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Entre memes, teorias da conspiração e torcedores divididos entre "que absurdo" e "onde compro?", uma coisa é certa: o vermelho não é nenhum desconhecido no guarda-roupa da Seleção.
Na verdade, ele já vestiu os
jogadores brasileiros em momentos históricos e tudo tinha explicação, nada de
revolução comunista ou conspiração globalista.
A primeira aparição do vermelho
foi em 1917, durante o Campeonato Sul-Americano. Na época, o Brasil usava
camisa branca, mas como Argentina e Chile também jogavam de branco, não tinha
como todo mundo sair vestido igual. A solução? Improvisar com o vermelho.
Ninguém reclamou, ninguém achou que o país estava abandonando suas raízes, e a
vida seguiu.
Depois, em 1936, nova
edição do Sul-Americano, novo problema: Brasil e Peru chegaram com o mesmo
uniforme branco. Como não dava para decidir no par ou ímpar, a Seleção fez o
que qualquer um faria. Pegou emprestado. Só que, dessa vez, as camisas eram
do Independiente, time argentino. Isso mesmo. O Brasil já jogou de vermelho e ainda por
cima com roupa de hermano. E adivinha? Ninguém pediu impeachment de dirigente
por causa disso.
Agora, a pergunta que não quer
calar: a CBF pode fazer isso? Tecnicamente, o estatuto da entidade
diz que o uniforme da Seleção deve usar apenas as cores da bandeira (verde,
amarelo, azul e branco), mas abre exceção para eventos comemorativos. Foi
assim com a camisa preta em homenagem ao Vini Jr. contra o racismo, e agora com
o vermelho.
Se depender da criatividade (e
das vendas), é capaz de em breve termos uma versão rosa, roxa ou até mesmo
listrada , desde que alguém invente uma justificativa comemorativa convincente. Mas e daí ?
Pra mim eles podem jogar até de pijama, desde que vençam.
Enquanto isso, o debate segue acalorado. De um
lado, os puristas que acham que o Brasil deve se ater ao amarelo, verde e azul.
Do outro, os que lembram que, no fim das contas, o que importa é jogar bem
e se for com estilo, melhor ainda. E tem ainda os que só querem saber de
comprar a camisa antes que vire peça de colecionador.
No fundo, a moral da história é
simples: o futebol brasileiro já passou por mudanças muito mais radicais
do que uma camisa vermelha, e o mundo não acabou. Se a taça vier vestindo
vermelho, ninguém vai reclamar da cor. E se não vier, a culpa certamente não
será do uniforme , mas aí já é outra discussão.
Eu com certeza vou comprar a
minha. O verde e amarelo foi meio que
sequestrado por um público que não torce nem por próprio país. Saí as ruas
levando bandeiras estadunidenses ou israelitas.
Agora virem com esse papinho de “vermelho é coisa de comunista” não
cola, né?
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