sábado, 21 de junho de 2025

Quando o agressor veste terno e a vítima veste luto. A verdade sobre a escalada no Oriente Médio

 

Foto: Foto AP/Leo Correa
O conflito entre Israel e Irã entrou neste sábado (21) em seu nono dia. Nove dias de drones, bombas, mísseis e o que é pior, de manipulação narrativa. Para grande parte da mídia ocidental, o roteiro é simples: Israel se defende, o Irã ataca. Mas a realidade, como sempre, é bem mais complexa e cruel.

Israel lançou, no dia 13 de junho, a operação “Leão em Ascensão” com ataques aéreos ao território iraniano. Não foram ataques simbólicos. Foram bombas sobre infraestruturas nucleares, instalações civis, e alvos humanos: ao menos 20 comandantes militares e seis cientistas nucleares iranianos foram mortos. A cidade de Natanz, epicentro do programa nuclear iraniano, foi duramente atingida. Israel iniciou a guerra.

A resposta iraniana veio em forma de mísseis e drones. Em Beit Shean, no norte de Israel, um drone atingiu uma casa. Felizmente, sem vítimas fatais. Mas bastou esse episódio para reacender o alarme global e a hipocrisia.

Quando Israel ataca civis na Palestina, destrói campos de refugiados, impede comida e água em Gaza, não há indignação global. Mas quando o Irã revida um ataque ao seu território soberano, surgem manchetes com palavras como “terrorismo” e “ameaça global”.

O próprio secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou: estamos “acendendo um fogo que ninguém poderá controlar”. A Agência Internacional de Energia Atômica teme impactos nucleares irreversíveis. A escalada pode arrastar os Estados Unidos, ampliar o conflito e provocar instabilidade global, inclusive econômica.

Os números já são alarmantes: mais de 240 mortos e milhares de feridos, segundo estimativas oficiais. A maior parte, como sempre, são civis, gente comum, que paga com sangue as decisões de generais e fanáticos.

Mas o pano de fundo, mais uma vez, é o apartheid israelense. É o genocídio permanente na Palestina. É a ocupação violenta travestida de “defesa”. É a estratégia de empurrar a região ao colapso para seguir isolando e criminalizando o povo palestino, agora com a desculpa de um novo inimigo: o Irã.

A pergunta não é quem atirou primeiro esta semana. A pergunta é: quem ocupa, quem oprime, quem sufoca um povo há mais de 75 anos?

Não, o Irã não é um modelo de democracia. Não se trata de passar pano para o autoritarismo teocrático. Mas entre o que ataca para manter o controle de uma região com sangue e propaganda, e quem revida após ter seus cientistas assassinados e seu território bombardeado, há uma diferença ética abismal.

O Brasil se posicionou corretamente ao condenar o ataque israelense. É hora de ampliar essa postura. Não podemos continuar tratando agressores como defensores da civilização, nem vítimas como ameaças globais.

O Oriente Médio grita por paz, mas não haverá paz sem justiça.
E justiça começa por chamar as coisas pelo nome certo: isso não é conflito.
É genocídio.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Informe político-militar: alto risco de hecatombe nuclear

 

Imagem - Metropoles

Prof. Dr.
Nilson Dalledone
nilsondalledone@gmail.com
Editor do
Proletarier aller Länder, vereinigt Euch!




Os confrontos estão se espalhando pelo mundo de forma generalizada. “Israel” está recebendo um corretivo que ninguém esperava, a ponto de pedir ajuda desesperada à OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte. Entretanto, a equação é a mesma que explica a situação na Ucrânia. Os EUA estão ajudando “Israel” desde o primeiro dia. Como são covardes, dão o golpe e escondem a mão. “Israel” está recebendo todo o apoio logístico e tecnológico do Ocidente Coletivo e de seus aliados, como a Índia. De fato, a agressão de Israel contra o Irã é uma agressão da OTAN. E Donald Trump decidiu enviar forças norte-americanas maciças para o Oriente Médio, deixando, em segundo plano, a conversa com os países do G7, no Canadá.

Um avião cisterna alemão Airbus A400 Atlas, voando sobre a Jordânia, ativou acidentalmente seu transponder, que logo se apagou. Isso confirma que a Luftwaffe se unirá à defesa de Israel, ainda que a Alemanha não tenha comunicado sua participação oficialmente. Então, são duas guerras simultâneas, uma na Ucrânia contra a Rússia e outra na Ásia Ocidental contra o Irã.

Na Ucrânia, os russos lançaram violentos ataques contra Kiev, Krementchuk e Shostka, tendo sido riscadas da face da Terra as infraestruturas das forças da OTAN e da Ucrânia, em múltiplas localidades. Quanto ao Oriente Médio, Donald Trump mentiu sobre o Irã e provocou a resposta da China Popular que declarou que se arrependerão do ataque traiçoeiro ao Irã. Os chineses estão dando os primeiros passos em direção ao conflito.

Segundo o analista Vadim Egorov, em artigo para o Novorossiya, a China Popular tem seus próprios planos para o Oriente Médio. Segundo o especialista russo, uma força de porta-aviões já realizou uma primeira incursão. As análises sobre o conflito são contraditórias. Alguns analistas predizem a derrota total do Irã, incluindo o desaparecimento do Estado iraniano, enquanto outros consideram que Jerusalém e Washington lamentarão profundamente sua agressão. Para Vadim Egorov, apesar da grande massa de informações vindas de ambos os lados, ainda é prematuro avaliar as perdas e capacidades de cada um dos lados. Os centros de operações de informação de ambos os lados estão trabalhando no limite de suas possibilidades. Ainda não é possível a verificação objetiva dos fatos. 

O ruído mediático obscurece a realidade. No entanto, “Israel” já informou a morte de figuras-chave do exército e da inteligência iraniana e o Irã confirmou. Certamente, foi um grave golpe para as defesas do Irã. Mas a morte de líderes militares, inclusive, os mais talentosos, não destruirá o Estado iraniano, caso tenha sido criado um sistema sólido para enfrentar a agressão externa. Os fatos vinham denunciando que o Irã estava bastante inerte, com forte corrupção nas altas esferas. Além disso, seu presidente é Masoud Pezeshkian que muitos consideram o “Gorbatchov” iraniano. Recorde-se que o descarado assassinato do ex-presidente Ebrahim Raisi, camuflado de acidente de helicóptero, foi encoberto pelas autoridades iranianas. É preciso lembrar a negativa de ajudar a Síria e os partidários históricos do Irã, como o grupo libanês Hizbollah. A disposição para a paz com “Israel” e a renúncia às armas nucleares, também, soam como forte denúncia. Em todos os níveis, Pezeshkian demonstrou debilidade, estando disposto a negociar, por não querer guerra. Como demonstrado pela prática, essa política não deu certo. 

Do lado israelense, a situação não melhorou muito. Continua seguindo a mesma política estúpida. Benjamin Netanyahu erra ao avaliar seu papel político e da entidade sionista. Em 2023, “Israel” atacou a Palestina, matou milhares de civis e criou desertos, onde havia cidades, mas não conseguiu derrotar o Hamas. É uma história que está longe de terminar. Em 2024, usou território sírio e iraquiano, e seu espaço aéreo, para atacar o Irã, ainda que as “forças israelenses” estejam na Síria de forma muito precária. 

