quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Trump, a Doutrina do Porrete e a Sombra da Intervenção na América Latina

 

Imagem - ICL Notícias
O envio de tropas americanas para o Mar do Caribe, por ordem direta de Donald Trump, não é um ato isolado, nem se limita ao pretexto de combater cartéis de drogas. É a reedição, em pleno século XXI, da velha política de intervenção militar dos Estados Unidos em território latino-americano.  Uma tradição que vai de invasões explícitas a golpes patrocinados nos bastidores. Agora, o alvo declarado são grupos como o Tren de Aragua e o MS-13, com operações planejadas por ar, mar e, possivelmente, em solo estrangeiro.

Ainda que o Brasil não esteja incluído neste primeiro momento, a pressão de Washington já se faz sentir. A pergunta dirigida a Brasília sobre por que não classificar o PCC como organização terrorista é mais que curiosidade: é um teste para medir até onde vai a adesão do governo brasileiro à lógica norte-americana de “guerra ao inimigo interno”, conceito que historicamente abre espaço para arbitrariedades, violações de soberania e repressão ampliada.

Trump, que voltou à Casa Branca anunciando uma cruzada contra cartéis, utiliza a retórica da “segurança” para justificar um aumento da presença militar na região. Mas, como tantas vezes na história, a questão real é geopolítica.  Controlar rotas, influenciar governos e reafirmar a hegemonia dos EUA sobre o hemisfério.

O México, sob Claudia Sheinbaum, já se apressou em minimizar a medida, mas as sombras de incursões unilaterais permanecem, especialmente diante de uma ordem presidencial emitida em segredo e apenas revelada por denúncias na imprensa.

O risco é duplo.  De um lado, a possibilidade concreta de mortes de civis e instabilidade política nos países-alvo.  De outro, a normalização da ideia de que forças armadas estrangeiras possam atuar livremente em território latino-americano sob justificativas amplas e pouco transparentes.

Ao transformar problemas de segurança pública em pretexto para ações militares transnacionais, Trump reforça uma agenda de controle que historicamente serve mais aos interesses de Washington do que à soberania e à paz na região.

O continente já conhece o resultado dessa receita.

O desafio agora é que governos e sociedades latino-americanas resistam à tentação de terceirizar sua segurança à potência do norte porque, como ensina a própria história, quem cede território e autoridade dificilmente recupera a independência perdida.


domingo, 3 de agosto de 2025

A Responsabilidade dos Políticos de Rio Preto

 

Ato Bolsonarista na Paulista - ICL
Neste domingo, mais uma vez, lideranças políticas de São José do Rio Preto se mobilizam para engrossar atos em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. O local escolhido, o tradicional cruzamento da Andaló com o fast food, parece refletir bem o espírito da mobilização. Superficial, repetitiva e sem apetite por diálogo verdadeiro.

É claro que a liberdade de expressão e manifestação são pilares da democracia.  Pilares que, paradoxalmente, muitos desses mesmos atores não hesitaram em atacar quando se calaram ou incentivaram os atos golpistas de 8 de janeiro. Mas é preciso lembrar que ocupar as ruas exige mais do que palavras de ordem. Exige coerência, responsabilidade e, sobretudo, compromisso com a verdade.

O que nos causa perplexidade não é a existência do ato em si, mas a escolha de prioridades de certos representantes eleitos para legislar em favor do povo. Estamos falando de parlamentares que ignoram os desafios reais da cidade, como a crise habitacional, os 234 moradores em situação de rua a cada 100 mil habitantes, o sucateamento da saúde pública e a crescente desigualdade, para fazer coro a um projeto político que, a esta altura, já coleciona derrotas judiciais, escândalos internacionais e um claro distanciamento dos valores republicanos.

Eduardo Bolsonaro, por exemplo, hoje honrado por parte dessa mesma base política local, atua fora do país para atacar instituições brasileiras, sabotar acordos comerciais e deslegitimar nossa democracia em fóruns estrangeiros. Que honra há nisso? Que serviço é prestado ao povo rio-pretense ao defender alguém que, de longe, torce pelo caos aqui?

Além disso, o próprio PL, partido desses parlamentares, tem se atolado em contradições.  Se diz defensor da moral, mas acolhe condenados; prega a família, mas propaga o ódio; jura patriotismo, mas cala diante de ataques à soberania nacional. É uma incoerência que precisa ser enfrentada com firmeza e lucidez.

Este artigo não é um ataque é um convite. Um convite à reflexão, à responsabilidade pública e ao reencontro com a ética. Rio Preto merece representantes que olhem para frente, para os bairros esquecidos, para a juventude sem oportunidades, para a cidade real e não para o retrovisor de um projeto que já demonstrou seu fracasso.

sábado, 2 de agosto de 2025

Encontro Nacional do PT: A Força de um Partido Que Não Para de Lutar

 

Imagem - site do PT

O 17º Encontro Nacional do PT, iniciado em Brasília neste primeiro fim de semana de agosto, foi mais do que um evento partidário.  Foi um grande ato de reafirmação política, simbólica e programática de um partido que segue pulsando no coração do povo.

Milhares de delegadas e delegados, oriundos de todos os cantos do Brasil e eleitos no maior Processo de Eleição Direta da história do partido, se reuniram num clima de esperança renovada e responsabilidade histórica.

Entre os debates e as falas, ficou claro: o PT está se preparando, com os pés fincados na realidade e os olhos voltados para o futuro, para enfrentar os desafios do presente com unidade, garra e compromisso com as lutas populares.

A memória de nossas gestões nas cidades foi evocada como base da construção de um modo petista de governar transformador, participativo, voltado à justiça social.

Não foi por acaso que as cidades foram lembradas como berço dessa tradição: nelas germinou a democracia participativa, o orçamento popular, a humanização da gestão pública.

Ao lado disso, vozes combativas denunciaram os atentados à soberania nacional, as vergonhosas tentativas de submissão do Brasil a interesses estrangeiros e o golpismo de quem quer usar o estrangeiro como trincheira contra a democracia brasileira.

A defesa do Brasil como projeto de nação soberana foi feita com altivez, com a coragem de quem não teme o grito de fascistas do norte nem a genuflexão de falsos patriotas que se vendem por um passaporte diplomático.

Também ecoou forte, nas falas e nos gestos, o compromisso com a diversidade e os direitos humanos, afirmando que nosso partido segue sendo casa aberta para quem luta contra o preconceito, e trincheira segura para todas as identidades que fazem do Brasil um país plural.

O que se viu em Brasília foi um PT vivo, vibrante, renovado que se prepara para reeleger Lula, fortalecer sua bancada e seguir ao lado do povo nas grandes batalhas que virão.

Mais do que nunca, é hora de unidade, consciência histórica e ação firme.

Viva o PT!


quinta-feira, 31 de julho de 2025

Boas notícias bateram à nossa porta, e com força histórica.

 

Imagem - Jovem Pan
O Brasil acaba de registrar a menor taxa de desemprego da série histórica. Contínua 5,8% no trimestre de abril a junho de 2025. Sim, você leu certo. Em tempos de tanto desalento noticioso, eis um número que não apenas alivia, mas orgulha. O trabalho voltou e voltou com carteira assinada.

