A ex-jogadora da Seleção Brasileira de Vôlei, Fernanda Venturini, passou vergonha após um comentário irresponsável e de mal exemplo que fez ao tomar a vacina contra a COVID.

"Estou tomando a Pfizer porque é a menos pior.  E só estou tomando porque quero viajar para o exterior, mas sou contra a vacina".  Ou algo assim. Fala digna de seu "mito".

Desserviço foi a palavra que mais ouviu em resposta a essa besteira que fez aos 50 anos de idade, quando a gente deve sim dar exemplos, ainda mais sendo uma figura pública.

Lamentável.  

Vidas importam. Ou não?

 Não eu "não passo pano" para bandidos, muito menos para assassinos ou estupradores.  De jeito nenhum.

Mas também não acho normal quando alguém toma lugar naquelas execuções horríveis nos Estados Unidos, onde prisioneiros são levados para a cadeira elétrica.

Como pode alguém imaginar que aquilo é justiça?  Ficar vendo um cidadão fritar e se contorcer de dor e aflição e sentir-se bem com isso.  Essas pessoas estariam ainda vivendo sob a regra do "olho por olho"?

Sem dúvidas quem comemorou ou postou fotos e comentários felizes quanto a prisão e morte do tal Lázaro deve estar muito doente d'alma.  Ainda fui obrigado a ouvir de alguns, no meu próprio perfil, que eu estava defendendo porque não tinha sido minha família ferida por ele. Argumento típico, aliás, de quem não tem um.

Ora, repito, não estou defendendo o cara.  Óbvio que devia ser preso e mais óbvio ainda que durante a resistência seria atingido por um ou mais tiros.  Cheguei até a apostar que isso aconteceria.  Afinal, 20 dias fazendo policiais do Estado inteiro de bobos, não seria recebido a flores.

Mas daí a comemorar coloca a pessoa que o faz naquelas plateias de antigamente onde gladiadores se pegavam até a morte para servir de diversão a um público sedento de sangue.  Sim, quem comemora uma morte, seja ela qual for é tão sanguinário quanto aquele que derramou sangue alheio, motivo pelo qual deveria ser preso, julgado e pagar pelos seus crimes.

É difícil tentar expor um pensamento.  Não raramente as pessoas leem o que querem, não o que está escrito e daí saem a disparar agressões desnecessárias e contraditórias com a própria fé que professam nas suas igrejas aos domingos.  

Cristãos que celebram a morte ou a tortura, que pregam a liberação de armas ou coisas parecidas, devem repensar seu conceito de fé.

Como diria Odorico, apenasmente isso.


domingo, 27 de junho de 2021

O dia 3 está próximo.

 

Eu me lembro de momentos valiosos da história em que eu estava presente de corpo e alma.  Como em março de 84, em pleno aniversário da cidade, eu com 16 anos participando no grande comício em Rio Preto pelas Eleições Diretas na Praça D. José Marcondes. Ou em 1992, marchando pelas ruas do Centro, com os carapintadas, para exigir o impeachment de Fernando Collor.  E ainda me lembro, com orgulho maior, de minha participação na famosa Marcha dos 100 mil em Brasília em 1999, onde várias entidades, sindicatos e partidos políticos foram protestar contra os planos privatistas de FHC.

Nessa última, minha idade era 31 anos. Poderia me dizer ainda bem jovem.

É disso que quero falar.  Da juventude.  Da graça, da força, da garra, da coragem, da disposição e da ausência de conflitos internos que movem e dão vigor aos passos e gritos de garotas e garotos que sempre estiveram à frente de alguma mudança.

Não que eu esteja velho, menos ainda cansado.  Mas de maneira consciente deposito minha esperança nessa galera. Não me faltam coragem, ou disposição, mas me curvo diante da força e do viço de quem verdadeiramente pode tomar pra si o controle do mundo.

Sim rapazes e moças.  Está aí, ao alcance de vossos punhos que se encontram cerrados, o timão dessa nação.  Tomem pra si o que lhes é negado.  O que lhes foi tirado.  Chacoalhem as estruturas.  Baguncem o coreto.  Definam sua prioridade e avancem até onde forem capazes.

Mas o façam sem perder o que há de mais precioso no espírito juvenil.  A paixão, o amor, a solidariedade, o sentimento de igualdade que só vocês conservam ainda originais.

