quinta-feira, 21 de outubro de 2021

O armamento civil.


 


Por 

Gabriel Gouvêa Gomes




O armamento civil na contemporaneidade é completamente inaceitável. Apenas as instituições governamentais responsáveis pela segurança, devem possuir a licença para a posse de arma. Civis inexperientes e com pouco preparo psicológico possuindo um objeto mortal, é de extremo risco para a segurança de si e de outros, e também, um ato de irresponsabilidade. Um objeto altamente mortífero nas mãos de um cidadão qualquer, significa um completo desamparo a integridade social.

Inicialmente, a posse de arma vem atrelada ao aumento no número de suicídios e homicídios. No Brasil, a cada cem habitantes há oito que possuem uma arma. Não é por acaso que o número de homicídios é de 20 a cada 100 mil habitantes, nos Estados Unidos, por exemplo, a cada 100 civis 90 possuem uma arma de fogo. Mesmo assim, sua criminalidade só aumenta. De acordo com pesquisadores da Universidade de Stanford, foi concluído que anualmente, ocorrem aproximadamente 2.715 mortes de jovens e crianças por arma de fogo – 62,1% homicídios e 31,4% suicídios. Uma vida inocente sendo tirada por uma irresponsabilidade governamental, acreditar que com a liberação da posse de armamento para civis a criminalização irá diminuir é totalmente incoerente. Pelo contrário, a maioria dos países que tem uma grande circulação armamentista entre habitantes normais, são os que mais aumentam o número de criminalidade e violência.

Além disso, de acordo com o FBI, um relatório publicado em 2011, homicídios cometidos por cidadãos comuns são duas vezes maiores do que os cometidos por pessoas criminosas. Ou seja, uma maior circulação de armas de fogo significa um aumento no número de homicídios. Com base no pensamento do coordenador do IPEA (instituto de pesquisa econômica aplicada), Daniel Cerqueira “muitos crimes letais, como brigas de bar e de trânsito, poderiam ser evitadas caso o cidadão não tivesse em mãos uma arma durante a discussão.” Assim, fica claro que a regulamentação ou a liberação do porte de arma exacerbado causa mais danos do que repara. A isenção do armamento acaba elevando os números de suicídios e homicídios, consequentemente ampliando a violência social.

Concluindo, é dever do governo proteger o povo, e não o de civis. O ministério de justiça, deve trabalhar de forma contínua em campanhas nacionais, estimulando a entrega voluntária de armas. Por meio da televisão, rádios, jornais e redes sociais. Com o objetivo de alertar a população quanto à situações de vulnerabilidades que o porte de arma pode expor uma família. Desse modo, cada vez menos cidadãos serão responsáveis por crimes e ocasiões hediondas. Para ilustrar o real problema das armas na sociedade, pode-se citar uma frase de um dos maiores filósofos e políticos romanos, Marco Cícero “no meio das armas, calam-se as leis.”  

2 comentários:


  1. Tão belo texto e tão forte. Tão necessário e oportuno. Parabéns Gabriel.

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  2. A indústria armamentista arregala-se com o aumento da criminalidade! um perigo, de uma irresponsabilidade ímpar.

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