A força de trabalho não apenas cresceu, mas bateu recorde em participação, ocupação e formalização. São mais de 102 milhões de pessoas ocupadas, 39 milhões com carteira assinada no setor privado, e o nível de ocupação igualando o melhor patamar da história. A informalidade caiu, os desalentados estão em menor número desde 2016, e o rendimento médio atingiu seu maior valor, com R$ 3.477,00 por mês. Ou seja: mais gente trabalhando, com melhores salários e menos incertezas.

Tudo isso em meio a um cenário global ainda instável, com guerras, inflação, crises diplomáticas e redes sociais cheias de videntes do apocalipse. Contra todas as previsões catastróficas, o país vem virando o jogo. E veja que curioso: cresceu o número de empregos justamente nos setores ligados à educação, saúde e administração pública, ou seja, o Estado voltou a investir nas áreas que estruturam o bem-estar social. Não é só uma questão de emprego, mas de projeto de país.

É uma conquista da classe trabalhadora, do SUS, das universidades públicas, da agricultura familiar, dos pequenos empreendedores e, sim, das políticas públicas que resistiram à lógica do desmonte. Enquanto alguns apostavam no “quanto pior, melhor”, o povo brasileiro foi à luta, e agora começa a colher os frutos. Os dados são frios, mas o sentimento que eles carregam é quente e de esperança.

Ainda há muito a fazer, é claro. A desigualdade não evaporou, o sul global continua pressionado, e a informalidade ainda ronda milhões. Mas celebrar conquistas é também uma forma de fortalecê-las. Os dados do IBGE são como um raio de sol que atravessa as nuvens da descrença. Indicam que é possível construir um país mais justo, com trabalho digno, carteira assinada e comida na mesa.

Neste Brasil que tanta gente tentou vender como inviável, a realidade mostrou que há, sim, um caminho possível e que o povo brasileiro, com sua resiliência e capacidade de reinvenção, é o verdadeiro protagonista dessa virada.

Que venham mais trimestres como esse. E que as más línguas sejam silenciadas pelo barulho bom da dignidade sendo restaurada.


sexta-feira, 18 de julho de 2025

Bolsonaro, tornozeleira e silêncio forçado: a Justiça que chega.

 

Imagem - G1
Na manhã desta sexta-feira, o Brasil acordou com uma imagem simbólica: Jair Bolsonaro, ex-presidente, alvo de mais uma operação da Polícia Federal, agora passará a ostentar uma tornozeleira eletrônica, marca de quem, enfim, responde por suas escolhas.

O Supremo Tribunal Federal determinou medidas restritivas. Bolsonaro não poderá acessar redes sociais, não pode sair de casa entre 19h e 7h, não pode se aproximar de embaixadas, nem manter contato com diplomatas ou outros investigados, inclusive o próprio filho Eduardo Bolsonaro.

A operação, que cumpre mandados de busca e apreensão em endereços do ex-presidente e do Partido Liberal, é mais um capítulo na longa crônica de crimes que Bolsonaro acumulou enquanto zombava das instituições, incitava golpe e minava a democracia por dentro.

Por muito tempo, sustentou-se numa aura de impunidade, em proteção de militares cúmplices e num populismo que explorava a boa-fé de milhões de brasileiros. Agora, o cerco fecha e fecha tarde.

Não se trata apenas de restrições físicas, mas de restrições simbólicas.  Silenciar Bolsonaro nas redes é silenciar a fábrica de mentiras que alimentou a violência política e o caos institucional que desembocou no 8 de janeiro.

Ao mesmo tempo, mantê-lo sob monitoramento eletrônico é uma mensagem clara de que nenhum poder pessoal, por maior que se julgue, está acima da lei.

A decisão do STF veio poucos dias depois de Donald Trump ameaçar o Brasil com tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, num aceno claro de apoio ao bolsonarismo em crise. Coincidência ou não, a Justiça brasileira deu sua resposta: a soberania popular é maior do que qualquer conluio entre golpistas daqui e de fora.

Agora, Bolsonaro vai provar de um pouco do medo que espalhou em quem resistiu: medo de ser perseguido, calado e isolado.

Que a cena de pavor no seu rosto acovardado sirva de lembrete: o Estado Democrático de Direito pode tardar, mas chega.

Golpe não se esquece, não se perdoa, se pune. E, se depender da vigilância de quem não arreda o pé da luta, a história cobrará cada ato de traição à democracia.


domingo, 13 de julho de 2025

Bolsa Família não é muleta. É dignidade.

 

Imagem - Agência Brasil
Li o artigo do deputado Danilo Campetti, publicado no Diário da Região de hoje (13/07), sobre o programa SuperAção, recém-lançado pelo governo Tarcísio em São Paulo.

É curioso notar como, na ânsia de exaltar o novo programa estadual, o deputado não perde a chance de atacar o Bolsa Família, insinuando que ele “perpetua dependência” e que o SuperAção seria uma “superação”.

Primeiro, é preciso refrescar a memória de quem prefere distorcer os fatos: o Bolsa Família, desde que foi criado em 2003, é reconhecido mundialmente como um dos maiores programas de transferência de renda condicionada do planeta, exemplo citado pela ONU e referência para políticas semelhantes em dezenas de países.

Foi o Bolsa Família, esse “programa ultrapassado”, segundo Campetti, que tirou milhões de brasileiros da fome extrema, manteve crianças na escola, reduziu mortalidade infantil e fortaleceu a economia de centenas de cidades do interior, onde o comércio local gira com o dinheiro que chega à mesa do povo.

É também mentira dizer que o Bolsa Família não promove autonomia: ao contrário, condiciona o recebimento a frequência escolar, vacinação em dia, pré-natal e acompanhamento social, abrindo portas para políticas complementares de qualificação e inserção no mercado de trabalho.

Não é muleta, mas dignidade, é direito, é base para um futuro possível para quem antes só via miséria.

É positivo que o governo paulista amplie programas de transferência de renda, afinal, quanto mais gente amparada, melhor. Mas dizer que é “superação” de algo que não se pretende superar, mas sim ampliar e complementar, é puro marketing eleitoral.

O próprio SuperAção, com “apoio psicossocial” e “orientação profissional”, nada mais faz que repetir diretrizes que o Bolsa Família e o CadÚnico já conectam há anos com os CRAS, o CREAS, os SENACs, os cursos do PRONATEC, as frentes de qualificação e o Microcrédito do CREDIAMIGO, muitos dos quais foram desmontados pelos mesmos que agora fingem inventar a roda.

No mais, se o governo paulista quer falar em “superar a dependência”, deveria também garantir emprego decente, salário digno, tarifa de transporte justa, energia barata, investimento em educação técnica e universidade pública, ao invés de só vender radar, pedágio e privatização de água. Isso sim dá autonomia.


sábado, 12 de julho de 2025

Os 35 anos do ECA - compromisso com nossas infâncias

Há exatos 35 anos, no dia 13 de julho de 1990, o Brasil deu um passo civilizatório decisivo. 

