domingo, 28 de dezembro de 2014

Eu queria consultar algum profissional de psicologia, ou área afim, para falar de forma muito séria sobre as perspectivas de Ano Novo.
Sim, pois fico pensando o que o dia 1º de janeiro tem de diferente com relação ao dia 31 de dezembro.  O que muda, realmente, com os relógios virando seus ponteiros?
Não seriam todos os dias semelhantes e portadores das mesmas oportunidades de mudanças ou acontecimentos que esperamos de um "dia de ano"?
Acontece que já vi, em algum lugar, que uma boa quantidade de pessoas pensando e desejando, ao mesmo tempo, que algo aconteça, acaba por criar as condições objetivas para tal.
Não pela força de seu pensamento, mas porque, pelo próprio pensamento carregar consigo a predisposição de alterar comportamentos, estar mais abertos a conselhos e enxergar de forma diferente alguns acontecimentos, realmente algo acontece.
Sendo isso verdade, os votos de paz, fraternidade, justiça, amor, realizações, sucessos e outros tantos, podem de forma análoga, se concretizarem.  Mas e aí?  Será verdade?
Estamos batendo às portas de mais um período de 365 novos dias.  Não sabemos, de maneira alguma, o que vai acontecer aqui ou ali.  O que precisamos, contudo é fazer a nossa parte para garantir o melhor daquilo que depende de nós mesmos.
O novo período, batizado 2015, promete.
No mundo político, o governo se redesenha.  Particularmente, não gostei muito do esboço que se apresentou até o momento.  Mas não será isso tudo uma estratégia para começar governando e alterar roteiros daqui há pouco?  Fico fantasiando isso para poder justificar minha convicção de que fiz uma boa escolha ao votar novamente em Dilma.
No mundo dos negócios, há que se ter muita garra.  O ano traz consigo um primeiro semestre perturbador na economia.  Em toda parte se lê e se ouve que as coisas começam a demonstrar diferenças.  Aparentemente, este foi o Natal, do ponto de vista comercial, mais fraco dos últimos 11 anos e ainda nos caberá pagar algumas contas relativas a crise de vizinhos ao norte.  Mas não prego o desânimo.  Em situações extremas, pelo menos no que tange aos setores em que atuo, só vejo grandes oportunidades.
No mundo espiritual, ocorre uma revolução na Igreja Católica.  O Papa Francisco tem se revelado um homem muito a frente de seu tempo.  Corajoso e cristão no verdadeiro sentido da palavra, altera posições ultrapassadas, chama a atenção de seus cardeais em público, pede desculpas pelos atos cometidos pelo Vaticano e seus componentes e de quebra, se abre à ciência.
E por aí vai.
Individualmente, a maioria de nós também promete mudanças.  Seja nos hábitos alimentares, seja no fato de buscar mais progresso cultural, espiritual, financeiro etc.
Eu mesmo faço isso todo início de ano... Me comprometo a ler mais, a participar mais da vida escolar de meus filhos, ir mais ao teatro e cinema,  fazer uma viagem para um lugar desconhecido, namorar mais com minha mulher, estar mais com meus pais e irmão, orar mais e fazer exercícios.  Quase sempre consigo levar tudo à cabo até meados de março, quando então as coisas começam a voltar ao normal.
E você?  Tem seus compromissos de Ano Novo?




sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

"De pé, oh vítimas da fome..." - Trecho do hino A Internacional

Não sei se posso ajudar, mas queria meter meu “bedelho” numa discussão que estou assistindo no facebook sobre comunismo, socialismo, capitalismo etc.
Como sempre acontece, as pessoas têm o hábito de usar como exemplos  falhos do comunismo, ou socialismo, países como Cuba, a extinta União Soviética, a China ou a Coréia do Norte.
Antes de tudo eu gostaria de comentar um pouco sobre os autores das ideias que fizeram boa parte da população mundial, lutarem pela distribuição das riquezas, pela justiça social e outros avanços, nas várias revoluções socialistas que tiveram lugar na história.
Marx e Engels com O Capital fizeram uma avaliação detalhada da sociedade capitalista, redundando numa nova visão de mundo baseada na luta de classes. 
O Manifesto Comunista, que serve de fonte para todos os partidos que se dizem de esquerda, reúne o que seriam os fundamentos de uma luta pelo fim da opressão de uns sobre outros, tendo por opressores os proprietários dos meios de produção e que empregam o trabalhador assalariado e por oprimidos os que não tendo meios próprios de produção, vendem sua força de trabalho em troca de um mínimo para tocarem suas vidas.
Em outras palavras, buscam os comunistas, constituírem uma classe trabalhadora (proletária) que tenha direito a conquistar o poder político e por consequência, democratizar os meios de produção.
Só por isso, fica claro que não existiu neste mundo, até o presente momento, nenhuma experiência verdadeiramente comunista.
Mas ainda tem mais.  Para a obtenção deste objetivo principal é necessária a derrubada de todos os limitadores do livre pensamento, quais sejam os dogmas, as verdades eternas, a dominação midiática e tudo o mais que impede a formação e ampliação da consciência desta classe trabalhadora.  Coisas que não ocorreram em nenhum lugar da Terra.
Sobre socialismo, visto como uma etapa anterior ao comunismo, penso que ninguém conceitua melhor que o escritor Oscar Wilde: “A vantagem principal da consolidação do Socialismo está, sem dúvida, no fato de que ele poderia nos livrar dessa imposição sórdida de viver para outrem”.
Ao buscar o fim da propriedade privada, não só os latifúndios ou fábricas passariam ao controle do Estado, mas diversas instituições controladoras perderiam um pouco sua “razão de ser”.
Sendo assim, não dá pra pressupormos que o socialismo chegue naturalmente.  Provocador e promotor de rupturas, o socialismo precisa ser construído.
Desde que o Capitalismo passou a vigorar, foram muitas as tentativas de revoluções socialistas, todas elas caracterizadas pelas condições objetivas de onde estavam centradas.  
Contudo é impossível se conceber, de maneira correta, a Revolução Socialista, se ela não for precedida de uma população organizada com clareza e conhecimento para determinar os rumos políticos desta sociedade.
Mais uma vez me forço a dizer que também não conhecemos neste mundo nenhuma experiência real de socialismo.
O que nos cabe perguntar é: Por que a sociedade tem tanto medo de socialismo ou comunismo, se é composta, por sua maioria de pessoas que seriam beneficiadas?
A resposta não é difícil. 
Em todo o mundo, há um número muito limitado, de cerca de 1% da população mundial que dominga e detém 80% das grandes riquezas (capital, meios de produção etc.).
Fortes e poderosos, eles não desejam nunca perder este poder e esta força.  Assim, cercam-se de todos os mecanismos que podem para evitar qualquer ameaça ao seu “lote” do “bolo mundial”.  Não tem pátria, não tem raça e não tem religião.  São apenas os "dominadores" que usam pátria, raça, religião e outras diferenças, para exercerem seu domínio absurdo e inaceitável.
Criam uma casta de “nobres”.  Mas bem inferior.  Ricos que os paparicam e sonham em ser como eles. Vivem de suas migalhas.  Vice-poderosos que ajudam a distrair as “hordas” em caso de algo dar errado, levando a culpa.  Na sequencia, constituem governos que criam, julgam e executam leis que os mantém protegidos e com “direitos” garantidos.
Logo na “camada” seguinte, vem a força policial, sempre consciente ou inconsciente, defensora dos postulados mantenedores do “status quo”.
Religião é outro marco.  População dócil, carente de salvação e misericórdia, não incomoda... não atrapalha e não se vinga à espera da justiça eterna que virá algum dia.
O controle da educação é outra grande estratégia.  Ao manipular os meios de comunicação, afastam o poder de pensamento e análise de todos, enquanto os distrai com jogos, entretenimentos vazios, numa versão estratosférica de “pão e circo” dos antigos romanos.
A classe média, confusa e sonhadora, tem sua consciência trabalhada pelas castas acima. Contribui muito para isso a imprensa, que a classe média consulta a todo momento nos telejornais e jornais impressos (inclusive revistas) promotores, quase 100%, de inverdades, da incerteza e do medo.  O jornalismo já foi chamado de “o quarto poder”, mas hoje há quem o enquadre como “o primeiro”.
Diante desta “cascata” de proteção aos pouquíssimos poderosos e da contra-propaganda  permanente contra o comunismo e o socialismo, que inclusive ridiculariza e empobrece quem pratica parte de seus postulados, como fazer as pessoas compreenderem os benefícios e vantagens desta visão avançada?
Nesta época de “internet” e de boa comunicação podemos nos livrar um pouco das amarras acima.  Mas não o faremos se ficarmos olhando de longe.  Escrever, debater e se envolver no processo político é uma das armas a utilizarmos.
Há algum tempo, bastava a “eles” combaterem os políticos de esquerda pelas ideias baseadas em Marx e Engels.  Agora, apelam para a destruição definitiva de toda a classe política para garantir.  Fazem a sociedade crer que o mundo será melhor se ficar livre dos políticos, afastando assim do exercício da política todos os que se acreditam “de bem”, deixando espaço para os que não se importam em participar da súcia em que se tornaram os partidos e as instâncias de poder.
Os gregos afirmavam que a política está no centro da construção da sociedade.  Assim sendo, se quisermos humanizar a sociedade, não podemos excluir a atividade política. 

