quinta-feira, 24 de abril de 2025

Lula envia ao Congresso PEC que reforça combate ao crime organizado e unifica políticas de segurança

 

Imagem - Site do Planalto

O presidente Lula encaminhou oficialmente ao Congresso Nacional, nesta quarta-feira, vulgo ontem, a Proposta de Emenda à Constituição chamada PEC da Segurança Pública, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto.

A medida tem como objetivo centralizar e modernizar as ações de combate à criminalidade, respondendo ao aumento da violência e à pressão da sociedade por soluções efetivas.

A emenda constitucional apresentada pelo governo altera dispositivos da Carta Magna de 1988 para ampliar o papel da União na coordenação de políticas nacionais de segurança pública e defesa social, incluindo o sistema prisional, após consulta a estados e municípios.

Também visa redefinir as atribuições da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, adaptando-as aos novos desafios do crime organizado.

A PEC pretende tornar permanentes os fundos nacionais de Segurança Pública e de Política Penitenciária, garantindo recursos estáveis para essas áreas e padronizar procedimentos, sistemas de informação e estatísticas criminais em todo o país.

Por fim, regulamentar as funções das guardas municipais e criar órgãos de controle internos autônomos (corregedorias e ouvidorias) para maior fiscalização.

Estiveram presentes na solenidade, nomes-chave do governo e do Legislativo, como os ministros Gleisi Hoffmann  das Relações Institucionais, Ricardo Lewandowski  da Justiça e Jorge Messias que é da Advocacia-Geral da União, além dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta.

Lula destacou a urgência da proposta: "Não podemos perder tempo. A população exige ações concretas contra a violência, e essa PEC é um passo decisivo". O presidente também enfatizou a necessidade de cooperação entre União, estados e municípios para que as medidas tenham efeito prático.

A PEC agora depende de aprovação parlamentar para o que serão necessários votos favoráveis de 3/5 dos deputados e senadores, em duas votações em cada Casa.

Mas deverá ser apreciada com a devida agilidade. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou: “O senhor, enquanto presidente da República, tem muita coragem de enfrentar um problema com essa magnitude”.

Se aprovada, a reforma pode significar a maior reestruturação do sistema de segurança pública em décadas, com impactos diretos no combate ao crime organizado e na gestão penitenciária.

O Planalto espera que a tramitação seja concluída ainda esse ano, mas o texto deve enfrentar debates acalorados no Congresso, onde partidos e entidades de segurança pública já sinalizam posições divergentes sobre os detalhes da proposta.


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