terça-feira, 11 de março de 2025

Uma Escolha Polêmica - Raposa no Galinheiro

Imagem: Opinião Brasília

A escolha de Eduardo Bolsonaro para presidir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados é alvo de críticas. E não é pra menos. 

Um legítimo “traidor da pátria” que clama por intervenção estadunidense no Brasil com a liberdade de viajar e usar a função para isso?

O PT entrou com uma ação no STF pedindo a apreensão do passaporte do deputado, acusando-o de usar viagens internacionais para instigar políticos estrangeiros contra o STF e o governo Lula.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, afirmou que o partido só aceitará Eduardo no cargo se ele estiver sem passaporte, para evitar que a comissão seja usada contra os interesses nacionais.

O PL, maior partido da Câmara, prioriza a nomeação de Eduardo para a Comissão, visando transformá-la em um palco de ataques ao STF e ao governo.

A decisão final depende de votação secreta entre os membros da comissão, mas o PT já sinalizou que fará oposição à indicação caso Eduardo mantenha seu passaporte.

A escolha de Eduardo Bolsonaro para um cargo de tamanha responsabilidade é questionável, dado seu histórico de declarações polêmicas e ações antidemocráticas.

A sociedade e os parlamentares devem ficar atentos para garantir que a CREDN seja liderada por alguém comprometido com os interesses do Brasil, e não com agendas pessoais ou políticas.

O Direito à Defesa e a Presunção de Inocência do ex-ministro Silvio Almeida

Imagem: Poder 360

 Em um Estado Democrático de Direito, os princípios da presunção de inocência e do direito à ampla defesa são fundamentais.

No caso do ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, acusado de assédio moral e sexual, esses direitos devem ser rigorosamente respeitados.

Silvio Almeida é um renomado intelectual, jurista e uma das vozes mais importantes no combate ao racismo no Brasil.  Ser calado, de repente, traz um enorme prejuízo à causa.

O ex-ministro foi exonerado em setembro de 2024 após denúncias de assédio.

Recentemente, o movimento Me Too Brasil apresentou uma queixa-crime contra ele por difamação, após ele sugerir, sem provas, que a organização teria interferido em processos de licitação no ministério.

Sua esposa, Ednéia Carvalho, desabafou no Instagram sobre o impacto emocional da situação: "Conviver com a injustiça, tirarem a sua paz é algo que nem sei explicar".

Agora, além de se defender das acusações de assédio, Almeida enfrenta uma queixa-crime por difamação.

O Me Too Brasil alega que Almeida fez declarações públicas, sem provas, acusando a organização de interferir em licitações e sugerindo superfaturamento.

Essas declarações, segundo o grupo, foram uma tentativa de descredibilizar as denúncias de assédio.

Esse novo capítulo no caso destaca a complexidade da situação, exigindo que todas as partes tenham seus direitos respeitados.

A Constituição Federal garante a presunção de inocência e o direito à ampla defesa.

Silvio Almeida tem o direito de se defender das acusações, apresentando provas e argumentos.

Da mesma forma, o Me Too Brasil tem o direito de buscar reparação por eventuais danos à sua reputação.

A justiça deve ser buscada de forma equilibrada, sem julgamentos precipitados ou exposições sensacionalistas.

O caso de Silvio Almeida reforça a necessidade de respeitar os princípios da presunção de inocência e do direito à ampla defesa. Assim como não devem ser negligenciadas as acusações sobre assédio que devem sim ser comprovadas antes de qualquer outra questão.

Enquanto as investigações seguem, é crucial que a sociedade e as instituições garantam um processo justo e transparente.

A justiça só é verdadeiramente justa quando aplicada de forma equânime e respeitosa a todos.

segunda-feira, 10 de março de 2025

Saúde Mental em Crise

 

Capa do Livro

A matéria recente do G1, intitulada "Crise de saúde mental: Brasil tem maior número de afastamentos por ansiedade e depressão em 10 anos", trouxe à tona um dado alarmante: em 2024, o país registrou mais de 470 mil afastamentos do trabalho por transtornos mentais.

Esse é o maior número desde 2014, e revela uma realidade que não podemos mais ignorar.

Há mais de duas décadas, quando publiquei meu livro Saindo do Fundo do Poço pela Editora Paulinas (1999), já alertava para os perigos do estresse, da ansiedade e da depressão, e como esses transtornos podem impactar profundamente a vida das pessoas.

Na época, o tema ainda era cercado de tabus e pouco discutido publicamente.

Hoje, embora tenhamos avançado na conscientização, os números mostram que o problema só tem se agravado.

A pandemia de COVID-19, a instabilidade econômica, as pressões do mundo moderno e a falta de políticas públicas eficientes para a saúde mental são alguns dos fatores que contribuíram para esse cenário preocupante.

No entanto, é preciso ir além dos números e olhar para as histórias por trás desses afastamentos. Cada caso representa uma pessoa que está lutando contra o esgotamento, a desesperança e, muitas vezes, o preconceito.

Em Saindo do Fundo do Poço, abordo estratégias para enfrentar esses desafios, desde a importância do autoconhecimento até a busca por ajuda profissional.

Reforço que a saúde mental não é um luxo, mas uma necessidade básica para uma vida plena e produtiva. E, diante dos dados atuais, é urgente que empresas, governos e a sociedade como um todo priorizem esse tema.

Precisamos criar ambientes de trabalho mais saudáveis, ampliar o acesso a tratamentos psicológicos e psiquiátricos, e combater o estigma que ainda cerca os transtornos mentais.

A prevenção e o cuidado devem ser vistos como investimentos, não como custos.

Enquanto sociedade, não podemos mais fechar os olhos para essa crise.

A saúde mental é um direito de todos, e só com ações coletivas e individuais poderemos reverter esse cenário.

Como escrevi em 1999, "sair do fundo do poço é possível, mas exige coragem, apoio e, acima de tudo, a certeza de que ninguém precisa enfrentar essa jornada sozinho."