Não há contradição no destemor com amar, em se fazer uma revolução com sentimento fraterno.  Na verdade esse é o espírito que embala uma mudança real. 

Os velhos, como eu, pesam muitas coisas na balança.  Titubeiam entre tocar suas vidas pessoais ou fazer parte integral nas lutas. Deixam se levar pelo rancor, pelos conceitos, pela posse da razão e da verdade. Por isso nós devemos ficar na retaguarda.  A comissão de frente, são vocês.  Nos representem, nos encham de honra e de inveja. Juntem-se, gritem, exijam.  Isso já foi feito antes quando éramos especiais como vocês. 

Se não conservamos, nos perdoem. Não percam o foco nos culpando agora. 

Nem culpando aqueles que, de maneira equivocada e totalmente cega, trouxeram a esse país, com sua incapacidade de avaliação concreta, a névoa sombria e tóxica do nazi fascismo, que conseguiu espaço sequestrando outras manifestações e agora insiste em ficar para sempre enquanto apodrece o ar por onde passa.

Enquanto os culpamos, não os ganhamos, não os convencemos.  Eles foram instrumentos de nossos inimigos, mas agora são tão vítimas como qualquer outro. “Deixem que os mortos enterrem seus mortos” enquanto lutamos pelo evidente melhor do mundo.

Estejam abertos para ampliar.

Não liguem para a cor das bandeiras.  Que seja colorida a busca pela democracia plena, pelo progressismo, pela esperança. 

Esquerda, direita, centro... juntos são Brasil e é do país todo o sentimento sufocante causado pelo que está posto.  Depois de dissipada a praga, que se façam então outras brigas, outras disputas.  Mas nesse momento, a urgência, o vital, o fundamental é dar fim a esse governo.

Estarei entre vocês.  De corpo, alma e coração.  Só que o protagonismo necessariamente passa pelas vossas mãos úteis e essenciais.  Avante camaradas!

sábado, 12 de junho de 2021

O que não me sai da lembrança, segue por herança

O pai de minha mãe, um português apaixonado pelo Brasil, dentre tantas de suas belas histórias, contou-me certa vez uma passagem que nunca me abandonou.
Ainda garoto, foi retirado de dentro de sua casa com um irmão e uma irmã e levado até um paiol que ficava nos fundos da propriedade. 
Feito de madeira, o paiol permitia, por entre frestas, enxergar a casa e a movimentação por lá.
Vô Antunes não entendeu quando a mulher, que deles cuidava, passou a levar mantimentos nesse lugar e a deixá-los trancados o tempo todo e por dias.
No entanto, em dado momento viu chegando pessoas diferentes e que retiraram da casa dois "embrulhos de lençol" grandes o suficiente para conter um ser humano em cada um.
Só mais tarde meu avô descobriu que ali saíram seu pai e sua mãe para serem enterrados.
Ele não se despediu dos pais.  Não deu tempo.  A gripe espanhola, avassaladora, os havia matado.
Meu avô e seu irmão, foram levados à casa de um tio, ali mesmo em Leiria, onde viveu por alguns anos.  A irmã, ele nunca soube do paradeiro.
Histórias como essas devem ter sido comuns no início do século 20, quando a pandemia nascida nos Estados Unidos assolou o mundo.
O que eu jamais poderia imaginar é que teria para contar aos meus netos, quando os tiver grandes o bastante para ouvirem o relato, que eu mesmo e seus pais passaríamos por algo semelhante.
Estamos há dois anos inteiros confinados, de certo modo, andando nas ruas com máscaras a proteger nossos rostos.  Sem poder abraçar, dar as mãos ou ver o sorriso na cara de alguém.
E o pior, contar nossos mortos diariamente e aos borbotões.
Lastimar a partida precoce que também separa famílias, amores e vidas cheias de sonhos e esperanças por realizar. 
Contar, já sem muito espanto, somas que superam estádios de futebol lotados, aviões inteiros em queda ou edifícios repletos de gente arrebatada e seguir adiante como se a vida estivesse normal. Insensibilidade ou costume? De qualquer modo, sinistro.
E não parece acabar.  Não se vislumbra o final, porque apesar dessa tragédia sem controle, aos brasileiros ainda cabe coisa pior.  Vivemos sob a égide de um projeto "maligno" que impede a reação.  Um louco empoderado por malucos, cercado de insanos que com ele governam, parece celebrar de jet-ski, moto ou a pé, sorrindo ou "tirando sarro", cada novo sepulcro aberto.
Enquanto isso, jovens desmotivados se emburram de tristeza e desconsolo por verem seus estudos atrasados, perspectivas adiadas.  Crianças presas sem parques, brincadeiras de rodas ou o que o valha. Pais e mães de família se subjugando em filas intermináveis por migalhas a restituir-lhes o que mais de 800 mil empresas fechadas acabaram por tirar-lhes.  A renda.
Esse é o cenário tétrico e histórico que vou relatar à minha descendência.  Mas claro, ainda não acabou.  Ainda não é tudo.
Sabe-se lá o que mais está por vir.
No último final de semana, a COVID que já tinha visitado parentes e amigos próximos, chegou enfim à minha casa.  Pessoas de meu convívio diário e por fim eu próprio.
Por enquanto muito desconforto em alguns sintomas até leves.  Mas um certo receio dos altos e baixos que essa doença traz consigo.  Os surpreendentes desdobramentos até que passe por completo nos intranquilizam.  O medo que antes era de ser contaminado, dobra agora quando é o de contaminar a quem amamos.
E pensar que tudo poderia ter sido evitado, diminuído caso 81 mensagens não tivessem sido desprezadas pelo tirano.  Caso o país que sempre foi ícone no controle de suas endemias e doenças, tivesse tido a sorte de um governo a prestigiar a ciência com verbas ou dotações.
Mas não.  Um cara que sequer se dignou a uma palavra de conforto à sua gente.  Que jamais visitou um hospital, tendo sido ele mesmo eleito por gente que acreditou numa facada duvidosa que ameaçou sua vida, enquanto jamais usou da mesma solidariedade com esse mesmo povo.
Ao convalescer eu devia apenas descansar, mas não.  Essa minha revolta só faz crescer. E claro, isso não faz bem a mim. Mas fazer o que?
Resta-me levar esse espírito de inquietude e indignação aos filhos dos meus filhos com as minhas  narrativas de avô, que se não tão fatídicas como a do meu, serão trágicas o suficiente para acompanhá-los pelas suas vidas afora como ocorreu comigo.

