sábado, 11 de outubro de 2025

Apreensão máxima

 







Nilson Dalledone 
nilsondalledone@gmail.com



Cerca de 95% de Gaza (Palestina) estão destruídas. Multidões de palestinos surgem retornando para casa. Mas a pergunta é para que casa... Famintos, dilacerados, doentes, ainda que vitoriosos diante de um inimigo estrangeiro impostor, podem esperar o quê? Paz? Os sionistas, interessados em se apropriar de petróleo e gás do oeste da Ásia e de posições estratégicas, não desistiram de seus planos ou, melhor dito, o imperialismo norte-americano ou, mais exatamente, os setores mais agressivos da alta burguesia norte-americana (super ricos) não desistiram de continuar lançando mão da rapina e do roubo, não importa quantos sofram e morram. Para essa minoria canalha morte e sofrimento alheio não importam. Será, talvez, uma breve pausa, resultante de um acordo de cessar fogo efêmero...

A quadrilha de Benjamin Netanyahu, por meio da Rússia, solicitou que se avisasse o governo iraniano de que não planejam nenhuma agressão contra o Irã. Quem acredita? O Irã está aguardando os agressores e se preparando para o pior, porque não há muita diferença entre o que se diz em Washington e Tel-Aviv.

Ao mesmo tempo, a Venezuela está se fortalecendo ao máximo à espera do ataque norte-americano. Querem o petróleo, o ouro, as terras raras e tudo que puderem levar e até premiaram a chefe da quinta coluna com um prêmio Nobel...

Na Ucrânia, entretanto, o Império norte-americano está sofrendo uma derrota estratégica de grande magnitude, enquanto China Popular, Rússia, Irã, Coréia Democrática, BRICS, OSC e assim por diante cerram fileiras, para conter os acessos de loucura de um Império acuado.

Não há como prever a próxima hora...

Pode ser sempre a última e derradeira hora do planeta Terra...


quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Entender a correlação de forças é lutar com inteligência

Imagem - O GLOBO


No Brasil de hoje, governar é muito mais do que ter a faixa presidencial.  É saber navegar num Congresso fragmentado, pragmático e repleto de interesses contraditórios. Por isso, é essencial que a militância e os setores progressistas compreendam com clareza quem são os aliados fiéis, os eventuais e os adversários declarados.

Na base mais sólida do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Essa é a coluna vertebral política da resistência democrática e popular. Esses partidos, com raríssimas exceções, não votam contra o povo e têm sido o núcleo de sustentação das pautas sociais e populares no Congresso.

Na sequência, vêm Partido Verde (PV), Rede Sustentabilidade (REDE) e Partido Socialista Brasileiro (PSB), aliados importantes, comprometidos com a agenda de governo, e que tendem, em momentos decisivos, a se alinhar ao núcleo fiel. A chance de transferência de votos desse campo para o campo mais sólido da base é alta.

Depois, há Partido Democrático Trabalhista (PDT) e Avante, que orbitam entre o apoio e o pragmatismo. São aliados intermitentes, que “viram Centrão de quando em quando”, mas que também podem migrar para o campo da base fiel em votações estratégicas, especialmente quando o governo mobiliza bem.

Solidariedade e Movimento Democrático Brasileiro (MDB) representam aquele Centrão clássico, que tem adversários internos, mas também muitos parlamentares eleitos com votos do eleitorado lulista. São aliados pouco confiáveis, mas sensíveis à pressão popular e à articulação política.

Na outra ponta, Partido Social Democrático (PSD), Cidadania e Podemos formam a ala mais pragmática do Centrão, com forte base no Centro-Sul.

Mais à direita, Republicanos, Progressistas e União Brasil são adversários do governo que, paradoxalmente, dominam o eleitorado lulista no Norte e Nordeste. Isso mostra que não basta ganhar votos.  É preciso politizar e disputar a representação popular.

E, por fim, há os inimigos políticos declarados: Partido Liberal (PL), Partido Renovador Democrático (PRD), Democracia Cristã (DC), Partido Novo (NOVO), Partido da Mulher Brasileira (PMB) e Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Esses atuam de forma sistemática contra as pautas sociais e populares e constituem o núcleo ideológico da extrema direita e da velha direita neoliberal.

Entender essa arquitetura política é fundamental para agir com inteligência estratégica.

Não se trata apenas de saber quem vota a favor ou contra. Trata-se de mapear onde a pressão popular pode operar, onde se pode avançar com alianças táticas e onde é preciso endurecer o enfrentamento.

A governabilidade popular não se constrói com ingenuidade, mas com clareza política, mobilização social e capacidade de disputar corações e mentes, inclusive entre eleitores que hoje têm seus representantes em campos adversários.

O bolsonarismo pode dominar certas bancadas, mas é o povo que decide os rumos do país.

E quando o povo se levanta, até o Centrão balança.


domingo, 28 de setembro de 2025

Dia Mundial do Jornalismo – 28 de setembro.

 

Imagem - SEBRAE

Celebrado em sintonia com o Dia Universal da ONU para o Acesso à Informação, o Dia Mundial do Jornalismo, neste 28 de setembro, nos convida a refletir sobre a importância vital da imprensa livre.

Vivemos um tempo marcado por ataques à democracia, por ondas de desinformação em massa e pelo avanço de práticas e ideias autocráticas.
Nesse cenário, o jornalismo se torna ainda mais essencial. Ele é a luz que fura a névoa da mentira, o sopro que mantém acesa a chama da verdade e o instrumento que dá voz à sociedade diante dos poderosos.

É também na luta contra as “fake News” e contra a dissipação da mentira que os jornalistas assumem papel estratégico.

São eles que checam, confrontam, contextualizam e revelam aquilo que se esconde por trás da manipulação.