Fez nascer o Estatuto da Criança e do Adolescente, nossa lei que tirou do papel o princípio de que meninos e meninas são sujeitos de direitos, com prioridade absoluta em qualquer política pública.

Inspirado na Convenção da ONU, o ECA consolidou a doutrina da proteção integral, que virou referência para o mundo.

De lá pra cá, não foi pouca coisa.  Os Conselhos Tutelares saíram do papel e hoje são a primeira porta de defesa em todos os municípios.

O sistema de justiça juvenil ganhou regras claras e humanas, acabando com punições indiscriminadas e priorizando medidas socioeducativas.

O combate ao trabalho infantil ganhou fôlego, a proteção contra a violência doméstica ficou mais estruturada, e o direito à convivência familiar e comunitária se fortaleceu como norte de toda política de acolhimento.

Foi o ECA que ajudou a colocar na mesa debates antes invisíveis como a regulação da publicidade infantil, a responsabilização de quem lucra explorando crianças, a atenção ao abuso sexual, à adoção responsável, à saúde integral, à educação inclusiva e a certeza de que nenhuma criança ou adolescente é problema.  É sim prioridade, é futuro, é direito vivo.

Mas os desafios permanecem e o tempo exige atualização.

O ECA precisa enfrentar riscos novos como a violência digital, o aliciamento virtual, o acesso precoce a conteúdos impróprios.

Precisa reforçar a rede de proteção, garantir orçamento, formar conselheiros, valorizar profissionais, escutar as próprias crianças e adolescentes.

Celebrar os 35 anos do ECA é celebrar conquistas, mas também é reafirmar compromisso. O Brasil não pode dar um passo atrás: proteger a infância é proteger o amanhã. É dever do Estado, da família, de cada um de nós.

O ECA é conquista viva e cabe a nós mantê-lo forte, respeitado e aplicado todos os dias.

Presidir o PT em Tempos de Desafios e Esperança

 


Em tempos de bolsonarismo decadente, mas ainda barulhento, agora alimentado até por delírios do Trump, que acha que pode dar palpite no Brasil, presidir o PT, seja em São José do Rio Preto, em São Paulo ou no Brasil, é uma tarefa que exige coragem, diálogo e compromisso com o povo.

Não é tarefa pequena. É carregar o peso de uma história de lutas e conquistas, mas também a responsabilidade de renovar a esperança, defender a democracia e fazer frente a quem sonha em sabotar o país só para proteger privilégios de poucos.

O PT de Rio Preto, assim como no resto do país, sofre das mesmas dores: a necessidade de respeitar os mais antigos, que trouxeram sua experiência e resistência à repressão dos anos de chumbo, aliando a chegada dos novos militantes, com sua esperança vigorosa.

É saber que as ruas agora se dividem com as redes sociais e que a verdade histórica precisa enfrentar o combate desonesto e cruel das fake news.

Temos, pela frente, uma missão clara: garantir a reeleição do presidente Lula, que hoje simboliza a retomada do crescimento, a recuperação da soberania do Brasil no cenário internacional e as reformas que o povo tanto exige, a começar pela justiça tributária, que finalmente tira um pouco do peso dos mais pobres e cobra mais de quem deve mais.

Mas isso não se faz sozinho. Se faz com união da esquerda, com diálogo firme entre correntes, partidos, movimentos populares e cada militante que veste a camisa do PT na rua, na fábrica, na escola, no bairro, no sindicato.

E isso se faz também com a união do próprio petista, que precisa estar mobilizado, participando, defendendo o legado que construímos juntos e apontando para frente.

A batalha é municipal, estadual e federal. É aqui em Rio Preto, onde precisamos fortalecer a base, abrir as portas para novas lideranças e garantir que o partido volte a ocupar as cadeiras do legislativo local.

É no estado de São Paulo, onde ainda enfrentamos a máquina do conservadorismo.

E é no Brasil inteiro, onde o PT sempre foi, e seguirá sendo, a voz do trabalhador, da juventude, da diversidade e da democracia. O desafio é grande e é por isso mesmo que vale a luta.

sábado, 5 de julho de 2025

Justiça fiscal: um passo necessário para corrigir a desigualdade histórica no Brasil

 

Imagem - Estadão
Por muito tempo, o Brasil conviveu com uma distorção gritante. Quem tem menos, paga mais.

O trabalhador que acorda cedo, enfrenta ônibus lotado, paga prestação, compra comida cara no mercado, ainda vê boa parte do salário escoar em impostos.

Enquanto isso, quem detém fortunas bilionárias, investimentos gordos e rendas milionárias, conta com isenções que se arrastam por anos, protegidas por lobbies discretos, mas poderosos.

É justamente essa desigualdade que o governo Lula enfrenta de peito aberto.

Não se trata de aumento de impostos para o povo, como tentam gritar os que sempre lucraram em silêncio. O que está em curso é uma correção de distorções. É justiça tributária. É a coragem de dizer que quem pode mais, deve contribuir mais.

Entre as mudanças propostas, está o fim da isenção para aplicações financeiras de alto valor, aquelas acima de R$ 100 mil em LCI e LCA, por exemplo, que até hoje escapam do Imposto de Renda.

Também está previsto o aumento da tributação sobre empresas de apostas online, as chamadas “bets”, que faturam alto explorando o lazer de milhões, mas recolhem uma fatia irrisória.

Enquanto isso, o trabalhador comum, aquele que faz milagre com o salário mínimo, paga aluguel, prestações, faz reserva na poupança para uma emergência, não será afetado. Pelo contrário. Quem ganha até R$ 5 mil por mês ficará isento do Imposto de Renda, o que deve aliviar o bolso de cerca de 20 milhões de brasileiros. Para quem recebe até R$ 7 mil, haverá desconto progressivo. É dinheiro que volta pra mesa do povo e aquece o comércio local.

E para quem ganha acima de R$ 50 mil mensais, essa minoria que acumula privilégios, o que se pede é uma contribuição justa.  Uma alíquota máxima de 10% de Imposto de Renda para compensar o alívio concedido à base da pirâmide.

Nada mais legítimo num país onde 1% detém 63% de toda a riqueza, enquanto metade da população vive com apenas 2% do patrimônio nacional.

Mesmo assim, há quem espalhe que o governo quer “aumentar imposto do pobre”. Balela. É a velha tática de espalhar medo pra manter os privilégios intocados.

Mas dessa vez, o povo sabe ler as entrelinhas.

O Brasil precisa de um novo pacto. Um ajuste fiscal com justiça social, equilíbrio com inclusão. Cortar do BPC, desvincular salário mínimo da aposentadoria, reduzir verbas de saúde e educação, isso sim é injustiça social, é empurrar o mais fraco para o abismo enquanto se protege o topo.

É hora de cada brasileiro entender que nada muda sem mobilização. Quem lucra com a desigualdade não vai entregar privilégios de bandeja. Só pressão popular faz o Congresso trabalhar por quem mais precisa. E nisso, o governo Lula já mostrou que não foge da briga.

Faz acordo quando é necessário, enfrenta quando é preciso, mas nunca esquece pra quem governa.

Um país mais justo não nasce sozinho.  Depende de todos nós.

Quem pode, contribui. Quem precisa, é protegido.

