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Sob o pretexto de combater o
"antissemitismo" e impor "ordem", o governo republicano
desfere golpes brutais contra o ensino superior, estrangulando financiamentos,
perseguindo estudantes e professores, e impondo censura disfarçada de "nova
diretriz pedagógica".
A Universidade de Columbia foi a
primeira a cair. Em março de 2024, o governo anunciou um corte agressivo em
financiamentos, acusando a instituição de não reprimir protestos estudantis
contra os bombardeios israelenses em Gaza.
A mensagem era clara: quem ousar
questionar a política externa dos EUA ou defender direitos humanos pagará o
preço.
Mas o alvo não foi apenas Columbia. A
investida se espalhou como um vírus. Harvard, símbolo máximo da excelência
acadêmica, teve valores congelados por resistir à interferência do governo em
seu currículo e processos de admissão.
Trump, em sua característica sutileza
autoritária, ameaçou até mesmo revogar o status de isenção fiscal da
universidade, declarando em sua plataforma Truth Social: "É o
que eles merecem".
Northwestern viu milhões evaporarem,
sufocando pesquisas científicas cruciais. Princeton teve bolsas de pesquisa
suspensas sem explicação. E a justificativa? Uma vaga retórica sobre
"antissemitismo" e "segurança nacional", termos que, na prática, servem como desculpa
para calar vozes dissidentes.
Segundo um professor, eles (do governo)
pedem uma ‘revisão da linguagem’, o que significa eliminar qualquer menção a
direitos humanos, imigrantes, minorias raciais e LGBTQ+.
A cada dois dias, um novo e-mail
anuncia mais cortes, mais censura, mais medo.
O que está em jogo não é apenas
dinheiro, mas a própria alma da educação.
Trump não quer "proteger" as
universidades, quer domá-las, transformá-las em extensões dóceis de seu projeto
de poder. A liberdade acadêmica, a diversidade de pensamento, a crítica social?
Tudo isso está na mira.
E enquanto o governo celebra seus
cortes como "vitórias", os laboratórios fecham, os pesquisadores
fogem, e as salas de aula se tornam territórios vigiados.
O que resta é uma pergunta
assombrosa: quantas ideias morrerão antes que alguém consiga frear essa
máquina de destruição?
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