Imagem: Opera Mundi |
Nilson Dalledone nilsondalledone@gmail.com
Se algum dia você pensou que o Dia Internacional da Mulher foi mais uma proposta, entre muitas, de comerciantes interessados em aumentar o consumo de suas mercadorias, enganou-se. O Dia Internacional da Mulher foi proposto por uma revolucionária alemã, COMUNISTA, que lutava por uma sociedade justa - e não apenas mais justa. Ao lado de Rosa Luxemburg, Karl Liebkecht e outros grandes revolucionários, entendia que não pode existir sociedade justa, enquanto as mulheres não conseguirem conquistar uma vida digna e plena, ao lado de homens que as respeitem, independentemente de diferenças, sejam quais forem. Aprender a lutar lado a lado com mulheres conscientes pode ser um caminho que leva ao respeito mútuo, também, entre homens.
Importante frisar que foi uma mulher comunista, altamente intelectualizada e corajosa que apresentou a proposta de criação do Dia Internacional da Mulher, finalmente, reconhecido pela ONU - Organização das Nações Unidas, em 1975.
Clara Zetkin, mesmo diante de um parlamento alemão (Reichstag) já dominado por facínoras nazistas, a serviço da alta burguesia alemã, manteve sua altivez na luta pela emancipação da CLASSE OPERÁRIA e pelo SOCIALISMO, lutas que caminham juntas com a luta pela EMANCIPAÇÃO DAS MULHERES.
No sistema capitalista nunca será possível a conquista de qualquer direito pleno da classe trabalhadora e, por consequência, das mulheres trabalhadoras. Ao mesmo tempo, como demonstrou Rosa Luxemburg, em seu livro "Reforma, Revisionismo e Oportunismo" não há como qualquer tipo de capitalismo "evolutivo", tal como propôs Eduard Bernstein, um social-democrata alemão de tempos passados, levar as classes trabalhadoras à EMANCIPAÇÃO. O pior é que passado um século esse tipo de proposta continua presente e uma de suas tenebrosas consequências é perfeitamente visível na Europa, onde os tais partidos social-democratas se inclinaram para o fascismo, nos marcos da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Que o Dia Internacional da Mulher seja uma oportunidade de reflexão, tanto para os que, por grave "engano", se alinharam aos super ricos, isto é, à alta burguesia, na condição de liberais, neoliberais, fascistas, nazistas ou na condição de social-democratas de qualquer matiz.
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Busque organizações semelhantes ou idênticas àquela onde Clara Zetkin militava na Alemanha. Não se perca pelo caminho. O tempo perdido em erros não volta atrás.
https://www.brasildefato.com.br/2024/03/08/clara-zetkin-a-feminista-alema-precursora-do-8-de-marco/
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