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O Supremo Tribunal Federal determinou
medidas restritivas. Bolsonaro não poderá acessar redes sociais, não pode sair
de casa entre 19h e 7h, não pode se aproximar de embaixadas, nem manter contato
com diplomatas ou outros investigados, inclusive o próprio filho Eduardo
Bolsonaro.
A operação, que cumpre mandados de
busca e apreensão em endereços do ex-presidente e do Partido Liberal, é mais um
capítulo na longa crônica de crimes que Bolsonaro acumulou enquanto zombava das
instituições, incitava golpe e minava a democracia por dentro.
Por muito tempo, sustentou-se numa
aura de impunidade, em proteção de militares cúmplices e num populismo que
explorava a boa-fé de milhões de brasileiros. Agora, o cerco fecha e fecha
tarde.
Não se trata apenas de restrições
físicas, mas de restrições simbólicas. Silenciar
Bolsonaro nas redes é silenciar a fábrica de mentiras que alimentou a violência
política e o caos institucional que desembocou no 8 de janeiro.
Ao mesmo tempo, mantê-lo sob
monitoramento eletrônico é uma mensagem clara de que nenhum poder pessoal, por
maior que se julgue, está acima da lei.
A decisão do STF veio poucos dias
depois de Donald Trump ameaçar o Brasil com tarifas de 50% sobre produtos
brasileiros, num aceno claro de apoio ao bolsonarismo em crise. Coincidência ou
não, a Justiça brasileira deu sua resposta: a soberania popular é maior do que
qualquer conluio entre golpistas daqui e de fora.
Agora, Bolsonaro vai provar de um
pouco do medo que espalhou em quem resistiu: medo de ser perseguido, calado e
isolado.
Que a cena de pavor no seu rosto
acovardado sirva de lembrete: o Estado Democrático de Direito pode tardar, mas
chega.
Golpe não se esquece, não se perdoa,
se pune. E, se depender da vigilância de quem não arreda o pé da luta, a
história cobrará cada ato de traição à democracia.
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