terça-feira, 15 de abril de 2025

Estamos acordados?

 






Daniel Gouvêa Gomes
Estudante 3o Colegial - EE J. F. Miziara






Estamos hoje acordados em um vazio que se perpetua por um bem maior. 

Estamos presos em rotinas sem proposito, e claro estaremos condenados a ser o escravo de algo que nós mesmos nos colocamos, e sim o sistema que vivemos hoje em dia é uma prisão feita por seres ricos e gananciosos.

Pobres almas condenadas em um futuro distante, feito e planejado por burgueses que visam o lucro ao invés da vida.

Trilhos de mortos que são escravos desse sistema antidemocrático, que por sua vez causou grandes disputas por lucros, ou economias de países e que visa arquivar vidas em um fichário de descarte, entre outras vidas com alguns números, pois nelas tem lucro e das outras não há.

O que falar de um sistema desse? 

Bom há fatores que colaboram com a problemática. A desinformação e a não sabedoria do sistema é algo que mantem muitos presos a ele, e como se desfaz de um conceito lapidado?

A questão é que não dá para se desfazer sem saber como funciona.  Se grande parte da população não souber como funciona, haverá muitas lacunas e defasagens na situação. Para obter controle sobre tal, tem que haver uma conscientização da população e trazer novas solução por meio de processos democráticos que visam a vida não o lucro.

Tendo tudo isso vos digo, somos escravos de um destino escrito por classistas e burgueses e estamos morrendo, por  seguirmos um sistema já datado com valor monetário sem valor a vida.

Guerras acontecem e vidas sofrem por um sistema falho, no qual os países veem lucro até na guerra por venda de recursos como a armas.



Tá Esquentando a Disputa no PT - Democracia e Café Forte

 

Imagem: Agência Brasil
Companheirada, atenção!

No dia 6 de julho tem eleição quente no pedaço e não é pra fora, é dentro de casa.

O PT vai escolher quem vai comandar o partido nos próximos anos, e cinco nomes já se colocaram no tabuleiro. E olha... a disputa tá animada.

Com a saída de Gleisi Hoffmann para o ministério das Relações Institucionais, o partido está sendo presidido provisoriamente pelo senador Humberto Costa.

Mas a eleição oficial tá logo ali, e é bom a militância ficar ligada.

Vamos conhecer os candidatos cada um com seu estilo, sua história e sua ideia de futuro pro partido.

Rui Falcão – O experiente que não quer o PT como puxadinho do governo.
Jornalista, deputado federal por SP e ex-presidente do PT, Rui é o candidato da corrente Novo Rumo, ou pelo menos de parte dela, porque tem gente lá que ainda tá indecisa.

Ele defende um partido com autonomia crítica, firmeza ideológica e mais conexão com as bases.

Foi coordenador de campanha do Lula em 1994 e da Dilma em 2010.

Aos 81 anos, não perdeu o fôlego e quer um PT que enfrente o bolsonarismo de frente, sem meias palavras.

Edinho Silva – O Favorito com F maiúsculo (e com apoio discreto de um certo barbudo famoso).
Ex-prefeito de Araraquara, ex-ministro da Dilma e atual nome da corrente majoritária CNB.

Tem 59 anos e é o queridinho da cúpula, inclusive do Lula, embora o apoio seja mais sussurrado que gritado.

Edinho anda rodando o Brasil em campanha (e já teve que explicar de onde vem a gasolina dessa turnê).

Ele defende um PT mais "humilde", menos polarizador e mais aberto ao diálogo, até com empresários. Mas essa moderação toda não agrada a todo mundo...

Washington Quaquá – O polêmico de Maricá que quer "um PT do povo e das redes".

Prefeito de Maricá pela terceira vez e ex-deputado federal, Quaquá lançou sua candidatura rompendo com a CNB, a mesma do Edinho.

Vice-presidente nacional do PT, ele aposta numa campanha irreverente e popular, com foco em juventude, redes sociais e criatividade.

