Imagem: Vatican News |
O papa Francisco continua firme e forte.
Na manhã desta Quinta-Feira Santa,
enquanto os cristãos do mundo todo se preparam para reviver a Paixão de Cristo,
a Basílica de São Pedro acolheu um momento profundamente significativo.
A Missa do Crisma, também chamada
de Missa dos Santos Óleos ou Missa da Unidade. Presidida pelo
cardeal Domenico Calcagno, a celebração reuniu cerca de 1.800
sacerdotes e bispos, que renovaram suas promessas feitas no dia de sua
ordenação, reafirmando seu compromisso de servir a Cristo e à Igreja.
Foi um momento de comunhão
eclesial, onde os óleos sagrados usados nos sacramentos do Batismo, Crisma
e Unção dos Enfermos foram abençoados, simbolizando a unção do Espírito
Santo que consagra e fortalece o povo de Deus.
Em sua homilia, lida pelo cardeal
Calcagno, o Papa Francisco refletiu sobre o significado do jubileu,
não apenas como uma comemoração a cada 25 anos, mas como um "tempo de
graça" que se renova a cada dia na vida do sacerdote.
"Estou aprendendo a ler
minha vida ou tenho medo de fazê-lo?", questionou o Pontífice,
lembrando que cada história pessoal é um "livro aberto", onde
Deus escreve Sua missão. O sacerdócio, ele destacou, não é uma busca por "consenso
ou aprovação", mas um serviço humilde, um "pastor que ama
seu rebanho".
E num convite poderoso, Francisco
exortou:
"Para nós, sacerdotes, o ano jubilar é um chamado específico a recomeçar
sob o sinal da conversão. Peregrinos de esperança, para sairmos do clericalismo
e nos tornarmos arautos de esperança."
O Papa também destacou a
importância da Palavra de Deus na vida do sacerdote, lembrando
que Jesus, em Nazaré, frequentava a sinagoga e lia as Escrituras.
"As Escrituras são a nossa
casa. Aqui está o terreno, o húmus vital que nos sustenta", afirmou. E
acrescentou:
"Queridos sacerdotes, todos
temos uma Palavra a cumprir. Só podemos colocá-la a serviço dos outros se a
Bíblia continuar sendo nossa primeira morada."
Francisco incentivou os padres a
ajudarem os fiéis a encontrarem "as páginas de suas vidas" seja
nos momentos de alegria, como um matrimônio, ou de dor, como um luto. Pois,
como ele mesmo disse:
"Deus nunca falha. É Ele quem
nos evangeliza, nos liberta, abre nossos olhos e alivia os fardos que
carregamos."
Esta celebração não é apenas um
rito, mas um renascimento espiritual. Os óleos abençoados hoje serão
usados ao longo do ano para ungir os fiéis, trazendo cura, força e consagração.
E os sacerdotes, ao renovarem suas promessas, reacendem a chama de seu "Sim" a
Deus.
Num mundo muitas vezes marcado pelo
desânimo, a Missa do Crisma nos lembra que a Igreja é viva,
sustentada pela graça do Espírito Santo e pelo sacrifício
amoroso de seus pastores.
Que este tempo pascal seja, para
todos nós, um jubileu de esperança – um convite a ler nossa
história com os olhos da fé, confiando que, mesmo nas páginas mais
difíceis, Deus está escrevendo uma obra de misericórdia.
"Sim, Amém! É verdade, é firme
como uma rocha!"
Como proclamou o Papa. Que nossa
vida seja sempre essa resposta de fé.
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