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Lar, doce lar

 

Quase 500 dias se passaram desde que entramos em quarentena por conta da expansão violenta da COVID 19.

Março do ano passado foi quando muitos de nós começamos a deixar os escritórios e passamos a desempenhar, a partir de nossas casas, o que é conhecido por trabalho home.

Aparentemente houve uma imediata adaptação de muita gente e mais ainda de muitas empresas que aprenderam a confiar nos seus funcionários e a controlá-los das mais diversas formas, mesmo a distância.

Na verdade o Brasil do início do novo século já era o terceiro país do mundo em que o home-office mais crescia.

Hoje, não só reuniões de trabalho, mas reuniões de clubes de serviços, sindicatos, associações de bairros, encontros de família e até celebrações religiosas já se fazem por meio remoto.  E essa inovação e prática, antecipadas à forceps pelo afastamento necessário, devem permanecer, em muitos casos, bem depois que a pandemia passar.

Para desempenhar bem suas funções, sem deixar a desejar, o trabalhador em casa precisa seguir alguns critérios.

Desde meados dos anos 90s que, principalmente redes de franquias, começaram a oferecer modalidades home-based para prestadores de serviços ou pequenos representantes comerciais. E traziam consigo um tipo de manual de procedimentos.

As exigências eram então o que se pode recomendar sem medo, mesmo agora.  Um cômodo ou aposento dedicado, com chave para que crianças, visitantes e outras pessoas não entrem de repente a bagunçar ou fazer barulho.  Boa internet, telefone exclusivo, se possível um ar condicionado que permite deixar os vidros fechados a fim de que sons de cachorro latindo, panelas e crianças a brincar não interfiram no diálogo com clientes. Boa iluminação, cadeira e mesa confortáveis e um bom equipamento de informática.

A esses detalhes eu ainda acrescentaria uma certa disciplina.  Há tendência de trabalhar além ou aquem da conta, pois com o escritório dentro de casa, telefonemas e contatos ocorrem a todo horário e não raramente, pode-se deixar para executar tarefas mais chatas em horários alternativos.

Por consequência, família desprezada e abandonada há apenas alguns metros de distância.

