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De acordo com o mais recente relatório
do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, divulgado nesta
terça-feira, mais conhecida como hoje, o país subiu cinco posições no Índice
de Desenvolvimento Humano, passando da 89ª para a 84ª colocação entre
193 nações avaliadas.
O IDH é um dos principais indicadores
mundiais de qualidade de vida, medindo três dimensões essenciais: expectativa
de vida, educação e renda per capita.
Em 2023, o Brasil alcançou uma
pontuação de 0,786 (em uma escala que vai de 0 a 1), contra 0,760 em
2022. Isso coloca o país na categoria de "alto desenvolvimento humano”,
um avanço significativo, mas que ainda deixa o Brasil distante das nações mais
desenvolvidas, como Suíça, Noruega e Alemanha, que lideram o ranking.
Segundo o PNUD, alguns fatores foram
decisivos para o crescimento do IDH brasileiro. O aumento da renda nacional
bruta per capita, reflexo da recuperação econômica, com geração de empregos e
políticas de redistribuição de renda, como o fortalecimento do Bolsa
Família e o aumento real do salário mínimo.
Além disso, a recuperação dos
indicadores de saúde. A expectativa de
vida, que havia caído durante a pandemia, voltou a crescer, graças à retomada
da atenção primária no SUS e à ampliação de programas de prevenção.
Apesar do progresso, o relatório
aponta dois grandes desafios: a educação estagnada, onde o tempo médio de
estudo dos brasileiros (7,6 anos) ainda está abaixo da média dos países com IDH
alto (10 anos). Isso limita nossa capacidade de subir ainda mais no ranking.
E também as desigualdades regionais. Enquanto
municípios como São Caetano do Sul (SP) têm IDH próximo ao da Europa,
cidades do Norte e Nordeste ainda enfrentam graves deficiências em saúde,
infraestrutura e acesso à educação.
Na América Latina, o Brasil está
atrás de Chile, Argentina e Uruguai, mas à frente de Paraguai, Bolívia e
Venezuela. Globalmente, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar os
líderes do IDH, como Islândia (0,972) e Noruega (0,970).
Devemos seguir um passo à frente, mas sem
baixar a guarda
A subida no IDH é uma boa notícia,
mas não significa que os problemas estruturais do país foram resolvidos. Para
avançar ainda mais, o Brasil precisa:
investir pesado em educação para reduzir a evasão escolar e melhorar a
qualidade do ensino.
Combater as desigualdades regionais levando saúde, saneamento e
oportunidades aos municípios mais pobres.
E manter
políticas de redistribuição de renda afim de garantir que o crescimento
econômico beneficie a população mais vulnerável.
O caminho é longo, mas a direção está
correta. O Brasil está se movendo, e agora é hora de acelerar.
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