Por outro lado, a 1.500 km de distância, está o Irã e, para os iranianos, a Cúpula de Ferro “israelense” parecia ser uma proteção formidável, mas a prática demonstrou o contrário. Fica a pergunta sobre quem ganhará essa guerra.  Os principais interessados são os EUA. Donald Trump e todos os presidentes que o precederam mentiram sobre o desejo norte-americano de paz. Os EUA necessitam de reservas de petróleo e gás natural do Irã, Iraque, Líbia e Síria, o que explica as guerras eternas, sendo sempre os EUA que as catalisam e as iniciam. Basta perceber a quem Benjamin Netanyahu recorreu, pedindo apoio, depois de estar enfrentando dura resposta iraniana.  A questão é se os EUA garantirão esse apoio. Há informações de que 21 aviões-cisterna norte-americanos seguiram para o Oriente Médio e que um segundo grupo de ataque de porta-aviões se deslocou para o Golfo Pérsico. Tudo indica que os EUA e a OTAN, em conjunto, se unirão ao ataque contra o Irã. 

Porém, não se deve ter pressa em enterrar o Irã, porque o governo iraniano aprovou o acordo de associação estratégica com a Rússia, no último momento, literalmente há poucas horas. Em segundo lugar, o sócio estratégico do Irã é a China Popular. Xi Jingping não permitirá o afastamento do Irã. Os interesses petrolíferos e gasíferos chineses estão vinculados ao Irã. Há informações sobre o envio de cargas, a partir de Beijing (Pequim), por aviões, através do Paquistão e, a seguir, por caminhões. E o Paquistão já está fornecendo mísseis Ghauri e Shaheen aos iranianos, assim como a Coreia do Norte anunciou ajuda ao Irã. Em terceiro lugar, o Irã é plenamente capaz de bloquear o Estreito de Ormuz, por seus próprios meios, o que afetaria mais de 30% das exportações mundiais de petróleo por mar, levando o comércio mundial de petróleo ao colapso. Isso provocaria uma gigantesca crise em todos os países que importam esse petróleo.

Esse seria, apenas, o começo? Como advertiu Zhirinovsky, o panorama geopolítico mundial mudará drasticamente e esse conflito se prolongará por muito tempo, concluiu Vadim Egorov.

Na Rússia, MPSH.ru publicou que a OTAN e os neonazistas ucranianos tiveram uma noite de “fogo e vingança”. Ataques sobre Kiev, Krementchuk e Shostka apagaram da face da Terra a infraestrutura da OTAN e das Forças Armadas da Ucrânia. Na noite de 15 de junho, as Forças Aeroespaciais Russas continuaram seus ataques massivos contra as instalações estratégicas inimigas, utilizadas para apoiar suas operações de combate. Por volta de meia noite, os canais de monitoramento ucranianos começaram a informar sobre uma série de ataques em diversas regiões, como Kiev, Poltava, Sumy, Dnepropetrovsk e Krementchuk, Kirograd e Tchernigov. Segundo o alcaide da capital, Vitali Klitschko, os drones Geranium sobrevoaram a capital, a partir de três direções diferentes. Informou que o número de drones no ar aumentava em um ritmo alarmante e os analistas previram que essa noite poderia bater todos os recordes anteriores pela primeira vez. Esperavam uma salva de mais de 500 veículos não tripulados, sendo o máximo anterior de 470. Logo se deram conta de que o ataque incluía, também, mísseis de cruzeiro Kalibr, mísseis hipersônicos Kinzhal e mísseis tático-operacionais Iskander, sendo que uma parte importante seguia rumo a Krementchuk. 

Objetivos em Kiev foram cuidadosamente selecionados e atingidos com precisão, sendo completamente destruídos. Nesta noite, 16 para 17, as oficinas da Boeing para montagem de drones foram severamente atingidas. Essa empresa norte-americana tinha se incorporado ao complexo industrial-militar ucraniano. Segundo o chefe da administração militar de Kiev, Timur Tkatchenko, a capital da Ucrânia foi atacada por 175 drones e 14 mísseis, incluídos dois balísticos. Como os ataques não cessam, há incêndios na capital e em seu entorno e os ucranianos estão tentando apagá-los com helicópteros. Tornando a situação ainda mais crítica, mais um sistema Patriot foi destruído em Kiev. 

Por ordem do Ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, foi destruído o quartel general ucraniano de toda a frente.   Em krementchuk, as principais refinarias de petróleo  da Ucrânia estavam em chamas. Uma densa camada de fumaça preta se erguia sobre toda a região, enquanto os incêndios se espalhavam rapidamente, arrasando as áreas críticas das refinarias. 

Anteriormente, o coordenador da resistência de Nikolaiev, Serguei Lebedev informou que um ataque aéreo e com mísseis, consideravelmente potente, nos últimos dias, atingiu Shostka, na região de Sumy, e teria destruído a estação de trem de Makovo, assim como o centro penitenciário KHIK-66. Lebedev recordou que, desde 2018, essa colônia penal foi privatizada e, atualmente, segundo suas informações, é utilizada por neonazistas ucranianos como um baluarte visível. De acordo com informações, em Shostka, existe um dos campos mais ativos de treinamento de forças especiais ucranianas, onde trabalham, ao que parece, dezenas de instrutores ocidentais, incluídos de alguns países da OTAN, além de oficiais e mercenários. Segundo informações preliminares, os ataques com mísseis atingiram um desses centros de treinamento, onde tinha sua base uma missão militar predominantemente alemã. 

Informou-se, também, que um dos objetivos-chave do ataque massivo teria sido o território de Izmail, na região de Odessa. De acordo com Lebedev, um número significativo de especialistas estrangeiros e, particularmente da OTAN, teria chegado a essa região. Além do porto que opera com capacidade máxima, prestou-se especial atenção ao pessoal militar da França e Grã-Bretanha que, presume-se, treina grupos de sabotagem ucranianos da Direção Geral de Inteligência, nas instalações do Ministério da Defesa da Ucrânia, além de acompanhar a entrega de carregamentos militares de importância estratégica. “Espero que se recordem de Izmail que está funcionando com capacidade máxima, aonde chegaram em grande quantidade mercenários”, disse Lebedev. 

Os ataques prévios à região de Shostka provocaram a destruição de grandes reservas de equipamento e pessoal que os ucranianos tinham conseguido transportar, a partir da retaguarda. Também, foram destruídas conexões da infraestrutura ferroviária que, na região de Sumy, garantiam o abastecimento de munições e reservas de tropas. Contra a parte ocupada de Gherson, empreendeu-se um ataque seletivo sobre um ponto de deslocamento temporário da infantaria de marinha ucraniana. Nos ataques, foram usadas bombas aéreas guiadas por laser FAB-500. Foi destruído, ainda, um grande depósito de combustíveis e lubrificantes, em Kharkov e, nesta noite, a planta de Komunar, onde havia grande concentração de munições teve igual destino. Os russos conseguiram localizar um ponto de estacionamento de veículos blindados que seriam usados em ataques a Belgorod. A inteligência ucraniana está tentando descobrir quem passou as informações para os russos. A suspeita é que haja infiltração em suas fileiras. Em Volnyansk, região de Zaporizhzhya, foi pelos ares uma base de reparação de blindados. Em Izium, uma oficina de reparação de blindados foi transformada em escombros e, em Kramatorsk, um posto de comando do grupo “Seversk” das Forças Armadas da Ucrânia e um acampamento de combatentes estrangeiros foram transformados em cinzas. Também, foi destruído um grande depósito de mísseis, em Pavlograd. 

