Não adianta. Tenho uma enorme dificuldade em entender os motivos pelos quais ainda há pessoas que acreditam nessa criatura.
Em meu círculo de convivência, são muitos os clientes,
parceiros de negócios, colegas dos tempos do Tiro de Guerra, faculdade, clubes
de serviços, além de familiares e amigos de longa data que se postam, em
debates calorosos, como defensores de Bolsonaro.
Ainda que estejamos com os dados todos esfregados na cara,
seja a inflação galopante, seja o nosso posicionamento ridículo no cenário
mundial, o número de mortos da pandemia, os mais variados escândalos de
corrupção que vão da família do presidente, até pessoas em altos cargos da
Administração Federal, tem gente que não deixa de acreditar no cara.
Sua aprovação popular despenca diariamente. Muitos apoiadores de primeira hora já “abandonaram
o barco” por se sentirem traídos ou decepcionados. Portanto, me espanta que ainda persistam
aqueles que não enxergam o que está ocorrendo.,
Daria para iniciar lembrando lá de trás, quando em campanha,
suas palavras eram as piores dentre todas.
Ódio, racismo, homofobia, desprezo às minorias e falta total de
projetos.
Podemos ainda viajar no tempo, no período em que por 30 anos
foi Deputado pelo Estado do Rio de Janeiro sem produzir qualquer projeto, além
de promover seus filhos e mulheres em cargos eletivos, povoando os gabinetes
com funcionários fantasmas e depois ficando com boa parte de seus salários nas
chamadas “rachadinhas”.
Por fim, chegarmos à formação do Governo com seus ministros invertidos.
Destaque para a desastrosa política econômica de Guedes, um cidadão sem
qualquer qualificativo para o cargo que ocupa, já testado e reprovado por
outros. Os vários que ocuparam a pasta
da Educação e que eram adversários ferrenhos de universidades e
universitários. Aquele que ocupou o Meio
Ambiente, mas era inimigo número um da natureza, das matas, dos rios e dos
povos indígenas. Os demais são tão ruins
quanto incipientes. Valendo dizer, no
entanto, que em plena pandemia, a dança das cadeiras no Ministério da Saúde não
foi suficiente para encobrir as dezenas de tentativas e falcatruas com vacinas
e outras picaretagens.
Mas a despeito de tudo isso, para piorar, tem aqueles que
abraçam situações incomuns sem vergonha ou preocupações outras, como aliás ocorreu
ontem após o discurso nas Nações Unidas.
Diante do mundo, o presidente mentiu de maneira descarada com
números e fatos distorcidos ou inexistentes, facilmente detectáveis pelos
simples órgãos do sentido humano. A
seguir, pudemos ver indivíduos o aplaudindo e dizendo que foi “sensacional”.
Tudo, absolutamente tudo, o que Bolsonaro faz ou fala é vexatório
e nada acrescenta de bom aos brasileiros.
Não há qualquer atitude sua, na agenda ou nos seus atos que representem
avanço, solução ou algo que o valha. Em
nenhum campo, em nenhum tema.
Estamos caindo em todas as estatísticas boas e subindo em
todas as ruins. E isso falam médicos,
cientistas, professores, artistas, políticos, juristas, jornalistas e o povo em
geral, mas não... para os cegos “discípulos” do tirano genocida, certa está
essa minoria de apaixonados que atua barulhentamente nas redes sociais, grupos
de famílias e outros núcleos de descomprometidos com o país.
Não há explicação para não ter ocorrido o impeachment até
agora. Se compararmos Bolsonaro com Collor
e de maneira extremamente inadequada, com Dilma, passaremos a entender que impeachment
não é mais um instrumento popular, mas sim da vontade de um único cidadão, a
saber, o presidente da Câmara dos Deputados.
Esse desabafo, não é só pelo “papelão” das últimas cenas nos
EUA, também não é só pelos múltiplos motivos que citei acima, mas sobretudo
porque tenho profunda preocupação com o que vai sobrar em mais um ano e meio de
mandato desse “lixo”.
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