Gosta de causar. Recentemente, sua defesa de um deputado preso foi alvo de críticas dentro do próprio partido, inclusive da ministra Anielle Franco.

Ainda assim, ele diz que vai devolver ao PT sua vocação de estar ao lado do povo, com ideias ousadas e sem medo de barulho.

Valter Pomar – O militante raiz que quer o PT nas ruas, megafone na mão.
Da corrente Articulação de Esquerda, Valter é historiador, professor e não economiza críticas ao que vê como burocratização e distanciamento do partido de suas origens.

Quer um PT combativo, socialista, popular e enraizado nos movimentos sociais.

Critica o processo eleitoral interno, que, segundo ele, tem muita falha.

Pomar quer o partido alinhado com reformas estruturais e protagonista internacional, como na COP30.

Romênio Pereira – O diplomata da ala sindical.

Mineiro, veterano do partido, já foi quase tudo dentro do PT: vice-presidente, secretário-geral, de Organização, de Assuntos Institucionais... Hoje, é secretário de Relações Internacionais e quer um PT mais articulado, sem perder o pé no chão.

É o nome da corrente Movimento PT e aposta no diálogo, na unidade e numa política de bastidores com muito café e pouca gritaria.

E agora, companheirada, a bola tá com vocês.

Mais do que uma disputa de nomes, essa eleição é sobre o rumo do PT.

Vamos de partido mais institucional ou mais combativo? Mais conciliador ou mais militante? Mais centrado em Brasília ou de volta ao chão da fábrica e ao banco da praça?

O bom é que a escolha é coletiva. A militância é quem decide. E, como sempre, o PT segue fazendo história com debate, divergência, democracia e... café forte.


segunda-feira, 14 de abril de 2025

Dia do Café - Uma Homenagem ao Legado de Seu Zé Gomes

 

Imagem: Revista Terra & Cia.

Em 14 de abril, celebramos o Dia Mundial do Café, essa bebida que é muito mais que um simples líquido escuro e aromático.

É história, trabalho e, para muitas famílias, como a nossa, é raiz.

E não há como falar de café sem lembrar do meu avô, José Gomes de Castro, um verdadeiro titã da terra, cujas mãos calejadas moldaram não apenas os grãos que alimentaram um “mundão de gente”, mas o futuro de uma família inteira.

Fazendeiro visionário, ele transformou sua propriedade em Nova Granada em um celeiro de prosperidade. Seu café não era apenas commodity, mas sustento, orgulho e legado.

Enquanto muitos se perdiam nas incertezas do tempo, ele soube cultivar não apenas a lavoura, mas também a sabedoria. 

Repartiu sua história e suas terras, ainda em vida, garantindo que todos os seus tivessem não só um pedaço de chão, mas um alicerce para a vida.

E que café devia ser aquele, hein? Forte como seu caráter, rico como seu coração.

Não é à toa que o Brasil segue como o maior produtor mundial. Homens como ele plantavam não só com técnica, mas com alma.

Enquanto o Vietnã e a Colômbia dividem o pódio, é nas fazendas, como a dele, que a verdadeira essência do café brasileiro se revelaram.

Quem guarda sua lembrança, sabe que grandes homens deixam marcas que não se apagam com o tempo. E cada xícara que tomamos é uma pequena homenagem a essa história.

Então, ergamos nossas xícaras não apenas ao café, mas aos homens como Seu Zé Gomes, que fizeram dessa bebida um símbolo de resistência, família e prosperidade.

Porque café bom mesmo é aquele que vem carregado de memórias e as dele, com certeza, estão entre as mais saborosas.

Saúde, vovô. 

E hoje, o café é por você! 

A Ilegalidade que Nem a Criatividade do Congresso Consegue Justificar

 

Imagem: ICL
Parece que alguns parlamentares resolveram brincar de "rewind" com a democracia.

Um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados quer anistiar os responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, aquela data que entrou para a história como o dia em que uma horda ensandecida decidiu que vandalizar os três Poderes era um passeio turístico aceitável.