O livro está disponível pelo link:
go.hotmart.com/A93308381Q


domingo, 9 de março de 2025

Outro Plebiscito para a Monarquia? Tá sobrando tempo ou dinheiro?

 

Imagem: Real Pioneiro

A proposta de um plebiscito em 2026 para restaurar a monarquia parlamentarista no Brasil é, no mínimo, um absurdo que ignora a história, a realidade política do país e os desafios atuais da democracia.

A ideia, que ressurge como uma suposta solução para os problemas do presidencialismo, parece mais um devaneio nostálgico do que uma proposta séria e viável. Afinal, há pouco mais de 30 anos, em 1993, os brasileiros já rejeitaram a monarquia em um plebiscito, optando pela manutenção da república presidencialista.

Os defensores da monarquia argumentam que o sistema seria mais eficiente, citando países como Inglaterra, Espanha e Dinamarca como exemplos de sucesso.

No entanto, essa comparação é simplista e desconsidera as profundas diferenças históricas, culturais e sociais entre essas nações e o Brasil.

A monarquia nesses países está enraizada em séculos de tradição e estabilidade política, algo que não existe no Brasil, onde a república foi consolidada após décadas de instabilidade e conflitos.

Além disso, a ideia de que um sistema monárquico parlamentarista reduziria a corrupção e aumentaria os investimentos públicos é ingênua, ou malandra.

A corrupção não é um problema causado pelo sistema presidencialista, mas sim pela falta de transparência e fortalecimento das instituições democráticas.

Trocar o sistema de governo não resolveria esses desafios estruturais, mas pelo contrário, poderia criar novos problemas, como a concentração de poder nas mãos de um monarca ou de um primeiro-ministro sem o devido controle popular.

Promover um plebiscito para discutir a volta da monarquia é um desperdício de recursos públicos em um momento em que o país enfrenta graves crises econômicas, sociais e sanitárias.

O custo de uma consulta popular dessa magnitude poderia ser investido em áreas prioritárias, como saúde, educação e infraestrutura.

Além disso, a proposta desvia a atenção de debates urgentes, como a reforma política, o combate à desigualdade e a modernização do Estado.

Vale lembrar que, em 1993, os brasileiros já rejeitaram a monarquia de forma categórica.

Naquela ocasião, mais de 66% dos votos foram favoráveis à república presidencialista, enquanto apenas 10% optaram pela monarquia parlamentarista.

Ressuscitar essa discussão três décadas depois parece um retrocesso, especialmente em um momento em que a democracia brasileira precisa ser fortalecida, e não questionada por propostas anacrônicas.

A defesa da monarquia no Brasil muitas vezes é embalada por uma visão romantizada do período imperial, ignorando os graves problemas da época, como a escravidão, a concentração de poder e a exclusão política da maioria da população.

A monarquia brasileira foi marcada por conflitos internos, crises econômicas e uma desconexão entre a elite governante e as necessidades do povo.

Voltar a esse sistema seria um passo atrás na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

Sem definição de “quem seria o monarca” a Comissão presidida pela Senadora Damares Alves (olha ela aí de novo), faz com que a proposta de um plebiscito para restaurar a monarquia parlamentarista no Brasil seja, no mínimo, desconectada da realidade do país.

Em vez de gastar tempo e recursos com discussões que já foram resolvidas há décadas, o Brasil precisa focar em reformas que fortaleçam a democracia, na prisão dos envolvidos na tentativa de Golpe de Estado e criar ações que promovam o desenvolvimento social e econômico.

Timão e Peixe se enfrentam em semifinal decisiva do Paulistão

Imagem: Globo Rural

Neste domingo, na Arena do Timão, Corinthians e Santos entram em campo para decidir uma vaga na final do Campeonato Paulista.

O Timão, que teve a melhor campanha na fase de grupos, conta com a vantagem de jogar em casa, mas chega ao confronto pressionado por uma recente derrota na Libertadores.

Já o Santos, que eliminou o Red Bull Bragantino nas quartas de final, chega motivado e disposto a surpreender o rival.

O Corinthians vive um momento delicado. Após um início de temporada promissor, com 11 jogos de invencibilidade, o time sofreu uma dura derrota por 3 a 0 para o Barcelona de Guayaquil, no Equador, pela pré-Libertadores.

O resultado gerou descontentamento entre a torcida e aumentou a pressão sobre o técnico Ramón Díaz e o elenco.

Agora, o Timão encara a semifinal do Paulistão como uma oportunidade para se reerguer e aliviar a tensão.

A classificação para a final do estadual tornou-se quase uma obrigação para o Corinthians, que precisa evitar um cenário ainda mais crítico antes do jogo de volta contra o Barcelona, marcado para quarta-feira agora.

O time, que já havia enfrentado dificuldades para eliminar o Universidad Central na fase anterior da Libertadores, agora precisa mostrar força mental e determinação para superar o Santos.

Ramón Díaz, em coletiva após a derrota no Equador, destacou a importância de reagir: "Temos que crescer com essa situação e mostrar caráter. A vida nos testa para ver se temos determinação. Vamos focar na semifinal contra o Santos e trabalhar para voltar ao nosso melhor futebol."

A expectativa é que o técnico não poupe os titulares, mesmo com o desgaste físico e emocional após o jogo na Libertadores.

O Corinthians precisa reencontrar sua consistência para garantir a vaga na final e acalmar os ânimos da torcida.

O Santos, por outro lado, chega ao clássico em alta. A equipe eliminou o Red Bull Bragantino nas quartas de final, com uma vitória convincente por 2 a 0, e acumula quatro vitórias consecutivas.

A boa fase começou logo após a derrota por 2 a 1 para o Corinthians, na primeira fase do Paulistão, e desde então o time vem mostrando evolução.

