quinta-feira, 29 de maio de 2025

PT Mostra sua Força e a Grandeza da Democracia Partidária em Debate entre Presidenciáveis

 


O PT reafirma, mais uma vez, sua essência democrática e sua vocação para o debate político plural e transparente. No próximo dia 2 de junho, promove o primeiro debate virtual entre os candidatos à presidência nacional do partido no Processo de Eleição Direta, o PED 2025.

Quatro grandes quadros da história do PT colocam suas ideias, seus projetos e suas visões de futuro à disposição da militância e da base partidária: Edinho Silva, Romenio Pereira, Rui Falcão e Valter Pomar.

Esse não é apenas um debate sobre nomes. É uma demonstração viva de que o PT segue sendo o maior instrumento de transformação social do país, comprometido com a democracia interna, com o fortalecimento da luta popular e com os desafios que estão postos para o Brasil e para o mundo.

Diferente dos partidos que se organizam em torno de chefes, oligarquias ou do fisiologismo barato, o PT se estrutura a partir do diálogo, da disputa saudável de ideias, da participação da militância, das tendências e das forças que ajudam a construir sua história.

Este debate é mais do que uma formalidade: é a prova de que seguimos fortalecendo nossas raízes, oxigenando nossa direção e nos preparando para os desafios da conjuntura atual: a defesa da democracia, o enfrentamento ao avanço do neofascismo e o compromisso inabalável com um Brasil soberano, justo e solidário.

O Processo de Eleição Direta (PED) é um dos maiores exercícios de democracia partidária do mundo. E essa etapa, em especial, que define quem conduzirá a Presidência Nacional do PT nos próximos anos, ganha ainda mais importância num cenário em que a extrema direita global ameaça as conquistas dos povos e tenta, a todo custo, enfraquecer os partidos populares.

A participação da militância nesse debate não é apenas um direito. É um dever histórico. Porque escolher quem dirige o nosso partido é, também, escolher qual projeto de país queremos construir, quais alianças priorizar, quais pautas fortalecer e quais estratégias seguir na luta institucional, nas ruas e nas redes.

Portanto, que todos e todas estejam atentos, conectados e mobilizados no dia 2 de junho, para acompanhar esse momento decisivo. Que possamos ouvir, refletir, debater e, principalmente, fortalecer a unidade e a potência do nosso PT.

Mais do que nunca, precisamos de um partido forte, presente nas lutas, nas periferias, nos movimentos sociais, nas redes e nas instituições. Precisamos de uma direção à altura dos desafios de nosso tempo.

Viva o PED! Viva a democracia partidária! Viva o PT!
E que vença o projeto que mais fortaleça a luta do povo trabalhador!

Quando o Universo Sussurra Mistérios

 

No imenso palco do cosmos, onde dançam estrelas, galáxias e sonhos, um novo suspiro do infinito chegou até nós. Um sussurro vindo das profundezas da Via Láctea. Uma batida rítmica, insistente, que pulsa a cada 44 minuto, como se fosse o coração secreto de um mistério maior.

Os olhos atentos dos astrônomos, voltados ao céu em busca de respostas, encontraram aquilo que talvez seja a própria definição do desconhecido: um objeto que desafia a lógica, a física e, quem sabe, tudo o que julgávamos entender sobre o Universo.

Batizado de ASKAP J1832−091, esse enigma cósmico emana ondas de rádio e raios X, ora se acende, ora mergulha no silêncio, como quem brinca de esconde-esconde com a humanidade. Está lá, a 15 mil anos-luz da Terra, nem tão longe para o cosmos, mas imensamente distante para nossas frágeis asas tecnológicas.

E o que é? Talvez uma estrela morta, uma estrela de nêutrons ou uma anã branca, velha e cansada, mas ainda capaz de enviar suas mensagens à eternidade. Talvez algo que sequer temos nome, algo que escapa dos nossos livros, dos nossos cálculos, das nossas certezas. Um lembrete arrogante, porém belo, de que sabemos tão pouco.

Nos mostra que, quanto mais descobrimos, mais vasto se torna o campo da ignorância. Mas, veja bem, isso não é um lamento. Isso é bênção. Isso é poesia viva. Porque enquanto houver mistérios no céu, haverá motivos para sonhar, para estudar, para buscar.

Cada pulsação desse corpo desconhecido é como uma batida de tambor que ecoa no peito dos curiosos, dos cientistas, dos poetas, dos magos, dos loucos e dos sonhadores. É como se o Universo dissesse:
"Vocês ainda não sabem tudo… e que bom que não sabem."

E quem sabe se lá, na cadência desse sinal cósmico, não esteja escondida alguma chave? Uma pista sobre como a matéria se curva, sobre como o tempo se dobra, sobre como a vida, essa teimosa viajante, pode existir nas formas mais inesperadas, até nos confins do desconhecido.

Somos poeira das estrelas, sim, mas também somos consciência que olha para o alto, ouvidos que escutam o silêncio e mãos que escrevem a própria história.

Que venha o desconhecido. Que venham os enigmas. Que nunca nos falte a coragem de perguntar.
Porque enquanto o Universo tiver algo a dizer, nós estaremos aqui… prontos para ouvir.


quarta-feira, 28 de maio de 2025

Marina "Morena": uma mulher que carrega a floresta nas veias e a dignidade na alma

 

Imagem - ICL Notícias

O que aconteceu na Comissão de Infraestrutura do Senado não foi um simples debate acalorado. Foi um espetáculo grotesco de misoginia, racismo, arrogância e autoritarismo. Um ataque não só à ministra Marina Silva, mas à história de resistência, de dignidade e de compromisso que ela representa para o Brasil e para o mundo.

Marina não é ministra por acaso. É filha da floresta, mulher preta, nordestina, seringueira, alfabetizada aos 16 anos, formada em história, ex-senadora, ex-ministra e uma das maiores referências mundiais na luta ambiental. Está no Ministério não porque alguém lhe deu esse lugar, mas porque ela construiu, com sua luta, sua coerência e sua integridade, esse caminho.

Enfrentou madeireiros, grileiros, criminosos ambientais, enfrentou governos, corporações e agora precisa, lamentavelmente, enfrentar também senadores que, ao invés de debater com argumentos, preferem tentar humilhar, intimidar e constranger uma mulher que nunca se curvou.

Ouvir de um senador que “a mulher merece respeito, mas a ministra não” não é só violência verbal. É a mais pura expressão do machismo estrutural, do racismo institucional e do desprezo pelas causas que defendem a vida, a natureza e os direitos humanos.