A proposta, além de moralmente indigesta, é inconstitucional. E quem explica isso com a clareza de quem já viu o STF por dentro é ninguém menos que o ex-ministro Celso de Mello, figura de peso que dificilmente se pronuncia sem motivo.

Em artigo contundente, Mello não poupa adjetivos para descrever os invasores: uma "escumalha radical" movida por "fúria selvagem", que não só depredou patrimônio público como ainda teve a audácia de agredir simbolicamente Ruy Barbosa, o "Patrono dos Advogados".

O busto do jurista, propositalmente não restaurado, ficou como testemunho eterno da barbárie daquele dia.

Mas, aparentemente, para alguns no Congresso, isso é coisa do passado e o passado, como se sabe, pode ser convenientemente apagado com uma canetada.

Só que a Constituição não é um cardápio de opções.

Celso de Mello lembra que anistiar quem tentou subverter a ordem democrática é um ato que "afronta e dessacraliza a soberana autoridade da Carta Magna".

Não se trata de mera discussão jurídica, mas se trata de uma questão de sobrevivência institucional.

Perdoar golpistas é como dar um manual de instruções para futuros ataques: "Tentem de novo, porque, no fim, não haverá consequências".

O ex-ministro também alerta para o perigo do pretorianismo.  Aquela velha e perigosa ideia de que as Forças Armadas podem se colocar acima do poder civil.

O projeto de anistia, mesmo que disfarçado de "pacificação", só alimenta essa mentalidade, criando um precedente perigoso: o de que desafiar a democidade pode, sim, sair barato.

A conclusão é óbvia, mas precisa ser dita: democracia não é um jogo de "pegue-pague". Quem tenta destruí-la não pode ser recebido de volta com tapinhas nas costas e um "tudo bem, vamos esquecer".

Se o Congresso insistir nessa via, estará não apenas violando a Constituição, mas enviando a mensagem mais perigosa possível.  A de que, no Brasil, a lei só vale quando convém.

E aí, como bem lembra Celso de Mello, o próximo 8 de janeiro pode ser só o ensaio geral.


Do Calorão ao Casaco

 

Imagem: Mirassol Conectada
São José do Rio Preto, aquela cidade onde o sol parece ter um contrato de exclusividade, pode estar prestes a enfrentar um revés climático digno de novela.

Sim, meus amigos, enquanto nos preparamos para o feriadão da Páscoa e de Tiradentes com direito a calor e possíveis chuvas passageiras, uma massa de ar polar, conspira nos bastidores para um plot twist gelado.

Segundo a Climatempo, logo após a folia dos feriados, quando já estivermos descontraídos e possivelmente comendo o último ovo de chocolate, o frio deve dar as caras no interior de São Paulo.

E não é qualquer frio. Estamos falando de temperaturas abaixo dos 10°C, algo que faz até o mais orgulhoso rio-pretense pensar duas vezes antes de sair de casa só de bermuda e chinelo.

Mas calma, a coisa não é tão simples. Antes do drama polar, ainda teremos um prólogo de chuvas e temperaturas oscilando entre o " levo guarda-chuva?" e o "cadê aquele casaco do fundo do armário?".

Campinas, por exemplo, já está dando o tom com céu encoberto e garoas repentinas, enquanto o resto da semana promete dias de sol intercalados com chuva, porque, afinal, por que escolher um só clima quando podemos ter todos?

O grande vilão (ou herói, dependendo do seu gosto por temperaturas amenas) é uma massa de ar polar que, segundo os meteorologistas, pode ser mais intensa do que a que nos visitou no começo de abril.

O Climatempo, adianta que o frio deve bater forte não só em São Paulo, mas também no Paraná e Mato Grosso do Sul.

E, como todo bom drama, ainda há um suspense. A frente fria pode trazer tempestades junto com o frio.

Então, se você é daqueles que vive reclamando do calor de Rio Preto, prepare-se: sua hora pode estar chegando.

Já os amantes do verão eterno, talvez seja o momento de começar a negociar com o guarda-roupa, ou com o termostato do universo.

