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Se você ainda repete, em tom de acerto de contas:
"Ah, mas e o Mensalão do PT?"
Então deixe-me refrescar sua memória, porque ela parece ter sido apagada a
seletivas prestações.
O Mensalão não foi só do PT.
Foi do PSDB, em Minas, esquecido nos escaninhos da Justiça.
Foi de Valdemar Costa Neto, condenado e hoje anfitrião do partido de Bolsonaro.
Gritos contra a corrupção que, à noite, viram sussurros de cumplicidade.
R$ 170 milhões do Mensalão foi Grave, sim.
Mas e os R$ 54 bilhões do orçamento secreto do Lira e do Bolsonaro,
sem rosto, sem rastro, sem remorso?
Teve o governo Temer e suas malas de dinheiro vivo.
O Collor, apeado da presidência e depois reeleito senador, agora novamente
enredado nas teias da lei.
Se fosse sobre corrupção, ninguém votaria em quem
tem rabo preso até o pescoço. Bolsonaro e sua família que navegam em
denúncias. Em políticos do PL.
Mas o antipetismo nunca foi sobre ética.
É sobre o pavor de um país onde o pobre não só
entra na universidade, mas ocupa espaços que antes lhe eram negados.
Onde a doméstica não só serve o almoço, mas senta à mesa de um restaurante.
O PT errou? Errou. Mas enfrentou a Justiça, as
CPIs, as celas.
Nenhum presidente petista soltou aliados com
canetadas. Nem trocou delegados ou ministros para interferir nas investigações.
A Polícia Federal prendeu, o STF julgou e ninguém
torceu as regras do jogo.
Já outros...
Falam de combate à corrupção enquanto abraçam condenados.
Gritam "bandido bom é bandido morto", exceto quando é do seu partido.
Corrupção existe. Mas toma cuidado com sua indignação,
viu? Seletividade é outra forma de sujeira. É a corrupção da verdade.
E essa, meus amigos, não se lava com lava-jato.
Só com memória.
Concordo plenamente
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