Dizer “ponha-se no seu lugar” a uma mulher como Marina é ignorar que o lugar dela é exatamente onde ela está: no centro das decisões, no comando da política ambiental de um país que tem a maior biodiversidade do planeta e que, se não cuidar disso, compromete o futuro não só dos brasileiros, mas da humanidade inteira.

Marina não se calou. Não se calaria. Não se cala quem tem a floresta como escola, quem carrega na pele as cicatrizes da pobreza, do preconceito e da luta. Marina ergueu-se, olhou nos olhos de quem tentou humilhá-la e disse: “Eu não sou submissa. Meu lugar é onde todas as mulheres devem estar. E não é um machista, não é um racista, não é um canalha que vai me tirar daqui.”

É preciso dizer sem rodeios: o que fizeram com Marina foi um ataque à democracia, ao meio ambiente, às mulheres, aos povos originários, aos negros e negras deste país. Foi a demonstração explícita do que ainda há de mais podre na política brasileira. Uma política que odeia quem pensa, quem resiste, quem tem coragem de ser digno em um mar de canalhices.

Defender Marina Silva não é só defender uma mulher, não é só defender uma ministra. É defender um Brasil que acredita na vida, que escolhe a dignidade, que escolhe o futuro e não o retrocesso.

Marina não está sozinha. Nunca esteve. Ela carrega a força da floresta, o suor dos seringueiros, a esperança das mulheres negras, a luta dos povos indígenas, a memória de Chico Mendes e o olhar de cada brasileiro e brasileira que sabe que não há desenvolvimento possível sem respeito à vida.

Marina é resistência. É dignidade. É Brasil. E quem ataca Marina, ataca cada um de nós que não aceita baixar a cabeça pra tirania disfarçada de mandato.


terça-feira, 27 de maio de 2025

Ataque à educação pública, à gestão democrática e aos direitos do povo.

 

Imagem G1
O que está acontecendo na rede municipal de ensino de São Paulo não é apenas uma medida administrativa, mas é um alerta gravíssimo sobre o futuro da educação pública na cidade.

O afastamento de 30 diretores escolares, sob a justificativa de baixo desempenho no IDEB, escancara uma política autoritária, tecnocrática e profundamente desconectada da realidade das escolas e das comunidades que elas atendem.

A decisão não veio acompanhada de diálogo, transparência ou qualquer construção coletiva. Simplesmente comunicaram aos diretores que estavam fora. E pior, com a desculpa disfarçada de “formação”, enquanto nomeiam novos gestores que, na prática, funcionam como interventores indicados sem participação dos conselhos escolares, das famílias, dos estudantes ou dos próprios trabalhadores da educação.

Trata-se de um ataque frontal à gestão democrática, princípio conquistado a duras penas, com décadas de luta dos educadores e das comunidades.

O que se desenha é um cenário de desmontagem da escola pública, que já convive há anos com terceirizações em setores como limpeza e alimentação, e que agora vê a ameaça se estender diretamente para a gestão pedagógica.

O uso do IDEB como justificativa não se sustenta. Índices educacionais não podem ser tratados como instrumento de punição. Eles são ferramentas de diagnóstico, não de ranking. Quem conhece de perto a realidade das escolas sabe que uma pequena melhora num contexto de vulnerabilidade social já representa um avanço gigante. Penalizar profissionais por não atingirem metas descoladas da realidade é não só injusto, como perverso.

Além disso, os critérios usados são absolutamente questionáveis. Além das notas, consideraram tempo de permanência na escola e até a quantidade de licenças médicas dos diretores, o que, além de desumano, revela uma lógica perversa de gestão que ignora o adoecimento dos servidores e as desigualdades que atravessam a vida escolar.

E não é coincidência. Tudo isso está diretamente ligado à Lei Municipal nº 18.221, aprovada no apagar das luzes de 2024, sem qualquer debate com os educadores, e que abriu caminho para esse modelo de avaliação punitiva, sem considerar as condições socioeconômicas, culturais e estruturais de cada território.

É um projeto que ataca diretamente a estabilidade dos servidores públicos, gera medo, insegurança, desmobiliza e adoece. Diretores com 10, 20 anos de dedicação às suas escolas, profundamente enraizados em suas comunidades, estão sendo sumariamente afastados como se fossem descartáveis.

Diante desse cenário, é mais do que urgente que a sociedade, os movimentos sociais, os sindicatos e todos que defendem a educação pública se levantem. O SINESP, cumprindo seu papel histórico, já ingressou na Justiça contra essa medida arbitrária e está oferecendo suporte jurídico e emocional aos profissionais afetados. Mais do que isso, está articulando uma frente ampla em defesa da escola pública, contra a privatização disfarçada de “gestão por resultado”.

A Prefeitura, em sua nota, tenta dourar a pílula, chamando o afastamento de “capacitação” e “vivência em outras unidades”. Mas a verdade é que isso não passa de um eufemismo para intervenção administrativa e ataque à autonomia escolar.

Quando atacam os diretores, atacam toda a comunidade escolar. E principalmente, atacam o direito das crianças e dos jovens a uma educação pública, gratuita, de qualidade, construída com democracia e participação.

A educação não é mercadoria. E quem defende a escola pública não se cala diante desse retrocesso. É hora de resistência. É hora de luta.


segunda-feira, 26 de maio de 2025

Por um PT mais forte em Rio Preto, São Paulo e no Brasil

 

Na última sexta-feira, a Casa de Portugal, no coração do bairro da Liberdade, em São Paulo, não foi apenas palco de mais um encontro político.

Foi, na verdade, o ponto de partida de um novo ciclo de reconstrução e fortalecimento do Partido dos Trabalhadores, no estado de São Paulo e em todo o Brasil.

Lideranças de todas as regiões do estado, parlamentares, dirigentes, militantes históricos e novos quadros lotaram o espaço, não apenas para reafirmar sua identidade, mas também para lançar com firmeza duas candidaturas que carregam muito mais que nomes. Carregam projetos.

Carlos Alexandre, Kiko Celeguim e Celi Regina
De um lado, a recondução de Kiko Celeguim à presidência estadual do PT, um dirigente que, com serenidade, firmeza e espírito coletivo, tem sido fundamental na reorganização do partido no estado mais complexo e estratégico do país. Kiko representa uma geração que aprendeu com as lutas do passado, mas que olha pra frente, que aposta na formação política, na mobilização das bases e na retomada da presença do PT nos bairros, nas periferias, nas universidades e nos campos.