Sem jornalismo, a mentira se torna regime.  Com jornalismo, a verdade encontra caminho.

Homenagear o jornalismo é, portanto, reafirmar nosso compromisso com a democracia, com o direito do povo à informação e com a coragem de quem, diariamente, enfrenta pressões e riscos para noticiar os fatos.

Aos jornalistas, homens e mulheres que transformam a palavra em trincheira de liberdade, nosso respeito, reconhecimento e gratidão.


segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Rio Preto também gritou pelo Brasil

 

Neste domingo, 21 de setembro, São José do Rio Preto reverberou, em uníssono, os gritos pela democracia e contra a corrupção que ecoaram de norte a sul do Brasil.
A manifestação, organizada por partidos de esquerda, movimentos populares, entidades de trabalhadores e, sobretudo, pela população trabalhadora da cidade, transformou a Câmara Municipal em um verdadeiro caldeirão de indignação e esperança.
As galerias lotadas pediam rua.

E o povo foi.
Após falas firmes e cheias de energia, a multidão saiu com bandeiras do Brasil e até da Palestina, denunciando a PEC da Bandidagem, rejeitando a anistia aos golpistas, exigindo a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e defendendo o fim da jornada exaustiva de 6x1.

Essa manifestação serviu pra ajudar a separar o joio do trigo.  De um lado, manifestações da direita que exaltam Trump, Israel e os EUA.  De outro, o povo nas ruas celebrando um Brasil soberano, pedindo prisão para golpistas e clamando por uma Palestina Livre.

Os partidos da esquerda estão unidos.  PT, PSOL, PCdoB, PCB, às juventudes e movimentos JPT, UJS, CUT, Nara, Comitê Popular de Luta, Arteiras pela Democracia e tantos coletivos, também.  Todos se juntaram em torno da democracia. E, sobretudo, à população de Rio Preto que gritou alto, ocupou a Casa do Povo, tomou a frente da Prefeitura e caminhou em torno do Mercadão Municipal, o coração político e social dos domingos de manhã na cidade.

A região também se fez representar com membros do PT e PSOL de Mirassol, que fortaleceram ainda mais este dia histórico de luta.

Foi um domingo em que Rio Preto levantou sua voz e mostrou que o Brasil é do povo, e o povo não se cala.



terça-feira, 16 de setembro de 2025

Anistia ou justiça social? O Congresso precisa escolher de que lado está.

 

Imagem - ICL Notícas
A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, promessa feita ao povo trabalhador e compromisso central do governo Lula, virou campo de batalha em Brasília.

O governo enviou em março uma proposta clara de isentar do imposto quem ganha até R$ 5 mil. A medida beneficiaria 20 milhões de brasileiros, trazendo alívio imediato para famílias da classe média e das bases populares. Em julho, ela avançou na comissão especial da Câmara. Mas desde então, o projeto está congelado no plenário.

E por quê? Porque a pauta da anistia sequestrou a agenda do Congresso. Deputados decidiram priorizar a autoproteção de golpistas em vez de colocar o povo em primeiro lugar.

O resultado é grave. Se a isenção não for aprovada em 2025, só poderá valer em 2027. Ou seja, dois anos de atraso para o trabalhador, dois anos de aperto a mais no bolso da população, tudo porque a Câmara preferiu correr para salvar quem atentou contra a democracia.

Enquanto isso, o Senado tenta puxar o freio de mão dessa irresponsabilidade. Renan Calheiros anunciou que vai resgatar um projeto de 2019 para acelerar o processo e não deixar a promessa se perder na poeira da anistia. É um gesto político que escancara a contradição. Quando o assunto é cuidar do povo, tudo é lento, emperrado, cheio de desculpas. Mas quando é para salvar a pele de poderosos, a pressa aparece.

O povo brasileiro não pode aceitar essa chantagem silenciosa. Não é apenas uma disputa técnica entre Câmara e Senado, mas uma escolha política sobre quem merece prioridade: o trabalhador que sua para sobreviver ou os golpistas que tentaram calar a democracia.

Por isso, precisamos estar atentos e mobilizados. Precisamos gritar nas ruas, nas redes e nos espaços de luta.
Não à anistia dos golpistas.
Sim à isenção do Imposto de Renda já.

Não deixaremos que o direito do povo vire moeda de troca. Se não houver pressão popular, a promessa pode se transformar em mais um adiamento injusto. E quem paga essa conta é sempre o mesmo povo trabalhador.

A democracia não se protege com silêncio. Protege-se com voz, com luta e com mobilização. É hora de escolhermos entre a autoproteção de poucos, ou a justiça social para milhões.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Posse Coletiva do Diretório do PT de Rio Preto e cidades da região fortalece unidade da esquerda e projeta novos desafios

 



Com presenças marcantes e um clima de resistência e esperança, o Partido dos Trabalhadores de São José do Rio Preto realizou, nesta quinta-feira (11), no Clube do Lago, a posse da nova direção municipal, em conjunto com os presidentes de diversos diretórios da região.

O ato foi presidido por Celi Regina, presidenta até então do PT local, e por Ariovaldo Soriano de Castro, o Castrinho, que deu posse às lideranças regionais.

A cerimônia contou com as participações especiais dos deputados Nilto Tatto (federal) e Professora Bebel (estadual), que reforçaram a importância da organização popular e da unidade da esquerda no interior paulista.

Também estiveram presentes e saudaram a militância os presidentes dos diretórios empossados de Potirendaba, Bady Bassit, Mendonça, Mirassol, Nova Granada, Altair, Orindiúva, Guapiaçu, Olímpia, Nova Aliança, Paulo de Faria, Palestina e Tabapuã, mostrando a força coletiva da Macro.