Afinal, em terras tupiniquins, o único clima previsível é a imprevisibilidade.


domingo, 13 de abril de 2025

Protesto pela Morte de Ambulante Senegalês Expõe Violência Policial e Omissão do Governo de SP

 

Imagem: UOL
Um protesto em memória de Ngange Mbaye, ambulante senegalês de 34 anos morto por um policial militar no Brás, terminou com cenas de repressão na manhã desse sábado, dia 12, quando a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo e tropa de choque para dispersar manifestantes.

O caso escancara não apenas mais um episódio de violência do Estado, mas também a omissão do governador Tarcísio de Freitas e sua gestão na segurança pública, marcada por discursos de "tolerância zero" e ações que repetidamente resultam em mortes de civis pobres e periféricos.

Ngange Mbaye foi baleado na sexta-feira dia 11 durante uma abordagem policial, em mais um caso que evidencia a violência contra imigrantes e trabalhadores informais.

No protesto deste sábado, a PM reprimiu os manifestantes com cavalaria, veículos blindados e bombas, após alguém não confirmado se era do ato, jogar um objeto em direção aos policiais.

Lojistas fecharam as portas, pessoas correram desesperadas, e a cena se somou ao histórico de repressão brutal a protestos em São Paulo.

Enquanto a cidade se revolta, o governador Tarcísio de Freitas mantém silêncio, assim como em outros casos de violência policial sob seu governo.

Essa omissão não é por acaso. Sua gestão na segurança pública é pautada por operações ostensivas e discursos de "guerra ao crime", que, na prática, legitimam abusos e mortes de inocentes.

A PM-SP, sob comando de Tarcísio e do secretário Guilherme Derrite, acumula denúncias de excessos, racismo e letalidade em abordagens, especialmente contra negros, imigrantes e moradores de periferias.

Não há política de mediação de conflitos.  A resposta do Estado a protestos e tensões sociais é sempre a força bruta, como visto ontem no Brás.

Impunidade reforça a violência.  PMs envolvidos em mortes raramente são punidos, e o governo age apenas sob pressão midiática.

A morte de Mbaye e a repressão ao protesto exigem resposta imediata, mas o histórico do governo Tarcísio sugere que, se houver pronunciamento, será o genérico: "lamentamos o ocorrido, aguardamos investigações".  Sem assumir responsabilidade ou propor mudanças.

Enquanto isso, movimentos sociais, a comunidade senegalesa e defensores de direitos humanos cobram justiça.

Punição ao policial responsável pela morte de Mbaye. Fim da militarização em protestos e operações policiais e transparência nas investigações.

O caso de Ngange Mbaye não é isolado. É mais um símbolo da violência estrutural em São Paulo, alimentada por um governo que prioriza a repressão em vez do diálogo.

Enquanto o governador se cala, a população periférica, os imigrantes e os trabalhadores informais seguem sendo alvos, não protegidos, pelo Estado.


sábado, 12 de abril de 2025

Emergência? Ato de Traição à Democracia

 

Imagem: Metrópoles
O projeto de anistia que irá pra tramitação no Congresso não é apenas uma manobra política, mas é um golpe contra a Justiça e um insulto à democracia brasileira.

Perdoar aqueles que tentaram subverter a ordem constitucional, promover violência e atacar as instituições é recompensar o crime e enterrar a accountability.

O PL, com o apoio do Centrão, quer transformar a impunidade em moeda de troca. 

257 assinaturas não lavam a gravidade do que aconteceu: ataques às urnas, incitação ao caos, desrespeito ao Estado de Direito.

Se esse projeto passar, estaremos dizendo, em alto e bom som, que quebrar a lei vale a pena quando se tem aliados no poder.

O MDB, ao se abster, mostrou covardia.

O Centrão, ao apoiar, mostrou seu verdadeiro rosto.  Não há princípios, só interesses.

E o povo? Fica à mercê de um Congresso que prefere negociar com quem tentou incendiar o país a garantir justiça.

Anistia para golpistas não é reconciliação é conivência.