Do outro lado, surge com grande força a candidatura de Edinho Silva à presidência nacional do PT. Prefeito de Araraquara, ex-ministro, gestor público reconhecido e quadro político de rara competência, Edinho reúne exatamente aquilo que o momento exige: visão estratégica, capacidade de diálogo, habilidade de gestão e um compromisso inegociável com o projeto democrático e popular que o PT representa.

Da esquerda pra direita - Arthur Grigolin, 
Celi Regina, Edinho Silva e Carlos Alexandre

Este lançamento não é apenas interno. Ele é um chamado para dentro e para fora do partido. Um chamado para as esquerdas, para os movimentos populares, para a classe trabalhadora, para a juventude e para todos e todas que sabem que, diante do crescimento do fascismo, da extrema-direita e dos ataques à democracia, o PT segue sendo a principal trincheira de resistência e de esperança no Brasil.

A CNB (Construindo um Novo Brasil), corrente majoritária do partido, deixa claro: este não é o momento de hesitações. A reeleição de Lula, como símbolo e motor de um projeto nacional de desenvolvimento, soberania e justiça social, precisa caminhar de mãos dadas com um PT forte, organizado, enraizado, capaz de enfrentar os desafios da conjuntura e construir as saídas que o povo brasileiro tanto espera.

Platéia lotada - Casa de Portugal - São Paulo

Não se trata apenas de ocupar espaços na institucionalidade. Trata-se de aprofundar o enraizamento social, de fortalecer o diálogo com os setores progressistas, de construir pontes para uma frente ampla das esquerdas que seja capaz de enfrentar não só o bolsonarismo, mas também as estruturas de desigualdade e opressão que ainda ferem este país.

Kiko e Edinho não representam projetos pessoais. Representam o compromisso coletivo de reorganizar o PT para este novo tempo. Um tempo em que o fascismo não se combate apenas nas urnas, mas também nas redes, nas ruas, nas periferias e no dia a dia das lutas concretas do povo.

São José do Rio Preto não foge dessa lógica. Uma cidade de enorme relevância no cenário estadual e nacional, que precisa, mais do que nunca, de um PT forte, unido e protagonista, capaz de reconstruir sua história, recuperar seu enraizamento e retomar sua força política.

Aqui, nosso desafio é o mesmo: preparar a militância, fortalecer a organização do partido, garantir na região a reeleição de Lula em 2026 e enfrentar, de cabeça erguida, as grandes batalhas que este país ainda precisa travar.

É com esse espírito, com esse compromisso e com essa convicção que coloco meu nome à disposição, como candidato à presidência do Diretório Municipal do PT de São José do Rio Preto.

Estar presente na Casa de Portugal, na capital, neste grande ato político e afetivo, só reforçou em mim a certeza de que este é o caminho certo: reorganizar, mobilizar e fazer do PT a principal ferramenta de transformação social na nossa cidade, no nosso estado e no nosso país.

Se a luta é grande, maior ainda é nossa disposição de seguir fazendo história. E como diria aquele velho bordão que não perde a validade: ninguém solta a mão de ninguém.

Rumo ao PED 2025. Rumo a um partido mais forte.
Kiko no estadual. Edinho no nacional. E Lula, como sempre, no coração do povo brasileiro.


“Basta! Gaza sangra e o mundo se cala”

 

Quantas crianças precisam morrer…
Quantas mães precisam enterrar seus filhos…
Quantas casas precisam virar pó...
Pra que o mundo enfim diga: basta!

O que Israel faz contra o povo palestino não é defesa.
Não é segurança.
É massacre.
É genocídio transmitido em tempo real, sob o silêncio cúmplice das grandes potências.

São milhares de mortos.
Homens, mulheres, velhos, bebês.
Pessoas que só queriam viver.
Ter direito à sua terra, à sua cultura, à sua dignidade.

E o mundo?
Se cala.
Se acovarda.
Ou pior… financia a morte, disfarçada de geopolítica, de segurança, de discurso vazio.

Mas a verdade rompe qualquer bloqueio.
A Palestina resiste.
Gaza sangra, mas não se ajoelha.

O grito que ecoa de cada escombro, de cada criança soterrada, de cada lágrima derramada, é claro e urgente:
Parem o massacre. Parem o genocídio. Palestina quer viver.

E que a história nunca perdoe os que olharam pra outro lado.

domingo, 25 de maio de 2025

Maio Amarelo e Samba: quando a vida pede passagem e a consciência ganha prioridade


 O mês de maio carrega um lembrete urgente, um chamado que ultrapassa semáforos, placas e faixas. É tempo de olhar para o trânsito não como uma simples rotina de deslocamento, mas como um espaço coletivo onde vidas se cruzam, sonhos transitam e, infelizmente, muitas vezes, também se perdem.

O Maio Amarelo é mais do que uma campanha. É um movimento global que surgiu para lembrar que respeitar as leis de trânsito não é apenas um dever, mas é um compromisso com a vida. Criada em 2014, no Brasil, pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, a campanha nasceu como resposta a uma resolução da ONU, que declarou a década de 2011 a 2020 como um período de ações pela segurança no trânsito.

O alerta partiu de um dado estarrecedor: mais de 1,3 milhão de pessoas morrem todos os anos em acidentes de trânsito no mundo. E se nada for feito, esse número pode dobrar. Por isso, o Maio Amarelo acende um farol sobre a urgência de transformarmos nossas atitudes como condutores, pedestres e ciclistas.

O lema “Paz no trânsito começa por você”, carrega a essência da mudança. Porque segurança não é só responsabilidade do outro, do motorista da frente ou do pedestre distraído. Ela começa em cada escolha que fazemos ao assumir um volante, atravessar uma rua ou decidir se o celular é mais importante que o trânsito.

A campanha é construída pela união de instituições públicas, privadas e da sociedade civil, que se juntam em ações educativas, intervenções urbanas, palestras, encontros e campanhas nas redes e nas ruas. Tudo com um objetivo muito claro: salvar vidas.

Mas a consciência no trânsito também caminha lado a lado com a responsabilidade de se proteger contra imprevistos. E é aí que entra um outro pilar fundamental da segurança viária: a proteção patrimonial e pessoal.

Por isso, é importante lembrar que, ao longo dos anos, a Samba Corretora de Seguros tem se consolidado como uma parceira essencial para quem entende que prevenir é sempre melhor do que remediar. Especialista em seguros, a Samba oferece não apenas proteção contra acidentes e imprevistos, mas também tranquilidade, segurança financeira e o respaldo de quem conhece profundamente o setor.