Isso é justiça fiscal. Isso é Brasil pra todos.


terça-feira, 1 de julho de 2025

Plebiscito Popular 2025: o povo decide

 

Imagem - Agência Brasil
Na tarde de ontem a Subsede da CUT de São José do Rio Preto pelo seu coordenador Amarildo Pessoa, abriu as portas da APEOESP para um encontro que planta uma semente poderosa. 

O Plebiscito Popular 2025 começou a ganhar forma na região.

Representantes de sindicatos, partidos e movimentos sociais se reuniram para organizar núcleos de base, que vão levar às ruas e às redes uma pergunta simples, mas ampla e fundamental: 

Você quer uma jornada de trabalho menor, sem cortar salário? Quer o fim da escala 6x1? Acha justo que quem ganha mais de R$ 50 mil pague mais imposto para isentar quem recebe até R$ 5 mil?

De 1º de julho até setembro, urnas físicas estarão em escolas, sindicatos, praças, terminais de ônibus e também online, combinando votação presencial com QR Code.

É o povo tomando de volta o direito de decidir sobre a própria vida.

Porque justiça social se constrói com voz, voto e luta coletiva.
Rio Preto já começou. Participe, divulgue e vote.


Porque a criança não pode esperar.

 

Imagem DL News
Na tarde desta segunda-feira, mais conhecida como ontem, o vereador João Paulo Rillo do PSOL de São José do Rio Preto, minha cidade, fez o que todo representante do povo deveria fazer.  Ouvir a comunidade, respeitar a lei e pressionar para que direitos básicos sejam garantidos.

Rillo protocolou uma representação no Ministério Público e na Defensoria Pública cobrando a criação de mais dois Conselhos Tutelares na cidade, uma necessidade gritante que não dá mais para empurrar com a barriga.

Rio Preto tem quase 500 mil habitantes. Pela recomendação do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, deveria ter um Conselho Tutelar para cada 100 mil moradores. Hoje, a cidade conta com apenas dois, um na Zona Norte, outro na Zona Sul e sobrecarregados, com dez conselheiros se desdobrando para atender uma demanda cada vez maior.

Quem conhece a realidade da proteção à infância sabe que a falta de estrutura fragiliza o combate à violência contra crianças e adolescentes, compromete o acompanhamento de famílias em situação de vulnerabilidade, atrasa respostas urgentes em casos de abuso, abandono ou negligência.

Uma cidade que cresce precisa ampliar a rede de cuidado e não fechar os olhos para as suas crianças.

A Prefeitura, por sua vez, diz que já está tomando providências para ampliar o atendimento. Que bom, né?  Então que assine embaixo da representação de Rillo e mostre serviço, porque direito de criança não é favor, mas prioridade constitucional.

Quando um vereador se junta ao Ministério Público, à Defensoria e à sociedade civil para exigir políticas públicas de verdade, é um sinal de que a democracia respira mesmo num ambiente político tão adverso para quem defende direitos humanos.

Mais conselhos tutelares não são só um número a mais. São braços, olhos, ouvidos e voz para proteger quem mais precisa. São mais conselheiros de portas abertas em cada bairro, mais presença do poder público onde muitas vezes só chega a omissão.

Portanto, todo apoio ao mandato do vereador João Paulo Rillo, que honra o papel fiscalizador, cobra o Executivo e caminha lado a lado com quem luta para fazer valer o Estatuto da Criança e do Adolescente.

A infância não pode esperar. E quem fecha os olhos para isso, pactua com a violação de direitos.

Que Rio Preto tenha coragem de ser exemplo. Mais proteção, mais cuidado, mais presença do Estado onde a criança é prioridade absoluta.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

Quem manda no Orçamento? O povo ou o curral eleitoral?

 

Imagem - Migalhas
Na última sexta-feira, mais de 30 entidades, representantes da sociedade civil e dos três Poderes, sentaram-se numa audiência pública no Supremo Tribunal Federal para destrinchar uma ferida que há muito supura.  O sequestro do Orçamento público pelo Legislativo.

Estamos falando de mais de R$ 50 bilhões. Isso mesmo, bilhões que deveriam irrigar políticas públicas pensadas pelo governo eleito, mas que acabam irrigando curral eleitoral, compra de voto, dentadura pra quem não precisa, ambulância pra cidade que não tem sequer médico. Um Brasil que sangra dinheiro pra alimentar o apetite eleitoral de parlamentares que, há tempos, confundem fiscalização com apropriação.

O ministro Flávio Dino, no centro desse furacão, tenta mediar uma conciliação entre Executivo e Legislativo, num esforço que pariu a Lei Complementar 210 de 2024.

Essa lei, aprovada com fanfarra há um ano, criou regras claras: o dinheiro das emendas tem de seguir o cardápio de prioridades do governo, passar pelo crivo dos ministérios, ter coerência com políticas públicas nacionais.

É o mínimo num sistema presidencialista.  O presidente, eleito pelo povo, decide o rumo do país enquanto o Congresso fiscaliza, propõe ajustes, mas não toma o timão na marra.

Mas agora, quando a lei precisa sair do papel, a coisa emperra. O Centrão, esse monstro nutrido por interesses paroquiais e verbas bilionárias, faz beicinho. Não quer abrir mão do cofre, não quer devolver ao Executivo o que é do Executivo. Quer continuar distribuindo verbas sem transparência, prometendo pontes onde não há rio, asfaltando estradas que vão dar direto à sua reeleição.

Walfrido Warde, advogado que coassina a ação que sacudiu o Supremo, crava o que salta aos olhos.  Esse esquema desmonta, na marra, o presidencialismo.

Se o presidente não controla o orçamento, não governa. Vira refém.

Qualquer projeto nacional seja segurança, educação, infraestrutura, se torna refém de negociações paroquiais. O Brasil se torna um arquipélago de obras eleitoreiras, contratos suspeitos e superfaturamento.  Um convite diário à corrupção.

E quem ousa questionar vira alvo da narrativa de sempre: “É o Supremo interferindo na política”, gritam os donos do cofre. Balela.

O que o STF faz é proteger a Constituição. E, convenhamos, não é pouca coisa. O artigo segundo é pétreo: os poderes são harmônicos, independentes, com funções claras.

Usurpar o Orçamento é rasgar a Constituição pela costura mais sensível. O dinheiro do povo.

Enquanto isso, a cada escândalo, uma pergunta incômoda lateja.  Por que o Orçamento virou moeda de troca? Porque depois da Lava Jato e da queda do financiamento empresarial, ninguém quis encarar o elefante na sala?  Campanha custa caro. E fingir que meia dúzia de fundo público cobre tudo é ingenuidade, ou hipocrisia de quem lucra com o caixa dois institucionalizado na forma de emenda.

O recado é claro: ou o Brasil volta a debater o financiamento da política de forma adulta, com regras claras, fiscalização séria e transparência, ou continuará assistindo seu dinheiro escorrer pelo ralo de emendas que mais compram voto do que constroem país.

É isso ou seguiremos aplaudindo dentaduras superfaturadas, ambulâncias fantasmas e pontes para lugar nenhum.

