Imagem: Agência Brasil |
No dia 6 de julho tem eleição quente no pedaço e
não é pra fora, é dentro de casa.
O PT vai escolher quem vai comandar o partido
nos próximos anos, e cinco nomes já se colocaram no tabuleiro. E olha... a
disputa tá animada.
Com a saída de Gleisi Hoffmann para o
ministério das Relações Institucionais, o partido está sendo presidido
provisoriamente pelo senador Humberto Costa.
Mas a eleição oficial tá logo ali, e é bom a
militância ficar ligada.
Vamos conhecer os candidatos cada um com seu
estilo, sua história e sua ideia de futuro pro partido.
Rui Falcão
– O experiente que não quer o PT como puxadinho do governo.
Jornalista, deputado federal por SP e ex-presidente do PT, Rui é o candidato da
corrente Novo Rumo, ou pelo menos de parte dela, porque tem gente lá que
ainda tá indecisa.
Ele defende um partido com autonomia crítica,
firmeza ideológica e mais conexão com as bases.
Foi coordenador de campanha do Lula em 1994 e
da Dilma em 2010.
Aos 81 anos, não perdeu o fôlego e quer um PT
que enfrente o bolsonarismo de frente, sem meias palavras.
Edinho Silva
– O Favorito com F maiúsculo (e com apoio discreto de um certo barbudo famoso).
Ex-prefeito de Araraquara, ex-ministro da Dilma e atual nome da corrente
majoritária CNB.
Tem 59 anos e é o queridinho da cúpula,
inclusive do Lula, embora o apoio seja mais sussurrado que gritado.
Edinho anda rodando o Brasil em campanha (e já
teve que explicar de onde vem a gasolina dessa turnê).
Ele defende um PT mais "humilde",
menos polarizador e mais aberto ao diálogo, até com empresários. Mas essa
moderação toda não agrada a todo mundo...
Washington Quaquá
– O polêmico de Maricá que quer "um PT do povo e das redes".
Prefeito de Maricá pela terceira vez e
ex-deputado federal, Quaquá lançou sua candidatura rompendo com a CNB, a mesma
do Edinho.
Vice-presidente nacional do PT, ele aposta numa
campanha irreverente e popular, com foco em juventude, redes sociais e
criatividade.
Gosta de causar. Recentemente, sua defesa de um
deputado preso foi alvo de críticas dentro do próprio partido, inclusive da
ministra Anielle Franco.
Ainda assim, ele diz que vai devolver ao PT sua
vocação de estar ao lado do povo, com ideias ousadas e sem medo de barulho.
Valter Pomar
– O militante raiz que quer o PT nas ruas, megafone na mão.
Da corrente Articulação de Esquerda, Valter é historiador, professor e
não economiza críticas ao que vê como burocratização e distanciamento do
partido de suas origens.
Quer um PT combativo, socialista, popular e
enraizado nos movimentos sociais.
Critica o processo eleitoral interno, que,
segundo ele, tem muita falha.
Pomar quer o partido alinhado com reformas
estruturais e protagonista internacional, como na COP30.
Romênio Pereira
– O diplomata da ala sindical.
Mineiro, veterano do partido, já foi quase tudo
dentro do PT: vice-presidente, secretário-geral, de Organização, de Assuntos
Institucionais... Hoje, é secretário de Relações Internacionais e quer um PT
mais articulado, sem perder o pé no chão.
É o nome da corrente Movimento PT e
aposta no diálogo, na unidade e numa política de bastidores com muito café e
pouca gritaria.
E agora, companheirada, a bola tá
com vocês.
Mais do que uma disputa de nomes, essa eleição
é sobre o rumo do PT.
Vamos de partido mais institucional ou mais
combativo? Mais conciliador ou mais militante? Mais centrado em Brasília ou de
volta ao chão da fábrica e ao banco da praça?
O bom é que a escolha é coletiva. A militância
é quem decide. E, como sempre, o PT segue fazendo história com debate,
divergência, democracia e... café forte.
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