Assim como o Maio Amarelo nos convida a cuidar da vida, a Samba Seguros convida você a proteger seu patrimônio, seu veículo e, acima de tudo, sua paz de espírito. Afinal, no trânsito e na vida, a melhor escolha é sempre aquela que garante segurança, cuidado e responsabilidade.


sábado, 24 de maio de 2025

Aldo Rebelo é um espelho das contradições brasileiras

 

Imagem - G1
Por muitos anos, Aldo Rebelo foi apresentado como um quadro exemplar da esquerda brasileira.

Ex-dirigente do PCdoB, ex-presidente da Câmara dos Deputados, ex-ministro de Estado em governos progressistas, seu nome parecia estar atrelado, de maneira incontestável, à luta popular, às causas sociais e às tradições do campo democrático.

Mas, como a história gosta de ensinar, nem sempre a biografia resiste ao teste do tempo. E no caso de Aldo Rebelo, o tempo expôs mais do que rugas. Revelou rachaduras profundas naquilo que, um dia, foi discurso de compromisso social.

O episódio mais recente protagonizado por ele não deixa dúvidas.

Chamado a prestar depoimento por indicação do almirante Almir Garnier, este, acusado de participação direta nos planos golpistas que ameaçaram o país, Aldo não se limitou a colaborar. Tentou, diante de uma autoridade judicial, relativizar, desqualificar e, sobretudo, deslegitimar a própria condução do processo que busca proteger a democracia brasileira.

Diante do ministro Alexandre de Moraes, que tem sido um verdadeiro bastião da resistência institucional, Aldo quis ensaiar uma performance que flertava perigosamente com a arrogância dos que se acham acima das instituições.

Tentou acusar de censura, quis discutir gramática, questionar a legitimidade do ato, como se estivesse numa mesa de botequim esquecendo que, ali, não se julgavam palavras, mas os escombros de uma tentativa de golpe de Estado contra o Brasil.

O ministro, firme, não hesitou em cortar a farsa: "O senhor não tem condição de avaliar a língua portuguesa. Não admito censura. Se insistir, será preso."

O recado foi dado e não era apenas a um indivíduo, mas a toda uma geração de oportunistas que, depois de se alimentarem das conquistas da luta popular, traíram seu próprio passado, seus próprios princípios e, sobretudo, o povo brasileiro.

Aldo Rebelo é, hoje, uma caricatura do que um dia fingiu ser. De comunista a aliado informal de generais, de homem das causas populares a defensor velado de projetos autoritários, seu percurso é um retrato doloroso das contradições que habitam certas figuras públicas no Brasil. A história não o absolverá.

Por outro lado, é preciso destacar sem rodeios o papel imprescindível de Alexandre de Moraes.

Em tempos de ataques sistemáticos às instituições, de tentativa de ruptura democrática, de fabricação de mentiras e de manipulação das massas, o ministro do Supremo Tribunal Federal se colocou como um pilar intransigente da ordem constitucional, da legalidade e da defesa da democracia.

Seu trabalho não é só técnico é histórico. É o exercício de uma magistratura que entende que neutralidade, diante do fascismo, é cumplicidade.

Quando um país é ameaçado por quem conspira no porão, por quem tenta calar as urnas e rasgar a Constituição, não há espaço para dissimulações. E se há um mérito inegável neste capítulo da história, é o de sabermos que, em meio às sombras da traição e da covardia, ainda existem figuras que honram a toga, a república e o povo brasileiro.

O Brasil está em disputa. E é nesse cenário que se revela, com todas as cores e todos os contrastes, quem está do lado da democracia e quem, como Aldo Rebelo, escolheu se perder no labirinto das suas próprias contradições.


quinta-feira, 22 de maio de 2025

Brasil cresce, supera o pessimismo e reafirma o caminho da reconstrução

 

Imagem - InfoMoney

O crescimento de 1,6% do PIB no primeiro trimestre de 2025 não é apenas um número. É a prova viva de que o Brasil voltou a andar pra frente, mesmo diante dos velhos discursos pessimistas do mercado financeiro e dos arautos do caos que ainda ocupam espaço na velha mídia.

Por mais que o Banco Central tenha mantido sua política de juros elevados, descolada da realidade e dos interesses do país, o Brasil mostra força. O aperto monetário não foi capaz de conter a dinâmica da economia, que se apoia no investimento público, na recuperação social e na confiança de quem produz e trabalha.

A valorização do real e a consequente queda do dólar ajudam a segurar a inflação, criam estabilidade e, mais do que isso, abrem uma janela real para que o Banco Central, finalmente, ajuste sua rota, olhando menos para a pressão do mercado e mais para o bem-estar do povo, baixando a taxa Selic, hoje, ainda uma das mais altas do mundo.

Essa taxa absurda pesa, e muito, sobre as contas públicas. Afinal, juros altos aumentam a dívida, drenam recursos do Tesouro e obrigam o governo a fazer ginástica no orçamento. E aqui, vale destacar o papel incansável do ministro Fernando Haddad, que tem equilibrado pratos todos os dias para garantir responsabilidade fiscal sem abrir mão da responsabilidade social.

O Brasil que cresce hoje é fruto de uma escolha política clara: reconstruir o Estado nacional, retomar obras paradas, fortalecer os programas sociais e fazer com que o orçamento público volte a servir quem mais precisa.

São estradas sendo finalizadas, casas do Minha Casa Minha Vida sendo entregues, a histórica transposição do Rio São Francisco chegando à sua fase final e, principalmente, políticas sociais sendo ampliadas.

O aumento de R$ 120 por criança até 6 anos no Bolsa Família e a criação do programa Pé de Meia, que apoia jovens do ensino médio, são demonstrações concretas de que o governo Lula coloca, sim, o povo no orçamento e agora, também, o rico no Imposto de Renda.

A partir de 2026, quem ganha até R$ 5 mil estará isento do Imposto de Renda, e quem ganha até R$ 7,5 mil terá seus tributos cortados pela metade. Isso é justiça fiscal. É distribuir o peso de forma mais justa, aliviar quem vive do trabalho e cobrar mais de quem vive da especulação e da renda acumulada.

O Brasil está, pouco a pouco, reconstruindo sua esperança, sua dignidade e seu futuro. Os números confirmam, as obras confirmam, e a melhoria na vida do povo confirma.