A questão é que, a atividade política precisa se respaldar na orientação e consciência de classe daqueles que estão, completamente fora do processo de poder estabelecido, ou seja, os trabalhadores (proletários) que vivem na ponta mais baixa e esmagada da pirâmide que citei acima.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Saindo do Fundo do Poço

Uma das coisas que mais me trouxe orgulho foi a publicação, pela Editora Paulinas, de meu modesto trabalho "Saindo do Fundo do Poço", em meados de 1999.
Como eu costumo chamar, um bate-papo sobre o mau humor, o desânimo e quem sabe, sobre a preguiça.
Ao longo da minha vida, tive uns episódios que nunca soube muito bem explicar.
Com o passar do tempo, algumas reportagens e conversas, acabaram por me mostrar que aquilo era mais normal do que eu pensava.  Tratavam-se de pequenos sintomas de "depressão".
Hoje muito em voga, o termo em minha adolescência era ainda meio desconhecido e para os pais de todo mundo, recebia o nome de "frescurite".
Frescurite era o medo de ficar sozinho, mas também o fato de se sentir sozinho no meio de muita gente.  Era o desânimo em fazer as coisas, mas a vontade de ve-las feitas. Eu mesmo pensei e não foram poucas vezes... "Devo estar com poucos problemas, então os crio".
Mas era também tristeza sem motivos e medo de tudo sem motivos.  Horror descontrolado e falta de confiança em si mesmo.  Achar que, em qualquer momento, aqueles a quem mais amamos não estarão mais por perto e inclusive pensar que a própria vida está por um fio, sem que estejamos doentes, sem nada.
Não era só eu.  Diversos amigos se confessaram com o problema.  Uma querida amiga, aos 16 anos, talvez por isso, se suicidou de forma inacreditável (era muito sorridente, simpática e rodeada de amigos).  Fomos todos jogados frente ao espelho.  Precisavámos falar a respeito e com gente que sabia do que se tratava.
Os anos 80, não eram ainda muito abertos para papos descontraídos com os pais.  Muitos não falavam com os seus sobre sentimentos e coisas assim.  E embora meus pais sempre foram muito carinhosos e presentes, conversar com os amigos parecia ser mais prático.
Enquanto eu ficava nessa, minha mãe tinha altos ataques de depressão, coisa que só depois vim saber. E também meu irmão mais novo, que enfrentava em silêncio.  Tudo teria ficado tão mais simples se tivéssemos falado sobre.
No meu caso, no entanto, precisou que a coisa começasse a ficar feia pro meu lado, para que eu fosse realmente atrás de alguma informação mais precisa.
Certa feita, dirigindo em uma avenida movimentada da cidade, detive-me no semáforo.  Tudo bem até então.  Mas quando o sinal abriu, descobri que não sabia mais dirigir. Na verdade estava em pânico. Não avancei e acabei causando um pequeno transtorno no trânsito.  Mas com um pouco de calma, consegui estacionar o carro até a calçada, descer em uma lanchonete, ligar para o meu pai (na época ainda não havia celular) e me acalmar para poder voltar para casa.
Na igreja, talvez, o episódio mais engraçado (se não fosse trágico).  Achei que, em meio ao culto, gritaria para todos que eu estava com o "demônio" no corpo.  Com medo de transparecer e sabendo que não devia realizar nem um movimento brusco, fui caminhando aos poucos e de costas, até sair do templo.  Ufa!
O medo irracional de achar que vou pular de prédios, pontes e qualquer outro precipício, me acompanha até hoje.  Quase sempre durmo longe de janelas nos hotéis e não muito tempo atrás, tive que ligar para minha mulher enquanto atravessava um viaduto a pé.
Sim, penso em todo instante naqueles que vou enterrar.  Penso também nos perigos que rondam minha casa, meus filhos e a mim próprio.  Penso também nas doenças agressivas e quase mensalmente tenho falta de ar, aumento inexplicado de pressão e a certeza de que "não vou passar daquela noite".
Mas tudo se acalma em seguida.
Por coisas como estas, vividas desde os meus 14 anos, fui prestando a atenção nas pessoas.  E quando falava com elas, via que tudo era muito igual.