Se há algo que merece urgência, não é esse projeto imoral, mas o fortalecimento de uma democracia que não se curva a negociatas.

A história vai julgar, e não será com indulgência.

Não passará.


sexta-feira, 11 de abril de 2025

Racismo, Caos e Incompetência nos 100 Dias de Governo

Imagem: G1

A gestão Fábio Candido do PL de Bolsonaro, completa cem dias no poder em São José do Rio Preto com um saldo vergonhoso: epidemia de dengue negligenciada, prioridades invertidas e um vice-prefeito racista que escancara a podridão do bolsonarismo na administração pública.

Fábio Marcondes, também do PL, vice-prefeito e ex-secretário, teve que ser exonerado do cargo após cometer ato racista. Um episódio que, sozinho, já deveria ser suficiente para sua expulsão da vida pública.

Mas, em vez de assumir a gravidade do caso, a gestão PL tratou como "mera troca de pasta", como se racismo fosse um deslize qualquer, e não um crime.

Onde está a punição exemplar? Por que o PL não rompeu publicamente com o vice? Quantos casos assim são abafados no bolsonarismo?

Isso revela o que já sabemos: para a extrema direita, racismo é só um "detalhe", nunca um motivo para mudança real.

Enquanto isso, a prefeitura vive um festival de desencontros. Dengue fora de controle com 40 mil casos, 34 mortes, e a única ação foi um centro de hidratação (com apoio do Ministério da Saúde) aberto tarde e fechado cedo.

Saneamento? Só daqui a seis meses. Enquanto o mosquito se reproduz, a prefeitura promete roçar mato em meio ano (como se epidemias respeitassem prazos eleitorais).

FIT o famoso Festival Internacional de Teatro, que faz parte da agenda do município, negligenciado como aliás, a Cultura em si. O prefeito corre atrás de verba para teatro, na tentativa de substituir o SESC que se recusou a participar por conta da falta de programação antecipada da Prefeitura.

Ou seja: zero planejamento.

O PL Não Sabe Governar (e nem quer saber).

Não é incompetência é projeto. O bolsonarismo nunca se importou com gestão pública porque seu objetivo sempre foi desmontar serviços básicos (saúde, saneamento) para justificar privatizações. Governar para as câmeras, não para o povo e claro, proteger seus aliados, mesmo quando cometem crimes como racismo.

Rio Preto está pagando o preço. Enquanto o PL brinca de governar, gente morre de dengue, negros sofrem humilhações e a cidade afunda no descaso.


Chupa essa Manga

 

Imagem: UOL
Enquanto milhares de brasileiros enfrentam filas intermináveis em UPAs e a falta crônica de medicamentos, um grupo privilegiado em Sorocaba parecia viver em uma realidade paralela. Uma realidade de Porsches, BMWs, armas de grosso calibre e quase R$ 1 milhão em dinheiro vivo, parte dele escondido em caixas de papelão em endereços de líderes religiosos.

Essa é a face obscura revelada pela Operação "Copia e Cola" da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema milionário de desvio de recursos da saúde pública.

Os números da operação são estarrecedores.  Além dos veículos de luxo, foram apreendidas 17 armas (entre pistolas e rifles), munições em quantidade industrial e R$ 863 mil em dinheiro vivo, este último encontrado em locais ligados a Josivaldo Souza, que se intitula bispo, e Simone Rodrigues Frate de Souza, cunhada do prefeito Rodrigo Manga e irmã da primeira-dama da cidade.

O cerne da investigação gira em torno da Organização Social Aceni, responsável pela gestão de unidades de saúde em Sorocaba.

Segundo a PF, a entidade teria desviado recursos públicos através de contratos fraudulentos, enquanto seus dirigentes viviam uma vida de ostentação incompatível com seus rendimentos declarados.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 20 milhões em bens ligados à organização.

O caso ganha contornos ainda mais graves quando analisamos os envolvidos: além do presidente da Aceni, a operação mirou o gabinete do prefeito Manga, sua residência particular, e a casa de Marco Silva Mott, seu amigo pessoal e suposto "operador" do esquema.