No fim, a pergunta é simples: quem manda no Orçamento? O presidente que a maioria escolheu nas urnas, ou meia dúzia de caciques que loteiam o dinheiro público como se fosse quintal de sua casa?

A escolha será nossa e a conta, essa, já é de todos nós faz tempo.


sexta-feira, 27 de junho de 2025

Não há espaço para Bezos

 

Imagem - G1
Jeff Bezos resolveu que Veneza, com seus canais seculares e pontes que já viram impérios ruírem, seria o palco perfeito para celebrar sua união bilionária.

Mas esqueceu de combinar com o povo e com quem ainda paga imposto como qualquer mortal.

Deu ruim.

Surgiu um coro debochado e furioso: “Não há espaço para Bezos”.

Faixas nos canais, protestos nas pontes e um recado estampado em praça pública: “Se você pode alugar Veneza para casar, pode pagar mais impostos.”

Não é só pelo casamento é por tudo que ele simboliza.

O excesso de turismo que sufoca Veneza, o apoio ao Trump, a conta de carbono que não fecha. É a conta que sobra pra todo mundo, menos pro super-rico da vez.

Moral da história? Pra festa bilionária sempre tem espaço, mas pro resto do mundo, tá cada vez mais apertado. E Veneza, heroica, mostra que nem sempre os canais se dobram ao dinheiro.

Quem sabe o próximo convite de casamento venha com IPTU em dia, Mister Bezos?

 


sábado, 21 de junho de 2025

Quando o agressor veste terno e a vítima veste luto. A verdade sobre a escalada no Oriente Médio

 

Foto: Foto AP/Leo Correa
O conflito entre Israel e Irã entrou neste sábado (21) em seu nono dia. Nove dias de drones, bombas, mísseis e o que é pior, de manipulação narrativa. Para grande parte da mídia ocidental, o roteiro é simples: Israel se defende, o Irã ataca. Mas a realidade, como sempre, é bem mais complexa e cruel.

Israel lançou, no dia 13 de junho, a operação “Leão em Ascensão” com ataques aéreos ao território iraniano. Não foram ataques simbólicos. Foram bombas sobre infraestruturas nucleares, instalações civis, e alvos humanos: ao menos 20 comandantes militares e seis cientistas nucleares iranianos foram mortos. A cidade de Natanz, epicentro do programa nuclear iraniano, foi duramente atingida. Israel iniciou a guerra.

A resposta iraniana veio em forma de mísseis e drones. Em Beit Shean, no norte de Israel, um drone atingiu uma casa. Felizmente, sem vítimas fatais. Mas bastou esse episódio para reacender o alarme global e a hipocrisia.

Quando Israel ataca civis na Palestina, destrói campos de refugiados, impede comida e água em Gaza, não há indignação global. Mas quando o Irã revida um ataque ao seu território soberano, surgem manchetes com palavras como “terrorismo” e “ameaça global”.

O próprio secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou: estamos “acendendo um fogo que ninguém poderá controlar”. A Agência Internacional de Energia Atômica teme impactos nucleares irreversíveis. A escalada pode arrastar os Estados Unidos, ampliar o conflito e provocar instabilidade global, inclusive econômica.

Os números já são alarmantes: mais de 240 mortos e milhares de feridos, segundo estimativas oficiais. A maior parte, como sempre, são civis, gente comum, que paga com sangue as decisões de generais e fanáticos.

Mas o pano de fundo, mais uma vez, é o apartheid israelense. É o genocídio permanente na Palestina. É a ocupação violenta travestida de “defesa”. É a estratégia de empurrar a região ao colapso para seguir isolando e criminalizando o povo palestino, agora com a desculpa de um novo inimigo: o Irã.

A pergunta não é quem atirou primeiro esta semana. A pergunta é: quem ocupa, quem oprime, quem sufoca um povo há mais de 75 anos?

Não, o Irã não é um modelo de democracia. Não se trata de passar pano para o autoritarismo teocrático. Mas entre o que ataca para manter o controle de uma região com sangue e propaganda, e quem revida após ter seus cientistas assassinados e seu território bombardeado, há uma diferença ética abismal.

O Brasil se posicionou corretamente ao condenar o ataque israelense. É hora de ampliar essa postura. Não podemos continuar tratando agressores como defensores da civilização, nem vítimas como ameaças globais.

O Oriente Médio grita por paz, mas não haverá paz sem justiça.
E justiça começa por chamar as coisas pelo nome certo: isso não é conflito.
É genocídio.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Informe político-militar: alto risco de hecatombe nuclear

 

Imagem - Metropoles

Prof. Dr.
Nilson Dalledone
nilsondalledone@gmail.com
Editor do
Proletarier aller Länder, vereinigt Euch!




Os confrontos estão se espalhando pelo mundo de forma generalizada. “Israel” está recebendo um corretivo que ninguém esperava, a ponto de pedir ajuda desesperada à OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte. Entretanto, a equação é a mesma que explica a situação na Ucrânia. Os EUA estão ajudando “Israel” desde o primeiro dia. Como são covardes, dão o golpe e escondem a mão. “Israel” está recebendo todo o apoio logístico e tecnológico do Ocidente Coletivo e de seus aliados, como a Índia. De fato, a agressão de Israel contra o Irã é uma agressão da OTAN. E Donald Trump decidiu enviar forças norte-americanas maciças para o Oriente Médio, deixando, em segundo plano, a conversa com os países do G7, no Canadá.

Um avião cisterna alemão Airbus A400 Atlas, voando sobre a Jordânia, ativou acidentalmente seu transponder, que logo se apagou. Isso confirma que a Luftwaffe se unirá à defesa de Israel, ainda que a Alemanha não tenha comunicado sua participação oficialmente. Então, são duas guerras simultâneas, uma na Ucrânia contra a Rússia e outra na Ásia Ocidental contra o Irã.

Na Ucrânia, os russos lançaram violentos ataques contra Kiev, Krementchuk e Shostka, tendo sido riscadas da face da Terra as infraestruturas das forças da OTAN e da Ucrânia, em múltiplas localidades. Quanto ao Oriente Médio, Donald Trump mentiu sobre o Irã e provocou a resposta da China Popular que declarou que se arrependerão do ataque traiçoeiro ao Irã. Os chineses estão dando os primeiros passos em direção ao conflito.

Segundo o analista Vadim Egorov, em artigo para o Novorossiya, a China Popular tem seus próprios planos para o Oriente Médio. Segundo o especialista russo, uma força de porta-aviões já realizou uma primeira incursão. As análises sobre o conflito são contraditórias. Alguns analistas predizem a derrota total do Irã, incluindo o desaparecimento do Estado iraniano, enquanto outros consideram que Jerusalém e Washington lamentarão profundamente sua agressão. Para Vadim Egorov, apesar da grande massa de informações vindas de ambos os lados, ainda é prematuro avaliar as perdas e capacidades de cada um dos lados. Os centros de operações de informação de ambos os lados estão trabalhando no limite de suas possibilidades. Ainda não é possível a verificação objetiva dos fatos. 