Se há uma certeza nesse caminho, é que quando o povo entra no orçamento, o país cresce. E cresce pra todos.


terça-feira, 20 de maio de 2025

OVNIs, segredos e o medo do futuro. O que a humanidade teme em reconhecer?

 

Avistamento sobre estacionamento em
Salem nos EUA - Imagem Getty

Durante décadas, a simples menção à existência de objetos voadores não identificados foi motivo de piada, ridicularização ou silêncio constrangido.

A sociedade escolheu olhar para o céu com ceticismo seletivo, enquanto governos do mundo todo já olhavam com preocupação estratégica e muito mais informação do que nos deixaram saber.

Hoje, o véu começa a se rasgar. E o que se revela não é apenas a possibilidade de que não estamos sozinhos, mas a certeza incômoda de que aqueles que detêm o poder estão decididos a controlar essa informação como se fosse uma arma, porque talvez ela seja mesmo.

Luis Elizondo, ex-oficial do Pentágono e ex-chefe do Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas (AATIP), revelou em entrevista replicada pela CNN, que os Estados Unidos, China, Rússia e outros países não apenas reconhecem a realidade dos fenômenos anômalos, mas competem em silêncio por sua tecnologia.

A corrida armamentista, ao que tudo indica, já extrapolou os limites do planeta Terra. E o risco maior não está nos alienígenas em si, mas na humanidade que pode transformar conhecimento em destruição, caso consiga decifrar o que ainda não compreende.

Elizondo expõe o óbvio que muitos evitam. O sigilo em torno dos OVNIs não é apenas fruto de superstição, mas de interesse militar e controle geopolítico.

Se algum país ou corporação for capaz de dominar sistemas de propulsão, invisibilidade, ou comunicação baseados em tecnologias não humanas, estaremos diante de uma virada civilizacional. E é isso que assusta. O desconhecido está sendo tratado como ativo bélico, e não como oportunidade de evolução coletiva.

Há quem diga que estamos diante de uma nova Guerra Fria, mas agora em direção ao cosmos. E, de novo, os povos são mantidos na ignorância, enquanto decisões são tomadas por gabinetes que preferem esconder verdades em nome da "segurança nacional". Mas segurança de quem? E contra o quê?

Como defensor da causa OVNI, me recuso a narrativa do medo. A presença de inteligências não humanas, se real, não precisa significar ameaça. Pode, ao contrário, representar um chamado à humildade, à colaboração, à reconfiguração de nossas prioridades como espécie. Mas, para isso, é preciso coragem para enfrentar o silêncio dos governos, o monopólio da informação e o fanatismo religioso ou corporativo que tenta sufocar o debate.

Não é mais ficção científica. É geopolítica de altíssimo nível. É ciência travada por segredos. É espiritualidade provocada pelo abismo de nossas certezas.

A pergunta não é mais "eles estão aqui?", mas "estamos prontos para saber a verdade... e o que fazer com ela?"

Não precisamos temer os céus. Precisamos temer os que decidem, em segredo, o que o mundo pode ou não saber.

 


segunda-feira, 19 de maio de 2025

Portugal: o adeus ao centro e a nova era da direita radical

 

As eleições legislativas realizadas neste domingo, 19 de maio de 2025, marcaram um ponto de inflexão na história política de Portugal.

Embora a coalizão de centro-direita Aliança Democrática (AD) tenha conquistado o maior número de assentos no Parlamento, o verdadeiro terremoto político veio com a consolidação do partido de extrema direita Chega, que empatou com os socialistas em número de cadeiras e rompeu de vez o velho ciclo bipartidário que, por mais de cinquenta anos, ditou os rumos da democracia portuguesa.

O Chega, com sua retórica antipolítica, xenófoba e abertamente hostil aos direitos das minorias, emerge como ator central na nova configuração de poder. Não mais apenas uma força de protesto, o partido agora se vê diante da possibilidade real de influenciar diretamente o governo, seja como parte dele ou como principal opositor com voz amplificada.

A cada eleição, cresce em votos e influência, ocupando espaços geográficos onde antes reinavam os socialistas, como Beja, Setúbal, Portalegre e o sul do país, especialmente no Algarve.

Do outro lado, o primeiro-ministro Luís Montenegro, mesmo fragilizado por escândalos envolvendo sua família, conseguiu ampliar a vantagem em relação à disputa anterior.

A AD assegurou 86 assentos, mas mesmo com o apoio do Iniciativa Liberal ainda está distante dos 116 necessários para garantir maioria absoluta no Parlamento. Montenegro, que até então repetia o “não é não” ao Chega, desta vez adotou um tom mais evasivo: trocou a negação direta por um genérico “sim é sim a Portugal”, deixando em aberto a possibilidade de aliança com os radicais.

Essa ambiguidade tem um preço. O centro político está desaparecendo em meio à crescente polarização.

Ao endurecer seu discurso sobre imigração e segurança para tentar conter o avanço da extrema direita, a AD corre o risco de legitimar ainda mais essa retórica.

Ao mesmo tempo, o fracasso retumbante dos socialistas e das forças progressistas em manter uma frente unificada e mobilizada demonstra como a esquerda ainda patina em dar respostas convincentes à insatisfação popular.

A terceira eleição em três anos consolidou uma virada à direita em Portugal. A chamada “Geringonça”, a histórica aliança de esquerda que sustentou o governo de António Costa, tornou-se uma lembrança distante. O país que sai das urnas em 2025 é outro.  Mais fragmentado, mais conservador, mais vulnerável aos ventos autoritários que sopram por toda a Europa.

O desafio que se impõe agora é civilizacional.

Como defender a democracia num Parlamento em que uma força antidemocrática se torna indispensável para governar? Como impedir que o Chega dite os termos do debate político sem que o sistema se renda aos seus extremos?

A resposta ainda não está clara. Mas o futuro democrático de Portugal dependerá da coragem e da lucidez das forças que ainda acreditam na liberdade, na justiça social e no pluralismo como valores inegociáveis.

domingo, 18 de maio de 2025

A verdade que precisa ser dita

 


Durante o governo Bolsonaro, uma fraude bilionária tomou corpo dentro do INSS, atingindo diretamente aposentados e pensionistas em todo o país.

Sem alarde, silenciosamente, entidades passaram a descontar valores indevidos dos benefícios dos segurados sem autorização prévia e em conivência com chefias do próprio instituto.