Mas o contrário também é fato.  Acordar mais tarde, demorar-se no banho, fazer uma longa sesta, ver o noticiário, receber a visita daquele parente sem compromisso, buscar crianças, fazer compras etc.

O corretíssimo é estabelecer um horário comercial mesmo em casa e não desviar-se da agenda.  E também evitar o excesso de conforto, como roupas relaxadas, cerveja sobre a mesa e por aí vai.  Isso só faz distrair e quebrar, internamente, a seriedade e o comprometimento.

Final da história, menos produtividade, mais insatisfação de todos os lados. O que poderia ser ótimo, fica regular e pode até desmotivar bons profissionais e promover o arrependimento de patrões.

Comportamento é importante sim. O mundo tem assistido o inusitado, desde tribunais até reuniões executivas, em que pessoas despreparadas ou sem noção,  exibem cenários esquisitos ao fundo, enquanto participam de áudios-conferências.

Já se viu até um advogado tomando banho em plena audiência, um político só de cuecas e outro cheirando uma calcinha.  Sem falar no famoso caso do advogado ou promotor com cara de gato. Hilário e trágico de uma só vez.

Seres descabelados, camas desarrumadas e outras imagens ruins, tem feito parte de um bom número desses encontros virtuais. Falta de um mínimo de respeito e atenção.

É sustentável e vantajoso trabalhar em casa.  Ganha-se tempo que era perdido no trânsito, economiza-se dinheiro com comida na rua, transporte e roupas.  Enquanto isso, a empresa evita muitos pontos e aluguéis, economizando, ainda que ajude nas despesas de energia e internet de seus funcionários nas suas residências.

Enfim, parece mesmo um caminho sem volta.

O importante é pegar firme.  Dá pra se trabalhar para outros e para empreender a partir de sua sala ou pequeno escritório doméstico.  Mas você tem que se esforçar para não cair nas tentações.

Nada de despertar sem cuidar de si e do ambiente. 

Arrumar a cama, se barbear e pentear os cabelos, vestir-se de acordo, ainda denotam respeito a clientes, colegas e chefes. Além disso, estabelece um ritual que define seu papel como profissional naquele período específico, mesmo no lar. Inclusive serve como recado para familiares ou convivas do ambiente, que saberão entender e respeitar aqueles momentos.

Uma dica importante também é aprender a lidar com os equipamentos e aplicativos disponíveis para reuniões e outras tarefas. Facilita, agiliza e evita os micos mencionados antes.

Ah e atenção, a venda de produtos é outra grande fazedora de novos e bem sucedidos profissionais.  Não faltam alternativas. Se você está desempregado, eis aqui uma chance.

Não vou me aprofundar na questão que versa sobre direitos trabalhistas, relacionamento interpessoal e convivência (socialização) entre colegas de trabalho.  É uma discussão bem ampla.  Mas ninguém deve deixar de pagar ou receber o que é devido.  Nem tampouco exagerar ou minimizar esforços ou o tempo de trabalho. O que muda é apenas o local, mas não a relação empregatícia. 

No caso de autônomos, a economia de trabalhar home, em boa parte das vezes é maior que a perda por não estar nas ruas, acredite.

Se você está preocupado, ou preocupada com o que fazer ou procurar, ou mesmo com o que criar, pense nisso tudo.  O trabalho home é ideal para os perídos atuais e pós pandemia, tanto para quem quer um emprego, quanto para quem quer empreender. Principalmente se for criar um novo negócio, não despreze essa séria e grande tendência dos tempos modernos.


Texto postado no DLNEWS - 09/06/2021

ERROS E ACERTOS EM GESTÃO

 

Depois de sofrer um ano e meio de devastação nos negócios, fazer uma autocrítica e avaliar o que aconteceu “de verdade” pode ser muito valioso para o futuro.

Essa análise não pode ser descuidada e nem viciada.  Nesse caso a melhor forma de poder classificar erros e acertos é saindo de “dentro da caixinha” para uma visão ampliada.

Como disse Einstein: “Nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo estado de consciência que o criou.  É preciso ir mais longe”. Então, o ideal é afastar-se e olhar para o conjunto.

Em primeiro lugar vamos separar duas questões.  A pandemia e a crise natural da empresa.