O ato reuniu ainda lideranças históricas e representativas da luta social e política: Arthur Grigolin (Juventude do PT), Antônio Cícero (representando a outra chapa que disputou o PED), o vereador João Paulo Rillo (PSOL), Prof. Eduardo Lima (PCdoB), Amarildo Pessoa (CUT) e Profa. Zezé (APEOESP). Ex-vereadores como Eni Fernandes, Marco Rillo e Márcio Ladeia, além do vereador Rogério, de Orindiúva, dividiram os lugares na platéia.

Durante o ato, novos filiados foram recebidos e apresentados à militância: Carlos Feitosa, Arif Cais e André Pina Borges, que emprestaram sua história e prestígio reforçando a renovação e o crescimento do Partido dos Trabalhadores na cidade.

O presidente empossado, Carlos Alexandre, destacou em sua fala a contradição de Rio Preto ter concedido expressivos votos a parlamentares bolsonaristas sem qualquer vínculo real com o povo local. Defendeu com firmeza a urgência de construirmos candidaturas próprias do PT para a Câmara dos Deputados e a Assembleia Legislativa, resgatando a representatividade da região no cenário estadual e nacional.

Enfatizou ainda que as prioridades centrais da militância serão:

  • a reeleição do presidente Lula em 2026,
  • a retomada das cadeiras do PT na Câmara Municipal de Rio Preto,
  • a formação e mobilização permanente da militância,
  • a unidade das forças progressistas e de esquerda na cidade e na macroregião.

As falas dos dirigentes também não ignoraram o momento histórico vivido pelo Brasil, com o Supremo Tribunal Federal condenando Bolsonaro e generais golpistas, um passo firme da democracia contra a tentativa de ruptura institucional.

O tom foi de comemoração da justiça e de reafirmação do compromisso de barrar o avanço do fascismo no país.

A posse do Diretório do PT de Rio Preto não foi apenas um ato formal.  Foi um grande encontro de militância, resistência e esperança, que demonstrou a vitalidade do Partido dos Trabalhadores no interior paulista e o compromisso coletivo de transformar a realidade da cidade e da região.

O PT de Rio Preto e da Macroregião saem desse ato enormemente fortalecidos, prontos para enfrentar os desafios de hoje e construir o Brasil de amanhã.

 

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Contradições, medo e a sombra de Trump.

 

Imagem - ICL Notícias
O voto de Luiz Fux no julgamento do núcleo central da tentativa de golpe de 2022 é um marco de covardia política e contradição jurídica. O mesmo ministro que, meses atrás, não titubeou em condenar militantes de base e executores do 8 de janeiro, agora resolve absolver o chefe-mor da conspiração e seus generais de confiança. Ora, se havia provas para punir quem acampava na frente dos quartéis, como não enxergar as provas contra quem planejou, articulou e financiou a trama?

Fux recorre a um malabarismo vergonhoso. Descreve as articulações como “desabafos de derrotado”, relativiza reuniões em que se discutia abertamente golpe de Estado, e trata a minuta golpista como se fosse papel sem consequência. Como se não bastasse, retira de Bolsonaro o protagonismo dos crimes, apresentando-o quase como vítima de um golpe oferecido de presente por auxiliares mais ousados. É o ápice da inversão.

Não é ingenuidade. É escolha. Uma escolha que ecoa as pressões externas vindas dos Estados Unidos, que já ousam ameaçar o Brasil com sanções econômicas e até uso da força em nome de “proteger a liberdade de expressão”. Uma liberdade que, na boca de Trump e seus aliados, significa apenas a licença para atacar a democracia dos outros. Coincidência ou não, Fux acena exatamente nesse momento com um voto que enfraquece a responsabilização do principal responsável pelo complô golpista.

A incoerência é brutal. Quando se tratava de punir os soldados rasos, os infiltrados de massa, os destruidores de vidraças, Fux se somou ao coro da justiça. Mas agora, diante dos generais fardados e do ex-presidente que insuflou o país ao abismo, prefere a anulação, a dúvida conveniente, a retórica vazia da falta de provas. Como se não fosse prova suficiente a confissão de Cid, os áudios, as mensagens, os encontros, as ordens veladas.

A história é implacável com os pusilânimes. No momento em que a democracia brasileira exigia coragem, Luiz Fux escolheu a tibieza. No instante em que a República necessitava de firmeza, ele optou pela rendição. Seja por medo de Trump, por cálculo político ou por mero apequenamento de caráter, o efeito é o mesmo: tentar lavar a biografia de Bolsonaro e sua corja de golpistas.

Mas a democracia não se lava com votos frouxos. A democracia só se defende com justiça, memória e coragem. E é isso que o povo brasileiro espera.  Não de um ou outro ministro isolado, mas do conjunto da Corte e das instituições da República. Que não se intimidem. Que não cedam. Que mostrem ao mundo que aqui, diferente de onde Trump reina com ameaças, golpe não tem vez e covardia não terá perdão.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

STF julga núcleo central do golpe de 2022. Bolsonaro e generais na berlinda.

 

Parlamentares de Esquerda acompanham o STF
Imagem - ICL Notícias
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta terça-feira (9) o terceiro dia do julgamento do “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado de 2022.

Até aqui, os ministros Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino já votaram pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos outros sete réus. O placar está 2 a 0 pela condenação.

O julgamento será retomado nesta quarta-feira (10), com os votos de Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Além de Bolsonaro, respondem:

  • General Walter Braga Netto
  • General Augusto Heleno
  • General Paulo Sérgio Nogueira
  • Almirante Almir Garnier
  • Deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ)
  • Ex-ministro Anderson Torres
  • Tenente-coronel Mauro Cid

Por mais de cinco horas, Moraes apresentou um voto contundente. Ele rejeitou as manobras da defesa e classificou as alegações contra as delações como “litigância de má-fé”.
Para o relator, não há dúvidas. “Isso tem um nome só: golpe de Estado”, afirmou, destacando que Bolsonaro exerceu o papel de líder de uma organização criminosa que tentou tomar de assalto as instituições.