Os alertas da Polícia Federal foram ignorados, a fiscalização foi desmontada e, para piorar, leis sancionadas por Bolsonaro facilitaram ainda mais o golpe.

Estava escancarado o descaso com aqueles que dedicaram uma vida inteira ao trabalho.

Foi apenas com a volta de Lula à Presidência que o caso começou, de fato, a ser enfrentado com seriedade.

Logo no primeiro ano de governo, Lula determinou ações imediatas da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, que culminaram na operação que estamos vendo.

O rombo investigado gira em torno de R$ 6,3 bilhões, e as primeiras providências já foram tomadas: os convênios suspeitos foram suspensos, as investigações aprofundadas e os responsáveis, afastados.

O objetivo é claro, devolver até o último centavo aos aposentados lesados.

A série documental lançada pelo Partido dos Trabalhadores nas redes sociais, intitulada “Verdade sobre o INSS”, escancara os bastidores do escândalo em cinco episódios curtos, diretos e contundentes.

Eles mostram como o governo anterior não apenas ignorou a escalada das fraudes, mas também facilitou o caminho para elas.

Já Lula demonstra que é possível governar com responsabilidade, respeito e firmeza. Ele colocou o Estado de volta ao lado do povo, agindo com rigor para restaurar a justiça e proteger os mais vulneráveis.

Enquanto uns cruzaram os braços, outros enfrentaram o problema de frente. O contraste é gritante.  Quem protege aposentado é Lula. Quem foi omisso com o crime foi Bolsonaro.

A verdade está vindo à tona e ela tem lado.


sábado, 17 de maio de 2025

Quer trabalhar rápido e faturar enquanto busca um sonho?

 

Imagem - ICL Notícias

Vamos falar de futuro? Ou melhor, de emprego real, aquele que paga boleto, dá estabilidade e coloca você no jogo de verdade.

Enquanto muita gente ainda acha que sucesso só vem depois de anos trancado em faculdade, o mercado de trabalho tá abrindo as portas pra quem faz cursos técnicos. E não é papo furado: é número.

Segundo o Senai, entre 2021 e 2023, mais de 84% dos alunos formados em cursos técnicos conseguiram emprego em até um ano. Isso mesmo. E tem área com quase 100% de empregabilidade.

Quer exemplos? Mecânica (96,5%), Alimentos (95,2%), Refrigeração, Automação Industrial, Eletrotécnica… tudo área que tá bombando de oportunidade.

E por que isso acontece? Simples: o mercado tá sedento por profissionais qualificados, mas que saibam fazer.

Gente com mão na massa, com conhecimento técnico de verdade, pronta pra entrar na indústria, na manutenção, no setor de alimentos, automação, climatização.

E tudo isso em um tempo de formação muito mais curto do que uma graduação tradicional.

Outro ponto é que muita gente usa o curso técnico como porta de entrada e, depois, segue estudando, já empregado, já com experiência, já ganhando o seu. Ou seja, você não precisa escolher entre "trabalhar logo" ou "ter carreira". Dá pra fazer os dois, e os cursos técnicos são a chave pra isso.

No fim das contas, investir em qualificação técnica não é "atalho fácil" é inteligência estratégica. É se posicionar onde as oportunidades estão surgindo. E num mundo onde a tecnologia não para de avançar, quem tem conhecimento prático, atualizado e especializado tá sempre um passo à frente.

Então, antes de achar que só quem faz faculdade vai se dar bem, vale a pena olhar com carinho pros cursos técnicos. Porque, enquanto uns ainda estão esperando o diploma, outros já estão com o crachá na mão e com a conta bancária agradecendo.

Mas veja. Isso não é uma apologia à não formação acadêmica.  É importante um diploma universitário para muitas coisas. Sobretudo para a vida em si.  Mas escolher o curso do coração e poder exercê-lo com tranquilidade após a formação, pode pressupor antes um ganho real e sustento.

Nesse sentido os cursos do SENAI são um forte aliado. 

Junta-se a isso a experiência de quem já trabalha em outras áreas e começam suas carreiras com um trabalho em andamento.

Enfim, é isso.  Siga seu coração, mas abasteça-se enquanto caminha.  E claro, boa sorte.


sexta-feira, 16 de maio de 2025

"Matar Meio Mundo" - O Golpe de Bolsonaro Tem Voz, Armas e Confissão

 

Imagem - BBC
As mensagens de áudio do agente da Polícia Federal, Wladimir Soares, tornadas públicas pelo STF, não deixam mais espaço para eufemismos.

O que sempre foi denunciado como uma tentativa de golpe de Estado, agora tem voz, tom, e até confissão de culpa. Não se trata de especulação. Foi um projeto de violência política, com nomes, armas, planos e alvos bem definidos: Lula, Alckmin, Alexandre de Moraes.

Um grupo armado, infiltrado, disposto a “matar meio mundo de gente” para impedir a posse de um presidente eleito democraticamente.

O mais estarrecedor é que Soares não fala como um radical isolado. Ele menciona "operações especiais", "poder de fogo elevado" e até a frustração da tropa por não ter recebido a ordem de Bolsonaro. Ou seja, havia estrutura, vontade e prontidão. O que faltou, segundo ele, foi "pulso" de quem deveria ter dado o comando. É o bolsonarismo em seu estado mais cru.

Um projeto autoritário que alimentou milícias ideológicas, armou fanáticos e tentou sequestrar as instituições com a força bruta.

Aqueles que por tanto tempo chamaram de "narrativa" as denúncias sobre o golpe agora se veem diante da realidade gravada.

O bolsonarismo nunca foi um simples movimento conservador. Foi e continua sendo uma ameaça real à democracia, que planejou atentar contra a vida de seus opositores políticos e contra a ordem constitucional.

A história já conhece esse roteiro: começa com o discurso do “patriota indignado”, passa pela militarização do ódio e termina com o projeto de destruição da democracia.

O Brasil escapou por pouco. Mas as provas continuam surgindo, e agora ninguém mais poderá alegar desconhecimento.

Não é exagero. É fato.

A cada áudio revelado, a cada investigação aprofundada, fica claro.  O golpe só não aconteceu porque não tiveram coragem suficiente.

E o país não pode fingir que não ouviu.


quinta-feira, 15 de maio de 2025

A oposição pede CPI, mas esqueceu que as digitais no INSS são deles mesmos

 

Imagem - G1
A oposição bolsonarista agora ensaia seu número favorito: CPI tendo como alvo da vez o INSS, com a narrativa já manjada de que o “maior escândalo da história” teria nascido no governo Lula.

