terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

"Viu, sentiu compaixão e cuidou dele".

A Campanha da Fraternidade foi criada primeiro como campanha de arrecadação de fundos para as atividades assistenciais da Cáritas Brasileira, no ano de 1961, por três padres.
No ano seguinte ganhou corpo e adesão em toda Natal, capital do Rio Grande do Norte e recebeu enfim o nome que carrega até hoje.
Desde então se repete todos os anos durante o período da quaresma, com reflexos em todo o Brasil.
Por meio dela, os católicos são chamados a meditar seu tema e viver seu lema nos meios em que estão inseridos.
Esse ano, a campanha escolhe como tema: Fraternidade e vida: dom e compromisso.
Já o lema é baseado no Evangelho de Lucas, que trata da conhecida parábola do Bom Samaritano.
Um douto das leis judaicas, se levanta perante Jesus e pergunta-lhe o que é preciso para se alcançar a vida eterna.  A salvação da alma.
Jesus então lhe pergunta o que está escrito na lei, já que o homem é conhecedor profundo das leis dos judeus.
Esse então responde:
"Amarás ao Senhor teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma e de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo".
Jesus então o cumprimenta pela assertividade.  Mas o homem volta a inquiri-lo, perguntando quem é o "próximo".
É quando Jesus conta a linda história sobre o bom samaritano.
Vale lembrar que judeus e samaritanos não eram muito cordiais uns com os outros.  Na verdade os judeus consideravam samaritanos como "homens de segunda linha".
Na parábola o mestre fala que um homem havia sido assaltado e espancado por ladrões, deixado depois à margem da estrada.
Por ele passaram um sacerdote e um levita.  Ambos são religiosos.  Portanto estavam vindo ou voltando de cultos (adorações).  Mas por pressa, medo, preconceito ou qualquer outra coisa, não ajudaram ao ferido.
Um samaritano, no entanto, ao passar por ali, socorreu o homem e o levou para uma hospedaria, deixando inclusive dinheiro para pagar-lhe pela estadia até que estivesse bom para seguir viagem.
Terminada a história, Jesus perguntou ao "doutor" quem era, na opinião dele o próximo daquele que havida sido atacado. Sem qualquer dúvida o homem exclamou que fora o samaritano.
Jesus então disse: "Vai e faz o mesmo e será salvo".
Daí o lema da campanha da fraternidade desse ano: Viu, sentiu compaixão e cuidou dele".
Em tempos de ódio e divisão, de dificuldades, desemprego, miséria e problemas os mais diversos, agir com compaixão é tarefa muito difícil e por isso digna de toda recompensa de Deus.
O convite é para seguirmos irmanados nessa direção.  Católicos ou não, devemos lembrar que o amor deve ser inclusivo, abrangente, irremediável e incondicional.
Que assim Deus nos ajude.  Que assim seja.

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