Imagem - BBC |
O que sempre foi denunciado como uma tentativa de
golpe de Estado, agora tem voz, tom, e até confissão de culpa. Não se trata de
especulação. Foi um projeto de violência política, com nomes, armas, planos e
alvos bem definidos: Lula, Alckmin, Alexandre de Moraes.
Um grupo armado, infiltrado, disposto
a “matar meio mundo de gente” para impedir a posse de um presidente eleito
democraticamente.
O mais estarrecedor é que Soares não fala como um
radical isolado. Ele menciona "operações especiais", "poder de
fogo elevado" e até a frustração da tropa por não ter recebido a ordem de
Bolsonaro. Ou seja, havia estrutura, vontade e prontidão. O que faltou, segundo
ele, foi "pulso" de quem deveria ter dado o comando. É o bolsonarismo
em seu estado mais cru.
Um projeto autoritário que alimentou
milícias ideológicas, armou fanáticos e tentou sequestrar as instituições com a
força bruta.
Aqueles que por tanto tempo chamaram de
"narrativa" as denúncias sobre o golpe agora se veem diante da
realidade gravada.
O bolsonarismo nunca foi um simples
movimento conservador. Foi e continua sendo uma ameaça real à democracia, que
planejou atentar contra a vida de seus opositores políticos e contra a ordem
constitucional.
A história já conhece esse roteiro: começa com o
discurso do “patriota indignado”, passa pela militarização do ódio e termina
com o projeto de destruição da democracia.
O Brasil escapou por pouco. Mas as
provas continuam surgindo, e agora ninguém mais poderá alegar desconhecimento.
Não é exagero. É fato.
A cada áudio revelado, a cada investigação
aprofundada, fica claro. O golpe só não
aconteceu porque não tiveram coragem suficiente.
E o país não pode fingir que não
ouviu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por contribuir com sua opinião. Nossos apontamentos só tem razão de existir se outros puderem participar.