Imagem: Terra |
Durante dois dias, motoboys e
ciclistas pararam entregas em shoppings e redes de fast-food, principalmente em
São Paulo, onde fica a sede do iFood.
O motivo da greve é simples: os
valores pagos pelas corridas estão cada vez mais baixos enquanto as plataformas
faturam bilhões.
Os trabalhadores pedem aumento nas
taxas, fim dos pedidos agrupados (que obrigam a fazer várias entregas pelo
preço de uma) e limite de distância para quem trabalha de bicicleta.
O movimento revelou a dura
realidade desses trabalhadores.
Nos grupos de WhatsApp, áudios
mostravam a tensão: de um lado, quem defendia continuar a greve, de outro, os
pressionados pelas contas.
Em alguns lugares, grevistas
chegaram a confrontar colegas que continuavam trabalhando.
O iFood prometeu ouvir as
reivindicações, mas não deu respostas concretas.
Por isso, as lideranças já avisam:
se nada mudar, a próxima paralisação será maior e mais longa.
A mensagem é clara: os
entregadores podem parar o país se quiserem, e as plataformas precisam entender
que não há "entrega rápida" sem trabalho digno.
Enquanto isso, continua o paradoxo.
Os apps chamam esses trabalhadores de "parceiros", mas não garantem
direitos básicos como salário mínimo ou descanso.
A greve mostrou que, mais cedo ou
mais tarde, toda flexibilidade tem seu preço e quem vai pagar são justamente as
empresas que se recusam a negociar.
Cabe a nós, como consumidores e
usuários desse sistema de entregas, sermos solidários e compreendermos as
paralisações, apoiando-as de maneira a auxiliar esses trabalhadores.
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