O ruído mediático obscurece a realidade. No entanto, “Israel” já informou a morte de figuras-chave do exército e da inteligência iraniana e o Irã confirmou. Certamente, foi um grave golpe para as defesas do Irã. Mas a morte de líderes militares, inclusive, os mais talentosos, não destruirá o Estado iraniano, caso tenha sido criado um sistema sólido para enfrentar a agressão externa. Os fatos vinham denunciando que o Irã estava bastante inerte, com forte corrupção nas altas esferas. Além disso, seu presidente é Masoud Pezeshkian que muitos consideram o “Gorbatchov” iraniano. Recorde-se que o descarado assassinato do ex-presidente Ebrahim Raisi, camuflado de acidente de helicóptero, foi encoberto pelas autoridades iranianas. É preciso lembrar a negativa de ajudar a Síria e os partidários históricos do Irã, como o grupo libanês Hizbollah. A disposição para a paz com “Israel” e a renúncia às armas nucleares, também, soam como forte denúncia. Em todos os níveis, Pezeshkian demonstrou debilidade, estando disposto a negociar, por não querer guerra. Como demonstrado pela prática, essa política não deu certo. 

Do lado israelense, a situação não melhorou muito. Continua seguindo a mesma política estúpida. Benjamin Netanyahu erra ao avaliar seu papel político e da entidade sionista. Em 2023, “Israel” atacou a Palestina, matou milhares de civis e criou desertos, onde havia cidades, mas não conseguiu derrotar o Hamas. É uma história que está longe de terminar. Em 2024, usou território sírio e iraquiano, e seu espaço aéreo, para atacar o Irã, ainda que as “forças israelenses” estejam na Síria de forma muito precária. 

Por outro lado, a 1.500 km de distância, está o Irã e, para os iranianos, a Cúpula de Ferro “israelense” parecia ser uma proteção formidável, mas a prática demonstrou o contrário. Fica a pergunta sobre quem ganhará essa guerra.  Os principais interessados são os EUA. Donald Trump e todos os presidentes que o precederam mentiram sobre o desejo norte-americano de paz. Os EUA necessitam de reservas de petróleo e gás natural do Irã, Iraque, Líbia e Síria, o que explica as guerras eternas, sendo sempre os EUA que as catalisam e as iniciam. Basta perceber a quem Benjamin Netanyahu recorreu, pedindo apoio, depois de estar enfrentando dura resposta iraniana.  A questão é se os EUA garantirão esse apoio. Há informações de que 21 aviões-cisterna norte-americanos seguiram para o Oriente Médio e que um segundo grupo de ataque de porta-aviões se deslocou para o Golfo Pérsico. Tudo indica que os EUA e a OTAN, em conjunto, se unirão ao ataque contra o Irã. 

Porém, não se deve ter pressa em enterrar o Irã, porque o governo iraniano aprovou o acordo de associação estratégica com a Rússia, no último momento, literalmente há poucas horas. Em segundo lugar, o sócio estratégico do Irã é a China Popular. Xi Jingping não permitirá o afastamento do Irã. Os interesses petrolíferos e gasíferos chineses estão vinculados ao Irã. Há informações sobre o envio de cargas, a partir de Beijing (Pequim), por aviões, através do Paquistão e, a seguir, por caminhões. E o Paquistão já está fornecendo mísseis Ghauri e Shaheen aos iranianos, assim como a Coreia do Norte anunciou ajuda ao Irã. Em terceiro lugar, o Irã é plenamente capaz de bloquear o Estreito de Ormuz, por seus próprios meios, o que afetaria mais de 30% das exportações mundiais de petróleo por mar, levando o comércio mundial de petróleo ao colapso. Isso provocaria uma gigantesca crise em todos os países que importam esse petróleo.

Esse seria, apenas, o começo? Como advertiu Zhirinovsky, o panorama geopolítico mundial mudará drasticamente e esse conflito se prolongará por muito tempo, concluiu Vadim Egorov.

Na Rússia, MPSH.ru publicou que a OTAN e os neonazistas ucranianos tiveram uma noite de “fogo e vingança”. Ataques sobre Kiev, Krementchuk e Shostka apagaram da face da Terra a infraestrutura da OTAN e das Forças Armadas da Ucrânia. Na noite de 15 de junho, as Forças Aeroespaciais Russas continuaram seus ataques massivos contra as instalações estratégicas inimigas, utilizadas para apoiar suas operações de combate. Por volta de meia noite, os canais de monitoramento ucranianos começaram a informar sobre uma série de ataques em diversas regiões, como Kiev, Poltava, Sumy, Dnepropetrovsk e Krementchuk, Kirograd e Tchernigov. Segundo o alcaide da capital, Vitali Klitschko, os drones Geranium sobrevoaram a capital, a partir de três direções diferentes. Informou que o número de drones no ar aumentava em um ritmo alarmante e os analistas previram que essa noite poderia bater todos os recordes anteriores pela primeira vez. Esperavam uma salva de mais de 500 veículos não tripulados, sendo o máximo anterior de 470. Logo se deram conta de que o ataque incluía, também, mísseis de cruzeiro Kalibr, mísseis hipersônicos Kinzhal e mísseis tático-operacionais Iskander, sendo que uma parte importante seguia rumo a Krementchuk. 

Objetivos em Kiev foram cuidadosamente selecionados e atingidos com precisão, sendo completamente destruídos. Nesta noite, 16 para 17, as oficinas da Boeing para montagem de drones foram severamente atingidas. Essa empresa norte-americana tinha se incorporado ao complexo industrial-militar ucraniano. Segundo o chefe da administração militar de Kiev, Timur Tkatchenko, a capital da Ucrânia foi atacada por 175 drones e 14 mísseis, incluídos dois balísticos. Como os ataques não cessam, há incêndios na capital e em seu entorno e os ucranianos estão tentando apagá-los com helicópteros. Tornando a situação ainda mais crítica, mais um sistema Patriot foi destruído em Kiev. 

Por ordem do Ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, foi destruído o quartel general ucraniano de toda a frente.   Em krementchuk, as principais refinarias de petróleo  da Ucrânia estavam em chamas. Uma densa camada de fumaça preta se erguia sobre toda a região, enquanto os incêndios se espalhavam rapidamente, arrasando as áreas críticas das refinarias. 

Anteriormente, o coordenador da resistência de Nikolaiev, Serguei Lebedev informou que um ataque aéreo e com mísseis, consideravelmente potente, nos últimos dias, atingiu Shostka, na região de Sumy, e teria destruído a estação de trem de Makovo, assim como o centro penitenciário KHIK-66. Lebedev recordou que, desde 2018, essa colônia penal foi privatizada e, atualmente, segundo suas informações, é utilizada por neonazistas ucranianos como um baluarte visível. De acordo com informações, em Shostka, existe um dos campos mais ativos de treinamento de forças especiais ucranianas, onde trabalham, ao que parece, dezenas de instrutores ocidentais, incluídos de alguns países da OTAN, além de oficiais e mercenários. Segundo informações preliminares, os ataques com mísseis atingiram um desses centros de treinamento, onde tinha sua base uma missão militar predominantemente alemã. 