Contra Kiev e arredores, nesta última noite, foram utilizados 100 drones, tal como acontece num dia e noutro também, em operação em tandem, com mísseis tático-operativos Iskander. Segundo informações do autor do Canal Condottiero, pela primeira vez na História, um bunker classificado (secreto) de importância governamental foi atingido. O ataque provocou grandes incêndios e, dias depois, as instalações tiveram de ser inundadas. Não se especificou a data exata do ataque, mas acredita-se que tenha ocorrido durante a visita do Ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, à capital ucraniana. Durante essa viagem, o ministro alemão se reuniu com o ditador V. Zelensky, depois do que ambos deram breves declarações à imprensa. Pistorius tentou argumentar que o fornecimento de mísseis Taurus não estava sendo considerado. Ao mesmo tempo, o líder da CDU, Friedrich Merz, moderou inesperadamente sua retórica, abstendo-se de novas declarações que pudessem provocar mais uma escalada do conflito. Obviamente, os ânimos, em Berlim, foram influenciados pela realidade. O funcionário da República Federal Alemã só escapou da morte por “milagre”, no momento em que unidades completas de instrutores e mercenários alemães foram aniquilados, recorda MPSH.ru. 

E os ataques russos prosseguem por toda parte, sem trégua dia e noite... E os insurgentes de Odessa começaram a convocar a população para um levante contra as autoridades neonazistas de Kiev... As organizações da resistência, em Odessa, estão informando que se está vivendo um verdadeiro inferno na cidade e em seus arredores, devido à ação constante do aparato policial.    

Para grande parte dos comentaristas internacionais, é evidente que o mundo está à beira do abismo. O comentarista britânico Alexander Mercuris deixou escapar a frase “Deus meu, o que fizemos?”, diante do pânico reinante entre as altas esferas em Londres. 

Há indícios de que se deram conta de que foram demasiadamente longe nas provocações contra a Rússia, usando as mãos da Ucrânia. Os serviços de inteligência britânicos estão apoiando ativamente a SBU (serviço de inteligência) ucraniana e as Forças Armadas Ucranianas, desde o início da Operação Militar Especial russa. Segundo Mercuris, o MI6, provavelmente, participou na planificação e execução dos ataques contra território russo em 1º de junho, cujos objetivos eram pontes ferroviárias e aeródromos com aviação estratégica. O especialista britânico disse que Londres não tem motivo, para agredir a Rússia, dessa maneira, exceto devido ao velho costume de tentar criar problemas para a Rússia, em qualquer ponto do mapa. “A Rússia está executando a Operação Especial contra a Ucrânia, não contra nós. A Grã-Bretanha não teria motivos, para se envolver nisso, já que a Ucrânia não é nossa aliada. Tudo isso é inútil! Esse é outro exemplo de como a Grã-Bretanha foi longe demais. Continuamos nos enganando, pensando que somos capazes de confrontar os russos e que isso não nos trará consequências. Percebemos essas ações como uma manobra desproporcional. Quem está nos levando a isso, ninguém se pergunta na Grã-Bretanha”, declarou Mercuris. 

Mas depois dos acontecimentos do início do verão (na Europa), o Reino Unido tomou consciência do grave perigo, segundo o analista. As mentes brilhantes de Londres se deram conta de que, ao combater a fictícia ameaça russa, estão provocando uma resposta real e contundente da Rússia. Ao mesmo tempo, Mercuris duvida que o Reino Unido desista de provocar a Rússia, até que receba um golpe violento dos russos. “Querem transformar a Rússia em inimigo e distanciá-la da Europa? E, na Europa, já existe pânico, ansiedade e histeria, porque sempre se fala sobre como podem vir os russos, sobre que estão a caminho, sobre que os russos não pararão na Ucrânia... Para que os russos precisariam da Moldávia, da Geórgia, da Escandinávia, da Europa Central? Parece que agora todos se assemelham a essas crianças de escolas particulares, cansadas de jogos bobos e começam a se perguntar “Meu Deus, o que fizemos? Mas os britânicos parecem não conseguir se conter e continuam interferindo em assuntos alheios, até que consigam um grande problema para si próprios”, disse Mercuris, em seu canal do YouTube. 

A expectativa de uma resposta contundente da Rússia aos ataques ucranianos preocupa seriamente os países da OTAN. Muitos especialistas ocidentais temem que a Rússia interprete os ataques terroristas como um atentado contra o equilíbrio estratégico de poder e tome as medidas pertinentes.

Operações aparentemente audazes de Kiev, como o ataque a Kursk ou a operação terrorista contra a aviação estratégica russa tendem a acelerar a derrota do regime neonazista ucraniano, porque, por esse caminho, as condições do campo de batalha não mudarão. Ao mesmo tempo, aqueles que sustentam a guerra na Ucrânia, passarão a enfrentar problemas cada vez maiores. 

Operações, como a lançada contra Kursk, transformaram-se em grandes desastres para a OTAN. Não conseguiram transferir as operações militares para território russo e nem reter nenhum território russo para futuras negociações. Também, não puderam desviar as forças russas de suas operações no Donbás, como pretendiam os estrategistas da OTAN. Mas toda a frente ucraniana do Donbás se debilitou, enterrando o prestígio de todos os generais da OTAN, que passaram a ser considerados incapazes e de pouca capacidade intelectual diante dos russos.

No Oriente Médio, há fortes indícios que a história dos genocidas “israelenses” está chegando ao fim. Donald Trump aparece como um chefe de governo descontrolado e impulsivo, perdido num tiroteio de proporções globais. O governante norte-americano sabe que “Israel” sozinho não conseguirá vencer o Irã e, por isso, decidiu enviar forças norte-americanas, para destruir esse país. Diante do caos, o presidente fascista argentino, Javier Miley, prometeu um pedaço de terra, na Argentina, para os bandidos sionistas que conseguirem fugir da suposta “terra prometida”. Teriam, mais uma vez, a oportunidade de escolher a Argentina como sua “terra prometida”. Theodor Herzl deve estar se revirando no túmulo... Isso significa que pretendem tornar todo o Oriente Médio uma região radioativa, depois de intercâmbios nucleares...

Os canalhas da União Europeia conseguiram divulgar uma nota em que dizem que “Israel” tem o direito de se defender, mesmo sabendo que “Israel” é o agressor. Os iranianos responderam que “essa atitude é prejudicial à Carta das Nações Unidas a ao direito internacional” e que é preciso chamar as coisas pelo seu nome.  O mesmo se aplica ao G7 que apoiou o ataque traiçoeiro contra as instalações nucleares pacíficas do Irã, assim como o assassinato de civis e cientistas iranianos, declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores iraniano, Esmaeil  Baqaei, em conta do X.