"Quando vai anoitecendo, eu rezo para chegar visitas.  Odeio ficar em casa só com meus pais".  - dizia um amigo.
"Odeio estudar, odeio trabalhar, odeio ficar em casa, odeio ir ao cinema..." - destampava outra amiga.
Passamos então a fazer uma espécie de "círculo" e em breve, todo mundo chorava seus problemas... alguns de verdade e outros, apenas dramas sem sentido (estes sim, os deprimidos de verdade).
Fui juntando os cacos, pensamentos e de repente eu tinha uma pequena palestra para falar no grupo de jovens da Igreja, que evoluiu para outros cenários e que evoluiu para uma tentativa solo de fazer palestras.
De tanto revirar o assunto, consegui um folheto que fora distribuído no metrô de Nova York com a seguinte manchete em letras garrafais: "DEPRESSÃO MATA.  LIVRE-SE OU FALE SOBRE ELA".
Dali pra frente entendi que devia conhecer melhor esta "bandida".
Vendo minha mãe e meu irmão, além de outras pessoas conversarem nos domingos em família ou rodas de amigos, sobre seus sofrimentos, encontrei uma diferença entre eles e eu.
Por algum motivo, eu conseguia me recuperar no dia seguinte, em instantes ou de algum modo.  Com eles, os episódios pareciam durar semanas, meses, anos... (Para entender melhor vide observar entrevista recente do Padre Marcelo Rossi sobre o assunto que o deixou bastante debilitado).
Quem sabe, aquilo que eu fazia, pensava ou lia, eram as ações que me ajudavam a superar?
Comecei uma série de apontamentos que foi parar nas mãos de um grande amigo.  O padre e parapsicólogo Miguel Lucas (já falecido).  "Por que não faz um livro?  Tenho amigos na Paulinas e vou lhe dar o contato." - incentivou-me.
Tentei uma última palestra por conta própria em um hotel da cidade, ajudado por uma prima, que a organizou.  Não foi um "bum" de sucesso, mas alguém da Paulinas na cidade a ouviu e quando falei sobre a dica do padre, também me recomendou escrever.
Em pouco tempo, havia mandado um manuscrito que virou este pequeno livro.
A Paulinas o levou para a Feira de Livros de Frankfurt e hoje ele se encontra na sua 5a edição.   Não sei exatamente quantos foram vendidos e já perdi as contas dos tantos e-mails e cartas que recebi de leitores que se disseram ajudados.
Também recebi convites para palestras e mesmo para visitar pessoas.  Acompanhei alguns relatos bastante chocantes, para confessar.
Sei que não é nada de muito especial, não sou douto no assunto e nem especialista em psicologia ou comportamento humano.  Mas dentro de minha vaidade, não posso deixar de falar com orgulho que minhas palavras, acabaram por fazer algum efeito aqui ou ali.
O livro também acabou valendo algumas matérias de jornal local ou mesmo de outras cidades, onde fui palestrar e lançar o "Saindo do Fundo do Poço".  Em uma delas falei num ginásio de esportes lotado.  Minha mulher me acompanhou.
A reportagem que anexei a este texto, foi uma entrevista que concedi à Rede Vida de Televisão em 1999, logo após o lançamento.  Não estava muito preparado para ela, e não a tenho inteira.  Mas sei que me trouxe a felicidade de uma carta que, embora não tenha mais, não será esquecida.
Uma moça do Estado da Bahia, que logo após a entrevista, comprou o livro e me enviou algo como:  "Obrigada Carlos... Talvez a partir desta leitura, eu tenha condições de enfrentar por mais alguns meses a vida, da qual já desistira".  Ela contava de como estava perturbada e como pensava, diariamente em dar fim aos seus dias.
Durante um bom tempo aquela pessoa esteve em minhas orações.  Espero sinceramente que tenha superado.
Quanto a mim... Bem, ainda amarro as janelas quando fico em torres altas.  Ainda vou dormir, algumas noites, sem saber se vou acordar... Uma neurose... Mas minha vida tem sentido e todos os dias eu não deixo de declarar o quanto sou feliz.


domingo, 30 de novembro de 2014

Encontro de Ufologia em Foz do Iguaçu - PR reuniu palestrantes de várias partes do mundo na sua terceira edição.