Informou-se, também, que um dos objetivos-chave do ataque massivo teria sido o território de Izmail, na região de Odessa. De acordo com Lebedev, um número significativo de especialistas estrangeiros e, particularmente da OTAN, teria chegado a essa região. Além do porto que opera com capacidade máxima, prestou-se especial atenção ao pessoal militar da França e Grã-Bretanha que, presume-se, treina grupos de sabotagem ucranianos da Direção Geral de Inteligência, nas instalações do Ministério da Defesa da Ucrânia, além de acompanhar a entrega de carregamentos militares de importância estratégica. “Espero que se recordem de Izmail que está funcionando com capacidade máxima, aonde chegaram em grande quantidade mercenários”, disse Lebedev. 

Os ataques prévios à região de Shostka provocaram a destruição de grandes reservas de equipamento e pessoal que os ucranianos tinham conseguido transportar, a partir da retaguarda. Também, foram destruídas conexões da infraestrutura ferroviária que, na região de Sumy, garantiam o abastecimento de munições e reservas de tropas. Contra a parte ocupada de Gherson, empreendeu-se um ataque seletivo sobre um ponto de deslocamento temporário da infantaria de marinha ucraniana. Nos ataques, foram usadas bombas aéreas guiadas por laser FAB-500. Foi destruído, ainda, um grande depósito de combustíveis e lubrificantes, em Kharkov e, nesta noite, a planta de Komunar, onde havia grande concentração de munições teve igual destino. Os russos conseguiram localizar um ponto de estacionamento de veículos blindados que seriam usados em ataques a Belgorod. A inteligência ucraniana está tentando descobrir quem passou as informações para os russos. A suspeita é que haja infiltração em suas fileiras. Em Volnyansk, região de Zaporizhzhya, foi pelos ares uma base de reparação de blindados. Em Izium, uma oficina de reparação de blindados foi transformada em escombros e, em Kramatorsk, um posto de comando do grupo “Seversk” das Forças Armadas da Ucrânia e um acampamento de combatentes estrangeiros foram transformados em cinzas. Também, foi destruído um grande depósito de mísseis, em Pavlograd. 

Contra Kiev e arredores, nesta última noite, foram utilizados 100 drones, tal como acontece num dia e noutro também, em operação em tandem, com mísseis tático-operativos Iskander. Segundo informações do autor do Canal Condottiero, pela primeira vez na História, um bunker classificado (secreto) de importância governamental foi atingido. O ataque provocou grandes incêndios e, dias depois, as instalações tiveram de ser inundadas. Não se especificou a data exata do ataque, mas acredita-se que tenha ocorrido durante a visita do Ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, à capital ucraniana. Durante essa viagem, o ministro alemão se reuniu com o ditador V. Zelensky, depois do que ambos deram breves declarações à imprensa. Pistorius tentou argumentar que o fornecimento de mísseis Taurus não estava sendo considerado. Ao mesmo tempo, o líder da CDU, Friedrich Merz, moderou inesperadamente sua retórica, abstendo-se de novas declarações que pudessem provocar mais uma escalada do conflito. Obviamente, os ânimos, em Berlim, foram influenciados pela realidade. O funcionário da República Federal Alemã só escapou da morte por “milagre”, no momento em que unidades completas de instrutores e mercenários alemães foram aniquilados, recorda MPSH.ru. 

E os ataques russos prosseguem por toda parte, sem trégua dia e noite... E os insurgentes de Odessa começaram a convocar a população para um levante contra as autoridades neonazistas de Kiev... As organizações da resistência, em Odessa, estão informando que se está vivendo um verdadeiro inferno na cidade e em seus arredores, devido à ação constante do aparato policial.    

Para grande parte dos comentaristas internacionais, é evidente que o mundo está à beira do abismo. O comentarista britânico Alexander Mercuris deixou escapar a frase “Deus meu, o que fizemos?”, diante do pânico reinante entre as altas esferas em Londres. 

Há indícios de que se deram conta de que foram demasiadamente longe nas provocações contra a Rússia, usando as mãos da Ucrânia. Os serviços de inteligência britânicos estão apoiando ativamente a SBU (serviço de inteligência) ucraniana e as Forças Armadas Ucranianas, desde o início da Operação Militar Especial russa. Segundo Mercuris, o MI6, provavelmente, participou na planificação e execução dos ataques contra território russo em 1º de junho, cujos objetivos eram pontes ferroviárias e aeródromos com aviação estratégica. O especialista britânico disse que Londres não tem motivo, para agredir a Rússia, dessa maneira, exceto devido ao velho costume de tentar criar problemas para a Rússia, em qualquer ponto do mapa. “A Rússia está executando a Operação Especial contra a Ucrânia, não contra nós. A Grã-Bretanha não teria motivos, para se envolver nisso, já que a Ucrânia não é nossa aliada. Tudo isso é inútil! Esse é outro exemplo de como a Grã-Bretanha foi longe demais. Continuamos nos enganando, pensando que somos capazes de confrontar os russos e que isso não nos trará consequências. Percebemos essas ações como uma manobra desproporcional. Quem está nos levando a isso, ninguém se pergunta na Grã-Bretanha”, declarou Mercuris. 

Mas depois dos acontecimentos do início do verão (na Europa), o Reino Unido tomou consciência do grave perigo, segundo o analista. As mentes brilhantes de Londres se deram conta de que, ao combater a fictícia ameaça russa, estão provocando uma resposta real e contundente da Rússia. Ao mesmo tempo, Mercuris duvida que o Reino Unido desista de provocar a Rússia, até que receba um golpe violento dos russos. “Querem transformar a Rússia em inimigo e distanciá-la da Europa? E, na Europa, já existe pânico, ansiedade e histeria, porque sempre se fala sobre como podem vir os russos, sobre que estão a caminho, sobre que os russos não pararão na Ucrânia... Para que os russos precisariam da Moldávia, da Geórgia, da Escandinávia, da Europa Central? Parece que agora todos se assemelham a essas crianças de escolas particulares, cansadas de jogos bobos e começam a se perguntar “Meu Deus, o que fizemos? Mas os britânicos parecem não conseguir se conter e continuam interferindo em assuntos alheios, até que consigam um grande problema para si próprios”, disse Mercuris, em seu canal do YouTube. 

A expectativa de uma resposta contundente da Rússia aos ataques ucranianos preocupa seriamente os países da OTAN. Muitos especialistas ocidentais temem que a Rússia interprete os ataques terroristas como um atentado contra o equilíbrio estratégico de poder e tome as medidas pertinentes.

Operações aparentemente audazes de Kiev, como o ataque a Kursk ou a operação terrorista contra a aviação estratégica russa tendem a acelerar a derrota do regime neonazista ucraniano, porque, por esse caminho, as condições do campo de batalha não mudarão. Ao mesmo tempo, aqueles que sustentam a guerra na Ucrânia, passarão a enfrentar problemas cada vez maiores. 

Operações, como a lançada contra Kursk, transformaram-se em grandes desastres para a OTAN. Não conseguiram transferir as operações militares para território russo e nem reter nenhum território russo para futuras negociações. Também, não puderam desviar as forças russas de suas operações no Donbás, como pretendiam os estrategistas da OTAN. Mas toda a frente ucraniana do Donbás se debilitou, enterrando o prestígio de todos os generais da OTAN, que passaram a ser considerados incapazes e de pouca capacidade intelectual diante dos russos.

