sábado, 5 de julho de 2025

Justiça fiscal: um passo necessário para corrigir a desigualdade histórica no Brasil

 

Imagem - Estadão
Por muito tempo, o Brasil conviveu com uma distorção gritante. Quem tem menos, paga mais.

O trabalhador que acorda cedo, enfrenta ônibus lotado, paga prestação, compra comida cara no mercado, ainda vê boa parte do salário escoar em impostos.

Enquanto isso, quem detém fortunas bilionárias, investimentos gordos e rendas milionárias, conta com isenções que se arrastam por anos, protegidas por lobbies discretos, mas poderosos.

É justamente essa desigualdade que o governo Lula enfrenta de peito aberto.

Não se trata de aumento de impostos para o povo, como tentam gritar os que sempre lucraram em silêncio. O que está em curso é uma correção de distorções. É justiça tributária. É a coragem de dizer que quem pode mais, deve contribuir mais.

Entre as mudanças propostas, está o fim da isenção para aplicações financeiras de alto valor, aquelas acima de R$ 100 mil em LCI e LCA, por exemplo, que até hoje escapam do Imposto de Renda.

Também está previsto o aumento da tributação sobre empresas de apostas online, as chamadas “bets”, que faturam alto explorando o lazer de milhões, mas recolhem uma fatia irrisória.

Enquanto isso, o trabalhador comum, aquele que faz milagre com o salário mínimo, paga aluguel, prestações, faz reserva na poupança para uma emergência, não será afetado. Pelo contrário. Quem ganha até R$ 5 mil por mês ficará isento do Imposto de Renda, o que deve aliviar o bolso de cerca de 20 milhões de brasileiros. Para quem recebe até R$ 7 mil, haverá desconto progressivo. É dinheiro que volta pra mesa do povo e aquece o comércio local.

E para quem ganha acima de R$ 50 mil mensais, essa minoria que acumula privilégios, o que se pede é uma contribuição justa.  Uma alíquota máxima de 10% de Imposto de Renda para compensar o alívio concedido à base da pirâmide.

Nada mais legítimo num país onde 1% detém 63% de toda a riqueza, enquanto metade da população vive com apenas 2% do patrimônio nacional.

Mesmo assim, há quem espalhe que o governo quer “aumentar imposto do pobre”. Balela. É a velha tática de espalhar medo pra manter os privilégios intocados.

Mas dessa vez, o povo sabe ler as entrelinhas.

O Brasil precisa de um novo pacto. Um ajuste fiscal com justiça social, equilíbrio com inclusão. Cortar do BPC, desvincular salário mínimo da aposentadoria, reduzir verbas de saúde e educação, isso sim é injustiça social, é empurrar o mais fraco para o abismo enquanto se protege o topo.

É hora de cada brasileiro entender que nada muda sem mobilização. Quem lucra com a desigualdade não vai entregar privilégios de bandeja. Só pressão popular faz o Congresso trabalhar por quem mais precisa. E nisso, o governo Lula já mostrou que não foge da briga.

Faz acordo quando é necessário, enfrenta quando é preciso, mas nunca esquece pra quem governa.

Um país mais justo não nasce sozinho.  Depende de todos nós.

Quem pode, contribui. Quem precisa, é protegido.

Isso é justiça fiscal. Isso é Brasil pra todos.


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