Com um futebol organizado e eficiente, o Peixe tem a missão de surpreender o rival, que teoricamente chega como favorito.

O Santos aposta em sua confiança e no bom momento para garantir uma vaga na final do estadual.

O clássico promete ser equilibrado e emocionante. O Corinthians, mesmo abalado, tem a vantagem de jogar em casa e a necessidade de reagir para manter viva a esperança de um título no início da temporada.

Já o Santos, em boa fase, chega com a confiança de quem busca fazer história e superar o rival em seu próprio estádio.

A torcida espera um jogo intenso, com lances emocionantes e uma definição à altura da importância do confronto.

Seja nos 90 minutos, na prorrogação ou nos pênaltis, o vencedor garantirá uma vaga na final do Campeonato Paulista e dará um passo importante em busca do título estadual.

A Tese da Defesa de Bolsonaro tão fraca quanto poderia ter sido

 

Imagem: InfoMoney

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em resposta às acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República, apresentou uma tese que, longe de ser robusta, parece mais uma tentativa de desviar a atenção e criar uma cortina de fumaça.

A estratégia de solicitar a oitiva de 13 testemunhas, incluindo figuras proeminentes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o ex-vice-presidente Hamilton Mourão, e o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, além de parlamentares bolsonaristas e ex-ministros, revela uma abordagem superficial e pouco convincente.

A lista de testemunhas apresentada pela defesa de Bolsonaro é, no mínimo, questionável.

A escolha de figuras políticas alinhadas ao ex-presidente sugere uma tentativa de politizar o processo, transformando o julgamento em um palco de disputas partidárias.

Governadores, ex-vice-presidentes e generais podem ter relevância política, mas sua contribuição para esclarecer fatos jurídicos específicos é duvidosa.

A defesa parece mais interessada em criar um espetáculo midiático do que em apresentar provas concretas.

Outro ponto frágil da tese da defesa é o pedido para que o caso seja julgado no plenário do Supremo Tribunal Federal.  A alegação de que um julgamento envolvendo um ex-presidente da República deve ocorrer no Tribunal Pleno parece mais uma manobra para prolongar o processo do que uma preocupação legítima com a justiça.

A tendência é que o caso seja julgado pela Primeira Turma do STF, composta por seis ministros, incluindo o relator Alexandre de Moraes. A insistência no plenário parece ser uma tentativa de ganhar tempo e explorar eventuais divisões dentro do STF.

Além disso, a defesa de Bolsonaro não apresenta argumentos jurídicos sólidos que possam refutar as acusações da PGR.

Em vez disso, opta por uma estratégia de distração, focando em questões processuais e na oitiva de testemunhas cuja relevância para o caso é, no mínimo, questionável.

Essa abordagem revela a fragilidade da tese da defesa, que parece mais preocupada em criar uma narrativa política do que em enfrentar os fatos jurídicos.

Vale destacar que a defesa também requentou o pedido de impedimento do Ministro Alexandre de Moraes, alegando suposto parcialidade. No entanto, esse argumento já foi rejeitado anteriormente e não há novidades que justifiquem sua reapresentação. Trata-se de mais uma tentativa de desgastar a imagem do relator e descredibilizar o processo, sem embasamento jurídico consistente.

A tese apresentada pela defesa de Jair Bolsonaro no caso das acusações feitas pela PGR é, em suma, rasa e pouco convincente.

A seleção de testemunhas politicamente alinhadas, o pedido de julgamento no plenário do STF e a insistência no impedimento de Alexandre de Moraes parecem mais estratégias de dilação e distração do que esforços genuínos para esclarecer a verdade.

Em um processo que deveria ser pautado pela seriedade e pelo rigor jurídico, a defesa do ex-presidente deixa a desejar, reforçando a percepção de que se trata de uma manobra política, e não de uma defesa jurídica robusta.

sábado, 8 de março de 2025

DIA INTERNACIONAL DA MULHER: proposta de CLARA ZETKIN, militante comunista alemã

Imagem: Opera Mundi


    Nilson Dalledone 
nilsondalledone@gmail.com 







Se algum dia você pensou que o Dia Internacional da Mulher foi mais uma proposta, entre muitas, de comerciantes interessados em aumentar o consumo de suas mercadorias, enganou-se. O Dia Internacional da Mulher foi proposto por uma revolucionária alemã, COMUNISTA, que lutava por uma sociedade justa - e não apenas mais justa. Ao lado de Rosa Luxemburg, Karl Liebkecht e outros grandes revolucionários, entendia que não pode existir sociedade justa, enquanto as mulheres não conseguirem conquistar uma vida digna e plena, ao lado de homens que as respeitem, independentemente de diferenças, sejam quais forem. Aprender a lutar lado a lado com mulheres conscientes pode ser um caminho que leva ao respeito mútuo, também, entre homens.

Importante frisar que foi uma mulher comunista, altamente intelectualizada e corajosa que apresentou a proposta de criação do Dia Internacional da Mulher, finalmente, reconhecido pela ONU - Organização das Nações Unidas, em 1975. 

Clara Zetkin, mesmo diante de um parlamento alemão (Reichstag) já dominado por facínoras nazistas, a serviço da alta burguesia alemã, manteve sua altivez na luta pela emancipação da CLASSE OPERÁRIA e pelo SOCIALISMO, lutas que caminham juntas com a luta pela EMANCIPAÇÃO DAS MULHERES. 

No sistema capitalista nunca será possível a conquista de qualquer direito pleno da classe trabalhadora e, por consequência, das mulheres trabalhadoras. Ao mesmo tempo, como demonstrou Rosa Luxemburg, em seu livro "Reforma, Revisionismo e Oportunismo" não há como qualquer tipo de capitalismo "evolutivo", tal como propôs Eduard Bernstein, um social-democrata alemão de tempos passados, levar as classes trabalhadoras à EMANCIPAÇÃO. O pior é que passado um século esse tipo de proposta continua presente e uma de suas tenebrosas consequências é perfeitamente visível na Europa, onde os tais partidos social-democratas se inclinaram para o fascismo, nos marcos da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Que o Dia Internacional da Mulher seja uma oportunidade de reflexão, tanto para os que, por grave "engano", se alinharam aos super ricos, isto é, à alta burguesia, na condição de liberais, neoliberais, fascistas, nazistas ou na condição de social-democratas de qualquer matiz.