Não se pode dar crédito a nada que digam as elites globalistas que estão por trás da OTAN e do capitalismo em crise. Os combates estão em curso desde 13 de junho, depois que os genocidas “israelenses” atacaram o Irã sem aviso prévio ou qualquer declaração de guerra, violando o Direito Internacional e a Carta das Nações Unidas. Em conversações com Donald Trump, o presidente russo V. Putin expressou sua preocupação diante da escalada da guerra que “teria consequências imprevisíveis para toda a região do Oriente Médio”. Vasili Nebenzia, representante russo permanente nas Nações Unidas, advertiu que Israel empurra toda a região para uma “catástrofe nuclear em grande escala”. Na América Latina, o Brasil, a Venezuela, a Nicarágua e Cuba repudiaram a versão “israelense”, para justificar a agressão contra o Irã. A mesma atitude teve a Turquia, a Arábia Saudita, o Egito e o Paquistão entre as nações islâmicas.

Esteja sempre preparado para o pior.

O mundo caminha para uma catástrofe pelas mãos do imperialismo norte-americano e de seus cúmplices em todas as latitudes.

O Brasil voltou ao centro das relações internacionais e com resultados concretos

 

Imagem - Ricardo Stuckert 

Não faz tanto tempo que o Brasil era motivo de constrangimento lá fora. Um presidente ignorado por líderes globais, desautorizado nas cúpulas internacionais, sem agenda, sem prestígio, reduzido a um turista exótico em Nova York, com joias suspeitas no bolso e pizza na mão.

Essa página, felizmente, foi virada.

Em 2025, o presidente Lula reafirmou o Brasil no cenário internacional com uma agenda ativa, respeitada e produtiva. As viagens oficiais renderam resultados claros.  Mais de R$ 160 bilhões em investimentos estrangeiros no Brasil, vindos de países como Japão, China e França. Não são promessas vazias.  São compromissos assinados, direcionados a setores estratégicos como infraestrutura, energia renovável, logística, alimentos, tecnologia e saúde.

No Japão, R$ 44 bilhões em investimentos, além de cooperação em biocombustíveis e mobilidade sustentável. No Vietnã, a abertura de um novo mercado para a carne brasileira, com acesso potencial a mais de 600 milhões de consumidores do Sudeste Asiático. Na China, R$ 27 bilhões para setores como logística, TI e alimentos, além de acordos que colocam produtos brasileiros nas prateleiras do varejo chinês. Na França, mais R$ 100 bilhões destinados a alimentos, energia e transporte marítimo.

Esses números não são apenas cifras.  Significam empregos, inovação, desenvolvimento social e mais espaço para o Brasil no tabuleiro global.

O Brasil voltou, e voltou como deve ser.  De cabeça erguida, com diplomacia ativa, respeitado, abrindo portas e gerando oportunidades para quem mais precisa.


segunda-feira, 16 de junho de 2025

Por que quero ser presidente do PT em Rio Preto

 

Nosso Partido dos Trabalhadores tem uma longa história de lutas, sonhos e realizações. E como toda história viva, feita de gente de carne, osso e coragem, ele precisa, de tempos em tempos, se reinventar, se reconectar com sua base, ouvir os de baixo e levantar de novo a estrela vermelha com brilho nos olhos e esperança no coração.

É por isso que me coloco à disposição para presidir o PT de São José do Rio Preto. Porque acredito que chegou a hora de reconstruir um partido mais popular, mais presente e mais participativo nessa cidade com tendências reacionárias, mas com uma população vibrante. Um PT que volta às periferias, às fábricas, aos bairros, às praças. Um PT que ouve, que debate, que acolhe e que propõe. Um PT de portas abertas, com alma coletiva e coragem pra sonhar junto.

Mas, ao lado das ruas, precisamos também ocupar com força e inteligência as redes sociais. A guerra de narrativas está em curso, e as “fake News” seguem sendo uma das armas mais venenosas da extrema-direita.

Precisamos fazer do nosso partido uma voz clara e presente nas plataformas digitais, combatendo mentiras com verdade, medo com esperança, ódio com solidariedade.

A história recente do país e do mundo nos mostra que não há tempo a perder. O avanço da extrema-direita, o aumento da desigualdade e a manipulação midiática são desafios reais. Mas sabemos que quando o PT está forte, organizado e em sintonia com o povo, a esperança se torna projeto, e o projeto vira transformação concreta na vida de milhões.

Quero, junto com cada companheira e companheiro, fazer do PT de Rio Preto uma ferramenta viva de luta popular. Um espaço de formação, de acolhimento, de organização. Um partido que ouve os gritos do povo e responde com propostas, com firmeza e com amor.

Não me proponho sozinho a tarefa. Nenhuma liderança se constrói no vazio. É com a força da militância, com a sabedoria dos mais velhos, a ousadia da juventude, a energia das mulheres, a visão dos movimentos e a participação de todos os filiados que queremos caminhar.

Ser presidente do PT de Rio Preto é mais que um cargo. É um chamado. Um compromisso com nossa história, com nossa cidade e com o futuro que queremos construir juntos.

Se você também acredita que é possível renovar sem romper, crescer sem abandonar nossas raízes, e avançar com diálogo, coragem e ternura, então vem com a gente.

A estrela vai brilhar de novo. E dessa vez, com a luz de todos nós.

sábado, 14 de junho de 2025

Entre a ciência, a política e a palavra - a jornada de Liberato Caboclo

 

Imagem - Gazeta de Rio Preto
Morreu neste sábado, 14 de junho, o ex-prefeito de São José do Rio Preto, José Ferreira Liberato Caboclo, aos 87 anos.

Médico, professor, intelectual, político e cronista de espírito inquieto e coração generoso. Foi-se como quem apenas se recolhe para um breve descanso após um almoço simples e afetuoso ao lado da esposa. Repousou para a eternidade. Uma partida serena para uma vida que nunca foi calma.

Tive o privilégio de conviver um pouco no cenário político e dialogar com Liberato. Principalmente quando teve por candidato a vice o já falecido Waldemar dos Santos, em coligação com o PSDB.

Numa dessas  conversas me afirmou que em Brasília, no Congresso onde esteve enquanto Deputado Federal, conviveu com as mentes mais iluminadas do Brasil.

 As conversas de Liberato, nos meios políticos, sempre foram um exercício de respeito mútuo, mesmo quando divergia de seus opositores.

Havia nele uma grandeza rara.  A disposição de ouvir, o dom de argumentar com firmeza sem jamais abrir mão da elegância. Era um adversário político valente, mas um amigo das ideias e isso faz toda a diferença.

Formou-se médico no Rio de Janeiro, doutorou-se na Suécia, lecionou em Goiás e no Rio, ajudou a formar a Famerp e o Hospital de Base, que hoje são pilares da saúde em Rio Preto. Foi deputado federal, presidente do PDT em São Paulo e prefeito de uma cidade que o desafiou tanto quanto ele ousou desafiá-la.

