quinta-feira, 20 de março de 2025

As cores nacionais não são propriedade de uma ideologia. O verde e amarelo pertencem a todos o brasileiros.

 

Entrada do Mercadão Municipal

Recentemente, o prefeito de São José do Rio Preto decidiu substituir as cores municipais, vermelho e preto, pelo verde e amarelo em uniformes escolares e na decoração do aniversário da cidade.

A justificativa, seria uma homenagem ao patriotismo.

No entanto, é impossível ignorar o contexto político em que essa decisão foi tomada, especialmente em um momento em que o verde e amarelo foram apropriados como símbolos de uma parcela específica da população, alinhada ao bolsonarismo e à extrema direita.

É importante destacar que o verde e amarelo são cores nacionais, presentes em nossa bandeira e que representam todos os brasileiros, independentemente de sua orientação política, ideológica ou partidária.

Tentar sequestrar essas cores para associá-las a um único movimento ou ideologia é um equívoco grave e uma afronta à diversidade de pensamento que caracteriza nossa democracia.

A substituição das cores municipais pelo verde e amarelo não apenas apaga a identidade local, mas também reforça uma narrativa perigosa: a de que o patriotismo é monopólio de um grupo específico.

Isso é especialmente preocupante em um momento em que o combate ao fascismo e aos discursos de ódio deve ser uma prioridade coletiva.

Nossa bandeira nacional e suas cores não podem ser reduzidas a símbolos de divisão ou de exclusão.

Ao prefeito e a todos que defendem essa mudança, é preciso lembrar que o verdadeiro patriotismo não se mede pela cor da camisa ou pela adesão cega a um projeto político.

O patriotismo se constrói no respeito à história, à cultura e às tradições locais, assim como na defesa intransigente da democracia e dos direitos de todos os cidadãos.

Substituir as cores municipais pelo verde e amarelo não nos fará esquecer nossa obrigação de combater o fascismo e de preservar a pluralidade que define nossa nação.

Que o verde e amarelo continuem a nos representar como nação, mas que nunca sejam usados como instrumento de exclusão ou de apagamento de nossas identidades locais.

As cores da nossa bandeira são de todos, e não cabem em um único partido ou ideologia.


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