terça-feira, 6 de junho de 2023

E por que não ele?

 

Imagem tirada do site do Tribunal Superior Eleitoral

É de Leonel Brizola, grande figura de nossa política, a frase: 

“Divididos, seremos sempre degraus para a direita subir”.


Não por não ser nova, mas sobretudo por ser certa, essa frase ganha imperativos no cenário político de Rio Preto a cada novo pleito.

O episódio que encenamos nas eleições de 2020, claro que sabido, seria justamente isso.  E foi.

Embora tenhamos usado os microfones de vários cantos diferentes, falando e denunciando o que era preciso, não conseguimos triunfar, seja em número de votos, seja em cadeiras do legislativo, quase sempre bem mais importante que a própria Prefeitura.

Por certo o cenário era outro. Uma eleição pedagógica, cheguei a pensar.  Diante da pandemia, do avanço da campanha virtual, da nova legislação a proibir o abuso, parecia não haver barreiras para candidatos mais simples, menos apadrinhados.  Afinal as distâncias entre os mais financiados e os menos robustos de verba ficaria encurtada. Ou deveria ter ficado.

Ledo engano. 

Potencializando e impulsionando postagens, muitas vezes sem verdade e escrúpulos, alguns candidatos “do lado de lá” aproveitaram a onda das fake News incentivadas por um governo despudorado e surfaram à vontade.

Só que nem é disso que estou a tratar.  Desejo focar é no ato da irresponsável partição entre possíveis aliados que, ao contrário, deviam é ter se colocado todos num mesmo “balaio” a unir suas militâncias ressonantes de uma discórdia que nem existe. E não existe mesmo, basta participar de um ato público para sentir sua unidade.

E agora mesmo, enquanto escrevo essas linhas, fico a assistir outros que lançam suas campanhas antecipadas sem respeito às normas legais, a costurar grupos gigantes com promessas de alianças promissoras e já deixar ver o que será colocado no palco quando tudo começar de fato.

Ah, me digam companheiros e camaradas se vamos ficar aqui chupando os dedos ou dando milho aos pombos enquanto essa gente derrotada na última eleição federal reconstrói seus acampamentos?

Não e claro que não.  E nem vamos ficar esperando um “mahatma” (messias está proibido) a liderar-nos. Não vai brotar ninguém de nossos círculos sociais, das comunidades ou dos movimentos a empunhar a espada da vitória.

O que temos, temos e é o bastante.  Tem história, tem estofo, tem garra, tem coragem, tem vontade, tem luz e tem a nós, militância aguerrida, consciente e forjada nas lutas.

Não é hora de inventar a roda, mas de realmente entendermos que se demorarmos, mais uma vez, será tarde demais.

Eu até imaginei que poderia respirar fundo.  Refletir mais.  Falar com meu grupo, com o outro grupo.  Ouvir tendências, apelos... qual nada. Hoje está claro para mim.

Como sempre é cada um correndo atrás do prejuízo.  E por isso e justamente por isso, nós não podemos esperar mais.

Espero do fundo do meu coração que eu não tenha que ser mais explicito, mais direto.  Temos candidato a prefeito.  Nos falta uma bela chapa de valorosas cidadãs e cidadãos para o legislativo e o resto a gente costura, alinhava e defende depois.

Gosto de jiló.

É bem essa a realidade.

Vale muito mais começar do zero absoluto, que manter algo que não dê prazer, alegria ou esperança de melhora.
Mais sensato apartar-se do que incomoda, entristece, enfraquece ou causa irritabilidade, do que garantir a comodidade das coisas como são. Só porque são como são.
Perde-se no primeiro instante, mas ganha-se no tempo.
Toda dor é superada, senão esquecida. Toda saudade, se bem regada a vinho e música, se torna luxo.
As glórias dos dias idos, não garantem e não prometem virórias e grandezas no futuro. Mas são boas memórias e nada mais além disso.
Novas conquistas, já ao contrário, são glamorosas, inquietantes, desafiantes e animam. Dão tanto sabor à vida, que nem se adoece e nem de dormir se tem vontade.
Ainda que sem jeito, sem recurso ou sem promessas, arriscar e ir pro novo, sempre, energiza a alma. E se o medo aparecer, que se vá com medo e tudo.
Até porque, no final, vencendo ou perdendo, tudo volta a ser memória de novo e coisas novas, serão necessárias.
Sou assim...
Duro é conseguir me entender, se nem eu mesmo me entendo.
Gostar de recomeçar, de mudar, de desbravar... Só não é pior que gostar de jiló, que também gosto de montão.

Brasil da Esperança, Rio Preto da Esperança.

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