Na última quinta-feira, 27 de novembro, viajei praticamente 900 km até a cidade paranaense de Foz do Iguaçu.
O que me moveu até lá, além de um enorme prazer por me encontrar com pessoas ligadas a mim, foi o evento denominado III UFOZ 2014 – VI Fórum Mundial de Ufologia, organizado e coordenado pelo editor da Revista UFO A.J. Gevaerd.
Como sou quem sou e como sou, escrevo sobre algo para satisfazer duas necessidades: Satisfazer a vaidade pessoal (vontade reprimida de ter feito jornalismo no passado) e deixar minha opinião sobre algo. Sou daqueles que gostam de “declarar o voto”.
Minha curiosidade sobre o assunto UFOs, já me acompanha desde a infância.
Me lembro bem, por exemplo, quando próximo a 1983, tomei conhecimento dos relatos de um vigia de uma indústria desativada, próxima ao município vizinho de Mirassol, que fora vítima de uma abdução, termo diferente pra mim, então e que chamou minha atenção.
Logo a seguir, fui tocado também por uma matéria no jornal, para o qual eu desenhava uma “tirinha de humor” sobre a proximidade do planeta Herculobus da Terra e suas consequências.  A mesma foi por mim recortada e arquivada.  Possuo este recorte até os dias atuais.
Não demorou e logo outra notícia me uniria ao tema. Eu e amiguinhos avistamos uma estranha luz no céu em pleno dia e conseguimos, por meio de telefonemas, fazer com que uma matéria fosse estampada nos jornais do dia seguinte, trazendo a foto do objeto e a informação de que se tratava de um balão meteorológico.  Outro recorte que detenho até hoje num arquivo particular.
Pouco tempo antes de tudo isso, o filme Guerra nas Estrelas de George Lucas, já havia aberto as mentes de minha geração para a vida inteligente em outros planetas.  Isso, se desconsiderarmos os milhares de eventos relatados e produções cinematográficas das décadas anteriores.
A infância passou e o assunto, colocado em repouso por mim.
Pouco tempo atrás, contudo, em conversa com alguém de minha total confiança, até devido a sua condição acadêmica, fui levado de volta à curiosidade, que se tornou com o passar do tempo, um estudo sério.
Pronto.  Por conta deste estudo sério, inscrevi-me no Fórum.
Sou um empresário tranquilo, à medida que meus negócios caminham bem.  E não me considero irresponsável.  Assim, sair da empresa por dois dias e deixar a família pelo mesmo tempo, não deixa de ser prova de que encarei isso com bastante seriedade.
Meus estudos autodidatas ocupam os momentos livres de meu tempo.  Geralmente a noite, ou finais de semana.  Meus filhos e mulher aceitam este meu “hobby” com grande respeito e carinho.  Geralmente o partilho com todos.  Não há por que envergonhar-me de algo, do qual sou convicto, ainda que teoricamente.
Bem, mas o que me levou tão longe?  Gastar com passagem e tudo o mais?
Foi a esperança de encontrar uma discussão sensata, inteligente, não dogmática e sobretudo crítica, que separasse o joio do trigo nesta questão tão polêmica e tão cheia de “lados”.
No geral, o encontro foi muito bom.  Pessoas qualificadas mantiveram o grau “científico”.  Sobretudo no último dia.
Mas não posso deixar de fazer severas críticas às presenças de alguns palestrantes e bons vendedores de livros que “arrastaram” o assunto para o campo da espiritualidade, demonstrando clara desinformação tanto de ufologia, quanto de kardecismo.  Em que pese aceitar isso ou aquilo, sou bem eclético, “cada qual no seu quadrado”.  Misturar Coronéis, Doutores e Mestres de universidades do Brasil e de outras partes do mundo com “doutrinadores” religiosos foi um erro.
Também não posso descartar um certo grau de imposição de “verdades” aos ouvintes, promovida por pessoas de questionável saber, que acabam por levantar os ânimos dos sequiosos do “fantástico”, que acabaram ovacionando de forma desproporcional a estes, com relação a palestrantes muito bons.
Elogio o organizador.  Talvez pela sua prática democrática, ou mesmo empreendedorismo, já que também é um empresário, soube mesclar muito bem o show e a transmissão de informações.
Continuarei o respeitando como símbolo vivo da ufologia brasileira.  Dá até pra dizer que carrega o estandarte do assunto de forma guerreira.
Gevaerd é respeitado no meio e não deixaria de sê-lo por ser gente como nós, vítima às vezes, da necessidade de manter o encontro aberto para as variadas correntes e garantir-lhe a sobrevivência.
Mas quero sobretudo saudar os palestrantes questionadores, os que apresentaram documentos, provas físicas que vão além do que eu possa achar sozinho na internet (vasto campo de pesquisas) e que deram justificativa ao III UFOZ.
Montada com uma riqueza de figuras internacionais, a programação foi interessante na sua maioria, mas só se esqueceu de abrir para perguntas e questionamentos, frustrando um pouco a mim e a alguns que se sentaram próximos e que deixaram escapar, vez ou outra, algum lamento neste quesito.
Por fim, cumprimento-os.  Espero inclusive estar no próximo.  Mas o excesso de assuntos paralelos e voltados muito mais à religiosidade do que à busca por esclarecimentos, precisa dar lugar a fatos concretos e objetivos.