Moraes alertou que o Brasil esteve a um passo de voltar a uma ditadura. “Uma organização criminosa, liderada por Jair Bolsonaro, não aceitou a alternância de poder, um princípio democrático básico”.

Na parte da tarde, o ministro Flávio Dino acompanhou Moraes. Ressaltou que este não é um julgamento excepcional, mas um processo comum dentro do Estado Democrático de Direito.
Rebateu críticas de Tarcísio de Freitas, que acusara o STF de “tirania”: “É exótico dizer que um tribunal constitucional é tirânico. É exatamente o oposto”, disse Dino.

O ministro também descartou qualquer possibilidade de anistia. “Nunca houve anistia feita em proveito dos altos escalões de poder. Nunca a anistia se prestou a uma espécie de autoanistia”.

Em seu voto, apontou Bolsonaro e Braga Netto como figuras dominantes da trama e adiantou que defenderá penas mais duras para ambos.

A Procuradoria-Geral da República denunciou o grupo por:

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Tentativa de golpe de Estado

Moraes votou ainda pela condenação de sete dos oito réus por dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado, com exceção de Ramagem, por decisão da Câmara dos Deputados. Dino acompanhou integralmente.

O julgamento do núcleo central é um divisor de águas na história recente do Brasil. Ele demonstra que não há espaço para aventuras autoritárias, nem para a impunidade de quem tentou destruir a democracia.
Parlamentares de esquerda acompanharam a sessão, entre eles Ivan Valente (PSOL), Talíria Petrone (PSOL), Rogério Correia (PT) e Jandira Feghali (PCdoB).

A decisão final do STF, prevista para os próximos dias, marcará de forma definitiva se o país dará uma resposta firme aos golpistas ou se abrirá brechas para novos ataques ao Estado Democrático de Direito.


segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Por uma verdadeira Independência do Brasil

 

Imagem - Portal da Prefeitura Municipal Rio Preto
O 7 de Setembro não é apenas a lembrança de um ato de 1822. É um chamado vivo, renovado a cada geração, para que o Brasil seja realmente livre, soberano e justo.

Em São José do Rio Preto, o PT chamou partidos de esquerda, entidades, movimentos e coletivos para ocupar as bordas do desfile cívico.

Mais de 3 mil munícipes estavam presentes diante de um palanque repleto de autoridades, em sua maioria militares, ligados ao governo municipal do prefeito bolsonarista.

Foi nesse ambiente que militamos, panfleto em mãos, com a firmeza de quem acredita no povo. Foram cerca de 2.500 exemplares distribuídos. E a resposta foi clara. Quase ninguém recusou. Nenhum panfleto foi ao chão. O povo recebeu nossa mensagem com respeito, atenção e curiosidade.

O texto que levamos não foi apenas palavras no papel. Foi a expressão de um compromisso:

  • Prisão de todos os golpistas, sem anistia. Democracia se protege com justiça.
  • Fim da escala 6x1, que esmaga famílias e destrói vidas.
  • Isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil, porque quem luta para sobreviver não pode ser penalizado.
  • Taxação das grandes fortunas, porque quem pode mais deve contribuir mais.

Essa é a verdadeira independência.  A que rompe com as correntes da submissão, da injustiça e da desigualdade.

Enquanto aqui lutamos pelo *Brasil soberano, democrático e popular*, em São Paulo e outras capitais bolsonaristas tremulavam bandeiras dos Estados Unidos e de Israel. Um contrassenso vergonhoso.  No dia da independência brasileira, celebravam servilismo. Não o Brasil, mas o império estrangeiro. Não a soberania, mas a submissão.

A cena escancarou dois projetos de país. De um lado, os vendilhões da pátria, que se ajoelham ao estrangeiro e pedem perdão para golpistas. De outro, homens e mulheres comuns, trabalhadores e trabalhadoras, que levantam sua voz pelo Brasil real, que vive, sofre, produz e resiste.

Foi esse Brasil que se fez presente em Rio Preto no 7 de Setembro.
O Brasil que não aceita retrocesso.
O Brasil que acredita que independência de verdade é soberania, democracia e justiça social.

Esse é o Brasil que defendemos. Esse é o Brasil que há de vencer.

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Povo Independente é Povo Soberano

 

Imagem - site do PT
Este 7 de setembro não será apenas uma data para lembrar a independência do Brasil no passado. Será um dia para reafirmar, nas ruas e nas praças, a luta pela soberania popular e por um país mais justo.

O Partido dos Trabalhadores, junto com as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, centrais sindicais, a UNE, partidos progressistas, movimentos sociais e representações religiosas convocam a militância e toda a sociedade civil a se engajar no ato nacional ‘Povo Independente é Povo Soberano’.

Será um momento de resistência contra as ameaças externas, de defesa dos interesses nacionais e de fortalecimento da democracia. Além disso, o dia também marca a realização do plebiscito popular pela redução da jornada de trabalho e por justiça tributária.

Deputados e deputadas da bancada do PT na Câmara já reforçaram o chamado: este é o momento de erguer a voz da classe trabalhadora, lutar por melhores condições de vida e reafirmar que soberania e independência só existem quando o povo ocupa seu lugar de protagonista na história.

Neste 7 de setembro, o Brasil vai às ruas para dizer em alto e bom som: povo independente é povo soberano.

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Anistia aos golpistas: a fatura que Tarcísio quer pagar para virar candidato

 

O candidato do golpe - Imagem O Globo
O primeiro dia do julgamento de Jair Bolsonaro e de seus aliados no Supremo Tribunal Federal deixou evidente não apenas o peso das acusações de tentativa de golpe de Estado, mas também uma articulação paralela que tenta salvar o ex-presidente da prisão.

