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Na madrugada deste domingo, o Brasil
acordou com a notícia de que um possível atentado contra o público do megashow
de Lady Gaga em Copacabana foi evitado graças à ação rápida da Polícia Civil do
Rio de Janeiro e do Ministério da Justiça.
A ameaça, divulgada em redes sociais,
trazia consigo um teor de ódio que, infelizmente, não é novidade para a
comunidade LGBTQIA+, sempre alvo de violências físicas e simbólicas.
Lady Gaga, ícone global da música e
ativista pelos direitos LGBTQIA+, reuniu mais de 2 milhões de pessoas em um
espetáculo que celebrava a diversidade, a arte e a liberdade de ser.
Saber que esse espaço de alegria e
acolhimento poderia ter se transformado em tragédia é aterrador. Ainda mais
revoltante é constatar que, mais uma vez, a existência de corpos dissidentes
foi vista como motivo para ameaças.
É urgente lembrar: a
LGBTQIA+fobia mata.
O Brasil lidera há anos o ranking
mundial de assassinatos de pessoas trans. A cada dia, gays, lésbicas,
bissexuais e outras identidades enfrentam discriminação, agressões e discursos
de ódio que, como vimos, podem escalar para planos de extermínio em massa.
A tentativa de ataque ao show não foi
um incidente isolado, foi a manifestação extrema de uma cultura que normaliza a
violência contra quem ousa existir fora da norma cis-heteronormativa.
À comunidade LGBTQIA+, nosso abraço
solidário e nossa voz em coro. Vocês não estão sozinhos. A arte de Lady Gaga e
a força de milhões na praia são provas de que o amor e a resistência são mais
poderosos que qualquer bomba.
Às autoridades, cobramos investigação
rigorosa, punição exemplar aos responsáveis pelas ameaças e políticas efetivas
de proteção a eventos que celebram a diversidade.
Que esse episódio não nos paralisem
pelo medo, mas nos mobilizem por justiça.
Seguiremos, membros ou não da
comunidade LGBTQIA+, ocupando espaços, cantando alto, dançando sob as estrelas,
porque sua existência é revolução, e nenhum ódio apagará suas cores.
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