Leia o artigo, a seguir. Pesquise o assunto.

Busque organizações semelhantes ou idênticas àquela onde Clara Zetkin militava na Alemanha. Não se perca pelo caminho. O tempo perdido em erros não volta atrás.

https://www.brasildefato.com.br/2024/03/08/clara-zetkin-a-feminista-alema-precursora-do-8-de-marco/


A punição é urgente para proteger a democracia

 

Imagem: queissocamarada.com

O bolsonarismo tenta, a todo custo, reescrever a história.

Os criminosos que invadiram e depredaram os três Poderes em 8 de janeiro não são "coitadinhos" manipulados por terceiros. E os conspiradores que tramaram nos bastidores, espalhando mentiras sobre as eleições e articulando até contra a vida do presidente Lula, não são "anjos" injustiçados.

São, sim, protagonistas de um projeto autoritário que colocou a democracia brasileira à beira do abismo.

A tentativa de transformar golpistas em vítimas é uma estratégia perversa.

Quem incitou o ódio, desacreditou as urnas eletrônicas e mobilizou milhares para atacar o coração da democracia em Brasília não merece anistia. Merece punição exemplar.

A impunidade, nesse caso, não seria apenas uma falha da Justiça, mas um convite para que novos golpistas surjam, confiantes de que não haverá consequências para seus crimes.

Os eventos de 8 de janeiro não foram um ato isolado. Eles foram o ápice de uma campanha sistemática de desinformação e desestabilização, que incluiu até planos para um golpe de Estado.

Ignorar a gravidade desses fatos é subestimar a ameaça que ainda paira sobre o país.

A democracia não se fortalece com esquecimento ou perdão, mas com a certeza de que ataques contra ela serão enfrentados com rigor.

Se queremos um futuro onde a democracia seja respeitada, não podemos ceder à narrativa de que "eram apenas manifestantes", velhinhas com bíblicas ou o que o valha.

Eram criminosos. Eram conspiradores. Eram golpistas. E, como tal, devem ser julgados e punidos. E seus provocadores, organizadores, fomentadores, financiadores, inspiradores etc., devem sentir o rigor das leis dessa nação.

A história já nos mostrou que a impunidade é o combustível do autoritarismo.

Desta vez, não podemos falhar. A democracia exige coragem, e a coragem começa com a Justiça.

sexta-feira, 7 de março de 2025

Mais racismo no futebol


Imagem UOL

O atacante do Palmeiras, Luighi, de 18 anos, foi vítima de uma ofensa racista durante o jogo contra o Cerro Porteño no Paraguai.

A partida foi marcada por um episódio lamentável que reforça a necessidade de combater o racismo no esporte, que já está virando moda e na sociedade.

Bem filmado pelas câmaras, um torcedor do time paraguaio dirigiu insultos racistas inclusive em gestos (imitando macaco) ao jogador do Palmeiras.

O clube brasileiro não se calou diante do ocorrido e emitiu uma nota oficial manifestando total apoio a Luighi. No comunicado, o Palmeiras afirmou que irá "até as últimas instâncias" para garantir que os responsáveis pelo ato sejam punidos.

Infelizmente, casos como o de Luighi não são isolados.

O futebol, que deveria ser um espaço de união e celebração da diversidade, ainda é palco de manifestações de racismo e discriminação como o ocorrido há alguns dias em Mirassol contra um membro da segurança do time.

Apesar das campanhas de conscientização e das punições previstas por entidades como a Conmebol e a FIFA, episódios como esse mostram que há um longo caminho a ser percorrido.

A postura firme do Palmeiras em apoio ao atleta é um exemplo de como clubes e instituições devem agir diante de casos de racismo. Denunciar e buscar punições exemplares são passos fundamentais para coibir esse tipo de comportamento.

Além disso, é essencial que as entidades esportivas reforcem medidas educativas e punitivas, garantindo que estádios sejam ambientes seguros e inclusivos para todos.

O combate ao racismo não é responsabilidade apenas dos clubes e das entidades esportivas.

A sociedade como um todo precisa se engajar nessa luta, repudiando atos de discriminação e promovendo a conscientização sobre a importância do respeito e da igualdade racial.

O caso envolvendo Luighi é mais um alerta para a urgência de enfrentar o racismo no futebol e além.

Enquanto houver espaço para esse tipo de comportamento, o esporte e a sociedade estarão distantes de seu potencial de união e transformação.

Que episódios como esse sirvam de motivação para reforçar a luta por um mundo mais justo e igualitário.

Governo zera tributos sobre cesta básica e reduz impostos de importação

 

Imagem: UNIMED
Em um esforço para conter a alta nos preços dos alimentos, o governo federal do presidente Lula, anunciou, na noite desta quinta-feira, a decisão de zerar o imposto de importação sobre itens essenciais como carne, café, milho, açúcar, azeite de oliva, óleo de girassol, sardinha, biscoitos e massas.

A medida, que visa aumentar a oferta desses produtos no mercado interno e reduzir a pressão inflacionária, foi anunciada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.

A redução das tarifas ainda precisa ser aprovada pela Câmara de Comércio Exterior, mas, segundo Alckmin, deve entrar em vigor nos próximos dias.

A isenção de tributos sobre a cesta básica e a redução a zero das tarifas de importação para produtos estratégicos são ações emergenciais adotadas pelo governo.

A expectativa é que, com a maior entrada de itens como carne, café, milho e azeite no mercado nacional, os preços possam cair, beneficiando diretamente os consumidores.

