sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Na vida pessoal ou nos negócios, tome cuidado! Quero falar sobre quedas ou rasteiras. Afinal, dá na mesma.

Na vida ou nos negócios, tudo o que fazemos é caminhar.
Tocar a marcha, como diz o poeta.
Contudo, nessa jornada, não é em todo o tempo que conseguimos manter a velocidade ou o equilíbrio desejados.
Vários fatores podem atrapalhar nosso desempenho, como as condições da estrada, a atenção, o clima, o relevo, o calçado e por aí vai.
Se seguindo em frente, você por ventura tropeça e cai, te deixo um conselho de amigo.  Levante-se imediatamente.
Ninguém perdoa quem está no chão.
Sempre se encontra gente que acha que quanto pior, melhor. Só que eles acham também que é mais divertido quando os outros estão na pior.
Pra reconhecer esse tipo é só prestar atenção.  São os mais barulhentos, agressivos e que menos colaboram em tudo. Há até certa crueldade em alguns.
Ao cair você vai logo sentir na pele, quem são esses.
A eles parece mais legal chutar quem já está prostrado, do que estender-lhe as mãos para voltarem juntos a seguir viagem.
E pisotear, você sabe é uma questão de alguém começar, que rapidinho os de menos personalidade vão atrás.
Numa outra ilustração, comparo gente assim com quem não liga se acabar a água pra todo mundo. Só quer ser o primeiro a lavar o carro, o cachorro ou tomar banho.
Não se engane.  Esse sujeito só pensa em si mesmo.
Tudo o que não é na vida é altruísta, companheiro e muito menos, generoso.
É só um líder frustrado, que não puxa pra cima, pois é mais fácil arrastar pra baixo.
Por que sei disso?  Porque cair é normal. Eu mesmo já "beijei a terra" algumas vezes.
Mesmo que seja um pequeno titubeio, com culpa ou sem, pra você vai ser um baque e tanto se não for valente.
Ah, ninguém perdoa um vacilo! Vai por mim.
Ainda que esse alguém tenha contribuído pra derrubar você, ou podendo, não o tenha evitado, vai fazê-lo se sentir muito mal e jamais assumirá sua parte de culpa no acidente.
Titubear pelo caminho ou mesmo falsear o passo na estrada, gera reação imediata de quem está ao largo. E desses, a reação raramente será de apoio, de ajuda ou de compreensão. Muito difícil.
O que mais se vê quando alguém tropica são risos, desprezo e no extremo da maldade, e como existe maldade, pode se chegar até a uma cuspidinha.
É que ninguém quer sair na foto ao lado de um "fracassado". Então pra não ser confundido, quer fazer-se distante, diferente, como se nunca fosse cúmplice ou se jamais tivesse dividido o mesmo guarda-chuvas.
É sempre assim. Na alta, você está rodeado, na baixa, escorraçado do grupo.
Na história da humanidade mesmo, foi sempre assim.
Pense em Cristo depois de preso, negado até pelos amigos.
Em alegorias mais próximas, pense num presidente deposto, em um atleta reprovado no doping ou no ator que de galã passa a embriagado.  Esses ídolos deixam de "prestar" imediatamente.
As turbas xingam, jogam pedras, acusam e escarneiam deles tão rápido quanto os aplaudiam.
Os bem feitos anteriores que produziram, se dissolvem como se nunca houvessem ocorrido.
Na memória ficarão só o erro, o descuido, os defeitos.
Parece até que dar mancadas seja algo que façamos "por querer".
A quem critica não importa se antes de tombar, aquela pessoa havia ajudado ou se dera alegrias. Se ofereceu aos demais parceria na jornada, se partilharam resultados, se buscaram tornar tudo mais confortável, além até do esperado. Julgamento e condenação é típico de quem não faz, não cria, vive apenas de reflexo ou ressonância.
Não. Ninguém perdoa um escorregão, mesmo se quem despencou, tiver sofrido uma rasteira.
Se cuida. Sei do que estou falando. Pedir ajuda ou balbuciar um "S.O.S." te fará ainda mais vulnerável.
Engraçado que quando você somava vitórias, crescimento, saúde e vicissitudes, era então pessoa respeitada, admirada e ovacionada. Todos queriam caminhar ao seu lado.  Seguir emparelhados. Copiar-lhe os passos. Se pudessem, lambiam-lhe.
Mas se perder o pé, por um instante sequer, apaga-se-lhe o brilho, desencantam-se de ti e você é logo desprezado ou desprovido do respeito que lhe devotavam nos áureos tempos de seu sucesso.
Receberá ataques ferozes, os mais diversos e de quem menos se espera.
Perderá de uma só vez, todo carinho e admiração que lhe rendiam.
Não importa o motivo do baque.  Se tropeçou é porque não enxerga direito, é imperfeito e sobretudo, desconhece o chão que pisa. "Bem feito, adorava andar de salto alto, né?" - Atiram-lhe logo na cara.
Tenha paciência. A zombaria e cobranças ocorrem devagar.  Os mais covardes, ficam esperando os mais atirados.  Aos poucos, muitos se juntam na "crucificação". Sabem que dá prazer fazer coro à maioria e é mais fácil do que se propor a estender as mãos em menor número.
Quer saber, talvez não façam por mal.  Quem sabe seja medo de cair junto, afinal eram tão dependentes do guia que seguiam.
Não eram tão valentes para caminhar sozinhos, pois precisaram seguir no encalço de quem "abriu a picada". De quem apontava uma direção. Não tenha raiva.  Confiavam em você.
O pior é não procurarem saber se houve uma passada de perna, se o piso ruiu de repente, ou se alguém que caminhava junto, derrubou ou jogou lixo pelas beiradas, causando a pequena tragédia.
Por isso repito.  Levante-se sem demora.
Mostre que pequenos tropeços são passageiros.  Que o ditado chinês do "cair sete vezes, levantar oito" é seu lema.
Mudanças ocorrem incessantemente e mais cedo ou mais tarde, quem está no chão logo se levanta.  Principalmente se já é acostumado a quedas constantes (doenças, acidentes, prejuízos, rasteiras, usurpações).
Prove que o levantar é sempre mais vigoroso. Agora, você vai caminhar com muito mais cuidado.  E por favor, escolha melhor as companhias pra viagem.
Sendo pessoa boa, não guardará as mágoas daqueles que te humilharam ou cobraram perfeição nessas horas difíceis.  Dos que murmuraram ou despejaram certa ingratidão.  Sendo gentil, se lembrará com mais carinho e devoção do Cirineu que o ajudou a se erguer da queda e dos bons samaritanos que como o personagem da parábola cristã, socorreram a vítima de assalto.
São esses, os que por certo, merecerão seu apreço, reconhecimento e gratidão.
É ou não?

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