Em Brasília, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reuniu-se com lideranças políticas e religiosas, atuando em defesa de um projeto de anistia ampla. A estratégia é clara.  Enquanto Bolsonaro enfrenta a Justiça, seu afilhado político corre para transformar o tema em bandeira e, ao mesmo tempo, consolidar sua própria candidatura presidencial em 2026.

Essa movimentação deu novo fôlego aos setores mais reacionários da Câmara, que pressionam para colocar a anistia em votação logo após o fim do julgamento.

Partidos como União Brasil, PP e Republicanos estão entre os mais ativos, reforçando o lobby golpista. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, no entanto, se manifestou contra perdoar Bolsonaro, defendendo um texto que apenas reduza penas de envolvidos de menor participação. Ainda assim, a pressão cresceu e o debate se intensificou.

Para o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, tratar desse tema é um grave erro. Segundo ele, ao se lançar como fiador da anistia, Tarcísio assume o rótulo de “candidato do golpe”, colocando-se ao lado de quem atentou contra a democracia em vez de defender a Constituição.

O recado é claro: esse não é um gesto de reconciliação, mas uma ofensiva política para transformar a impunidade em trampolim eleitoral.

O risco é enorme. Uma eventual anistia a Bolsonaro e a seus cúmplices afrontaria diretamente a Constituição e abriria precedente perigoso, naturalizando tentativas de golpe e incentivando novos ataques à democracia.

O que está em jogo não é apenas o futuro político de Bolsonaro, mas a própria credibilidade das instituições.

Golpismo não se perdoa, se pune.


domingo, 31 de agosto de 2025

Fortalecimento e Mobilização: o Encontro Estadual do PT-SP em São Paulo

 


Nos dias 29 e 30 de agosto de 2025, o Partido dos Trabalhadores de São Paulo realizou seu aguardado Encontro Estadual na capital paulista, mobilizando lideranças, dirigentes e filiados de todo o estado.

Essa instância de debate político e organizativo teve como objetivo central reforçar a articulação interna e preparar o partido para os desafios eleitorais de 2026, especialmente a reeleição do presidente Lula e as eleições legislativas. A mobilização ficou evidente desde a divulgação do evento.

Durante o encontro, foram discutidas diretrizes operacionais, estratégias de comunicação, atuação por território, diálogo com movimentos sociais e critérios para a composição das chapas proporcionais. A importância de articular uma base atuante e unida foi destacada como fundamental para garantir uma atuação política e social consistente no estado.

Foi consenso que São Paulo deve desempenhar papel decisivo na construção da agenda nacional do PT, atuando como trincheira política e referência estratégica para o país. O fortalecimento da militância local, a capacitação de novos quadros e o fomento à diversidade interna (com atenção especial às pautas de gênero, juventude e representatividade) foram tratados como prioridades instigantes e urgentes.

Além disso, o encontro consolidou a ideia de que o PT-SP deve agir como protagonista na defesa da soberania nacional, anticolonialismo interno e resistência democrática, em sintonia com os encontros nacionais realizados recentemente, como o 17º Encontro Nacional em Brasília, ocorrido no início de agosto.

O resultado prático foi a construção de um plano estadual que inclui:

  • diálogo estratégico com a direção nacional;
  • formação política permanente em polos municipais e regionais;
  • mobilização eleitoral com foco nos pleitos de 2026;
  • defensiva da democracia e autonomia nacional.

Em síntese, o Encontro Estadual do PT-SP firmou um compromisso coletivo. São Paulo vai mais longe, se organiza, se fortalece e assume protagonismo.


quinta-feira, 28 de agosto de 2025

A unidade democrática contra o golpismo e o imperialismo

 

 

Imagem - Site Oficial do PT

Na tarde desta quarta-feira, vulgo ontem, em Brasília, um gesto político de grande relevância aconteceu.  Partidos do campo democrático se reuniram para reforçar a defesa da democracia e da soberania nacional diante dos ataques da extrema direita, dos bolsonaristas e, de maneira preocupante, do próprio presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O encontro, realizado na sede nacional do PT, contou com lideranças do PDT, Rede, PV, PSB, PCdoB, Psol e Cidadania.

Mais do que uma reunião protocolar, tratou-se de um movimento de resistência e afirmação.  A compreensão de que a democracia brasileira está sob pressão constante, e que a resposta só pode ser dada de forma unida e corajosa.

O presidente do PT, Edinho Silva, destacou que esta já é a segunda reunião entre os dirigentes partidários, mas reconheceu que a conjuntura se agravou com as atitudes de Trump contra o Brasil, suas instituições e seu povo. Ainda assim, Edinho foi enfático ao sublinhar a capacidade de resposta do presidente Lula e dos partidos democráticos, baseada no diálogo e na mobilização popular.

Essa mobilização tem um marco simbólico próximo: o 7 de Setembro. A data que consagra a independência nacional deve ser, mais uma vez, momento de afirmação da soberania frente a qualquer tipo de tutela estrangeira e de repúdio a qualquer tentativa de golpe. O presidente do PT lembrou a necessidade de convocar o povo para ser protagonista dessa defesa, pois não há soberania sem participação popular.

A presidenta do Psol, Paula Coradi, ressaltou que o momento exige mais do que alianças eleitorais.  É preciso construir uma agenda política comum para enfrentar o bolsonarismo e os ataques imperialistas. Em suas palavras, a articulação golpista liderada pela família Bolsonaro busca apenas salvar a pele de quem atentou contra a democracia. Por isso, a unidade não é apenas desejável, é uma necessidade histórica.

