Imagem: G1 |
Pense na cena:
Você está no deserto do Atacama, o lugar mais seco
do planeta, onde até os cactos pedem água.
De repente, avista uma duna... de camisetas da
Zara. Um mar de calças Levi’s nunca usadas. Montanhas de casacos da H&M com
etiqueta!
Não, não é miragem. É o "lixão fashion"
mais surreal do mundo, onde 39 mil toneladas de roupas de marca viram areia (literalmente).
E agora, uma ONG tá de "garimpeira de
grife", distribuindo peças grátis pra virar o jogo.
Todo ano, 59 mil toneladas de roupas chegam ao
Chile como refugiadas do consumo.
Peças não vendidas, devolvidas ou com defeito (tipo
aquele botão que se solta antes mesmo da primeira lavagem).
Parte vira contrabando, outra vira lixo clandestino
no Atacama.
E olha que o Chile já tem lei proibindo
isso, porque tecido não é casca de banana: demora 200 anos pra sumir e ainda
solta químicos que fazem o deserto pegar fogo (sim, o cenário pós-apocalíptico
é real).
Enquanto influencers pagam fortunas por um vintage "autêntico",
marcas globais tratam roupas novas como se fossem restos de alface.
Motivo? É mais barato jogar fora do que reciclar ou
doar (a matemática capitalista é um mistério, mas o planeta que se vire).
Imagem: G1 |
A meta? Espalhar consciência e um look novo
enquanto expõe o absurdo.
O setor têxtil é o 2º mais poluente do mundo,
perdendo só pro petróleo.
Se o Atacama fosse um guarda-roupa, seria o
do hoarder mais famoso do planeta.
Se fast fashion é ‘descarte rápido’, o Atacama
virou o armário do fim do mundo.
Que tal um tour ecologicamente
correto no Atacama?
Leve uma mochila vazia e volte com o outfit da
próxima temporada, sem pagar um centavo e ainda salvando o planeta.
Porque, no fim, a moda sustentável não deveria ser
luxo, mas obrigação.
E se as marcas não aprendem, o deserto vira o
brechó mais punk da história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por contribuir com sua opinião. Nossos apontamentos só tem razão de existir se outros puderem participar.