segunda-feira, 5 de julho de 2021

O GRANDE PRESENTE

 

Quase sempre insatisfeitos com os rumos das nossas vidas e com a maneira de encarar o dia a dia e suas inúmeras adversidades, planejamos com regularidade o momento da grande virada.

Sim, alguns só ficam nos planos.  Mas é bom ficarmos alertas, pois a vida de quando em quando nos apresenta sinais e oportunidades para as grandes tacadas do destino.

Geralmente é assim a cada ano novo, a cada aniversário, mas principalmente no início de cada nova década de nossas próprias idades.

Por conta da maioridade, muitos jovens não veem a hora de completar os 18 anos para darem rumo ao seu futuro e iniciarem uma série de projetos.  Depois, caminham para os 21 quando chega a maioridade absoluta. Depois a cada dez anos, passam a preparar seus grandes saltos pessoais.

Comigo não foi diferente.

Aos 18 anos tirei minha habilitação para dirigir e servi o exército. Aos 21 parei de me aventurar e passei a namorar sério. Também tirei a credencial para exercer minha profissão. Aos 30 marquei a data do casamento que ocorreu no ano seguinte.  Aos 40, embora atrapalhado no início por um Acidente Vascular Cerebral, no final do mesmo ano, assumi uma nova função e emprego que mudou os rumos de minha vida e me proporcionou começar uma jornada incrível tanto profissional como pessoal.

Daí então, esperei com grande expectativa a chegada dos 50 anos como a acreditar que as coisas alcançariam ali, o seu ponto alto. Acreditei mesmo naquele discurso da “melhor idade”. A fase da sabedoria.

Almejava por liberdade, por descobertas, aprendizado e por usufruir mais da vida. Não bagunçar, mas viver, entende? Fazer o que não tinha feito, experimentar sensações e emoções inéditas. E como poderia?  Casado e sempre muito preocupado com a família, dono de empresa com sócio, funcionários e parceiros de negócios aos borbotões.  Envolvido numa série de compromissos o tempo todo e me engajando cada vez mais até o pescoço em situações e compromissos financeiros. Parecia mesmo impossível mudar as coisas. Me desvencilhar de tudo.

Sempre fonte de desejo e tema de muita oração, a tal vida nova que buscava acabou por “bater na minha porta” sem mandar aviso prévio.

Por um entendimento bastante amigável, eu e minha esposa decidimos nos divorciar após 30 anos juntos.  Os filhos já crescidos, suportariam o baque e mais que isso, conviveriam com ambos de maneira extremamente tranquila. Sim, rompimentos são dolorosos e clamam por adaptação. Contudo, são tão necessários para amadurecer e fazer crescer, quanto são o início das relações.

Depois, resultados de uma série de fatores externos e apartados de nossa vontade, vários sintomas se apresentaram demonstrando que o fim dos negócios estava próximo.

Em pouco tempo diminuímos consideravelmente o tamanho das empresas.  Repito, nada planejado. Aos poucos fomos levados a isso, até contarmos, de repente, com o inesperado empurrão devastador da COVID19. Desfizemos o grande complexo. Entregamos salas e móveis, finalizamos contratos e terminamos a sociedade. Destaco, sempre com muito respeito e dentro de um clima super fraterno.  Sem jamais desejar prejudicar quem quer que seja. Fornecedores, colaboradores ou parceiros.

É como dizem: “Cuidado com o que pede a Deus.  Ele tem seu próprio modo de atender aos pedidos da gente”. Sem provocar, eu não tinha mais amarras e poderia enfim testar o que acreditava ser a tal “melhor idade”.

Obrigado a ficar em casa por conta da pandemia, passei a praticar exercícios físicos, meditação, orações e leituras diárias, acordando sempre na madrugada para aproveitar melhor o dia. Nesse tempo, com muita coisa para honrar e arcar, nunca deixei de prospectar, trabalhar e tentar criar coisas novas. Essa ambição eu tenho, qual seja a de juntar os cacos, para entregar tudo plano e pleno como recebi.