Seu mandato como prefeito foi turbulento, sim. Enfrentou resistência política e uma imprensa muitas vezes implacável. Sofreu condenações, perdeu bens, mas não perdeu a ternura nem o senso de humor. Continuou escrevendo, clinicando, pensando.

Poliglota, estudioso, apaixonado por cultura, medicina e política, Liberato era daqueles homens que pareciam carregados de séculos por dentro. Ciceroneou Bill Clinton com desenvoltura, era admirador de Pepe Mujica, chorou publicamente a partida de Divaldo Franco e Dino Vizotto. Agora, é a nossa vez de lamentar sua partida.

Liberato Caboclo não cabia em siglas, nem em estereótipos. Foi comunista e trabalhista, gestor e sonhador, rigoroso e poético. Teve erros, sim quem não os tem? Mas seus acertos foram muitos, profundos e permanentes.

Hoje, Rio Preto se despede de um de seus maiores filhos adotivos. E eu me despeço de um homem admirável, que já me atendeu com generosidade e inteligência.

Vai em paz, companheiro. Que o sono da eternidade te seja leve e que a história, com o tempo e a justiça que só ela tem, te dê o lugar que mereces.

Liberato vive. Em seus livros, nos corredores do Hospital de Base, nos bancos da Famerp, nas páginas que escreveu e na memória de todos que reconhecem a importância de quem ousou lutar e pensar por conta própria.


quarta-feira, 11 de junho de 2025

Em Defesa da CPI das Terceirizadas: Pelo Direito ao Salário e à Dignidade

 

Imagem - TV Globo
Em São José do Rio Preto, o que deveria ser exceção virou regra.

Trabalhadores terceirizados convivem com atrasos de salários, descumprimento de contratos e total descaso por parte das empresas e, pior, do próprio poder público que as contratou.

Enquanto mães e pais de família esperam pelos salários que já trabalharam e merecem, a resposta que recebem é o silêncio. Um silêncio que grita omissão, conveniência e abandono.

É diante dessa realidade que se impõe, com urgência e responsabilidade, a CPI das Terceirizadas, proposta pelo vereador João Paulo Rillo.

Não se trata de palanque, nem de perseguição política.  Trata-se de uma investigação necessária para proteger o dinheiro público e a dignidade dos trabalhadores.

As denúncias são graves. Empresas contratadas pela prefeitura deixam de pagar seus funcionários, mesmo recebendo repasses. Como isso é possível? Quem lucra com essa estrutura perversa? E mais importante: quem será responsabilizado?

A CPI é o instrumento legítimo que o Legislativo possui para buscar respostas, propor soluções e impedir que essa ferida continue aberta.

O apoio popular a essa iniciativa é fundamental. Porque cada trabalhador injustiçado é também um cidadão traído pelo Estado.

João Paulo Rillo, único representante da esquerda no Legislativo da cidade, com coragem e compromisso histórico com os direitos sociais, está ao lado do povo e é por isso que precisa estar cercado de solidariedade e firmeza nesse momento.

Não podemos normalizar a precarização.
Não podemos aceitar que os trabalhadores continuem invisíveis.

É hora de investigar, de responsabilizar e de mudar.
Por justiça, por decência, por respeito ao trabalho

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Um Brasil que volta a falar com o mundo de igual pra igual

 

Imagem - Ricardo Stuckert
Nessa sexta-feira, em Paris, o presidente Lula mostrou ao mundo mais uma vez por que é uma das maiores lideranças políticas do planeta.

Em um encontro descontraído com empresários brasileiros e franceses, Lula não fez só um discurso.  Fez uma verdadeira conversa de alma, misturando firmeza, bom humor e compromisso com um futuro mais justo e solidário.

Ele reforçou algo fundamental.  O Brasil está de volta ao cenário internacional, com dignidade, buscando parcerias justas, com diálogo entre agricultores, empresários e governos. E lembrou que a relação entre Brasil e França é histórica e cheia de potencial.

Lula foi claro ao cobrar o avanço do acordo entre Mercosul e União Europeia, mas sem abaixar a cabeça. Mostrou que estamos prontos para negociar, mas de igual pra igual. E mais, convidou os franceses a conhecerem a Amazônia durante a COP 30 em Belém, porque a preservação do planeta não é uma escolha, mas um dever. Especialmente dos países ricos, que poluíram por séculos e agora precisam ajudar quem ainda luta para se desenvolver sem destruir.

Com sua fala leve e firme, Lula também fez um alerta sobre desigualdade e fome, lembrando que mais de 700 milhões de pessoas vão dormir sem saber o que vão comer no dia seguinte. E foi além. Criticou o avanço desenfreado da inteligência artificial sem responsabilidade e defendeu o que nos faz humanos, o sentimento, o abraço, a empatia.

O presidente Lula voltou a colocar o Brasil no centro das grandes discussões mundiais. Não como submisso, mas como protagonista. Com coragem, esperança e voz própria.

E enquanto alguns tentam espalhar que Lula está enfraquecido, o que se viu em Paris foi o oposto.  Um estadista aplaudido, ouvido e respeitado. É isso que incomoda os poderosos de sempre. E é exatamente por isso que a gente segue junto, com mais orgulho ainda.

O Brasil voltou e voltou de cabeça erguida.


quarta-feira, 4 de junho de 2025

Fujona, pistoleira e covarde. O retrato perfeito da bolsonarista Carla Zambelli

 

Imagem - G1
Depois de posar de valente, de empunhar arma no meio da rua e de dizer que lutava “pela pátria e pela liberdade”, a ilustre deputada bolsonarista fez exatamente o que se espera de quem vive de bravata: fugiu.

Isso mesmo. Com uma condenação de 10 anos nas costas por contratar hacker pra invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça, simplesmente pegou suas malas, seu passaporte italiano e vazou.

Primeiro pros Estados Unidos e, de lá, pra Europa, onde agora bate no peito dizendo que é cidadã europeia e “intocável”.

Curioso como essa turma que fala grosso no Brasil adora correr pros braços estrangeiros. Fogem como ratos quando a justiça bate na porta.

A deputada, que em plena véspera de eleição em 2022 sacou uma pistola nos Jardins de São Paulo pra perseguir um cidadão negro, agora se acovarda, se esconde e tenta escapar das consequências dos próprios atos.

E é aqui que fica meu questionamento, bem direto pra quem, em São José do Rio Preto, minha cidade, deu milhares de votos pra essa senhora que nunca sequer soube ou imagina que cidade seja essa. E aí, tá orgulhoso? Tá feliz com a escolha? Porque o Brasil não esquece. Vocês colocaram no Congresso uma pessoa que atirou contra a democracia, desrespeitou a Constituição, conspirou, hackeou e agora foge pra Europa, abandonando o cargo e traindo até quem a elegeu.

Sim, meus caros, essa é a verdadeira face do bolsonarismo. Covardia travestida de valentia. Corrupção fantasiada de moralismo. E hipocrisia elevada ao nível máximo da cara de pau. Gente que nunca soube o que é trabalhar de verdade, que nunca entendeu o valor da democracia, do debate ou do respeito às leis.

