Uma Placa para Nunca Esquecer

 

Imagem: O Globo

Se tem uma coisa que podemos dizer sobre os bolsonaristas, é que eles nunca deixam a gente sem assunto.

Por mais que queiram tirar algum proveito ou vantagem, não... não foi o que esperavam.

Ontem, o tão esperado ato pró-anistia em Copacabana prometia ser um evento histórico, com direito a um milhão de pessoas, discursos inflamados e, claro, muita bandeira do Brasil.

Mas, como já dizia o poeta, "o sonho é grande, e a realidade é pequena". No fim das contas, o que vimos foi um evento que reuniu pouco mais de 18 mil pessoas – ou seja, 982 mil a menos do que o esperado.

E, cá entre nós, até isso pareceu um número generoso.

O ato, que deveria ser uma demonstração de força, acabou se transformando em uma série de momentos hilários.

Para começar, havia a expectativa de que o ex-presidente Jair Bolsonaro fosse o grande astro do evento. E ele até foi, mas não da forma que os organizadores planejavam.

Enquanto discursava, uma placa ao fundo, em uma janela de um prédio próximo, roubou a cena: "Sem Anistia".

A ironia foi tão grande que até os memes ficaram com inveja. Era como se o universo estivesse dizendo: "Não, pessoal, não vai ter anistia não".

E como é que os organizadores permitiram que Bolsonaro discursasse justo naquele ângulo? Será que ninguém olhou para trás? Ou será que a placa foi colocada ali de propósito, por algum gênio do humor (ou algum tipo de anjo) que decidiu sabotar o evento?

Seja como for, a foto já entrou para a história como um dos maiores fails políticos dos últimos tempos.

Mas não foi só a placa que chamou a atenção.

O evento em si foi uma aula de como não organizar um ato público.

Além da baixa adesão, havia uma sensação geral de desleixo.

As bandeiras estavam meio caídas, o som falhava de vez em quando, e o clima era mais de "piquenique na praia" do que de "revolução conservadora".

E, claro, não podemos esquecer dos números. Esperava-se um milhão de pessoas, mas o que se viu foi um público que mal daria para encher um estádio pequeno.

Para piorar, muitos dos presentes pareciam mais curiosos do que militantes. Tinha gente que só foi para ver o que ia acontecer, outros para tirar selfies, e alguns, provavelmente, só estavam de passagem e resolveram dar uma olhada.

O resultado foi um evento que mais parecia uma reunião de família no domingo do que um ato político.

No fim das contas, o ato de Copacabana foi um verdadeiro "fracasso de público e de crítica".

Mas, cá entre nós, foi um fracasso divertido.

A placa "Sem Anistia" já virou meme, os números ridículos viraram piada, e o desleixo dos organizadores deu o toque final de comédia.

Se o objetivo era chamar a atenção, eles conseguiram – só que não da forma que esperavam.

Então, enquanto os bolsonaristas tentam entender onde foi que erraram, o resto do país pode rir tranquilo.

Afinal, política pode ser séria, mas quando a realidade supera a ficção, só nos resta aproveitar o espetáculo. E, no caso de Copacabana, o espetáculo foi hilário.