Ao mesmo tampo, entrei num novo relacionamento bastante diferente do anterior, o que é necessário até para não haver comparações. Me tornei um grande amigo dos filhos e um filho melhor. Um estudante inveterado dos assuntos pelos quais sou apaixonado (física, política, espiritualidade e ufologia). 

Passei a cuidar melhor de todo mundo, mas também aprendi a aguardar as dores para quando chegarem, sem premeditar. Sem aquela preocupação insensata do que pode nunca acontecer.

E assim, embora provando uma vida de mais privações, sem luxo e sem o estereótipo de grande empresário, adotei uma lista de comportamentos que faço questão de partilhar, até como dica aos muitos amigos de mesma idade. Espero que esses comentários acabem por ajudar quem tem em mente que os 50 anos é um tipo de velhice. 

As novas atitudes que adotei, são o que garantem o meu melhor estágio de existência até aqui e em todos os sentidos. Físico, emocional, profissional e sentimental.

Estou com 53 anos e o que aprendi nesses últimos 3, fará a diferença total no que serei daqui pra adiante.

Esquecer o passado como culpa e vive-lo apenas como história é o ponto de partida.

 

PASSADO

Tenho certeza de que todos nós nos arrependemos de muitas coisas que falamos, fizemos, ou deixamos de fazer. Aliás a maioria de remorsos é composta por aquilo que não levamos adiante.  Estudei piano, mas não terminei.  Ainda na música, estudei violão e flauta, sem concluir.  No campo da educação, me formei tarde, mas não foi bem uma escolha o curso que fiz.  Deixei direito pela metade, me formando em Administração Pública, que salvo eleição ou nomeação para cargo público, será difícil aplicar. Sem falar nos cursos de línguas (espanhol, italiano, francês e principalmente inglês, que comecei umas três vezes) jamais chegando ao termo.

O que adianta ficar nesse martírio de autocobrança? Agora ficou claro, até porque não é mais oportuno deixarmos as coisas sem acabar.  Ninguém sabe, ao certo, quanto tempo ainda terá pela frente.

O mais dramático é querer tirar o atraso e fazer um monte de coisas tudo de uma só vez. Isso na verdade é impossível e só provoca ansiedade.

Zelar para que a ansiedade não me dominasse virou então a segunda grande lição que precisei aprender.

 

ANSIEDADE

Sempre preocupado com a segurança e saúde dos filhos, dos pais, da companheira ou de quem quer que estivesse ao meu lado, muitas vezes me limitei quando o assunto era viajar, me ausentar, acreditando mesmo que minha simples presença pudesse proteger ou evitar isso ou aquilo.

Ledo engano.  Não somos onipotentes.  Menos ainda, onipresentes.  Bastam segundos fora de casa e aquilo que temíamos por acontecer enquanto estávamos na Austrália, poderia ter acontecido nesse curto instante.

Ao deixar para me ocupar do problema só quando ele de fato acontecer, evitei muito sofrimento que antes era comum para mim. Tinha uma azia diária por conta disso.

Não perco mais noites de sono pensando no que possa acontecer, pois ao acontecer, se acontecer, então lidarei com aquilo querendo ou não.

Isso não tem nada a ver com ser displicente, louco ou desvairado.  Só que ajuda a economizar energia para os momentos em que ela será rigorosamente requerida.

Uma outra lição que aprendi foi perdoar e entender que isso é diferente de esquecer.


PERDÃO

Você não esquece se foi passado pra traz, traído, roubado ou se foi vítima de ingratidão, ou qualquer coisa que o valha.  Mas pode perdoar assim mesmo.

Ao perdoar deixamos de desejar coisas ruins para quem nos magoou ou prejudicou.  Claro, não só isso.  Passamos verdadeiramente a desejar o bem e sobretudo a evitar pensar muito naquela pessoa ou grupo de pessoas.

A mágoa, o rancor, o sentimento de revanche são na verdade falhas de caráter muito grandes de quem não sabe perder.