Mas se tem um consolo, é que, pelo menos, o Brasil começa a se livrar dessa gente. Que ela, Eduardo Bolsonaro e todos os outros fujões se escondam onde quiserem. Aqui, o povo brasileiro real vai continuar lutando por justiça, dignidade e democracia.

E que os eleitores dela reflitam bem na próxima vez que forem às urnas. Porque vergonha pouca é bobagem.


terça-feira, 3 de junho de 2025

Nossa solidariedade às companheiras Tidda e Celi Regina.

 

Imagem - TV Câmara

O que aconteceu hoje nas galerias da Câmara Municipal de São José do Rio Preto é inaceitável e vergonhoso.

Um ex-candidato bolsonarista, trajando a camiseta “Fora Lula”, protagonizou uma cena de ódio, covardia e agressão. Só não partiu para a agressão física porque foi contido a tempo pelos seguranças da Casa.

O alvo? *Tidda Vernucci* , uma servidora pública aposentada, Assistente Social, militante histórica, mulher combativa e respeitada em nossa cidade, que estava ali para exercer seu direito democrático de fala, prestando uma homenagem à sua categoria pela passagem do Dia do Assistente Social.

Ela estava acompanhada de *Celi Regina*, presidenta do PT, e de outras companheiras, quando foram covardemente atacadas verbalmente.

O vereador *João Paulo Rillo*, do PSOL, exigiu, com toda razão, a imediata retirada do agressor das galerias. E assim deve ser, pois quem não sabe conviver no debate, quem não sabe discordar com civilidade, quem transforma diferença de ideias em agressão, *não cabe no espaço democrático*.

Registramos aqui nosso mais absoluto repúdio a qualquer ato de violência, especialmente contra mulheres, militantes e trabalhadoras. Nossa luta é e sempre será pela democracia, pela convivência pacífica e pela liberdade de pensamento.

A extrema direita, que vive de espalhar ódio, medo e fake news, mostra mais uma vez sua verdadeira face: a face do autoritarismo, da intolerância e da violência. Mas reafirmamos: *não passarão.*

Seguimos firmes, de cabeça erguida, na defesa da democracia, dos direitos sociais e do respeito.

Home Office: O Paraíso por Trás da Tela

 

Imagem - Forbes Brasil
Acordar, dar um “bom dia” para o gato e iniciar o expediente sem enfrentar trens lotados nem ônibus atrasados. Quem não sonha com isso?

Para muitos, a volta obrigatória ao escritório se transformou em pesadelo diário e, em alguns casos, foi a gota d’água para uma demissão voluntária.

Imagine passar quase cinco horas por dia no percurso casa-trabalho-casa, dividindo espaço com multidões apressadas e calor humano demais (às vezes de um jeito ruim). Não é só o tempo perdido, mas a energia drenada, o estresse acumulado e a sensação de que, quando você finalmente chega, já não tem pique para pensar.

Muitos comprovaram que, para trabalhar, não serve só ter um crachá. É preciso dispor de um Tempo Perdido no Trânsito.

Por trás de metas e relatórios, existe algo mais valioso do que o holerite: a qualidade de vida. Cuidar da saúde, acompanhar um filho na escola ou simplesmente ter 30 minutos a mais para aproveitar o café da manhã virou luxo.

Quem experimentou o home office descobriu que a jornada flexível tem um valor irrecusável. E aí, diante de promessas de aumento salarial, preferiu recusar a lotação do trem e manter a sanidade.

Dados mostram que 86% das pessoas se sentem inseguras nas ruas. No transporte público, o risco de assédio, de assalto ou até de ficar ilhado em enchente realça a sensação de vulnerabilidade. Trabalhando de casa, não se está completamente livre de perigos, mas, ao menos, não se enfrenta o risco constante de uma ‘aventura urbana’ a caminho do escritório.

O trabalho remoto mostra que produtividade não depende de sede física no prédio. Cursos online pipocam, e quem escolheu o home office encontrou tempo para se qualificar sem driblar trânsito. Ao fechar o notebook, pode tomar um banho e assistir à família, algo inimaginável para quem, até pouco tempo, saía de casa ainda meio dormindo e só voltava quase na hora de dormir.

No Brasil e no mundo, uma pesquisa apontou que 33% dos executivos pensam em deixar o emprego ao serem obrigados a voltar ao escritório. Aqui, um incontável número de profissionais pediu demissão em 2024, e 15,7% deles apontaram a falta de flexibilidade como motivo direto. O presencial, antes exaltado como “essencial para a cultura”, hoje é visto por muitos como sinônimo de atraso, afinal, quem quer desperdiçar horas preciosas no transporte quando pode entregar relatórios do sofá?

Moral da história: o home office vai além de trabalhar de pijama. É a chance de recuperar tempo, cuidar da saúde, evitar riscos e, ao mesmo tempo, produzir. Se você já experimentou esse modelo, considere com carinho antes de aceitar a carda ao escritório lotado. Qualidade de vida não é modismo, mas direito.


quinta-feira, 29 de maio de 2025

PT Mostra sua Força e a Grandeza da Democracia Partidária em Debate entre Presidenciáveis

 


O PT reafirma, mais uma vez, sua essência democrática e sua vocação para o debate político plural e transparente. No próximo dia 2 de junho, promove o primeiro debate virtual entre os candidatos à presidência nacional do partido no Processo de Eleição Direta, o PED 2025.

Quatro grandes quadros da história do PT colocam suas ideias, seus projetos e suas visões de futuro à disposição da militância e da base partidária: Edinho Silva, Romenio Pereira, Rui Falcão e Valter Pomar.

Esse não é apenas um debate sobre nomes. É uma demonstração viva de que o PT segue sendo o maior instrumento de transformação social do país, comprometido com a democracia interna, com o fortalecimento da luta popular e com os desafios que estão postos para o Brasil e para o mundo.

Diferente dos partidos que se organizam em torno de chefes, oligarquias ou do fisiologismo barato, o PT se estrutura a partir do diálogo, da disputa saudável de ideias, da participação da militância, das tendências e das forças que ajudam a construir sua história.

Este debate é mais do que uma formalidade: é a prova de que seguimos fortalecendo nossas raízes, oxigenando nossa direção e nos preparando para os desafios da conjuntura atual: a defesa da democracia, o enfrentamento ao avanço do neofascismo e o compromisso inabalável com um Brasil soberano, justo e solidário.

O Processo de Eleição Direta (PED) é um dos maiores exercícios de democracia partidária do mundo. E essa etapa, em especial, que define quem conduzirá a Presidência Nacional do PT nos próximos anos, ganha ainda mais importância num cenário em que a extrema direita global ameaça as conquistas dos povos e tenta, a todo custo, enfraquecer os partidos populares.

A participação da militância nesse debate não é apenas um direito. É um dever histórico. Porque escolher quem dirige o nosso partido é, também, escolher qual projeto de país queremos construir, quais alianças priorizar, quais pautas fortalecer e quais estratégias seguir na luta institucional, nas ruas e nas redes.

