Imagem: CNN Brasil |
Sob o disfarce de uma manifestação
democrática, vimos discursos que flertam abertamente com a ruptura da ordem
constitucional.
E entre eles, sob os holofotes de
seus próprios delírios, brilhou o pastor Silas Malafaia.
Malafaia, homem astuto e hábil na
arte de moldar palavras conforme o vento, atacou generais do Exército
brasileiro, chamando-os de "cambadas de frouxos" e
"covardes". E por quê? Porque, em sua visão distorcida, os militares
deveriam "pressionar" o Supremo Tribunal Federal.
Mas que ironia patética! No mesmo
fôlego em que incita a anarquia, tenta se esquivar da responsabilidade,
murmurando: "não é golpe, é só para marcar posição".
Ora, vamos falar francamente:
Se você convoca homens armados
para pressionar o Judiciário, você não está sugerindo um piquenique nem um
passeio cívico. Você está, sem meias palavras, atentando contra a democracia.
Isso é golpe.
Não importa se ao final do grito
se acrescenta um tímido "ou não". O veneno já foi espalhado.
Silas Malafaia não é tolo. Longe
disso. Conhece bem o peso de suas palavras. E é exatamente por isso que sua
fala é ainda mais grave. Não é ingenuidade, é cálculo frio.
O Brasil não precisa de mais
incendiários disfarçados de pregadores. Não precisamos de messias de araque
convocando tanques à porta da justiça.
Precisamos de líderes que defendam
a Constituição, não que a cuspam ao chão quando ela atrapalha seus projetos de
poder.
A história é impiedosa com aqueles
que trocam a esperança pela violência.
E nós, cidadãos atentos, não
permitiremos que os gritos dos irresponsáveis calem o som sereno da democracia.
Silas, que fique o recado:
Neste país ferido, mas ainda de
pé, golpe nunca mais.
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