Mott já era investigado por outro escândalo: o superfaturamento de R$ 10 milhões na compra de um prédio para a Secretaria de Educação.

O que mais choca na operação é a crueza dos detalhes.  O dinheiro público, que deveria salvar vidas, estava literalmente empacotado em caixas de papelão, enquanto os suspeitos circulavam em carros que valem mais que o salário anual de dezenas de profissionais de saúde.

Enquanto isso, dois ex-secretários municipais (Vinicius Rodrigues, da Saúde, e Fausto Bossolo, de Governo) aparecem no radar das investigações.  Este último já condenado no caso do prédio superfaturado.

A Operação "Copia e Cola" recebeu este nome por supostamente replicar métodos conhecidos de desvio de verbas. Mas o que ela realmente copia é um roteiro já visto em tantos outros rincões do Brasil: a transformação do dinheiro que deveria garantir saúde, educação e dignidade em objetos de luxo para poucos privilegiados.

Resta saber se, desta vez, o final será diferente ou se será apenas mais um caso que se perderá na lentidão da Justiça e na impunidade que tanto nos assombra.


União e Ação Coletiva para um Novo Papel Global

 

Imagem: Ricardo Stuckert

Em um mundo em transformação, a América Latina e o Caribe precisam se reposicionar como atores estratégicos na cena internacional.

Essa foi a mensagem central do presidente Lula durante a abertura da 9ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, realizada em Tegucigalpa, Honduras.

Lula destacou que a região não pode se limitar a uma postura defensiva diante dos desafios globais. Em vez disso, defendeu uma agenda unificada, baseada em três pilares essenciais.

O primeiro, o fortalecimento da Democracia. A estabilidade política e a garantia de direitos são fundamentais para o desenvolvimento sustentável.

O combate às mudanças climáticas posto que a região, rica em biodiversidade, deve liderar iniciativas ambientais com impacto global.

E por fim, a integração econômica e comercial entre os países latino-americanos e caribenhos que pode impulsionar o crescimento e reduzir dependências externas.

Além disso, o presidente brasileiro propôs uma candidatura conjunta da CELAC para o cargo de secretário-geral da ONU, sugerindo que a região poderia marcar história ao eleger a primeira mulher para a posição.

Com cooperação e visão estratégica, a América Latina e o Caribe têm a oportunidade de fortalecer sua voz no cenário internacional, garantindo não apenas maior influência, mas também melhores condições de vida para seus cidadãos.


quinta-feira, 10 de abril de 2025

Dr. Marcelo - Um farol em nossas vidas.

Em nossa trajetória, poucas pessoas marcam de maneira tão profunda e definitiva as nossas vidas quanto o meu irmão Marcelo Gomes tem marcado a minha e de meus filhos. 

Doutor em Ciências Sociais pela UNICAMP e professor universitário de excelência, Marcelo não é apenas um intelectual brilhante. É, antes de tudo um militante ferrenho e um grande companheiro de vida.

Desde a infância, Marcelo esteve ao meu lado, participando das brincadeiras, celebrando os momentos felizes e enfrentando com coragem e sensibilidade os momentos mais graves que vivemos. 

Seu apoio constante foi, e continua sendo, um dos alicerces mais firmes da minha caminhada, bem como de meus filhos.

Marcelo sempre foi um filho dedicado, honrando nossos pais com seu carinho, sua responsabilidade e sua presença constante embora morando bem longe.

Hoje, é também um pai exemplar, cuja dedicação e amor dedicados à sua filha transbordam e inspiram todos à sua volta. 

Na sala de aula, é, com certeza, um professor admirável, capaz de transmitir conhecimento com paixão e transformar vidas com seu pensamento lúcido e generoso.

O pensamento luminoso de Marcelo tem sido um guia para mim, especialmente no campo da reflexão política, onde sua visão crítica e sua capacidade de análise se tornam faróis num mundo tantas vezes nebuloso. 

Sua influência se estende também às novas gerações. 

