segunda-feira, 22 de abril de 2024

FEDERAÇÃO

 


Diferente, até para os mais experientes militantes da política, o modelo da Federação Partidária, aprovado pelo Congresso em 2021, autoriza os partidos a aturarem de maneira conjunta como um preparo para possíveis e futuras fusões entre si.

As eleições municipais de 6 de outubro próximo serão as primeiras nesse formato.

As legendas unificadas pela Federação funcionarão como um único partido e forçosamente deverão permanecer juntas pelos 4 anos de mandato.  Caso alguma se retire antes, perde os direitos, a verba dentre outras punições.

A campanha eleitoral, o apoio aos candidatos e tudo o mais como distribuição e aplicação de recursos, arrecadação, contagem de votos para a composição dos coeficientes etc., acontecerão dentro do âmbito da Federação, inclusive a prestação de contas.

Assim, e por óbvio, ao compor uma Federação os partidos devem apresentar um mínimo de coerência programática.

É o que acontece por exemplo com a federação Brasil da Esperança na qual se encontram os partidos PT, PV e PCdoB.

Dentro da Federação, os partidos, em conformidade com suas métricas, apresentam candidaturas às vagas proporcionais (vereadores) que juntas vão somar e compor o número necessário para alcançar vagas e cadeiras nas Câmaras Municipais.

Ao mesmo tempo, enquanto não termina o prazo de definição, as legendas presentes na Federação podem apresentar pré-candidatos à candidatura majoritária (prefeito) que deverá ser afunilada e apresentada unanimemente para concorrer ao pleito.

Legítima, democrática, essa possibilidade permite aos partícipes da Federação a discussão, diálogo, conhecimento, comparação, análise e escolha consciente e madura de seu representante.  Privilégio para quem está dentro do processo e também para quem se coloca ao dispor desse coletivo com seu nome.

Sair defendido e apoiado por todos os partidos membros, significa sair forte e com foco de todos.

Não há deméritos nessa aparente disputa, que na verdade é apenas um movimento a mais no tabuleiro interno.

O PCdoB de Rio Preto encarou com grande responsabilidade esse momento novo da política e primando pela unidade, primeiro dos partidos da Federação e também de todo o conjunto do campo em que atua, tem buscado promover, entre os dois pré-candidatos apresentados pelo PT e pelo PV, uma conversa amistosa e aberta antes de manifestar “de público” qualquer lado.

Não se trata de falta de posicionamento ou de preferência, nem de afinidade programática, mas antes e objetivamente, a congruência de ideias, de forças e de trabalho.

Com a proximidade do prazo para a finalização, a Federação deve oficializar seu pré-candidato único, o que deverá acontecer nos próximos dias.

No entanto, havendo dois pré-candidatos, mesmo que haja uma votação entre os partidos membros, não havendo unanimidade (3 a zero no caso da Brasil da Esperança), quem define o nome único é a esfera superior da Federação (estadual).

O que o PCdoB busca, em suma, é evitar que isso aconteça, trabalhando para que a decisão ocorra na própria instância municipal e dentro de um espírito fraterno, livre e tranquilo, conciliador a exemplo do que tem sido a prática da principal liderança da esquerda brasileira, o presidente Lula.

Confiante na trajetória e história dos postulantes e no senso de entendimento de que urge combater o mesmo adversário comum, o PCdoB aposta na unificação das propostas e por ela vem torcendo.

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