Só esqueceram de combinar com os fatos e com o relatório do TCU.

Um documento publicado mostra que o verdadeiro escândalo nasceu bem antes, quando o sistema de controle dos descontos associativos foi sendo desmontado pelo próprio bolsonarismo.

Foram anos de portas abertas para entidades caça-níquel, como Ambec e Conafer, que surfaram nas brechas, expandiram bases fantasmas de "associados" e avançaram sem cerimônia sobre aposentados e pensionistas, graças a uma Dataprev enfraquecida, um INSS desmantelado e um governo que via no consignado a solução mágica pra tapar a crise, mesmo que isso empurrasse os velhinhos brasileiros direto nos braços de organizações obscuras.

E agora, quem plantou essa farra quer CPI? Que venha.

Mas é bom os moralistas de plantão prepararem seus melhores advogados, porque a CPI pode acabar sendo um daqueles casos clássicos de "tiro pela culatra".

Afinal, as digitais dessa farra estão mais espalhadas no período 2019-2022 do que gostariam de admitir.

O governo Lula está justamente limpando a sujeira, fortalecendo as investigações e colocando as instituições pra funcionar.

Se querem CPI, que façam. Mas estejam prontos para encarar a verdade: o bolsonarismo transformou o INSS num parque de diversões de estelionatários digitais.

Quem viver, verá.


quarta-feira, 14 de maio de 2025

13 de Maio: a farsa da abolição e a luta que nunca terminou

 

Imagem - Socialismo Criativo
Há quem ainda insista em celebrar o 13 de maio como o dia da libertação dos negros escravizados no Brasil.

Mas quem conhece a história real, quem carrega na pele, na memória e na luta o peso do racismo estrutural, sabe que o 13 de maio não foi um dia de liberdade. Foi o dia da farsa.

A assinatura da Lei Áurea, feita em 1888 pela princesa Isabel, não foi um presente da monarquia. Não foi ato de benevolência da elite branca. Não foi uma redenção. Foi um movimento tardio, assinado quando o sistema escravocrata já ruía, corroído por dentro, pelas lutas dos próprios negros e negras que enfrentaram 300 anos de escravidão com quilombos, revoltas, fugas, rebeliões, sabotagens.

A história oficial tenta apagar essas vozes. Apaga Zumbi, Dandara, as revoltas dos Malês, das Carrancas, da Balaiada, como se a liberdade tivesse caído do céu num papel assinado por mãos brancas.
Mentira.
O 13 de maio foi uma canetada sem reparação, sem justiça, sem dignidade.

O que houve foi um despejo coletivo.
Negros e negras foram expulsos das senzalas e jogados nas favelas, nos cortiços, nos becos da marginalidade social, onde permanecem, 136 anos depois, sendo maioria nas estatísticas da pobreza, do desemprego, da violência policial, das mortes evitáveis.
É a falsa abolição que perpetua a verdadeira escravidão moderna: o trabalho sem direitos, a servidão por dívida, as jornadas exaustivas, as condições degradantes, como mostram os mais de 3 mil trabalhadores resgatados em 2023 em condições análogas à escravidão, claro, na maioria, negros.

E a bala da polícia?
Essa também tem cor.
Em 2022, 65% dos mortos pela polícia eram negros.
Negros seguem sendo alvo preferencial da violência de Estado, da discriminação cotidiana, da exclusão silenciosa.

Por isso, o 13 de maio é, para o povo negro, o Dia Nacional de Luta contra o Racismo, não de festa.
É o dia de exigir reparação histórica, políticas sérias e estruturais que combatam o racismo institucional, que garantam terra, moradia, saúde, educação, emprego, salários dignos.
É o dia de reafirmar que não há liberdade verdadeira sem justiça social.
Não há abolição sem reparação.

Portugal já começou a reconhecer publicamente sua dívida histórica com os povos escravizados e colonizados.
E o Brasil?
Quando vai ter coragem de olhar no espelho e admitir que carrega um passado escravocrata que nunca foi superado?

Malcolm X dizia:
"Não há capitalismo sem racismo."

O racismo alimenta o lucro.
Por isso, lutar contra o racismo é lutar pelo fim deste sistema que explora, adoece e mata corpos negros todos os dias.

O 13 de maio não foi o fim da escravidão.
Foi o começo de outra forma de opressão.
E nós não esquecemos.
Nós seguimos. Na luta. Na rua.
Na resistência.


terça-feira, 13 de maio de 2025

O Guerrilheiro da Flor e da Paz

 

Imagem - CNN
Pepe Mujica partiu.

E com ele vai-se uma era. Mas não a era dos palácios, das vaidades, das poses. Mujica vai-se como viveu. De botas sujas de barro, mãos calejadas de utopia e olhos brilhantes de esperança.

O mundo perdeu, neste 13 de maio, aos 89 anos, o presidente que recusou ser tratado como excelência. O guerrilheiro que trocou a arma pela flor. O preso político que, mesmo após 14 anos de calabouço, saiu sem ódio, mas com fome de justiça social.

Mujica não foi apenas presidente do Uruguai. Foi presidente da decência, do afeto, da rebeldia sem ressentimento.

Num mundo onde líderes se escondem atrás de seguranças e blindagens, ele morava em sua chácara modesta, plantando verduras ao lado de sua amada.

Fez da vida simples uma bandeira. E, ironicamente, ao se despir dos luxos, tornou-se gigante. Um símbolo mundial.

Durante seu governo, Pepe ousou legislar para os invisíveis. Fez do Uruguai o primeiro país da América Latina a legalizar a maconha, regulamentou o aborto, aprovou o casamento igualitário. Fez do pequeno Uruguai um farol progressista para o mundo.

Mas talvez sua maior ousadia tenha sido ensinar, com seu jeito calmo e sua voz rouca de poesia simples, que felicidade não está no consumo, mas no encontro com o outro, na partilha, na dignidade humana.

Mujica foi guerrilheiro, sim. Mas sua arma mais poderosa foi o exemplo.
Foi preso, torturado, humilhado, mas nunca perdeu a ternura.

E agora, em sua despedida, ele mesmo nos disse: "Estou no final da partida, mas sou feliz porque vocês estão aqui".

E estamos, Pepe. Seguimos aqui, de punho erguido, com lágrimas nos olhos e sorrisos de gratidão.