A participação dele na vida dos meus filhos, seus sobrinhos, tem sido fundamental e enriquecedora, marcando positivamente a formação de cada um deles.

Em momentos difíceis enfrentados por nós, sua presença se torna ainda mais valiosa oferecendo apoio, conforto e a certeza de que jamais estamos sozinhos.

Marcelo, cujo nome vem do deus romano da guerra (Marte), deriva do latim Marcellus (o pequeno guerreiro).  Talvez por isso carrega em si a força silenciosa dos que lutam não com armas, mas com ideias, ternura e luz. 

Em cada gesto de companheirismo, em cada palavra que ilumina, ele cumpre o destino inscrito em seu nome: ser guerreiro da esperança e da sabedoria.

Este texto é uma pequena homenagem diante da imensidão do que Marcelo representa para mim e para todos nós. 

Que ele aceite nossa gratidão, amor e admiração.

Parabéns, meu irmão.


quarta-feira, 9 de abril de 2025

Responsabilidade e coerência. Juscelino Filho sai a pedido de Lula

 

Imagem: Jornal Pequeno
A decisão de Juscelino Filho de deixar o Ministério das Comunicações após ser formalmente denunciado pela Procuradoria-Geral da República reflete um movimento necessário em tempos de vigilância democrática.

Desde o início do governo, o presidente Lula foi claro: a permanência de ministros denunciados judicialmente não seria compatível com os princípios éticos que norteiam sua gestão.

Juscelino, acusado de envolvimento em desvios de emendas parlamentares, optou por se demitir para se dedicar integralmente à sua defesa, atitude que deve ser vista como respeito do governo ao povo brasileiro.

A saída reforça o compromisso do governo com a responsabilidade pública e com a separação entre o direito de defesa individual e a necessidade de proteger o projeto político coletivo.

Num momento em que a extrema direita tenta desgastar as instituições democráticas com narrativas de corrupção generalizada, é essencial que o governo mantenha a firmeza e a coerência, afastando qualquer sombra de dúvida sobre seu compromisso ético.

O episódio também demonstra maturidade política. Preservar a credibilidade das instituições é, acima de tudo, um ato de respeito à sociedade.


terça-feira, 8 de abril de 2025

O Pregador da Discórdia. Malafaia e o Flerte com o Golpe.

 

Imagem: CNN Brasil
No último domingo, a avenida Paulista presenciou mais um capítulo triste da nossa história recente.

Sob o disfarce de uma manifestação democrática, vimos discursos que flertam abertamente com a ruptura da ordem constitucional.

E entre eles, sob os holofotes de seus próprios delírios, brilhou o pastor Silas Malafaia.

Malafaia, homem astuto e hábil na arte de moldar palavras conforme o vento, atacou generais do Exército brasileiro, chamando-os de "cambadas de frouxos" e "covardes". E por quê? Porque, em sua visão distorcida, os militares deveriam "pressionar" o Supremo Tribunal Federal.

Mas que ironia patética! No mesmo fôlego em que incita a anarquia, tenta se esquivar da responsabilidade, murmurando: "não é golpe, é só para marcar posição".

Ora, vamos falar francamente:

Se você convoca homens armados para pressionar o Judiciário, você não está sugerindo um piquenique nem um passeio cívico. Você está, sem meias palavras, atentando contra a democracia. Isso é golpe.

Não importa se ao final do grito se acrescenta um tímido "ou não". O veneno já foi espalhado.

Silas Malafaia não é tolo. Longe disso. Conhece bem o peso de suas palavras. E é exatamente por isso que sua fala é ainda mais grave. Não é ingenuidade, é cálculo frio.

O Brasil não precisa de mais incendiários disfarçados de pregadores. Não precisamos de messias de araque convocando tanques à porta da justiça.

Precisamos de líderes que defendam a Constituição, não que a cuspam ao chão quando ela atrapalha seus projetos de poder.

A história é impiedosa com aqueles que trocam a esperança pela violência.

E nós, cidadãos atentos, não permitiremos que os gritos dos irresponsáveis calem o som sereno da democracia.