A reunião contou com a presença de lideranças experientes, como Carlos Lupi (PDT), Paulo Lamac (Rede), Carlos Siqueira (PSB), Nádia Campeão (PCdoB), Reynaldo Moraes (PV) e Regis Cavalcanti (Cidadania). Um conjunto diverso de vozes, mas que compartilham um entendimento comum.  A democracia brasileira, tão jovem e conquistada a duras lutas, não pode ser submetida nem ao golpismo interno nem ao assédio externo.

O Brasil vive um momento em que a defesa da soberania nacional e da democracia não pode ser tarefa de um só partido ou de um só líder. É missão coletiva. As diferenças programáticas existem e são legítimas. Mas há algo maior que nos une.  O compromisso de impedir que o país seja sequestrado por forças antidemocráticas ou por interesses estrangeiros que desprezam nossa independência.

A história já nos ensinou que a liberdade e a democracia nunca vêm de graça.  São conquistas que exigem vigilância, coragem e unidade. O gesto feito em Brasília, nesta quarta-feira, aponta nessa direção. Cabe agora ampliar esse chamado e transformar a unidade em força política capaz de enfrentar e derrotar qualquer tentativa de retrocesso.

Porque, em tempos de ataque, resistir não é apenas uma opção, mas uma obrigação com o povo e com o futuro do Brasil.


terça-feira, 26 de agosto de 2025

Valdemar e Tarcísio no país da fantasia. A direita brasileira e seu interminável stand-up.

 

Imagem - G1
Valdemar Costa Neto resolveu inovar no campo da comédia política.  Comparou Jair Bolsonaro a Che Guevara.

Sim, Che Guevara, o revolucionário que inspirou movimentos de libertação no mundo todo, virou agora sósia ideológica de um ex-presidente inelegível, preso em casa por descumprir medidas cautelares e acusado de planejar golpe de Estado.

O paralelo é tão absurdo que, se não fosse trágico, poderia render um quadro em programa humorístico.

Segundo Valdemar, Bolsonaro ainda tem “chances de ser candidato em 2026”. O detalhe é que ele já está inelegível. É como dizer que Pelé tem chances de jogar a próxima Copa.

Mas o presidente do PL não se incomoda com a realidade.  Prefere viver no universo mágico onde planejar um golpe ou um assassinato não é problema, desde que não se execute. A tese é simples.  Se você conspirar, mas não levar adiante, está absolvido. Talvez até condecorado.

E para reforçar o festival de pérolas, Valdemar classificou o 8 de janeiro não como golpe, mas como “20 pés de chinelo quebrando coisas”. Uma curiosa visão de mundo em que a invasão dos Três Poderes vira apenas uma micareta de desavisados, e não a tentativa mais explícita de golpe da história recente. Para esse enredo, os patriotas de camiseta da seleção são apenas foliões incompreendidos. “Pés de Chinelo”.

Enquanto isso, no mesmo evento, Tarcísio de Freitas resolveu brincar de JK.

Se Juscelino prometeu “50 anos em 5”, Tarcísio sonha com “40 anos em 4”. Fica no ar a dúvida se seriam 40 anos de atraso em 4 de mandato ou 40 pedágios novos a cada 4 rodovias.

Quem sabe? O certo é que a imaginação da direita brasileira anda cada vez mais criativa.  Transformam Bolsonaro em Che Guevara e se fantasiam de Juscelino Kubitschek, enquanto a realidade insiste em lembrá-los do óbvio. Eles não têm projeto, não têm visão e não têm sequer coerência, a não ser em camuflar corrupção.

No fim das contas, o espetáculo político parece uma grande feira de ilusões. De um lado, um líder partidário que transforma um réu do STF em ícone revolucionário. Do outro, um governador que promete acelerar o tempo, mas só consegue acelerar pedágios. É o retrato de uma direita que, em vez de oferecer futuro, insiste em vender delírios embalados em slogans em bonés.


domingo, 24 de agosto de 2025

O fantasma de 64 na eleição de 2026

 

Imagem - ICL Noticias

O debate sobre a sucessão de 2026 ganhou um ingrediente que vai muito além das pesquisas eleitorais e dos nomes que pipocam nas planilhas dos institutos.

Quem observa com atenção o cenário geopolítico sabe que o grande adversário de Lula não é uma figura interna, mas uma dama sorrateira, fria e poderosa: a CIA.

A provocação foi levantada por Xico Sá, jornalista e escritor que conhece como poucos os bastidores da política e da imprensa.

Ele lembra que a agência de inteligência americana tem um currículo invejável que vai do golpe de 1964 à parceria tóxica com Sérgio Moro na Lava Jato, passando pelo impeachment de Dilma e pela entrega do pré-sal às multinacionais.

Inelegível como Bolsonaro, mas muito mais eficaz, a CIA opera nas sombras, abrindo caminho para que a pauta dos Estados Unidos se imponha sobre a soberania nacional.

E não se trata de devaneio conspiratório.

O PT acaba de denunciar oficialmente que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, prepara uma ofensiva contra o Brasil para derrotar Lula em 2026.

O arsenal? Redes sociais, fake news, manipulação digital e, agora, a inteligência artificial transformada em arma política.

A pressa em desestabilizar os Brics e reconquistar o “fazendão” chamado Brasil é evidente.

Não estamos falando das figuras caricatas de Bolsonaro e Malafaia. Isso vai muito além. É um jogo pesado de espionagem, pressões econômicas e uma máquina internacional de ódio, alimentada por big techs e algoritmos treinados para manipular consciências.

O mais assustador é que nem precisamos tratar isso como “teoria da conspiração”. É quase manual de instruções.  Foi assim no Chile contra Allende, na Venezuela contra Chávez, em Cuba contra Fidel, e, claro, no Brasil de 1964.

Agora querem repetir a cartilha, turbinada pela tecnologia. O que está em jogo não é apenas uma eleição, mas a própria soberania nacional.