As batalhas da vida são duras.  Ninguém está aqui para facilitar as nossas lutas.  Cada um está vivendo a sua com as armas, ferramentas ou aprendizado que recebeu. 

Muitas vezes ainda, o “tiro” que recebemos de alguém, nada mais é do que o reflexo de nossa maneira de agir.  Mesmo quando não sabemos direito, estamos agredindo direta ou indiretamente alguém.

Há pessoas a quem não agradecemos o devido pelo que nos fizeram de bom.  Outras há que interpretam nossas vitórias e conquistas, como provocação pessoal e ficam com raiva verdadeira por conta da inveja que nutrem sozinhas. Em ambos os casos, não há o que fazermos.

Se encaramos nisso pura maldade, opção desse indivíduo, estaremos então supondo que ele ou ela escolheu ser assim.  Mas não é verdade.  Esse defeito no espírito humano, vem de fábrica, faz parte do recheio de uma mochila que vamos preenchendo ao longo de nossa jornada. Ou seja, também somos assim.

Ao perdoarmos essa pessoa, não precisamos nos esquecer do que nos fez ou deixou de fazer.  Mas podemos desejar-lhe o melhor e em seguida, simplesmente, tocarmos nossas vidas sem obrigatoriamente termos que conviver com ela e sequer saber sobre ela.

Ficar olhando suas redes sociais ou ouvindo histórias e fatos sobre como ela está vivendo, mesmo que informações trazidas por outros sem que peçamos, não nos fará bem, pois não estaremos efetivamente perdoando. Perdoar, repito, não quer dizer esquecer, mas tocar adiante, deixando tudo pra trás.  A ofensa e o ofensor.

O perdão, independente do grau da ofensa sofrida, traz consigo uma paz inesperada, desmedida, confortante e sobretudo revigora nossa alma. É como se desobstruíssemos um canal de acesso a Deus. Tudo passa a fluir diferente.  Recomendo.

Se todo mundo merece perdão, nós também merecemos.  E devemos nos perdoar dos pequenos malfeitos diários, intransigências, vaidades, pensamentos vis e inclusive mentiras que são fonte de nossas autocobranças.

Falando em mentiras, já notou que muitos de nós as contam, mesmo que pequenas, todos os dias?

 

FIRMEZA

Não que queiramos, mas às vezes para não ofender, não magoar e não ficarmos “mal na fita”, contamos coisas inverídicas, ainda que sem maldade.

“Olha, me atrasei porque teve um acidente na rodovia”.  “Eu ia te ligar, mas infelizmente fiquei sem sinal no celular”.  “Não fui ao nosso compromisso, pois chegou visita em casa”.

Singelas e inofensivas ainda são mentiras que preenchem nossos vocabulários desnecessariamente.  A verdade é libertadora, por mais que alguém possa não gostar dela. Já a mentira, pedirá sempre uma outra a lhe reforçar as bases.

Dizer sim, quando quer dizer sim e não quando quer dizer não, não mata ninguém.  Acredite.  Custei uma vida para entender isso, mas quando comecei, não parei mais.

“Olha, se não se incomoda, hoje eu não gostaria de receber visitas”. “Sabe, não vou à sua festa, pois estou a fim de descansar”.  “Me atrasei, pois me empolguei no banho ouvindo música e depois vendo vídeos enquanto me trocava”.

Amigos de verdade, pessoas queridas, vão aprendendo a nos conhecer melhor se lhes formos sinceros sempre.

Quando veem em nós um poço inesgotável de desculpas amarelas, ou mentiras sem maldade, passam a não crer em mais nada do que falamos, prometemos ou com o que nos comprometemos.

Me libertei de verdade ao falar o que penso.  Ainda falta muito para eu atingir o ápice da franqueza.  Não consigo simplesmente dizer a alguém que não gostei do que está vestindo, ou do prato que cozinhou para mim.  Mas não preciso também falar tudo o que penso.  Ainda posso me calar, quando quero.  Também não preciso só ser simpático desde que eu saiba defender minhas posições. Seja no campo da política, ou para escolher um cardápio, por exemplo. 

