sexta-feira, 16 de maio de 2025

"Matar Meio Mundo" - O Golpe de Bolsonaro Tem Voz, Armas e Confissão

 

Imagem - BBC
As mensagens de áudio do agente da Polícia Federal, Wladimir Soares, tornadas públicas pelo STF, não deixam mais espaço para eufemismos.

O que sempre foi denunciado como uma tentativa de golpe de Estado, agora tem voz, tom, e até confissão de culpa. Não se trata de especulação. Foi um projeto de violência política, com nomes, armas, planos e alvos bem definidos: Lula, Alckmin, Alexandre de Moraes.

Um grupo armado, infiltrado, disposto a “matar meio mundo de gente” para impedir a posse de um presidente eleito democraticamente.

O mais estarrecedor é que Soares não fala como um radical isolado. Ele menciona "operações especiais", "poder de fogo elevado" e até a frustração da tropa por não ter recebido a ordem de Bolsonaro. Ou seja, havia estrutura, vontade e prontidão. O que faltou, segundo ele, foi "pulso" de quem deveria ter dado o comando. É o bolsonarismo em seu estado mais cru.

Um projeto autoritário que alimentou milícias ideológicas, armou fanáticos e tentou sequestrar as instituições com a força bruta.

Aqueles que por tanto tempo chamaram de "narrativa" as denúncias sobre o golpe agora se veem diante da realidade gravada.

O bolsonarismo nunca foi um simples movimento conservador. Foi e continua sendo uma ameaça real à democracia, que planejou atentar contra a vida de seus opositores políticos e contra a ordem constitucional.

A história já conhece esse roteiro: começa com o discurso do “patriota indignado”, passa pela militarização do ódio e termina com o projeto de destruição da democracia.

O Brasil escapou por pouco. Mas as provas continuam surgindo, e agora ninguém mais poderá alegar desconhecimento.

Não é exagero. É fato.

A cada áudio revelado, a cada investigação aprofundada, fica claro.  O golpe só não aconteceu porque não tiveram coragem suficiente.

E o país não pode fingir que não ouviu.


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