Mas há um porém que não cabe nos cálculos da CIA ou de Trump. A força de um povo organizado.

O PT já anunciou mobilização nacional para o 7 de Setembro.

Se eles pretendem usar a máquina do ódio, nós vamos usar a energia das ruas. O 7 de Setembro não será deles, será do Brasil soberano, democrático e justo.

Trump pode até acreditar que manda no mundo, mas aqui quem decide o futuro do Brasil é o povo brasileiro. E em 2026, por mais que eles tentem impor sua cartilha, o projeto de desenvolvimento, justiça social e soberania não será derrotado.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Golpe, púlpito e família.

 

Imagem - ICL Notícias
O Brasil amanhece com uma notícia que parece ficção, mas é realidade pura. A Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

No mesmo inquérito, Silas Malafaia, o pastor de voz em si bemol e verbo inflamado, não chegou a ser indiciado, mas foi alvo de busca e apreensão, teve celular e passaporte recolhidos e aparece como personagem-chave dessa trama.

O relatório da PF tem 170 páginas e mostra Bolsonaro e Eduardo como protagonistas de uma rede que ia da tentativa de manipular julgamentos no Supremo Tribunal Federal até articulações com agentes estrangeiros.

Está lá, preto no branco.  O ex-presidente, que deveria defender o Brasil, preferiu se alinhar a Donald Trump, chegou a comemorar as tarifas impostas contra nosso país e até pedia orientação a advogados ligados à extrema-direita norte-americana para saber o que escrever em suas notas públicas. Em outras palavras, além de golpista, entreguista.

Malafaia, por sua vez, surge como o pregador que virou estrategista.

Segundo a investigação, ele não apenas combinava previamente ataques contra ministros do STF, mas orientava Bolsonaro sobre o tom e a forma dos embates. Era um pastor que, em vez de cuidar de almas, ajudava a insuflar a guerra contra a democracia, pressionando para que a religião se tornasse instrumento de intimidação política.

Como se não bastasse, os investigadores encontraram documentos que revelam o planejamento de Bolsonaro para pedir asilo na Argentina, ainda em 2024.

Não é exagero dizer que ele já ensaiava a fuga do país, como quem sabe que seu destino natural seria enfrentar a Justiça.

A cada nova revelação, fica claro que o roteiro da chamada “tempestade golpista” não foi improvisado, mas foi escrito passo a passo, com apoio de generais, filhos parlamentares e pastores convertidos em assessores de crise.

O caso agora segue para o STF, onde Alexandre de Moraes deu 48 horas para que Bolsonaro explique seus descumprimentos das medidas cautelares. O julgamento do processo principal, que trata diretamente da tentativa de golpe, já tem data.  Dia 2 de setembro.

Será o momento em que o país inteiro vai olhar para a Corte e esperar a resposta definitiva se a democracia será defendida com firmeza ou se a impunidade seguirá sendo a sombra que nos persegue.

No fim das contas, o que esse indiciamento revela é algo simples e incômodo. Bolsonaro e seus aliados transformaram o poder em trincheira, a fé em ferramenta de ataque e a política em campo de sabotagem contra o próprio Brasil.

Mas há um consolo nesse turbilhão. Por mais que tentem, não conseguiram calar a democracia. E ela segue resistindo com suas instituições, com sua gente e com sua verdade.

 


quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Brasil volta a confiar

 

Image - ICL Notícias
A nova rodada da pesquisa Quaest traz sinais claros de recuperação para o presidente Lula e para o nosso projeto político.

A aprovação do governo subiu para 46%, três pontos a mais que no último levantamento, enquanto a desaprovação caiu para 51%, dois pontos a menos.

Pode parecer pouco para alguns, mas, no acúmulo, entre maio e agosto, já são 6 pontos a mais de aprovação e 6 a menos de rejeição. Uma virada consistente, que mostra que o Brasil começa a sentir os frutos das políticas do nosso governo.

O dado mais animador vem justamente do Sudeste, região onde a mídia tradicional dizia ser terreno perdido para Lula. A desaprovação, que era de 64% em maio, caiu para 55%. E a aprovação, que estava em 32%, já chegou a 42%. São dez pontos de avanço em apenas três meses.  Isso significa que o trabalho sério do governo está sendo reconhecido até onde a oposição imaginava que reinaria absoluta.

Outro ponto importante é a comparação direta com outros políticos diante da crise criada pelo presidente estadunidense. Lula, mesmo com saldo levemente negativo de 2 pontos, aparece muito melhor que qualquer outro nome. Tarcísio amarga saldo de -11, e o clã Bolsonaro vai ainda pior.  Eduardo e Jair Bolsonaro têm ambos saldo de -31. O contraste é nítido.  Lula é visto como defensor do Brasil.  Bolsonaro, como dependente dos interesses externos.

Não é à toa que quase metade dos brasileiros (49%) acredita que Lula age em defesa do país, enquanto apenas 41% acham que ele estaria se promovendo. Já no caso de Eduardo Bolsonaro, 69% dizem que ele só defende os próprios interesses e os da família. Ou seja, o discurso falso de “patriotismo” da extrema-direita se esfarela diante da realidade.

E tem mais.  A comparação entre o governo Lula e o governo Bolsonaro voltou a favorecer o nosso presidente. 43% dizem que Lula governa melhor (+3), contra 38% que acham pior (-6). Pela primeira vez em meses, essa balança pende claramente para o lado certo, desmontando a narrativa de que “nada mudou”. Mudou sim e mudou pra melhor.

Esses números devem ser lidos pela militância como um sinal de esperança e de tarefa. Esperança porque mostram que o povo reconhece os avanços concretos.  Queda do desemprego, aumento da renda, saída do Mapa da Fome. E tarefa porque cabe a nós, em cada cidade, em cada bairro, em cada sindicato, mostrar esse Brasil real que já está em curso.