Quando quero uma pizza de aliche, posso pedir para dividirmos meia a meia ao invés de simplesmente mandar um “tanto faz” que depois me fará ir embora insatisfeito e descarregando minha vontade recolhida na pessoa que escolheu a de mozzarella.

Sim, pois é isso que acontece.  Ao aceitar que outra pessoa escolha sozinha um pedido, já deixamos o jantar pensando: “Sempre é a vontade dela que prevalece”.  E isso, usualmente por culpa nossa. Sentimento que fica martelando e provocando pensamentos ruins que inauguram outro grave defeito.

 

FOFOCAS E MALEDICÊNCIA

Sentir a vontade de falar algumas verdades a quem se impõem para nós e não fazer isso, pode parecer cortesia no momento, mas se transformará rapidamente em maledicência no segundo seguinte.

Quantas vezes eu não tive vontade de esfregar algo no nariz de um interlocutor, mas aceitei silente sua posição para em seguida desabafar com o primeiro que encontrasse e destruir aquela pessoa.

Melhor seria ter falado, pois ficou ainda mais desagradável pra mim. Feio, pois além de tudo, falar dos ausentes é atitude de gente covarde.

Num mesmo diapasão se encontra a fofoca.  Seja falando bem ou mal de um amigo, a atitude é reprovável em todos os sentidos.

Claro que se alguém nos conta algo, pedindo ou não segredo, deverá saber que aquele tema, assunto ou situação está entregue à sorte. Ninguém tem obrigação de guardar o segredo de outro. Só que não precisamos sair por aí falando a todo mundo.

Nem sempre é por mal.  Às vezes a fofoca é irmã da ansiedade, pois contamos coisas sobre nós mesmos porque nos empolgamos ou queremos dividir a emoção.  Uma entrevista de emprego, um pedido de casamento, uma gravidez, ou seja, coisas que tem endereço e hora certa, mas que não conseguimos segurar.

Para mim, segurar a língua é um desafio tamanho família que sigo firme no propósito de vencer.  Uma inominável fraqueza que nasceu comigo.  Quando conseguir de vez, penso que terei cumprido o meu carma e estarei liberado para voar para a próxima etapa.

Sei que a discrição sempre será atitude de gente madura, séria e inteligente.  Mas somos muito compelidos a contar e mostrar as coisas que fazemos ou conquistamos até pela concorrência extrema a que estamos submetidos.

O encantado mundo do Facebook, do Instagram e de outras redes sociais, está sempre a mostrar festas, casais felizes, famílias plenas, viagens lindas e outras vitórias.  Por que não podemos compartilhar as nossas pequenas ou grandes também?

Pois é.  Se não mostramos “ao mundo” que também sabemos ser felizes, temos a impressão que somos fracassados, imperfeitos. Em consequência, acabamos virando escravos da exibição permanente de nosso mundo.

Essa concorrência constante na qual somos levados a mergulhar, não nasceu agora.  Existe desde que nossa família nos comparava aos amiguinhos que tiravam boas notas, ou conseguiam bons empregos. Mas ficou ainda mais forte com a tecnologia.  Obra do “coisa ruim”, com certeza.  Não precisamos ganhar de ninguém.  Devemos, de verdade, superarmos a nós mesmos, a todo instante. Nos tornando sempre alguém melhor.  Essa é a conquista das conquistas. E pouco importa se nossas marcas e resultados não agradem a outrem.  Elas são só isso, nossas marcas. Pra que comparar?

Sobre esse tipo de coisa, ninguém ilustra melhor que meu poeta preferido, o português Fernando Pessoa. Seu Poema em Linha Reta é fantástico e nos diz muito além de parecer extremamente atual.



“Nunca conheci quem tivesse levado porrada.

Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil...”



Só essa estrofe toca fundo, né? Conheça o restante.  É incrível!

Hoje ao me posicionar nas redes sociais, tenho me limitado a discussões profissionais, políticas ou espiritualistas. Quando muito, cumprimento um familiar aniversariante ou algo assim.