No entanto, o governo ainda não tem uma estimativa clara do impacto dessas medidas nos preços finais.

A medida chega em um momento crítico: alimentação e bebidas foram os itens que mais pesaram sobre a inflação em 2024.

A alta nos preços dos alimentos é um fenômeno global, impulsionado por fatores como a guerra na Ucrânia, os efeitos persistentes da pandemia de Covid-19 e as mudanças climáticas, que afetam a produção e a logística de insumos.

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo acumula altas significativas nos itens alimentícios, pressionando o orçamento das famílias, especialmente as de menor renda.

Apesar da desaceleração da inflação geral em janeiro, os alimentos continuam a ser um dos principais vilões do custo de vida.

A isenção de tributos sobre a cesta básica e a redução das tarifas de importação são medidas que podem trazer alívio imediato aos consumidores. No entanto, especialistas alertam que, para resultados duradouros, é necessário investir em políticas estruturais, como o aumento da produtividade no campo, a melhoria da infraestrutura logística e o incentivo à concorrência no mercado varejista.

Alguns economistas argumentam que a redução de tarifas de importação pode beneficiar produtores estrangeiros em detrimento dos nacionais, afetando a competitividade da agricultura brasileira. Além disso, a desoneração da cesta básica pode representar uma queda na arrecadação de tributos, o que exigirá um ajuste fiscal em outras áreas.

Outro ponto de atenção é a necessidade de garantir que a redução de custos na importação seja repassada aos preços finais para o consumidor.

O governo espera que as medidas ajudem a conter a inflação e garantam o acesso da população a alimentos essenciais. No entanto, é fundamental que essas ações sejam acompanhadas de um planejamento estratégico para enfrentar os desafios estruturais da economia.

Enquanto isso, os consumidores aguardam para ver se, de fato, os preços dos alimentos começarão a cair nas prateleiras dos supermercados.

Mulher - Reflexões e Caminhos para um Futuro Mais Seguro e Igualitário


Imagem: Connect Escolas

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, tem suas raízes nas lutas por melhores condições de trabalho e direitos igualitários, iniciadas no final do século XIX e início do XX.

A data simboliza a resistência e a busca por equidade, mas também serve como um momento para refletir sobre os desafios que persistem.

No Brasil, a realidade das mulheres é marcada pela insegurança cotidiana. Violência doméstica, assédio e feminicídio são problemas graves que afetam milhões, limitando sua liberdade e dignidade.

A falta de políticas públicas eficazes e a cultura machista perpetuam essa situação, exigindo ações urgentes.

Para mudar esse cenário é essencial implementar políticas de amparo e proteção, como ampliação de delegacias especializadas, acesso à justiça e campanhas de conscientização.

Além disso é crucial promover o engrandecimento da mulher na sociedade, com investimentos em educação, saúde e oportunidades no mercado de trabalho, garantindo que todas possam viver com segurança e plenitude.

O Dia Internacional da Mulher não é apenas uma celebração, mas um chamado à ação.

É hora de construir um futuro onde todas as mulheres possam viver sem medo e com igualdade de oportunidades.

quinta-feira, 6 de março de 2025

Trump fala ao Congresso dos EUA: Por que a pena de morte para assassinos de policiais não é a solução

 

Imagem: Poder 360
A proposta de Donald Trump de implementar a pena de morte para assassinos de policiais, apresentada em sua fala ao Congresso, reacendeu um debate polêmico e complexo nos Estados Unidos.

Embora a ideia possa parecer uma resposta contundente à violência contra agentes da lei, ela levanta sérias preocupações éticas, práticas e jurídicas que precisam ser consideradas.

O sistema judiciário dos EUA não é infalível.

Desde 1973, mais de 190 condenados à morte foram exonerados devido a erros judiciais, novos testes de DNA ou provas de inocência.

A pena de morte é irreversível, e qualquer erro pode resultar na execução de um inocente.

Aplicá-la de forma ampla, como proposto por Trump, aumentaria o risco de injustiças irreparáveis.

Estudos mostram que a pena de morte não é mais eficaz do que a prisão perpétua para dissuadir crimes violentos. Criminosos que cometem assassinatos, especialmente contra policiais, muitas vezes agem em momentos de desespero, sob influência de drogas ou em situações de confronto direto, sem considerar as consequências de longo prazo.

Portanto, a ameaça da pena de morte pode não ter o impacto esperado na redução desses crimes.

Contrariamente à crença popular, os processos envolvendo a pena de morte são extremamente caros. Os custos incluem julgamentos prolongados, recursos judiciais e condições especiais de detenção.

Esses recursos poderiam ser melhor investidos em programas de prevenção ao crime, treinamento policial e apoio às comunidades mais afetadas pela violência.

A pena de morte é aplicada de forma desproporcional contra pessoas de baixa renda e minorias raciais.

Nos EUA, afro-americanos e latinos são representados de maneira excessiva no corredor da morte, muitas vezes devido a deficiências no acesso a uma defesa jurídica adequada.

Ampliar o uso da pena de morte pode aprofundar as desigualdades raciais e sociais no sistema de justiça.

A pena de morte é uma forma de violência estatal que perpetua o ciclo de violência, em vez de promover justiça e cura.

Para muitas famílias de vítimas, a execução de um criminoso não traz o alívio esperado. Em vez disso, investir em políticas de reabilitação e justiça restaurativa pode oferecer soluções mais eficazes e humanas.

Embora a proposta de Trump possa parecer uma resposta forte à violência contra policiais, ela ignora as complexidades do sistema judiciário e os riscos de injustiça.

Em vez de adotar medidas punitivas extremas, os EUA deveriam focar em reformas que abordem as causas profundas da violência, como desigualdade social, acesso a armas e falhas no sistema de justiça.

A pena de morte não é a solução; é um retrocesso que pode agravar os problemas que busca resolver.