Esta é minha opinião.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Dúvidas no trabalho de casa



Reino Unido
Meu filho acabou de me fazer um questionamento e ao respondê-lo eu pensei que muita gente pode ter esta mesma dúvida.
Está claro que muitas perguntas podem ser respondidas pelo Google e mesmo por outros sites, como Wikipedia além de excelentes enciclopédias.
No entanto, não custa falar por aqui, até porque é um assunto que sempre me intrigou.
Quem sabe, se eu estiver errado, possa ser corrigido por alguém que tenha informações ainda mais precisas?  Eu adoraria.
Vamos lá.
"Pai, qual a diferença entre Reino Unido e Grã Bretanha?"
Pois bem.  O Reino Unido possui a grande ilha da Grã Bretanha onde estão Inglaterra, País de Gales e Escócia, mas também inclui a Irlanda do Norte.  Já a Grã Bretanha é apenas a grande ilha onde estão os três países, ou seja, o Reino Unido com exceção da Irlanda do Norte.
"Mas pai, Canadá e Austrália também não tem a Rainha da Inglaterra como sua soberana?"
Moeda Canadense
Austrália e Canadá pertencem ao grupo denominado Commonwealth, que é uma comunidade de nações composta, em sua maioria, por ex-colônias inglesas.
Particularmente Austrália e Canadá pertencem ao Reinado da Commonwealth, nações que dividem um Chefe de Estado comum, no caso, sua majestade a rainha Elizabeth II da Inglaterra.
Isto não quer dizer que sejam dependentes da Inglaterra, pois possuem seu próprio primeiro-ministro e um governador geral escolhido entre os cidadãos, mas que deve sim ser homologado pela rainha.
Paises do Commonwealth
Além da Austrália e Canadá, outros 51 países fazem parte da comunidade, dentre eles a Jamaica, as Bahamas e a Nova Zelândia.
Não me pergunte, porém, que vantagem "maria leva" nesta história, mas o caso é que isso me deu muita curiosidade agora.  Prometo que vou pesquisar e informo mais depois.
Penso que ele saiu satisfeito da conversa, mas como eu deve também ter muitas interrogações em sua mente.


sábado, 22 de novembro de 2014

Os reis do franchising

Não é raro ver colegas franqueadores, em entrevistas as mais diversas, ostentarem seus lucros, suas conquistas e seu sucesso empresarial.
Já vi isso em rádio, televisão, revistas, jornais e até portais na internet.
Muitas vezes, inclusive, confundindo o leitor, ou ouvinte, no que concerne aos resultados práticos (faturamento) da rede, com o que ele, franqueador, realmente ganhou.
Penso que isso seja para mostrar uma certa saúde de seu negócio a fim de deixar claro aos seus investidores que estão num time vencedor.
Mas não contam com os perigos possíveis?
Atrair a atenção de cobiçadores, criminosos ou mesmo agentes do fisco que podem acabar acreditando qualquer hora destas, não é algo que me excita.
Nesta mesma direção, há aqueles que, além de mostrarem seus carros e outros bens de valor, enumeram uma quantidade imensamente superior de unidades franqueadas vendidas, quando na verdade o total é bem menor.  Seja por não ter vendido tanto, seja por ter perdido algumas ao longo do caminho.
Esta minha indignação não é nenhum sinal de inveja ou mera crítica ao concorrente, pois muitos nem o são.  Escrevo este texto com o simples objetivo de querer enxergar um Mercado real e não ilusório.  Isso é importante para aquele que irá negociar uma franquia das minhas, por exemplo, mas também o é para mim que necessito elaborar boas estratégias de negócio.
Só que alem de atrapalhar estes meus propósitos, este tipo de postura não transmite uma boa notícia aos franqueados, sendo estes aqueles que já investiram e estão trabalhando, tocando seus negócios.
Muitas vezes, lutando com certa dificuldade, estes não conseguem ver um nexo entre a riqueza do franqueador e a sua.  Desmotivante, esta atitude pode passar um recado perverso, qual seja o de quem ganha, numa negociação destas, só é o franqueador.
Como sei que isso não é verdade, pois tenho meus franqueados acompanhados de perto, nas suas duas redes e sei como estão produzindo ou levando suas unidades, luto pelo "franchising" mais ético e portanto mais transparente.



quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Perguntas sem respostas

Alguém poderia afirmar, sem medo, que Darwin não foi influenciado em nada na sua teoria evolucionista, pela raiva que pode ter tomado da "criação" de tanto brigar com sua esposa que era uma cristã fervorosa?
Quem realmente está preparado para fazer uma discussão pesada sobre a Reforma Política com sustentação de alguns pontos que possam ir além do financiamento das campanhas?
Por fim, na sua opinião, o ex-ministro da defesa do Canadá, Paul Hellyer, que afirma de forma clara e direta a existência de extraterrestres no comando do mundo é desequilibrado ou corajoso?
Só poderíamos fazer afirmações concretas destes e outros temas, se a TV, os jornais ou as revistas fossem sérios e realizassem seu verdadeiro papel.
Infelizmente, os meios de comunicação oficiais, oriundos de concessões governamentais a uns poucos privilegiados, parecem que estão sempre a serviço de alguém.  Mas quem?  Quem não deseja que as pessoas façam algo além de assistir programas ridículos capitaneados por bobos e falastrões acéfalos e desinteligentes?
Parece óbvio dizer que a mídia serve ao capital, ao consumo e consequentemente as elites que ganham com o controle e manipulação da opinião pública.  Mas eu ainda acho pouco.
Com o avanço da internet, temos assistido excelentes vídeos caseiros, realizados por cientistas anônimos, brilhantes pensadores e principalmente podemos encontrar documentários e notícias fortes produzidas por jornalistas independentes.
Quase nada do que vemos e temos por relevante na rede, aparece nos principais veículos de informação de massas.  Não é estranho?
Será que alguém ainda aposta que a internet não atinge todos os lares, todas as camadas da população?  Não acreditam que estas mensagens acabarão chegando de forma horizontal a todos?  Ou será que os discursos que não passam pela aprovação dos aparelhos midiáticos controlados não são dignos de "fé"?
Recentemente uma das revistas mais lidas no país foi protagonista de um vexame.  Ao divulgar uma acusação, não comprovável, realizada pelo doleiro Youssef, que está preso, contra a presidenta reeleita Dilma Roussef e soltar sua edição antecipada na véspera da eleição, servindo-se de "panfleto" de campanha do candidato da oposição e desmascarada depois pelas redes sociais e outros comentaristas de respeito e peso, ela mostrou que não devemos mesmo confiar nas páginas "rotas" de tais semanários.
Ficam então faltando espaços nestes meios para a verdade, a ciência, a política real e outros destaques que provoquem reflexão, promovam o conhecimento humano e prepare a sociedade para eventos que possam ser fundamentais, inclusive, para a manutenção da vida no planeta.
É inegável que a mídia altera e gera comportamento.  E também é unânime que as pessoas não estão satisfeitas com o comportamento das pessoas em geral, com sinais como a crescente violência, descrença, descompromisso e desumanidade presentes.  Portanto, dá pra pensar que é ela, a mídia de massas, a grande responsável pelo nosso atual "status quo" psicológico, emocional, intelectual e social.
Pra disfarçar sua culpa, ela joga acusações contra a política, o aquecimento global e outros fatores externos a si mesma, numa forma de distrair, desviar o foco e garantir o sossego e a proteção dos seus "donos".
Mas de novo pergunto: Quem são seus donos?  São eles tão capazes assim, ou estão realizando o serviço sujo para alguém?  E que alguém?
Enquanto ninguém me responde estas perguntas, fico aqui pensando"com os meus botões".  E claro, não chego a conclusões exatas, pois faltam algumas peças.
Quer opinar?  Quem sabe eu as encontre na sua opinião?



