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O trabalhador que acorda cedo, enfrenta ônibus
lotado, paga prestação, compra comida cara no mercado, ainda vê boa parte do
salário escoar em impostos.
Enquanto isso, quem detém fortunas bilionárias,
investimentos gordos e rendas milionárias, conta com isenções que se arrastam
por anos, protegidas por lobbies discretos, mas poderosos.
É justamente essa desigualdade que o governo Lula
enfrenta de peito aberto.
Não se trata de aumento de impostos para o povo,
como tentam gritar os que sempre lucraram em silêncio. O que está em curso é
uma correção de distorções. É justiça tributária. É a coragem de dizer
que quem pode mais, deve contribuir mais.
Entre as mudanças propostas, está o fim da isenção
para aplicações financeiras de alto valor, aquelas acima de R$ 100 mil em LCI e
LCA, por exemplo, que até hoje escapam do Imposto de Renda.
Também está previsto o aumento da tributação sobre
empresas de apostas online, as chamadas “bets”, que faturam alto explorando o
lazer de milhões, mas recolhem uma fatia irrisória.
Enquanto isso, o trabalhador comum, aquele que faz
milagre com o salário mínimo, paga aluguel, prestações, faz reserva na poupança
para uma emergência, não será afetado. Pelo contrário. Quem ganha até R$
5 mil por mês ficará isento do Imposto de Renda, o que deve aliviar o bolso de
cerca de 20 milhões de brasileiros. Para quem recebe até R$ 7 mil, haverá
desconto progressivo. É dinheiro que volta pra mesa do povo e aquece o comércio
local.
E para quem ganha acima de R$ 50 mil mensais, essa
minoria que acumula privilégios, o que se pede é uma contribuição justa. Uma alíquota máxima de 10% de Imposto de
Renda para compensar o alívio concedido à base da pirâmide.
Nada mais legítimo num país onde 1% detém 63% de
toda a riqueza, enquanto metade da população vive com apenas 2% do patrimônio
nacional.
Mesmo assim, há quem espalhe que o governo quer
“aumentar imposto do pobre”. Balela. É a velha tática de espalhar medo pra
manter os privilégios intocados.
Mas dessa vez, o povo sabe ler as entrelinhas.
O Brasil precisa de um novo pacto. Um ajuste
fiscal com justiça social, equilíbrio com inclusão. Cortar do BPC,
desvincular salário mínimo da aposentadoria, reduzir verbas de saúde e educação,
isso sim é injustiça social, é empurrar o mais fraco para o abismo enquanto se
protege o topo.
É hora de cada brasileiro entender que nada muda
sem mobilização. Quem lucra com a desigualdade não vai entregar privilégios de
bandeja. Só pressão popular faz o Congresso trabalhar por quem mais precisa. E
nisso, o governo Lula já mostrou que não foge da briga.
Faz acordo quando é necessário, enfrenta quando é
preciso, mas nunca esquece pra quem governa.
Um país mais justo não nasce sozinho. Depende de todos nós.
Quem pode, contribui. Quem precisa, é protegido.
Isso é justiça fiscal. Isso é Brasil
pra todos.
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