domingo, 3 de setembro de 2023

Modelo e Resultado

(Imagem extraída do
site Pro Franquias)

Desde o ano de 1999 o Mercado de Franquias deu um salto considerável no país. E até hoje se mantém entre os melhores negócios para se investir, tanto do lado do franqueador, quanto do franqueado.  Se há controvérsias e exceções é preciso estudar caso a caso,  Mas o fato é que, para aquele que deseja investir no próprio negócio com baixo risco ou para aquele que deseja expandir sua marca pelo Brasil adentro de modo rápido e efetivo, o modelo continua sendo o mais adequado.

A discussão em torno do nascimento do modelo de franquias é bastante antiga.  Há quem defenda que se iniciou com a partição do poder dos reis que delegavam a senhores o direito de cobrar impostos em seu nome.  Mas no mundo da economia moderna, replicar a operação e garantir a outros a exploração da marca e distribuição de produtos e serviços, passou até pelas super fábricas de automóveis no sistema de concessionárias.


Mais recente, com o modelo de vendas da Singer, foi só na metade do século passado que o franchising, como conhecemos hoje, tomou corpo e destaque com as franquias de "fast food".  No Brasil, no entanto, de maneira meio atrasada, as franquias de maior repercussão foram as de vestuário, em meados dos anos 80s com o crescimento da cultura dos shoppings. 

A explosão e mudança de comportamento, que gerou a ascensão vigente, passou pela ação inovadora de alguns profissionais, com destaque a um visionário empreendedor que tive a honra de conhecer de perto.

Foi a partir da Microlins, naquela época dirigida por seu fundador José Carlos Semenzato, que se percebeu mudanças que, se de um lado complicariam a vida dos futuros empreendedores do setor, por outro tornava a vida de franqueados mais completa.

Se a legislação vigente então, que prescrevia algumas poucas obrigações ao franqueador de marcas, era fraca, o formato de trabalho de Semenzato era desafiador.  Entregar bem mais do que era definido "no papel".

Assim, ele criou suporte generalizado a seus franqueados que ia do marketing à gestão, do atendimento à publicidade, do apoio jurídico ao mecanismo de contratação e treinamento.

Embora com altos e baixos em sua história, tanto a marca, quanto seu fundador deixaram sinais indeléveis no franchising e até hoje, quem quiser vender uma franquia terá que oferecer algo mais que a marca e o manual de procedimentos.

Foi saindo do "ventre" da Microlins que tantos profissionais se lançaram como especialistas em alguma ou todas as áreas do negócio.  Uns se puseram a oferecer treinamento e consultoria, outros criaram universidades corporativas.  Há quem lançou lojas de suprimentos e aqueles que oferecem expansão.  Sem falar num considerável número de novos franqueadores.

A cidade em que esse "milagre" ocorreu, se tornou símbolo e nascedouro de grandes marcas por onde desfilam escolas, piscinas, limpeza e cuidados, seguros, óculos e alimentação, dentre outras.

Se alguém deseja transformar seu negócio em uma rede, vai encontrar vasto catálogo de formatadores na cidade, além de um numeroso grupo de consultores de expansão, captadores de leads e agências de publicidade voltadas a isso.

Tendo eu próprio trabalhado em algumas redes, formatado e expandido outras tantas, também fundei marcas próprias.  E isso me deu escopo para acertar e errar e portanto saber alguns detalhes fundamentais.

Como destaque preciso enumerar os principais:

* Unidade Piloto

* Apoio Operacional de Início

* Filtragem Prévia de Candidatos

* Acompanhamento, Cobrança e Fomento de Resultado dos Franqueados.

É possível se criar uma marca de sucesso sem a existência de uma unidade piloto.  Mas é uma loteria de consideráveis problemas.  Como divulgar e replicar um modelo que só existe na teoria?  

Quando se tem uma operação em andamento é possível criar métricas, uniformizar procedimentos positivos e combater, antes de espalhar, o que é negativo.

Já o apoio no início da operação precisa existir.  Um treinamento ao novo franqueado e principais envolvidos no dia a dia da franquia, deve ser seguido de um bom e robusto manual, além da consultoria de implantação até que a operação comece a rodar sozinha.

Isso é bem fácil quando e se no princípio de tudo houve uma escolha com filtragem de candidatos afim de avaliar-lhes a aptidão e disponibilidade.

Um dos grandes erros que cometi, foi negociar unidades com pessoas que não iam assumir diretamente a operação mas colocar parentes, conhecidos ou contratados.  Se um negócio próprio, robusto e cheio de investimentos é arriscado sem os "olhos do dono", não é diferente em uma franquia.  E exigir que o comprador, até para não macular a marca, ficasse com "a barriga no balcão", deveria ter sido regra "sine qua non".

Por fim, criar alternativas, produtos, serviços e mecanismos de ampliação de ganho permanentemente, favorece a todo mundo na rede, desde clientes mais satisfeitos, franqueados mais felizes e franqueadora sólida.




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