sexta-feira, 18 de julho de 2025

Bolsonaro, tornozeleira e silêncio forçado: a Justiça que chega.

 

Imagem - G1
Na manhã desta sexta-feira, o Brasil acordou com uma imagem simbólica: Jair Bolsonaro, ex-presidente, alvo de mais uma operação da Polícia Federal, agora passará a ostentar uma tornozeleira eletrônica, marca de quem, enfim, responde por suas escolhas.

O Supremo Tribunal Federal determinou medidas restritivas. Bolsonaro não poderá acessar redes sociais, não pode sair de casa entre 19h e 7h, não pode se aproximar de embaixadas, nem manter contato com diplomatas ou outros investigados, inclusive o próprio filho Eduardo Bolsonaro.

A operação, que cumpre mandados de busca e apreensão em endereços do ex-presidente e do Partido Liberal, é mais um capítulo na longa crônica de crimes que Bolsonaro acumulou enquanto zombava das instituições, incitava golpe e minava a democracia por dentro.

Por muito tempo, sustentou-se numa aura de impunidade, em proteção de militares cúmplices e num populismo que explorava a boa-fé de milhões de brasileiros. Agora, o cerco fecha e fecha tarde.

Não se trata apenas de restrições físicas, mas de restrições simbólicas.  Silenciar Bolsonaro nas redes é silenciar a fábrica de mentiras que alimentou a violência política e o caos institucional que desembocou no 8 de janeiro.

Ao mesmo tempo, mantê-lo sob monitoramento eletrônico é uma mensagem clara de que nenhum poder pessoal, por maior que se julgue, está acima da lei.

A decisão do STF veio poucos dias depois de Donald Trump ameaçar o Brasil com tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, num aceno claro de apoio ao bolsonarismo em crise. Coincidência ou não, a Justiça brasileira deu sua resposta: a soberania popular é maior do que qualquer conluio entre golpistas daqui e de fora.

Agora, Bolsonaro vai provar de um pouco do medo que espalhou em quem resistiu: medo de ser perseguido, calado e isolado.

Que a cena de pavor no seu rosto acovardado sirva de lembrete: o Estado Democrático de Direito pode tardar, mas chega.

Golpe não se esquece, não se perdoa, se pune. E, se depender da vigilância de quem não arreda o pé da luta, a história cobrará cada ato de traição à democracia.


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