Portanto, que todos e todas estejam atentos, conectados e mobilizados no dia 2 de junho, para acompanhar esse momento decisivo. Que possamos ouvir, refletir, debater e, principalmente, fortalecer a unidade e a potência do nosso PT.

Mais do que nunca, precisamos de um partido forte, presente nas lutas, nas periferias, nos movimentos sociais, nas redes e nas instituições. Precisamos de uma direção à altura dos desafios de nosso tempo.

Viva o PED! Viva a democracia partidária! Viva o PT!
E que vença o projeto que mais fortaleça a luta do povo trabalhador!

Quando o Universo Sussurra Mistérios

 

No imenso palco do cosmos, onde dançam estrelas, galáxias e sonhos, um novo suspiro do infinito chegou até nós. Um sussurro vindo das profundezas da Via Láctea. Uma batida rítmica, insistente, que pulsa a cada 44 minuto, como se fosse o coração secreto de um mistério maior.

Os olhos atentos dos astrônomos, voltados ao céu em busca de respostas, encontraram aquilo que talvez seja a própria definição do desconhecido: um objeto que desafia a lógica, a física e, quem sabe, tudo o que julgávamos entender sobre o Universo.

Batizado de ASKAP J1832−091, esse enigma cósmico emana ondas de rádio e raios X, ora se acende, ora mergulha no silêncio, como quem brinca de esconde-esconde com a humanidade. Está lá, a 15 mil anos-luz da Terra, nem tão longe para o cosmos, mas imensamente distante para nossas frágeis asas tecnológicas.

E o que é? Talvez uma estrela morta, uma estrela de nêutrons ou uma anã branca, velha e cansada, mas ainda capaz de enviar suas mensagens à eternidade. Talvez algo que sequer temos nome, algo que escapa dos nossos livros, dos nossos cálculos, das nossas certezas. Um lembrete arrogante, porém belo, de que sabemos tão pouco.

Nos mostra que, quanto mais descobrimos, mais vasto se torna o campo da ignorância. Mas, veja bem, isso não é um lamento. Isso é bênção. Isso é poesia viva. Porque enquanto houver mistérios no céu, haverá motivos para sonhar, para estudar, para buscar.

Cada pulsação desse corpo desconhecido é como uma batida de tambor que ecoa no peito dos curiosos, dos cientistas, dos poetas, dos magos, dos loucos e dos sonhadores. É como se o Universo dissesse:
"Vocês ainda não sabem tudo… e que bom que não sabem."

E quem sabe se lá, na cadência desse sinal cósmico, não esteja escondida alguma chave? Uma pista sobre como a matéria se curva, sobre como o tempo se dobra, sobre como a vida, essa teimosa viajante, pode existir nas formas mais inesperadas, até nos confins do desconhecido.

Somos poeira das estrelas, sim, mas também somos consciência que olha para o alto, ouvidos que escutam o silêncio e mãos que escrevem a própria história.

Que venha o desconhecido. Que venham os enigmas. Que nunca nos falte a coragem de perguntar.
Porque enquanto o Universo tiver algo a dizer, nós estaremos aqui… prontos para ouvir.


quarta-feira, 28 de maio de 2025

Marina "Morena": uma mulher que carrega a floresta nas veias e a dignidade na alma

 

Imagem - ICL Notícias

O que aconteceu na Comissão de Infraestrutura do Senado não foi um simples debate acalorado. Foi um espetáculo grotesco de misoginia, racismo, arrogância e autoritarismo. Um ataque não só à ministra Marina Silva, mas à história de resistência, de dignidade e de compromisso que ela representa para o Brasil e para o mundo.

Marina não é ministra por acaso. É filha da floresta, mulher preta, nordestina, seringueira, alfabetizada aos 16 anos, formada em história, ex-senadora, ex-ministra e uma das maiores referências mundiais na luta ambiental. Está no Ministério não porque alguém lhe deu esse lugar, mas porque ela construiu, com sua luta, sua coerência e sua integridade, esse caminho.

Enfrentou madeireiros, grileiros, criminosos ambientais, enfrentou governos, corporações e agora precisa, lamentavelmente, enfrentar também senadores que, ao invés de debater com argumentos, preferem tentar humilhar, intimidar e constranger uma mulher que nunca se curvou.

Ouvir de um senador que “a mulher merece respeito, mas a ministra não” não é só violência verbal. É a mais pura expressão do machismo estrutural, do racismo institucional e do desprezo pelas causas que defendem a vida, a natureza e os direitos humanos.

Dizer “ponha-se no seu lugar” a uma mulher como Marina é ignorar que o lugar dela é exatamente onde ela está: no centro das decisões, no comando da política ambiental de um país que tem a maior biodiversidade do planeta e que, se não cuidar disso, compromete o futuro não só dos brasileiros, mas da humanidade inteira.

Marina não se calou. Não se calaria. Não se cala quem tem a floresta como escola, quem carrega na pele as cicatrizes da pobreza, do preconceito e da luta. Marina ergueu-se, olhou nos olhos de quem tentou humilhá-la e disse: “Eu não sou submissa. Meu lugar é onde todas as mulheres devem estar. E não é um machista, não é um racista, não é um canalha que vai me tirar daqui.”

É preciso dizer sem rodeios: o que fizeram com Marina foi um ataque à democracia, ao meio ambiente, às mulheres, aos povos originários, aos negros e negras deste país. Foi a demonstração explícita do que ainda há de mais podre na política brasileira. Uma política que odeia quem pensa, quem resiste, quem tem coragem de ser digno em um mar de canalhices.

Defender Marina Silva não é só defender uma mulher, não é só defender uma ministra. É defender um Brasil que acredita na vida, que escolhe a dignidade, que escolhe o futuro e não o retrocesso.

Marina não está sozinha. Nunca esteve. Ela carrega a força da floresta, o suor dos seringueiros, a esperança das mulheres negras, a luta dos povos indígenas, a memória de Chico Mendes e o olhar de cada brasileiro e brasileira que sabe que não há desenvolvimento possível sem respeito à vida.

Marina é resistência. É dignidade. É Brasil. E quem ataca Marina, ataca cada um de nós que não aceita baixar a cabeça pra tirania disfarçada de mandato.


terça-feira, 27 de maio de 2025

Ataque à educação pública, à gestão democrática e aos direitos do povo.

 

Imagem G1
O que está acontecendo na rede municipal de ensino de São Paulo não é apenas uma medida administrativa, mas é um alerta gravíssimo sobre o futuro da educação pública na cidade.

O afastamento de 30 diretores escolares, sob a justificativa de baixo desempenho no IDEB, escancara uma política autoritária, tecnocrática e profundamente desconectada da realidade das escolas e das comunidades que elas atendem.

A decisão não veio acompanhada de diálogo, transparência ou qualquer construção coletiva. Simplesmente comunicaram aos diretores que estavam fora. E pior, com a desculpa disfarçada de “formação”, enquanto nomeiam novos gestores que, na prática, funcionam como interventores indicados sem participação dos conselhos escolares, das famílias, dos estudantes ou dos próprios trabalhadores da educação.

