Pois é, minha gente. Acordamos neste sábado e o Brasil,
finalmente, parece ter endireitado a coluna.
Antes de tudo, é preciso dizer
com todas as letras que pessoas humanistas não se alegram com prisões, desgraça
alheia ou punições como espetáculo. Não buscamos vingança, nem celebramos dor.
Mas desejar e exigir a prisão de Bolsonaro é, paradoxalmente, também um gesto
de humanidade. Porque sua ação e sua omissão produziram um nível de letalidade
democrática, social e mental que o país não pode mais suportar. Proteger a
democracia é, no fundo, proteger vidas.
Dito isso, o ministro Alexandre
de Moraes decretou a prisão preventiva de Jair Messias Bolsonaro, condenado a
mais de 27 anos de cadeia por tentar um golpe de Estado após perder as eleições
de 2022. Não é gesto simbólico é responsabilização concreta.
Bolsonaro já está na
Superintendência da Polícia Federal, enquanto seus últimos recursos expiram na
segunda-feira. A prisão é preventiva, sim, mas o movimento institucional é
claro. O país não tolera mais atentados
contra a democracia.
Por ora, só ele foi preso. Mas o
processo segue, e quem atentou contra a ordem democrática sabe que o caminho
natural é prestar contas. Tentativas de criar “vigílias”, espetáculos ou
dramatizações se dissolvem diante da firmeza da Justiça.
Enquanto isso, Alexandre Ramagem,
condenado pela trama golpista, fugiu para os EUA, mas também teve a prisão
decretada. A lógica é direta. Quem
tentou romper as regras agora responde por isso, sem subterfúgios.
A defesa de Bolsonaro voltou a
recorrer ao argumento de saúde frágil e risco de vida, mas isso não altera o
essencial. O marco histórico deste sábado é claro. A democracia brasileira mostra que não se
curva à chantagem, ao caos ou à ameaça.
É um momento sério, grave,
histórico.
Mas também é verdade que o país respira melhor.
O Brasil amanheceu com um pouco
mais de chão,
um pouco mais de futuro e um bocado a menos de golpe.
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