O Estadão, a velha mídia e a extrema-direita vão seguir tentando apagar essas conquistas. Mas a pesquisa mostra que o Brasil está reabrindo os olhos.

E quando o povo brasileiro enxerga a verdade, ninguém segura.


terça-feira, 19 de agosto de 2025

O Brasil real que o Estadão insiste em negar

 

O Brasil de Lula

No último sábado, o Estadão voltou ao velho hábito de confundir ficção com análise política. Em mais um editorial recheado de distorções, acusou o governo Lula de ser “fiscalmente insustentável e economicamente estagnante”. Nada mais distante da realidade. O Brasil que emerge dos números, dos empregos, da renda, da comida de volta à mesa, está a anos-luz da caricatura vendida pelo jornalão (porta voz de sabe-se lá quem).

A resposta mais categórica veio da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.  Responsabilizar Lula pela ascensão de Jair Bolsonaro é “ultrapassar todos os limites da política, da história e até do bom senso”. O que pariu Bolsonaro foi a perseguição judicial que prendeu Lula de forma ilegal em 2018, com o apoio de toda a grande mídia, incluindo o Estadão, impedindo sua candidatura quando liderava todas as pesquisas. Este é o fato que o jornal tenta apagar da memória nacional.

Comecemos pelos números que o Estadão finge não ver. O déficit primário, que em 2023 chegou a 2,12% do PIB, despencou para 0,09% em 2024, praticamente no equilíbrio fiscal, a maior redução em duas décadas. O novo arcabouço fiscal substituiu o fracassado teto de gastos e trouxe previsibilidade à economia.

O PIB cresceu 3,2% em 2023 e 3,4% em 2024, desempenho superior ao da média mundial e ao registrado pelas principais economias avançadas. No primeiro trimestre de 2025, o Brasil teve a quinta maior alta do planeta. Foram 1,4% em relação ao trimestre anterior e 2,9% na comparação anual.

No mercado de trabalho, são mais de 3 milhões de vagas formais criadas em pouco mais de dois anos, levando o desemprego a 5,8%, o menor da série histórica. O rendimento médio do trabalhador alcançou R$ 3.477, e o salário mínimo voltou a ter ganho real, acima da inflação.

No plano social, um símbolo basta.  O Brasil saiu novamente do Mapa da Fome da ONU, após seis anos de retrocessos nos governos Temer e Bolsonaro. O Bolsa Família fortalecido, a agricultura familiar apoiada e a retomada das políticas de segurança alimentar devolveram dignidade a milhões de brasileiros.

De forma irônica, o Estadão abre seu editorial citando o governador paulista Tarcísio de Freitas, que declarou que “o Brasil não aguenta mais Lula e o PT”. O jornal, no entanto, omite o escândalo bilionário de corrupção na Secretaria da Fazenda paulista, que pode ter movimentado até R$ 1 bilhão em propinas. A operação envolve auditores fiscais e empresas beneficiadas como a Ultrafarma, cujo dono foi preso.

Enquanto isso, Tarcísio mantém silêncio constrangedor, evita entrevistas e prefere encontros com empresários. O governador que prometeu moralizar a máquina pública precisa agora explicar por que seu “radar anticorrupção” falhou tão miseravelmente. Mas a grande imprensa prefere a conveniência do silêncio.

A verdade é que os jornalões buscam desesperadamente um candidato presidencial para chamar de seu. Tarcísio, porém, não tem a confiança plena da direita, ainda mais desgastado por sua proximidade com Bolsonaro e sua submissão ao tarifaço de Trump, que prejudica exportadores paulistas. Diante disso, resta ao Estadão fabricar narrativas contra Lula.

O editorial delirante do Estadão é apenas mais um capítulo da campanha permanente contra Lula e o PT. Mas o Brasil de hoje simplesmente não cabe nessa narrativa. Déficit em queda, PIB em alta, empregos e renda em crescimento, fome em recuo.

Enquanto o jornal insiste em ataques sem lastro, a população sente os efeitos concretos do governo. Este é o Brasil real avançando com estabilidade econômica, progresso social e esperança renovada.


segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Um Novo Tempo para o PT de Rio Preto

 

Estamos vivendo um novo momento para o PT de São José do Rio Preto.

A eleição do nosso diretório municipal não é apenas a reafirmação da democracia interna do partido. É sobretudo, o renascimento da esperança de que nossa cidade volte a sonhar com um futuro progressista, inclusivo e popular.

Esse novo ciclo é reflexo direto do que o presidente Lula e o governo federal vêm realizando em todo o Brasil, com investimentos que chegam também ao interior, cuidando da nossa gente trabalhadora, das periferias e dos rincões que durante tanto tempo foram esquecidos.

Mas sabemos que nossa tarefa é grande. Precisamos enfrentar o fascismo local, derrotar as forças do atraso e construir a unidade necessária para que o PT siga sendo referência de luta, organização e esperança para o povo de Rio Preto.

Esse é o compromisso que assumimos, com coragem e generosidade, olhando sempre para o futuro que queremos.  Uma cidade mais justa, solidária e democrática.

Também é tempo de celebrar. Celebramos nossa força coletiva, nossa resistência e nossa certeza de que um novo Rio Preto é possível.

|Essa semana, o novo diretório se reunirá para compor a executiva municipal e definir a data do nosso momento festivo de posse, aberto a todos os filiados, filiadas e simpatizantes.

Será mais um passo na caminhada que estamos trilhando juntos, com fé, alegria e luta.

Viva o partido das Trabalhadoras.  Viva o partido dos Trabalhadores.

Apreensão máxima

  Nilson Dalledone   nilsondalledone@gmail.com Cerca de 95% de Gaza (Palestina) estão destruídas. Multidões de palestinos surgem retornando ...