A pandemia, contribuiu sobremaneira para o fechamento de muitas empresas no Brasil.  Estima-se que mais de 800 mil encerraram suas atividades, até agora, em consequência direta ou indireta da crise Econômica gerada por ela. Mas a despeito do cenário atual, as empresas continuamente enfrentam problemas internos, oriundos principalmente da má gestão ou de erros ocasionais, que contribuem para seu enfraquecimento e morte. E é sobre isso que trato aqui, sem negligenciar os efeitos devastadores da COVID.  Mas vale lembrar que a Economia oscila sempre, mesmo quando não existem fatores como pandemias ocorrendo. Administrar com competência e se aproveitando das lições vivenciadas ao longo da gestão, faz toda a diferença nesse enfrentamento.

Para elencar desses erros, destaco que muitos deles se apresentam disfarçados e podem passar sem serem percebidos.

Um deles, por exemplo, é o excesso de confiança dos gestores, que é quando se acredita que tudo está bem e que nada de mal pode acontecer se continuarem sendo aplicadas as mesmas estratégias de sempre.

Outra falha grave é não estabelecer metas progressivas e mais audaciosas.  Quando estamos faturando e “pagando as contas”, temos a falsa impressão de que está tudo bem.  Mas sem um orçamento que mostre o crescimento das despesas e custos, não nos damos conta da consequente necessidade de aumentar as metas de produção e vendas gradativa e continuamente.

Ficar voltado para dentro de si mesmo, é outro entrave no crescimento e segurança do negócio.  Há que se perceber as mudanças do mercado, as tendências de produtos e serviços mais viáveis e principalmente, o clamor dos clientes. Tem empresas que se esquecem dos clientes, achando que eles simplesmente vão continuar comprando e usando os seus serviços, independentemente de quando ou como são atendidos.

Mas aqui vai o principal equívoco, segundo apurei, para que uma empresa perca posição e agonize mesmo depois de estar em uma confortável posição.  Desprezar os sinais contínuos, pequenos e simbólicos.  Reclamações de clientes, insatisfação e alta rotatividade de colaboradores, aumento da inadimplência dos devedores, a não análise de custos ao se investir, comprar ou negociar e a falta de planejamento (pensar) do gestor.

Esses sinais ocorrem o tempo todo e por isso é preciso aos gestores não desprezá-los, tratando-os com atenção. Uma prática que administradores precisam manter é a de pensar, pensar e pensar sempre, praticar essa arte, principalmente antes de comprar, vender, contratar, demitir e mesmo criar qualquer coisa.

Todos já vimos microempresas que, ao crescer de repente, logo saem do jogo.  E por quê?  Por não se atentarem a esses sinais logo que se iniciam. Não se criaram estratagemas e métodos como se deve fazer em um jogo de xadrez.  Fica-se muito preocupado com grandes e novos problemas como concorrência, ampliação, posição no cenário e não se nota o tabuleiro se movimentando rápido. Estabelece-se um novo foco no crescimento, em detrimento aos cuidados habituais. Há uma máxima bem clara sobre isso.  “Ninguém tropeça em montanhas.  A gente cai por não perceber as pequenas pedras pelo caminho”.  E essas pedras são esses sinais.

Um gestor eficaz, não desperdiça qualquer indício. Ele observa os detalhes. Além disso é em circunstâncias assim que se apresenta como líder.  Motiva e dá exemplos.

Quando temos funcionários que acreditam estar dando seu máximo, então estamos mal servidos.  Pessoas comprometidas sabem que nunca conseguem dar seu máximo.  Estão sempre buscando melhorar.

Quantas vezes você viu sua equipe buscando, por conta própria, informações para uma melhor formação, treinamentos para ampliar a performance?  E você, os incentiva e favorece essa possibilidade?

E o exemplo?  Como gestor você é o primeiro a chegar, o último a ir embora?  Está sempre lendo algo novo e promovendo reuniões engrandecedoras?  Ou deixa tudo nas mãos de gerentes e outras lideranças?  Devia saber que os chefes são admirados (quando bons) e isso faz com que os funcionários comentem suas falas a noite em casa, pois aprenderam algo importante no trabalho, naquele dia e desejam partilhar com a família. Ao contrário sentem desprezo ao verem um líder fraco, preguiçoso, vaidoso, arrogante ou que simplesmente exige mas não faz, não mostra e não dá exemplos. Geralmente esses funcionários trocam seu emprego por qualquer outro, pois não estão só atrás de salário, mas da segurança que um bom administrador inspira.