A verdadeira justiça deve ser construída sobre fundamentos de equidade, prevenção e humanidade, não sobre vingança e punição extrema.

Termina o prazo para Bolsonaro apresentar defesa


Imagem: Imprensa Sindeducação

Após pedidos para ampliar o prazo de defesa, chegou o momento de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentar seus argumentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) em resposta à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O prazo de 15 dias, que começou a contar após a intimação de cada denunciado, termina nesta quinta-feira, também conhecida como “hoje”.

Bolsonaro e aliados são acusados de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e grave ameaça ao patrimônio da União.

As denúncias estão relacionadas a supostas ações durante e após as eleições de 2022, incluindo reuniões com autoridades e o papel nos protestos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando sedes dos Três Poderes foram invadidas em Brasília.

A defesa de Bolsonaro terá a oportunidade de rebater as acusações e tentar evitar que o caso prossiga para julgamento. Se o STF aceitar a denúncia, o ex-presidente poderá enfrentar penas como inelegibilidade e até prisão, para a qual estamos na expectativa.

O caso é mais um capítulo na série de processos que envolvem Bolsonaro no STF, incluindo investigações sobre fake news e suposto assédio ao sistema eleitoral. Sem falar no famoso caso das jóias.

O desfecho pode impactar não apenas o futuro político do ex-presidente, mas também o cenário de polarização no país, enquanto o STF segue no centro das atenções como guardião da democracia e das instituições brasileiras.

A conferir.

quarta-feira, 5 de março de 2025

Boulos: Uma Escolha Estratégica e Necessária

 

A possível nomeação do deputado federal Guilherme Boulos do PSOL-SP, para a Secretaria Geral da Presidência, conforme noticiado por esses dias, é uma notícia que merece ser celebrada e apoiada.

A escolha de Boulos para um cargo de tamanha relevância no governo Lula não só reforça o compromisso do atual governo com os movimentos sociais, mas também traz para o centro do poder uma voz que há anos luta por justiça social, moradia digna e direitos humanos.

Guilherme Boulos é uma das lideranças mais reconhecidas e respeitadas no campo das lutas sociais no Brasil.

Como coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, ele construiu uma trajetória marcada pela defesa intransigente dos direitos das populações mais vulneráveis.

Sua nomeação para a Secretaria Geral, responsável pela interlocução com os movimentos sociais, seria um reconhecimento justo de sua capacidade de diálogo e articulação com essas bases.

Além de sua atuação nos movimentos populares, Boulos é um intelectual de formação sólida, com mestrado em Filosofia pela USP e uma produção literária relevante sobre temas como urbanismo, desigualdade e direitos sociais.

Sua experiência política como deputado federal e candidato à prefeitura de São Paulo em 2020 demonstra sua capacidade de transitar entre a militância e a gestão pública, combinando teoria e prática.

A Secretaria Geral da Presidência é um cargo estratégico, que exige não apenas habilidade política, mas também credibilidade perante os movimentos sociais.

Boulos, com sua trajetória íntegra e compromisso com as causas populares, tem o potencial de revitalizar essa pasta, trazendo novas energias e fortalecendo a conexão do governo com as demandas da sociedade civil.

A nomeação de Boulos também representa uma oportunidade para o governo Lula aprofundar seu diálogo com setores progressistas e ampliar sua base de apoio. Em um momento em que o governo enfrenta críticas de movimentos sociais por supostas "entregas insuficientes", a chegada de uma figura como Boulos pode ajudar a reverter esse cenário, trazendo maior agilidade e efetividade nas respostas às demandas populares.

Além disso, sua presença no governo pode contribuir para a construção de pontes entre o PT e o PSOL, fortalecendo a união das forças de esquerda em um momento político desafiador.

Essa aproximação é fundamental para enfrentar os retrocessos ainda presentes após os anos de governos anteriores e para avançar em uma agenda verdadeiramente transformadora.

A possível nomeação de Guilherme Boulos para a Secretaria Geral da Presidência é uma decisão acertada e estratégica.

Sua trajetória de luta, competência técnica e capacidade de diálogo fazem dele o nome ideal para ocupar um cargo de tamanha importância.

Em um governo que se propõe a ser popular e inclusivo, Boulos representa a voz de quem sempre lutou pelos mais vulneráveis, e sua presença no Palácio do Planalto certamente fortalecerá a conexão entre o poder público e as ruas.

Portanto, é hora de apoiar essa nomeação e reconhecer que, com Boulos, o governo Lula dá mais um passo importante na construção de um Brasil mais justo, democrático e igualitário.

terça-feira, 4 de março de 2025

Quarta-feira de Cinzas, um Convite à Renovação e à Ecologia Integral


Criado em um berço católico, aprendi desde cedo a valorizar as tradições da Igreja Católica.

Embora hoje não frequente mais os bancos da igreja com assiduidade, a Quaresma e a Semana Santa continuam a ter um significado profundo para mim. São momentos de pausa, reflexão e reconexão com valores que transcendem o cotidiano.

A Quarta-feira de Cinzas marca o início desse período especial. Com a imposição das cinzas, somos lembrados de nossa finitude e convidados a um caminho de conversão e renovação espiritual.

É um tempo para olhar para dentro, reconhecer nossas falhas e buscar mudanças que nos aproximem de Deus, do próximo e da criação.

Além disso, a Quarta-feira de Cinzas dá início à Campanha da Fraternidade, uma iniciativa da CNBB que, desde 1964, mobiliza a comunidade cristã em torno de temas sociais e espirituais urgentes.

Em 2025, a Campanha da Fraternidade traz o lema "Fraternidade e Ecologia Integral", um chamado para refletir sobre nosso papel na preservação da Casa Comum, como nos ensina o Papa Francisco na encíclica Laudato Si’.

