É muito triste ser submetido a julgamentos pretenciosos de companheiros históricos por conta de uma posição concreta, pensada e bem refletida, como declarar, publicamente, o voto nulo em um processo eleitoral.
Não me causaria
tristeza ou qualquer sentimento ruim, que essas acusações sob o conceito de
“covarde”, “omisso”, viessem de pessoas nada comprometidas com a militância
política. Afinal, nós temos dito sempre
a estes, da importância de se participar do voto, sendo ele um importantíssimo
instrumento e ferramenta da Democracia.
Já quando
companheiros e camaradas que conhecem os meandros de uma atuação política o
fazem, estão usando de maldade e oportunismo.
Ocorre que há uma
gigantesca diferença entre voto nulo e voto em branco. E espero que disso ninguém discorde.
Votar branco
significa não votar. Se abster do
direito e do dever de votar. Talvez, nem
ir à eleição.
Já o voto nulo, de
maneira clara e objetiva significa rejeição, protesto, indignação. Não aceitação do que está posto. E é bom lembrar, não se trata de falta de
espírito democrático ou de aceitação de derrota, como possa parecer.
A legislação se
equivoca ao colocar, na mesma bacia, essas duas posições.
Uma reforma
política é urgente e deve sim considerar que se a maioria de uma população não
quer um ou mais candidatos, eles devem sim dar lugar a alternativas escolhidas
por esses eleitores.
Óbvio que tendo
perdido (em número de votos) as eleições, fica parecendo despeito e até pode
causar certo pensamento de um ridículo esperneio.
Oras, ninguém aqui
está achando que vai “ferrar” o processo eleitoral, ou anular as eleições, ou o
que o valha.
Essa posição é
realmente e unicamente por não acreditar que qualquer das possibilidades
disponíveis, nem de longe representam o anseio ou as respostas para o que se
quer.
É as enxergar de
forma muito similar no que elas têm de pior, de danosas.
Depois de muitas
eleições em minha vida, inclusive algumas que me impuseram votar no “menos
pior”, sinto-me hoje com coragem e tranquilidade para afirmar que minha postura
pelo “nulo” não carrega ódio, revanchismo, mas sim amor por Rio Preto.
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