Um verdadeiro líder, quase não precisa mandar.  Suas boas ideias sendo apregoadas mostram o caminho.  Além disso, sua presença constante na empresa já é suficiente para ganhar, de todos, o comprometimento.

Repetindo. Um gestor admirado inspira. Ao desejar e projetar o crescimento da empresa, gera lucros para todos à sua volta e assim muitos quererão trabalhar ao seu lado por confiar e crer num futuro promissor.

Seja criativo, dedicado, faça o que prega, promova a confiança e o reconhecimento.  Se torne uma grife e será copiado e temido pelos concorrentes e adversários.  Líderes que vivem querendo provar que estão certos afastam, mas quando ouvem seu grupo com humildade, geram afeição e motivação.  Seja atento às ideias boas. O mar é grandioso, pois colocando-se a níveis abaixo dos rios, recebe desses as águas que compõem sua grandeza.

Veja.  A culpa de todas as mazelas, não é apenas da gestão.  Mas passa obrigatoriamente por ela.  Seja um gestor diferenciado e dificultará a queda nos resultados. Seja atento aos pequenos sinais e não caia naqueles erros disfarçados.

Por fim, não se pode deixar de ousar.  Evitar maus resultados é indispensável.  Mas se quiser manter a empresa em um nível de vida razoável e promissor diante de crises, não basta se manter. Devemos também querer crescer.  E crescer é um verbo que sucede o arriscar. Mas isso é uma outra conversa.


Texto Publicado DLNEWS - 02/06/2021

PEQUENOS GRANDES COMENTÁRIOS

 CIDADE DO INTERIOR PAULISTA CAMPEÃ EM MORTES POR 100 MIL HABITANTES

Após ficar conhecida como a cidade brasileira que lidera o ranking nacional de mortes por cada 100 mil habitantes, São José do Rio Preto permanece com tudo funcionando, enquanto cidades vizinhas se organizam para mini fechamentos que promovem mais controle contra a disseminação da doença.

Parece incrível que as autoridades locais, antes tão preocupadas, tenham "largado mão" do problema, pressionadas pelo comércio local e outras forças.

Hoje é de cerca de 10 horas a espera média de atendimento de pacientes em postos de atendimento especializados em COVID em Rio Preto.


QUANTO TEMPO DURA A IMUNIZAÇÃO DA VACINA CONTRA COVID?

Ainda com dúvidas sobre o tempo que dura a imunização após o contágio ou a vacinação contra o coronavirus, fatos registrados demonstram que pode haver um perigo escondido por trás da demora na vacinação de toda a população.  Quando os últimos estiverem se vacinando, os primeiros vacinados já podem estar novamente com risco de contágio.

Vereador de Rio Preto que contraiu COVID em setembro do ano passado acaba de testar positivo pela segunda vez.  

Fica claro que a demora na aquisição de vacinas e de imunização geral da população são fatores que contribuirão muito para o número de mortos e por isso, os culpados precisam ser responsabilizados sim.

DOS MESMOS AUTORES DE BRASIL ACIMA DE TUDO E A TERRA É PLANA, SURGE AGORA O VOTO IMPRESSO.

Não há limites para o retrocesso no Brasil.  Em pleno século 21, enquanto o mundo vive a realidade da expansão internacional do comércio, o presidente é eleito sob o slogan do Brasil Acima de Tudo, não como ardor patriótico, mas como legítimo instrumento de fechamento de fronteiras e promotor do péssimo relacionamento com outras nações.

A defesa de certas coisas tidas como "medievais" também foi vista por aqui, sobretudo nos seguidores do tresloucado Olavo de Carvalho, um homem nitidamente com problemas que dentre tantas insanidades já acusou a Pespi de ser adoçada com fetos de crianças abortadas.

Agora, os defensores do indefensável governo do atraso querem trazer de volta o voto impresso.  Vale lembrar que o Brasil é tido como a nação em que o sistema eleitoral é o mais avançado.  O próprio presidente foi eleito pelo voto eletrônico.  A decisão favorável ao voto impresso, parece ter a ver com o controle de currais eleitorais, onde se poderia comprovar a fidelidade de eleitores de cabresto.


Brasil da Esperança, Rio Preto da Esperança.

É na eleição municipal que a democracia fica mais evidente, pois é nas cidades que os cidadãos de um país podem se manifestar de maneira mai...