Essa campanha nos convida a repensar nosso estilo de vida, promover a justiça ambiental e cuidar dos mais vulneráveis, que são os mais afetados pela degradação do planeta.

Para mim ainda, a Quaresma é um período de ressignificação. Mesmo sem seguir todos os dogmas da Igreja, vejo nesse tempo uma oportunidade única para praticar a caridade, exercitar a paciência e fortalecer os laços com aqueles que amo.

A Campanha da Fraternidade reforça esse chamado, lembrando-nos de que a fé se expressa no serviço ao próximo e no cuidado com a criação.

Que esta Quarta-feira de Cinzas nos inspire a viver a Quaresma com propósito, unindo tradição e renovação, fé e ação, em busca de uma vida mais plena, fraterna e em harmonia com a ecologia integral.


segunda-feira, 3 de março de 2025

Um Chamado à Solidariedade e ao Respeito

Imagem - Canção Nova

Em momentos de fragilidade, como a doença que atinge o Papa Francisco, é natural que as pessoas se unam em oração e demonstrem apoio àquele que é considerado um líder espiritual para bilhões de católicos ao redor do mundo.

No entanto, é triste observar que, em meio a tanta solidariedade, há também vozes que torcem contra a sua recuperação.

O Papa Francisco é conhecido por suas posições progressistas em temas como justiça social, meio ambiente e acolhimento aos marginalizados.

Essas posturas, embora aplaudidas por muitos, geram resistência em grupos mais conservadores ou alinhados a visões políticas opostas.

O pontífice tem promovido reformas na Igreja Católica, como a maior inclusão de fiéis divorciados e a abertura ao diálogo com outras religiões. Para alguns, essas mudanças são vistas como uma ruptura com tradições seculares.

Em um mundo polarizado, muitas vezes as pessoas deixam de enxergar a humanidade por trás das figuras públicas. O Papa, como qualquer ser humano, enfrenta desafios de saúde e merece respeito e compaixão.

Notícias falsas e distorções sobre as ações e intenções do Papa podem alimentar sentimentos negativos em relação a ele, mesmo entre aqueles que não o conhecem profundamente.

Independentemente de crenças religiosas, o Papa Francisco tem sido uma voz importante em defesa dos pobres, dos refugiados e do planeta. Sua mensagem de amor e compaixão merece ser valorizada.

Além de ser o líder da Igreja Católica, o Papa é um idoso que enfrenta problemas de saúde, assim como muitos de nossos avós, pais ou amigos. Ele precisa de nossas orações e apoio, não de críticas ou indiferença.

Mesmo em meio às dificuldades, o Papa Francisco tem demonstrado serenidade e confiança em Deus. Sua fé é um exemplo para todos nós, especialmente em momentos de adversidade.

Rezar pelo Papa não significa concordar com todas as suas posições, mas reconhecer sua importância como figura global e desejar o bem para alguém que dedica sua vida ao serviço dos outros.

Em vez de criticar ou torcer contra, podemos escolher entender as razões por trás das opiniões divergentes e buscar o diálogo respeitoso.

Em um mundo tão dividido, a oração pelo Papa pode ser um ato de união e reconciliação, lembrando-nos de que todos somos irmãos.

A doença do Papa nos convida a refletir sobre como tratamos aqueles com quem discordamos. Podemos aprender a separar as ideias da pessoa, reconhecendo a dignidade de cada ser humano.

O Papa Francisco, em sua fragilidade, nos lembra da importância da compaixão e da oração.

Em vez de torcer contra sua saúde, devemos unir-nos em preces por sua recuperação, reconhecendo seu papel como líder espiritual e sua humanidade como pessoa.

Que este momento seja uma oportunidade para cultivarmos a empatia, o respeito e a solidariedade, valores tão necessários em nosso mundo hoje.

Rezemos pelo Papa, pela Igreja e por um mundo mais unido e fraterno, independentemente de nossas religiões, ideologias ou convicções pessoais.

A Maior Festa Cultural do Brasil

Imagem: G1

O Carnaval é muito mais do que uma simples festa.  É uma das expressões culturais mais vibrantes e significativas do Brasil. 

Com origens que remontam às festividades pagãs da Antiguidade, como as Saturnais romanas e os cultos à fertilidade na Grécia, o Carnaval foi adaptado pela Igreja Católica na Idade Média como uma celebração que antecedia a Quaresma. 

Hoje, ele se reinventou e ganhou cores, ritmos e significados únicos em solo brasileiro.

No Brasil, o Carnaval é uma mistura de tradições europeias, africanas e indígenas.  As influências afro-brasileiras são especialmente marcantes, presentes nos ritmos contagiantes do samba, nos tambores dos blocos de rua e na energia dos maracatus. 

A cultura africana trouxe não apenas a musicalidade, mas também a espiritualidade e a resistência, transformando o Carnaval em um espaço de celebração da identidade e da diversidade.

As marchinhas de Carnaval, com seu humor e melodia cativante, são um capítulo à parte dessa história. Canções como "Mamãe Eu Quero", "Abre Alas" e "Cidade Maravilhosa" embalaram gerações e continuam vivas na memória afetiva dos brasileiros. Elas são um retrato da alegria e da irreverência que marcam essa festa.

Além disso, o Carnaval de antigamente era marcado pelas festas de rua nos bairros, onde comunidades inteiras se reuniam para brincar, dançar e cantar. 

Essas celebrações comunitárias, muitas vezes organizadas de forma espontânea, reforçavam os laços entre os vizinhos e criavam um senso de pertencimento. Era um Carnaval mais simples, mas não menos animado, onde a alegria brotava nas ruas e nos corações das pessoas.

Festejar o Carnaval não é um pecado, mas sim uma celebração da vida, da cultura e da alegria. É um momento de liberdade, onde as pessoas podem expressar sua criatividade, dançar, cantar e se conectar com suas raízes.

Além disso, o Carnaval desempenha um papel crucial na economia brasileira, gerando empregos, movimentando o turismo e injetando bilhões de reais na economia a cada ano.