Silas, que fique o recado:

Neste país ferido, mas ainda de pé, golpe nunca mais.


segunda-feira, 7 de abril de 2025

O Futuro Próximo do Trabalho

 

Imagem: Seu Crédito Digital

O rápido avanço da Inteligência Artificial, as chamadas IAs, está transformando o mercado de trabalho, automatizando tarefas e impactando diversas profissões.

Estudos recentes apontam que, até 2030, várias ocupações podem ser significativamente reduzidas ou extintas.​

Essas são as principais profissões em declínio:

·        Funcionários de serviços postais: A digitalização da comunicação diminui a necessidade de serviços tradicionais de correio. ​

·        Caixas bancários e cargos relacionados: Adoção de serviços bancários online e caixas eletrônicos reduz a demanda por atendentes presenciais. ​

·        Operadores de entrada de dados: Softwares avançados de processamento de informações automatizam tarefas antes manuais. ​

·        Caixas de supermercado e bilheteiros: Sistemas de autoatendimento e pagamentos digitais tornam essas funções menos necessárias. ​

·        Assistentes administrativos, recepcionistas e secretárias executivas: Ferramentas de automação de escritório e agendas digitais reduzem a necessidade desses profissionais. ​

·        Trabalhadores de impressão e cargos relacionados: A transição para mídias digitais diminui a demanda por materiais impressos. ​

·        Contadores e auxiliares de contabilidade: Softwares de contabilidade automatizados realizam tarefas tradicionalmente humanas. ​

·        Atendentes e condutores de transporte: Avanços em veículos autônomos e sistemas de transporte automatizados impactam essas funções. ​

·        Assistentes de registro de materiais e controle de estoque: Sistemas automatizados de gestão de inventário reduzem a necessidade de intervenção humana. ​

Profissões em diferentes graus de risco:

·        Advogados: A profissão não vai desaparecer, mas tarefas repetitivas (como revisão de documentos, elaboração de contratos padrões e pesquisas jurídicas) serão feitas por Inteligência Artificial.

·        Corretores de seguros: Plataformas digitais e assistentes de IA já vendem seguros diretamente ao consumidor, eliminando parte da necessidade de um intermediário humano. Para sobreviver, precisam oferecer atendimento personalizado e consultoria em seguros.

·        Atendentes de telemarketing: Já estamos vendo isso: chatbots e sistemas de atendimento automático (muitos com IA) estão substituindo humanos em grande escala. Essa profissão é uma das mais ameaçadas de extinção total.

·        Garçons: Em grandes centros, robôs garçons e sistemas de pedido via app estão ganhando espaço, especialmente em redes de fast food.

·        Entregadores: Drones e veículos autônomos estão sendo testados para entregas, o que pode reduzir a necessidade de entregadores humanos em certos setores.

Estima-se que, globalmente, até 2030, cerca de 92 milhões de empregos serão eliminados devido à automação, representando aproximadamente 8% da força de trabalho atual. ​

Em meio a essas mudanças, é essencial destacar que algumas profissões tradicionalmente humanas, como professores, arquitetos e psicólogos, não correm risco de desaparecer, mas terão de se reinventar.

Professores precisarão atuar mais como mentores e mediadores de conhecimento, utilizando novas tecnologias no ensino.

Arquitetos, embora impactados por softwares inteligentes, continuarão valorizados pela criatividade e personalização dos projetos.

Psicólogos, por sua vez, seguirão essenciais diante da complexidade emocional humana, mesmo com o surgimento de ferramentas digitais de apoio. Mas precisam estabelecer novas formas de atendimento.

Diante desse cenário, é crucial que todos os profissionais busquem requalificação e adaptação às novas demandas do mercado, focando em habilidades que complementem as tecnologias emergentes e em áreas menos suscetíveis à automação.


Estamos acordados?

  Daniel Gouvêa Gomes Estudante 3o Colegial - EE J. F. Miziara Estamos hoje acordados em um vazio que se perpetua por um bem maior.   Esta...