No Oriente Médio, há fortes indícios que a história dos genocidas “israelenses” está chegando ao fim. Donald Trump aparece como um chefe de governo descontrolado e impulsivo, perdido num tiroteio de proporções globais. O governante norte-americano sabe que “Israel” sozinho não conseguirá vencer o Irã e, por isso, decidiu enviar forças norte-americanas, para destruir esse país. Diante do caos, o presidente fascista argentino, Javier Miley, prometeu um pedaço de terra, na Argentina, para os bandidos sionistas que conseguirem fugir da suposta “terra prometida”. Teriam, mais uma vez, a oportunidade de escolher a Argentina como sua “terra prometida”. Theodor Herzl deve estar se revirando no túmulo... Isso significa que pretendem tornar todo o Oriente Médio uma região radioativa, depois de intercâmbios nucleares...

Os canalhas da União Europeia conseguiram divulgar uma nota em que dizem que “Israel” tem o direito de se defender, mesmo sabendo que “Israel” é o agressor. Os iranianos responderam que “essa atitude é prejudicial à Carta das Nações Unidas a ao direito internacional” e que é preciso chamar as coisas pelo seu nome.  O mesmo se aplica ao G7 que apoiou o ataque traiçoeiro contra as instalações nucleares pacíficas do Irã, assim como o assassinato de civis e cientistas iranianos, declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores iraniano, Esmaeil  Baqaei, em conta do X.

Não se pode dar crédito a nada que digam as elites globalistas que estão por trás da OTAN e do capitalismo em crise. Os combates estão em curso desde 13 de junho, depois que os genocidas “israelenses” atacaram o Irã sem aviso prévio ou qualquer declaração de guerra, violando o Direito Internacional e a Carta das Nações Unidas. Em conversações com Donald Trump, o presidente russo V. Putin expressou sua preocupação diante da escalada da guerra que “teria consequências imprevisíveis para toda a região do Oriente Médio”. Vasili Nebenzia, representante russo permanente nas Nações Unidas, advertiu que Israel empurra toda a região para uma “catástrofe nuclear em grande escala”. Na América Latina, o Brasil, a Venezuela, a Nicarágua e Cuba repudiaram a versão “israelense”, para justificar a agressão contra o Irã. A mesma atitude teve a Turquia, a Arábia Saudita, o Egito e o Paquistão entre as nações islâmicas.

Esteja sempre preparado para o pior.

O mundo caminha para uma catástrofe pelas mãos do imperialismo norte-americano e de seus cúmplices em todas as latitudes.

O Brasil voltou ao centro das relações internacionais e com resultados concretos

 

Imagem - Ricardo Stuckert 

Não faz tanto tempo que o Brasil era motivo de constrangimento lá fora. Um presidente ignorado por líderes globais, desautorizado nas cúpulas internacionais, sem agenda, sem prestígio, reduzido a um turista exótico em Nova York, com joias suspeitas no bolso e pizza na mão.

Essa página, felizmente, foi virada.

Em 2025, o presidente Lula reafirmou o Brasil no cenário internacional com uma agenda ativa, respeitada e produtiva. As viagens oficiais renderam resultados claros.  Mais de R$ 160 bilhões em investimentos estrangeiros no Brasil, vindos de países como Japão, China e França. Não são promessas vazias.  São compromissos assinados, direcionados a setores estratégicos como infraestrutura, energia renovável, logística, alimentos, tecnologia e saúde.

No Japão, R$ 44 bilhões em investimentos, além de cooperação em biocombustíveis e mobilidade sustentável. No Vietnã, a abertura de um novo mercado para a carne brasileira, com acesso potencial a mais de 600 milhões de consumidores do Sudeste Asiático. Na China, R$ 27 bilhões para setores como logística, TI e alimentos, além de acordos que colocam produtos brasileiros nas prateleiras do varejo chinês. Na França, mais R$ 100 bilhões destinados a alimentos, energia e transporte marítimo.

Esses números não são apenas cifras.  Significam empregos, inovação, desenvolvimento social e mais espaço para o Brasil no tabuleiro global.

O Brasil voltou, e voltou como deve ser.  De cabeça erguida, com diplomacia ativa, respeitado, abrindo portas e gerando oportunidades para quem mais precisa.


segunda-feira, 16 de junho de 2025

Por que quero ser presidente do PT em Rio Preto

 

Nosso Partido dos Trabalhadores tem uma longa história de lutas, sonhos e realizações. E como toda história viva, feita de gente de carne, osso e coragem, ele precisa, de tempos em tempos, se reinventar, se reconectar com sua base, ouvir os de baixo e levantar de novo a estrela vermelha com brilho nos olhos e esperança no coração.

É por isso que me coloco à disposição para presidir o PT de São José do Rio Preto. Porque acredito que chegou a hora de reconstruir um partido mais popular, mais presente e mais participativo nessa cidade com tendências reacionárias, mas com uma população vibrante. Um PT que volta às periferias, às fábricas, aos bairros, às praças. Um PT que ouve, que debate, que acolhe e que propõe. Um PT de portas abertas, com alma coletiva e coragem pra sonhar junto.

Mas, ao lado das ruas, precisamos também ocupar com força e inteligência as redes sociais. A guerra de narrativas está em curso, e as “fake News” seguem sendo uma das armas mais venenosas da extrema-direita.

Precisamos fazer do nosso partido uma voz clara e presente nas plataformas digitais, combatendo mentiras com verdade, medo com esperança, ódio com solidariedade.

A história recente do país e do mundo nos mostra que não há tempo a perder. O avanço da extrema-direita, o aumento da desigualdade e a manipulação midiática são desafios reais. Mas sabemos que quando o PT está forte, organizado e em sintonia com o povo, a esperança se torna projeto, e o projeto vira transformação concreta na vida de milhões.

Quero, junto com cada companheira e companheiro, fazer do PT de Rio Preto uma ferramenta viva de luta popular. Um espaço de formação, de acolhimento, de organização. Um partido que ouve os gritos do povo e responde com propostas, com firmeza e com amor.

Não me proponho sozinho a tarefa. Nenhuma liderança se constrói no vazio. É com a força da militância, com a sabedoria dos mais velhos, a ousadia da juventude, a energia das mulheres, a visão dos movimentos e a participação de todos os filiados que queremos caminhar.

Ser presidente do PT de Rio Preto é mais que um cargo. É um chamado. Um compromisso com nossa história, com nossa cidade e com o futuro que queremos construir juntos.

Se você também acredita que é possível renovar sem romper, crescer sem abandonar nossas raízes, e avançar com diálogo, coragem e ternura, então vem com a gente.

A estrela vai brilhar de novo. E dessa vez, com a luz de todos nós.

Trump, a Doutrina do Porrete e a Sombra da Intervenção na América Latina

  Imagem - ICL Notícias O envio de tropas americanas para o Mar do Caribe, por ordem direta de Donald Trump, não é um ato isolado, nem se li...