Só que ainda é exagerado. 

Meu avô me disse quando eu ainda era criança, uma frase de extrema sabedoria: “Não precisa dizer a todo mundo o que vai fazer, no que está pensando.  Por mais amigo, por mais carinho que alguém lhe tenha, surpreenda.  Além de mais bonito é mais seguro”.

Juro que estou pelejando.  Quando descubro uma coisa legal, quando recebo uma boa proposta, ou mesmo quando algo ruim acontece, penso mil vezes antes de contar a alguém ou postar. Tem momentos que fraquejo. Acho mesmo que um dia chego lá. 

As vivências dessa minha etapa de vida, não param.  Aprendi a não ficar limitado, encostado ou esperando acontecer.  Todos os dias, sem falta, faço algo diferente que não faria em outras épocas.  Novas experiências me dão novas sensações e com isso vivo plenamente medos, alegrias, problemas e lições boas ou ruins que depois me deixam com um ótimo resultado.

Também entendi que as ofensas e agressões, não podem mais me atingir.  Mesmo as que aparecem disfarçadas de conselhos ou críticas construtivas. Já notou que os outros sempre sabem mais o que é melhor pra nós enquanto suas vidas parecem mais perdidas que as nossas?

Geralmente falas desse tipo vinham ou ainda veem de pessoas queridas, mas são pesadas e me colocando pra baixo.  Mas espera! Quem é quem nisso tudo? 

Quando acontece agora, isso só me mostra o tanto que as pessoas se ocupam da gente.  Ora, falar de meus defeitos, falhas ou argumentar sobre algo que eu não tenha feito, só me dá força, pois aproveito o que acho que serve e desprezo por completo, o que não me convém.  Já sei fazer isso sem agredir ou querer mal a esse “analista” voluntário que mal cuida da própria existência. 

Assim, posso receber xingamentos, julgamentos, acusações infundadas e encaro tudo como aquele famoso copo de veneno, que não bebendo, não me pode causar mal.

Vou bem aos poucos, atingindo a tão sonhada serenidade da meia idade. 

Não posso estar em toda parte.  Não posso viver o papel de outra pessoa.  Só posso ser eu, pensar por mim, falar e fazer o que me convém sem exigir dos outros o que eu “acho” ser melhor, mais conveniente.  Cada um tem que viver sua vida, sofrer suas dores, pisar o próprio chão. Enfrentar as consequências, e chorar suas lágrimas se for o caso. Viver o agora de todo dia com intensidade absoluta. Esse é o grande elixir da eternidade perseguido por Flamel. 

Ah, e não fico esperando dos outros retribuição, cordialidade, gratidão pelo que faço de bom ou pelo que deixei de fazer de ruim.  Entendo afinal que só pode dar algo, quem o tem no coração.  E isso me bloqueia contra mais infelicidade e frustrações.

Claro... Há muito o que superar.  Ainda sou ranzinza, ainda temo isso ou aquilo às vezes e mesmo permaneço exigente com certas coisas. Por exemplo: Falta de respeito ou de consideração, ainda não aprendi a superar em contradição a tudo que elenquei.  Mas dentro dessa década, acredito que supero.

Imagino a montanha de provações que a vida ainda me reserva, mas fico aqui, de braços abertos, ciente de que não tenho privilégios e estou sujeito a tudo aquilo que qualquer outra pessoa do mundo também está sujeita, de bom ou ruim.

Confio em Deus, não na sorte.  Acredito em mim e por isso não delego a ninguém a minha felicidade e paz de espírito. Sei o que fiz de certo ou errado e sei do que sou capaz.  Chega de culpa.

Errei?  Muito.  Continuarei errando?  Com certeza.  Só covardes ou aqueles que não caminham por medo de errar, estão livres de tropeçar.

Nada, no entanto, foi ou é premeditado.  Claramente eu ou qualquer outra pessoa desejamos apenas o melhor pra todo mundo.


Um comentário:

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