segunda-feira, 26 de julho de 2021

Franquias, o meio mais seguro de iniciar seu negócio.

 


A crise que assola o país e o mundo e que dificulta muito qualquer tipo de empreitada, foi alargada pelos efeitos da COVID 19.

Mas o fato é que nunca foi fácil. Empreender sempre exigiu coragem, determinação e perseverança.

Por isso sempre que amigos perguntam em que investir para criar um negócio próprio, indico iniciar por uma franquia. É mais seguro.

O universo do franchising no Brasil sempre foi promissor, ou pelo menos a partir do final dos anos 90s seu crescimento deu-se de maneira contínua.

Minha relação com o Mercado de Franquias teve início nessa época prestando serviços para uma rede ainda em início, mas que já mostrava grande ímpeto. 

Como professor e depois como coordenador pedagógico da Unidade Piloto da Microlins, botei os pés num mundo totalmente novo.

Não demorou e rapidamente eu tinha minhas 3 unidades próprias.  Desde esse momento, nunca trabalhei sozinho, sempre mantendo sócios. 

Aprendi os meandros que envolvem a relação franqueadora e franqueado dos dois lados do balcão o que me viria a ser extremamente útil aos próximos passos.

Anos depois de vender minhas escolas passei rapidamente pela rede concorrente, a Prepara Cursos e mais adiante pela Dr Resolve, uma rede de micro franquias que iniciava de um jeito ainda mais arrojado.

Essa experiência tripla me deu gabarito e logo em seguida eu fundava a World Brasil, onde prestava serviços a redes de franquias já constituídas ou ajudava empresários na formatação de suas marcas. Foram muitas as que contaram com nossos préstimos.  Vilesoft, PetCursos, Projeta, Mercadão dos Óculos, Sr Computador e outras em variados ramos e estágios de atuação.

O passo seguinte, foi a fundação da Maria Brasileira, até hoje um sucesso e logo na sequência a formatação da San Martin Corretora de Seguros. Essas duas cresceram de maneira vertiginosa e quase espontânea. Logo se alastraram pelo Brasil adentro.

Minha última atuação como formatador, foi com a rede Banneg cujo crescimento não foi menos surpreendente.

O relato dessa caminhada é para dar embasamento ao que vem a seguir. Comentar um pouco sobre esse ramo de negócios que já deixou muita gente bem e ao mesmo tempo, já frustrou outros tantos.

A origem do franchising é controversa, no entanto, apresenta picos destacados como os anos 50s e depois a década de 80.  Os Estados Unidos, com certeza, foram os precursores do modelo que nos foi apresentado quando os shoppings explodiram por aqui.  Franquias de alimentação e vestuário desbravaram o Mercado Brasileiro de Franquias.

Em meio a esse contexto, já no final dos anos 90s, surgem, principalmente no interior do Estado de São Paulo, com destaque à cidade de São José do Rio Preto, algumas modalidades um tanto diferentes e avançadas de franquias.

A micro franquia de filtros de água Hoken cresceu exponencialmente em tempo “mágico”.  Quase que na mesma onda, se multiplicava a rede de cursos de informática Microlins.  Foi essa última, então do empresário José Carlos Semenzato, que incrementou o suporte conseguindo oferecer aos seus franqueados a satisfação real ao mesmo tempo que cobrava e acompanhava seus resultados. Uma inovação que custou caro a outros franqueadores mais pacatos.

Esses dois modelos foram fundamentais para atrair muitos profissionais que viram a grande oportunidade de suas vidas sendo-lhes apresentada. Em pouco tempo a cidade reunia advogados, contabilistas, assessores de imprensa, publicitários e homens de marketing voltados quase que exclusivamente para o franchising.

Nasceram, ao mesmo tempo, em torno dessas marcas, experts em sistemas de gestão e controle.  Mais adiante, outros tantos voltados a consultoria e treinamentos.  Ou seja, mão de obra qualificada de A a Z para quem quisesse montar sua própria rede.

Onde há quantidade, há também qualidade (boa e ruim).  Por isso, dentre tantos, muitos se perderam e fizeram asneiras imperdoáveis, mesmo após um avassalador crescimento.

Enquanto isso acontecia, ganhou mais força no Brasil a Associação Brasileira de Franchising – ABF. 

Poderia até se supor que a associação fora criada como uma “agência reguladora” do meio.  Mas não é verdade. Ainda que se suponha que a mesma tente evitar aventureiros no Mercado, não há como prever dentre essa amplitude de marcas que surgem a todo instante, seu caráter ou intenções.

Bastante interessada em vender espaços em feiras, publicidade em seu site, a ABF muitas vezes prestigiou grandes marcas, sem perceber que muitas delas não eram tão leais como aparentavam.

Fazer parte do quadro associativo, não garante lisura total de uma determinada rede, só que não participar gera muitas dúvidas sobre. Melhor então se associar e participar de maneira ativa para poder garantir sua atuação séria.

Por conta da pandemia, as feiras estão suspensas e isso não deixa de ser momentaneamente bom, pois oportuniza que associação e filiados repensem seus formatos.

Nesses eventos, glamorosos palacetes contrastavam com humildes estandes que muitas vezes ofereciam oportunidades mais honestas.

Além disso, vendas ocorriam em plena feira, contrariando o interstício exigido pela legislação entre o contato do interessado (investidor) com a marca.

O que não se pode negar é que por meio de cursos, indicações e mesmo equipes de apoio oferecidos pela associação, muitos investidores e franqueados são ajudados, com destaque ao grupo que visa levar marcas brasileiras ao exterior. Eu mesmo já estive entre eles em oportunidades ótimas.

Quando se fala em franquias, devemos entender fundamentalmente duas coisas: modelo e prática.

Temos franquias que exigem capital inicial elevado, montagem de lojas amplas, bem equipadas, processos de atendimento e serviços modernos e de alto padrão.  E temos franquias pequenas, ditas baratas, que exigem investimento módico, podendo até permitir a atuação do franqueado em casa (home).

São chances de ganhar mais ou menos e de perder mais ou menos.  Por isso devem ser estudadas com grande atenção.

É para isso que a legislação prevê o prazo de análise e exige o encaminhamento aos interessados numa franquia da Circular de Oferta.

Nesse documento é fundamental que o franqueador expresse os riscos no mesmo grau de destaque que as oportunidades.  Também deve agregar a ele detalhes como plano de negócios, regras essenciais e outras informações que permitam uma avaliação completa.

Eu acrescentaria, se pudesse, a constatação in loco do investidor na unidade piloto, que também deve ser estudada.  Afinal, ela é aquilo que está sendo vendido de fato.

Depois disso, a decisão é toda do novo franqueado que deverá então assumir o ônus e o bônus do que está contraindo ao assinar o contrato.

Não é incomum que franqueados se arrependam, mas em nenhum momento é dada qualquer garantia de êxito, pois a execução e operação diária é total do franqueado.

Ao franqueador caberá sempre a disponibilidade da marca, dos fornecedores, dos produtos ou serviços e do apoio operacional via indicações, orientações, fornecimento de treinamentos e outros processos. Mas ganhar ou não dinheiro, crescer ou não, será sempre uma decisão do investidor.

 

 

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