O Brasil de Lula |
No último sábado, o Estadão voltou ao velho hábito
de confundir ficção com análise política. Em mais um editorial recheado de
distorções, acusou o governo Lula de ser “fiscalmente insustentável e
economicamente estagnante”. Nada mais distante da realidade. O Brasil que emerge
dos números, dos empregos, da renda, da comida de volta à mesa, está a anos-luz
da caricatura vendida pelo jornalão (porta voz de sabe-se lá quem).
A resposta mais categórica veio da ministra da
Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Responsabilizar Lula pela ascensão de Jair
Bolsonaro é “ultrapassar todos os limites da política, da história e até do bom
senso”. O que pariu Bolsonaro foi a perseguição judicial que prendeu Lula de
forma ilegal em 2018, com o apoio de toda a grande mídia, incluindo o Estadão,
impedindo sua candidatura quando liderava todas as pesquisas. Este é o fato que
o jornal tenta apagar da memória nacional.
Comecemos pelos números que o Estadão finge não
ver. O déficit primário, que em 2023 chegou a 2,12% do PIB, despencou para
0,09% em 2024, praticamente no equilíbrio fiscal, a maior redução em duas
décadas. O novo arcabouço fiscal substituiu o fracassado teto de gastos e
trouxe previsibilidade à economia.
O PIB cresceu 3,2% em 2023 e 3,4% em 2024,
desempenho superior ao da média mundial e ao registrado pelas principais
economias avançadas. No primeiro trimestre de 2025, o Brasil teve a quinta
maior alta do planeta. Foram 1,4% em relação ao trimestre anterior e 2,9% na
comparação anual.
No mercado de trabalho, são mais de 3 milhões de
vagas formais criadas em pouco mais de dois anos, levando o desemprego a 5,8%,
o menor da série histórica. O rendimento médio do trabalhador alcançou R$
3.477, e o salário mínimo voltou a ter ganho real, acima da inflação.
No plano social, um símbolo basta. O Brasil saiu novamente do Mapa da Fome da
ONU, após seis anos de retrocessos nos governos Temer e Bolsonaro. O Bolsa
Família fortalecido, a agricultura familiar apoiada e a retomada das políticas
de segurança alimentar devolveram dignidade a milhões de brasileiros.
De forma irônica, o Estadão abre seu editorial
citando o governador paulista Tarcísio de Freitas, que declarou que “o Brasil
não aguenta mais Lula e o PT”. O jornal, no entanto, omite o escândalo
bilionário de corrupção na Secretaria da Fazenda paulista, que pode ter
movimentado até R$ 1 bilhão em propinas. A operação envolve auditores fiscais e
empresas beneficiadas como a Ultrafarma, cujo dono foi preso.
Enquanto isso, Tarcísio mantém silêncio
constrangedor, evita entrevistas e prefere encontros com empresários. O
governador que prometeu moralizar a máquina pública precisa agora explicar por
que seu “radar anticorrupção” falhou tão miseravelmente. Mas a grande imprensa
prefere a conveniência do silêncio.
A verdade é que os jornalões buscam
desesperadamente um candidato presidencial para chamar de seu. Tarcísio, porém,
não tem a confiança plena da direita, ainda mais desgastado por sua proximidade
com Bolsonaro e sua submissão ao tarifaço de Trump, que prejudica exportadores
paulistas. Diante disso, resta ao Estadão fabricar narrativas contra Lula.
O editorial delirante do Estadão é apenas mais um
capítulo da campanha permanente contra Lula e o PT. Mas o Brasil de hoje
simplesmente não cabe nessa narrativa. Déficit em queda, PIB em alta, empregos
e renda em crescimento, fome em recuo.
Enquanto o jornal insiste em ataques sem lastro, a
população sente os efeitos concretos do governo. Este é o Brasil real avançando
com estabilidade econômica, progresso social e esperança renovada.
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