Você foi daqueles que não pertencem apenas a um país. Pertence ao povo, ao sonho, à história dos que não se curvam.
Enquanto houver injustiça, sua memória será resistência.
Enquanto houver arrogância no poder, seu nome será lembrado como antítese do autoritarismo.
Enquanto houver amor à liberdade, haverá Mujica.

Vá em paz, velho Pepe.
A América Latina te abraça.
O mundo te agradece.
E a semente que você plantou em cada coração rebelde, essa, ninguém mais arranca.

A importância do diálogo - o curso do PT para se aproximar dos evangélicos é uma lição de democracia

 

Imagem - Poder 360

Nos últimos anos, o Brasil mergulhou num ambiente de intolerância e polarização que não poupa ninguém. Famílias rachadas, igrejas politizadas, partidos encastelados em suas bolhas.  O resultado é um país esgarçado, onde o diálogo virou artigo de luxo.

É nesse cenário que surge uma iniciativa necessária e corajosa.  Um curso promovido pelo Partido dos Trabalhadores com o objetivo de compreender melhor o universo evangélico e estabelecer pontes de diálogo.

Trata-se de uma ação de maturidade política e humana, que busca superar os preconceitos, inclusive os internos e abrir espaço para uma conversa sincera, honesta, respeitosa com esse segmento tão relevante da sociedade brasileira.

Não se trata de disputar fiéis ou tentar "converter" ninguém a uma cartilha partidária. Trata-se, ao contrário, de reconhecer que milhões de brasileiros e brasileiras de fé evangélica carregam pautas, demandas, angústias e esperanças legítimas.

São trabalhadores, mulheres, jovens, negros, mães solo, pequenos empreendedores, que não podem ser resumidos a estereótipos ou carimbados como adversários automáticos.

O levantamento recente do Datafolha revela uma rejeição crescente ao governo Lula por parte do público evangélico. Isso é um sinal claro de alerta que pede não apenas análise, mas ação. E a ação correta, democrática, civilizada, não é a do embate, do preconceito, do fechamento, mas sim a do entendimento, da escuta, da empatia.

É preciso que o PT, e toda a esquerda democrática, compreendam que o campo da fé não é um território interditado ao debate político plural. Aliás, os valores mais profundos do cristianismo, são a solidariedade, justiça social, amor ao próximo, acolhimento, que dialogam profundamente com as pautas progressistas.

O erro histórico foi ter abandonado esse campo, ter deixado o conservadorismo radical pintar a esquerda como inimiga da fé. O erro agora seria repetir essa omissão.

A iniciativa do curso é um passo na direção certa: ouvir sem preconceito, debater sem arrogância, entender as linguagens, os símbolos, os medos e as esperanças que habitam esse universo.

Não para manipular, mas para construir respeito mútuo, pontes de diálogo real, onde se possa, sim, discordar, mas sempre enxergando o outro como cidadão, não como inimigo.

Num país plural como o Brasil, quem se fecha ao diálogo está fadado à irrelevância política e social. Quem aposta na escuta, no aprendizado, na construção paciente de pontes, abre portas para um futuro menos violento, menos intolerante, mais democrático.

A esquerda que se propõe a governar para todos não pode ter medo de conversar com todos. A fé não pode ser usada como instrumento de guerra cultural, mas como ponte para o entendimento.

Nesse sentido, o curso do PT é mais que uma estratégia política. É um gesto de humildade democrática.


segunda-feira, 12 de maio de 2025

Lula na China e Rússia: diplomacia ativa e o xadrez global em movimento

 

Imagem - G1
Quando o presidente Lula pousou em Pequim no último sábado, o gesto foi muito mais que uma visita protocolar.

Foi um movimento estratégico no tabuleiro delicado da geopolítica global.

Ao se encontrar com Xi Jinping e sua comitiva, Lula não apenas reforçou os laços comerciais já sólidos entre Brasil e China, que hoje é nosso maior parceiro econômico, mas sinalizou ao mundo que o Brasil deseja se posicionar de forma soberana, inteligente e pragmática diante do conflito comercial que opõe as duas maiores potências do planeta: Estados Unidos e China.

Nesse cenário, o Brasil enxerga, com olhos atentos, a brecha deixada pela guerra tarifária entre Washington e Pequim. Com a imposição de tarifas de até 145% sobre produtos chineses pelos EUA, e a retaliação chinesa de 125% sobre produtos americanos, incluindo a suspensão de licenças de frigoríficos dos EUA, abre-se uma janela de oportunidade histórica para o agronegócio brasileiro ocupar espaços antes restritos às empresas estadunidenses.

Lula, com a astúcia de quem conhece os labirintos do comércio global, sabe que o momento exige mais que discursos.

A comitiva robusta, composta por ministros estratégicos, autoridades e empresários, desembarcou em solo chinês com a missão de transformar as boas intenções em acordos concretos.

Não à toa, o seminário com empresários brasileiros e chineses, promovido pela ApexBrasil, carrega como mote a ampliação e diversificação das relações comerciais.

Mais que soja, minério e carne, o Brasil busca agora avançar em setores de alto valor agregado, biotecnologia, energias renováveis e infraestrutura.

A visita também mira destravar entraves burocráticos para a exportação de produtos biotecnológicos brasileiros, um passo importante para elevar o patamar das exportações.

Além da frente econômica, há o gesto político de Lula ao dialogar diretamente com Xi Jinping e participar de encontros multilaterais, como o previsto com representantes da Celac.

Trata-se de reforçar a imagem do Brasil como ator relevante, que aposta em uma ordem mundial multipolar, onde o Sul Global precisa ser protagonista e não apenas espectador.

A escala anterior na Rússia, com nuances ainda mais delicadas devido à guerra na Ucrânia, mostra que o governo brasileiro busca manter abertos todos os canais de diálogo, sem submissão a blocos fechados. É a velha máxima da diplomacia ativa e altiva, marca dos governos Lula, que volta a vigorar com força.

No fundo, a viagem é a reafirmação de uma política externa que compreende que o futuro do Brasil passa, inevitavelmente, por um mundo em transição. E que nesse novo cenário, o Brasil precisa sentar-se à mesa, não como coadjuvante, mas como articulador de pontes entre o Ocidente e o Oriente, entre o Norte e o Sul.

Lula, ao olhar para a China e para a Rússia, não dá as costas aos Estados Unidos. Pelo contrário, faz o que a diplomacia pede: diversifica parcerias, protege os interesses nacionais e posiciona o Brasil como uma peça-chave no novo jogo global.


Quando o agressor veste terno e a vítima veste luto. A verdade sobre a escalada no Oriente Médio

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