O Carnaval também contribui para a imagem do Brasil no exterior, sendo um dos maiores cartões-postais do país.

Ele atrai turistas de todo o mundo, que vêm para vivenciar a energia única dessa festa.

Mais do que uma celebração, o Carnaval é um símbolo da riqueza cultural brasileira, um tesouro que deve ser preservado e celebrado com orgulho.

Viva o Carnaval, uma festa que une tradição, cultura e alegria, e que continua a encantar o mundo com sua magia e diversidade!


domingo, 2 de março de 2025

Um Vencedor Além do Oscar

 

O filme Ainda Estou Aqui, que concorre ao Oscar em três categorias nesta edição, já pode ser considerado um vencedor.

Mais do que uma obra cinematográfica, ele carrega consigo a força de uma história que resgata a luta contra a ditadura, um período marcante e doloroso da nossa história.

A narrativa, que emociona e provoca reflexões, transcende as telas e se torna um símbolo de resistência e memória.

No centro dessa obra está Fernanda Torres, uma artista que parece carregar a arte no DNA.

Filha de grandes nomes do cinema brasileiro, Fernanda não apenas honra seu legado familiar, mas também o expande com sua atuação poderosa e sensível.

Sua interpretação no filme é um verdadeiro tour de force, capturando a essência de uma personagem que personifica a luta pela liberdade e pela dignidade humana.

O reconhecimento do público foi imediato. Desde sua estreia, Ainda Estou Aqui atraiu multidões às salas de cinema, que frequentemente ficaram superlotadas.

Esse engajamento massivo não só reflete a qualidade do filme, mas também a importância de sua mensagem.

O longa-metragem conquistou um recorde de público, consolidando-se como um fenômeno cultural e um marco no cinema brasileiro contemporâneo.

Mais do que estatuetas, o verdadeiro prêmio de Ainda Estou Aqui é seu impacto. Ele nos lembra que a arte tem o poder de preservar a memória, inspirar mudanças e unir pessoas em torno de causas maiores.

Independentemente do resultado da cerimônia do Oscar, o filme já garantiu seu lugar na história, não apenas como uma obra cinematográfica, mas como um testemunho vivo da resistência e da esperança.

Parabéns a toda a equipe envolvida, especialmente ao diretor Walter Salles, cuja visão e sensibilidade trouxeram essa história à vida; ao escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que originou essa emocionante adaptação; a Fernanda Torres e Selton Mello, cujas atuações brilhantes elevam o filme a um patamar extraordinário; e a todos os demais membros da equipe, cujo trabalho incansável tornou essa obra possível. 

Ainda Estou Aqui é, sem dúvida, um vencedor.

sábado, 1 de março de 2025

Uma Escolha Estratégica para Fortalecer o Governo Lula

Imagem: BBC

 

O presidente Lula convidou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para comandar a Secretaria de Relações Institucionais.

A nomeação de Gleisi é uma decisão que reforça a capacidade do governo Lula em construir pontes, negociar consensos e garantir a governabilidade em um cenário político complexo.

Com uma trajetória marcada por competência, liderança e compromisso com as causas progressistas, Gleisi assume o cargo com a experiência e a habilidade necessárias para enfrentar os desafios que estão por vir.

Ela é uma das figuras mais respeitadas e influentes do Partido dos Trabalhadores e da política brasileira.

Sua trajetória inclui passagens pelo Executivo, como ministra-chefe da Casa Civil no governo Dilma Rousseff, e pelo Legislativo, onde atualmente exerce seu mandato como Deputada Federal pelo Paraná.

Sua capacidade de articulação e negociação foi fundamental em momentos críticos, como a defesa da democracia durante o impeachment de Dilma e a resistência aos ataques sofridos pelo PT nos últimos anos.

Sua resiliência e firmeza diante das adversidades são qualidades que a tornam uma líder única.

Gleisi não apenas enfrentou desafios políticos, mas também superou obstáculos pessoais, demonstrando uma força que inspira e motiva aqueles ao seu redor.

A Secretaria de Relações Institucionais é um dos pilares fundamentais para o sucesso de qualquer governo, especialmente em um Congresso fragmentado e com múltiplos interesses.

Gleisi chega ao cargo com uma habilidade comprovada de construir diálogos e estabelecer alianças sem abrir mão dos princípios e valores do PT.

Sua capacidade de ouvir diferentes vozes e encontrar pontos de convergência será essencial para garantir a aprovação de projetos prioritários e a estabilidade política do governo Lula.

Além disso, Gleisi tem um profundo conhecimento das dinâmicas partidárias e das demandas regionais, o que a torna uma articuladora estratégica para negociar com governadores, prefeitos e lideranças de diversos setores.

Sua presença no cargo reforça o compromisso do governo com a inclusão e a representatividade, trazendo uma perspectiva feminina e progressista para o centro das decisões.

A nomeação dela também simboliza uma renovação na equipe de Lula, trazendo uma liderança que combina experiência e capacidade de inovação.

Sua chegada à Secretaria de Relações Institucionais sinaliza que o governo está disposto a ouvir e integrar diferentes visões, fortalecendo a unidade da base aliada e ampliando o diálogo com a oposição quando necessário.

Gleisi representa a força das mulheres na política e a importância de ocuparem espaços de poder com competência e determinação.

Sua nomeação é um reconhecimento não apenas de sua trajetória, mas também do papel fundamental que as mulheres desempenham na construção de um país mais justo e democrático.

Enfim, a escolha de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais é um acerto estratégico do governo Lula.

Sua nomeação é um passo importante para fortalecer a democracia, a governabilidade e a representatividade no Brasil.

Uma Escolha Polêmica - Raposa no Galinheiro

Imagem: Opinião Brasília A escolha de Eduardo Bolsonaro para presidir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados é alvo de cr...