Ato Bolsonarista na Paulista - ICL |
É claro que a liberdade de expressão e manifestação são pilares da democracia. Pilares que, paradoxalmente, muitos desses mesmos atores não hesitaram em atacar quando se calaram ou incentivaram os atos golpistas de 8 de janeiro. Mas é preciso lembrar que ocupar as ruas exige mais do que palavras de ordem. Exige coerência, responsabilidade e, sobretudo, compromisso com a verdade.
O que nos causa perplexidade não é a existência do ato em si, mas a escolha de prioridades de certos representantes eleitos para legislar em favor do povo. Estamos falando de parlamentares que ignoram os desafios reais da cidade, como a crise habitacional, os 234 moradores em situação de rua a cada 100 mil habitantes, o sucateamento da saúde pública e a crescente desigualdade, para fazer coro a um projeto político que, a esta altura, já coleciona derrotas judiciais, escândalos internacionais e um claro distanciamento dos valores republicanos.
Eduardo Bolsonaro, por exemplo, hoje honrado por parte dessa mesma base política local, atua fora do país para atacar instituições brasileiras, sabotar acordos comerciais e deslegitimar nossa democracia em fóruns estrangeiros. Que honra há nisso? Que serviço é prestado ao povo rio-pretense ao defender alguém que, de longe, torce pelo caos aqui?
Além disso, o próprio PL, partido desses parlamentares, tem se atolado em contradições. Se diz defensor da moral, mas acolhe condenados; prega a família, mas propaga o ódio; jura patriotismo, mas cala diante de ataques à soberania nacional. É uma incoerência que precisa ser enfrentada com firmeza e lucidez.
Este artigo não é um ataque é um convite. Um convite à reflexão, à responsabilidade pública e ao reencontro com a ética. Rio Preto merece representantes que olhem para frente, para os bairros esquecidos, para a juventude sem oportunidades, para a cidade real e não para o retrovisor de um projeto que já demonstrou seu fracasso.
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