Trata-se de um ataque frontal à gestão democrática, princípio conquistado a duras penas, com décadas de luta dos educadores e das comunidades.

O que se desenha é um cenário de desmontagem da escola pública, que já convive há anos com terceirizações em setores como limpeza e alimentação, e que agora vê a ameaça se estender diretamente para a gestão pedagógica.

O uso do IDEB como justificativa não se sustenta. Índices educacionais não podem ser tratados como instrumento de punição. Eles são ferramentas de diagnóstico, não de ranking. Quem conhece de perto a realidade das escolas sabe que uma pequena melhora num contexto de vulnerabilidade social já representa um avanço gigante. Penalizar profissionais por não atingirem metas descoladas da realidade é não só injusto, como perverso.

Além disso, os critérios usados são absolutamente questionáveis. Além das notas, consideraram tempo de permanência na escola e até a quantidade de licenças médicas dos diretores, o que, além de desumano, revela uma lógica perversa de gestão que ignora o adoecimento dos servidores e as desigualdades que atravessam a vida escolar.

E não é coincidência. Tudo isso está diretamente ligado à Lei Municipal nº 18.221, aprovada no apagar das luzes de 2024, sem qualquer debate com os educadores, e que abriu caminho para esse modelo de avaliação punitiva, sem considerar as condições socioeconômicas, culturais e estruturais de cada território.

É um projeto que ataca diretamente a estabilidade dos servidores públicos, gera medo, insegurança, desmobiliza e adoece. Diretores com 10, 20 anos de dedicação às suas escolas, profundamente enraizados em suas comunidades, estão sendo sumariamente afastados como se fossem descartáveis.

Diante desse cenário, é mais do que urgente que a sociedade, os movimentos sociais, os sindicatos e todos que defendem a educação pública se levantem. O SINESP, cumprindo seu papel histórico, já ingressou na Justiça contra essa medida arbitrária e está oferecendo suporte jurídico e emocional aos profissionais afetados. Mais do que isso, está articulando uma frente ampla em defesa da escola pública, contra a privatização disfarçada de “gestão por resultado”.

A Prefeitura, em sua nota, tenta dourar a pílula, chamando o afastamento de “capacitação” e “vivência em outras unidades”. Mas a verdade é que isso não passa de um eufemismo para intervenção administrativa e ataque à autonomia escolar.

Quando atacam os diretores, atacam toda a comunidade escolar. E principalmente, atacam o direito das crianças e dos jovens a uma educação pública, gratuita, de qualidade, construída com democracia e participação.

A educação não é mercadoria. E quem defende a escola pública não se cala diante desse retrocesso. É hora de resistência. É hora de luta.


segunda-feira, 26 de maio de 2025

Por um PT mais forte em Rio Preto, São Paulo e no Brasil

 

Na última sexta-feira, a Casa de Portugal, no coração do bairro da Liberdade, em São Paulo, não foi apenas palco de mais um encontro político.

Foi, na verdade, o ponto de partida de um novo ciclo de reconstrução e fortalecimento do Partido dos Trabalhadores, no estado de São Paulo e em todo o Brasil.

Lideranças de todas as regiões do estado, parlamentares, dirigentes, militantes históricos e novos quadros lotaram o espaço, não apenas para reafirmar sua identidade, mas também para lançar com firmeza duas candidaturas que carregam muito mais que nomes. Carregam projetos.

Carlos Alexandre, Kiko Celeguim e Celi Regina
De um lado, a recondução de Kiko Celeguim à presidência estadual do PT, um dirigente que, com serenidade, firmeza e espírito coletivo, tem sido fundamental na reorganização do partido no estado mais complexo e estratégico do país. Kiko representa uma geração que aprendeu com as lutas do passado, mas que olha pra frente, que aposta na formação política, na mobilização das bases e na retomada da presença do PT nos bairros, nas periferias, nas universidades e nos campos.

Do outro lado, surge com grande força a candidatura de Edinho Silva à presidência nacional do PT. Prefeito de Araraquara, ex-ministro, gestor público reconhecido e quadro político de rara competência, Edinho reúne exatamente aquilo que o momento exige: visão estratégica, capacidade de diálogo, habilidade de gestão e um compromisso inegociável com o projeto democrático e popular que o PT representa.

Da esquerda pra direita - Arthur Grigolin, 
Celi Regina, Edinho Silva e Carlos Alexandre

Este lançamento não é apenas interno. Ele é um chamado para dentro e para fora do partido. Um chamado para as esquerdas, para os movimentos populares, para a classe trabalhadora, para a juventude e para todos e todas que sabem que, diante do crescimento do fascismo, da extrema-direita e dos ataques à democracia, o PT segue sendo a principal trincheira de resistência e de esperança no Brasil.

A CNB (Construindo um Novo Brasil), corrente majoritária do partido, deixa claro: este não é o momento de hesitações. A reeleição de Lula, como símbolo e motor de um projeto nacional de desenvolvimento, soberania e justiça social, precisa caminhar de mãos dadas com um PT forte, organizado, enraizado, capaz de enfrentar os desafios da conjuntura e construir as saídas que o povo brasileiro tanto espera.

Platéia lotada - Casa de Portugal - São Paulo

Não se trata apenas de ocupar espaços na institucionalidade. Trata-se de aprofundar o enraizamento social, de fortalecer o diálogo com os setores progressistas, de construir pontes para uma frente ampla das esquerdas que seja capaz de enfrentar não só o bolsonarismo, mas também as estruturas de desigualdade e opressão que ainda ferem este país.

Kiko e Edinho não representam projetos pessoais. Representam o compromisso coletivo de reorganizar o PT para este novo tempo. Um tempo em que o fascismo não se combate apenas nas urnas, mas também nas redes, nas ruas, nas periferias e no dia a dia das lutas concretas do povo.

São José do Rio Preto não foge dessa lógica. Uma cidade de enorme relevância no cenário estadual e nacional, que precisa, mais do que nunca, de um PT forte, unido e protagonista, capaz de reconstruir sua história, recuperar seu enraizamento e retomar sua força política.

Aqui, nosso desafio é o mesmo: preparar a militância, fortalecer a organização do partido, garantir na região a reeleição de Lula em 2026 e enfrentar, de cabeça erguida, as grandes batalhas que este país ainda precisa travar.

É com esse espírito, com esse compromisso e com essa convicção que coloco meu nome à disposição, como candidato à presidência do Diretório Municipal do PT de São José do Rio Preto.

Estar presente na Casa de Portugal, na capital, neste grande ato político e afetivo, só reforçou em mim a certeza de que este é o caminho certo: reorganizar, mobilizar e fazer do PT a principal ferramenta de transformação social na nossa cidade, no nosso estado e no nosso país.

Se a luta é grande, maior ainda é nossa disposição de seguir fazendo história. E como diria aquele velho bordão que não perde a validade: ninguém solta a mão de ninguém.

Rumo ao PED 2025. Rumo a um partido mais forte.
Kiko no estadual. Edinho no nacional. E Lula, como sempre, no coração do povo brasileiro.


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