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Algumas Observações

REGULAMENTAÇÃO DAS MÍDIAS - IMPRENSA

Quando a Inglaterra realiza a regulamentação da imprensa, a rainha não é agredida nos jornais do mundo, nem chamada de “bolivariana”.  Só podia, né?
Mas quando isso ocorre na América do Sul, os adjetivos vão de “ditadora” a “censora”, como no caso da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner.
O que não se diz é que EUA e França também possuem seu “regulador”, consistindo isso algo que não é encarado como atitude autoritária, mas sim para coibir a existência de oligopólios no setor de comunicação.
Será que as pessoas acham normal que num país do tamanho do Brasil, por exemplo, as cadeias de televisão abertas e a cabo, jornais, revistas e grandes portais da internet pertençam a uns poucos?
Claro, estes proprietários trabalham com o discurso da limitação da Lei de Imprensa, e acham simples colocar isso na boca de âncoras ou editores de seus jornais que estão pouco ligando para o que é Imprensa Livre na verdade, uma vez que respondem cegamente aos seus patrões, seja por interesse ou medo, que no fim, dá no mesmo.
Tenho certeza que ao propor, se propor, a regulamentação no Brasil, a presidenta Dilma será tratada como louca, ditadora, autoritária e o ato, sem dúvidas, será encarado como censura.  Amplamente combatido por todos os aparelhos da mídia de massas.
Seria precioso que as pessoas que trabalham com meios de informação alternativos ajudassem, orientando o público em geral da importância de uma ação neste sentido, qual seja a regulamentação, para democratizar o controle da comunicação de massas.
Atitudes como a que a Revista Veja tomou na véspera do 2º turno das eleições só mostram que não há o mínimo respeito pelo jornalismo sério e investigativo.  Menos ainda compromisso com a verdade.  E isso só ocorre decorrente da certeza de que não haverá nenhuma cobrança de quem quer que seja.


SERRA NA POLÍCIA FEDERAL

Na última quinta-feira, dia 30/10 o Senador do PSDB José Serra esteve prestando depoimento na Polícia Federal.
O depoimento acontece após o 2º turno das eleições e assim o caso não resvala e não chama a atenção.
O motivo do depoimento do senador tucano foi o inquérito que investiga a ação do cartel no caso do Metrô de São Paulo denunciado pela empresa alemã Siemens.  Só pra lembrar o escândalo que envolve governos do PSDB pode implicar em milhões ou até bilhões de reais.
Para quem tinha o discurso de “livrar o país da corrupção” o partido de Aécio Neves não era o mais recomendado.  


3º TURNO

Eu ainda estou impactado com a ideia de que o PSDB deseja uma auditoria nas urnas e resultados da eleição que deram a vitória a Dilma Roussef para seu 2º mandato.
Fiquei sabendo que o jornal O Estado de São Paulo revelou que “o PSDB teria tramado um golpe via WhatsApp com objetivo de conseguir contribuições para a representação” do partido junto ao TSE pedindo a auditoria na apuração das eleições do último domingo dia 26/10.
O jornal ainda revela que o próprio Aécio teria dado o aval para a execução deste plano. 
Perder com dignidade seria mais bonito.
Enquanto isso, em algumas cidades, pessoas tem realizado atos isolados pedindo o impeachment da presidenta Dilma.  Parecem não compreender muito o que corresponderia motivos para um processo de impeachment.
O que chama a atenção é que tais movimentos incluem pessoas com faixas de apelo por “intervenção militar”. 
Fico imaginando duas coisas.  Em primeiro lugar acredito que há um pessoal que, vislumbrando oportunidades para algum prestigio e destaque que prepare para o pleito próximo de 2016 a cargos municipais, possa estar pegando carona no meio deste público.  Com algum discurso, chamam pra si uma atenção especial.  Em segundo lugar acredito que quem pede por intervenção militar não tem a menor noção do que está fazendo.  Ditaduras não tem sentido algum e a noção de substituir um governo, a qualquer preço, já apresentou assombrosos fatos históricos que jamais deverão se repetir como o fascismo, nazismo e outros.  As desculpas quase sempre foram as mesmas: combater o comunismo, combater a ditadura, combater a corrupção.  No fim, deu no que deu.
Que estas pessoas que estão se movimentando se unam de verdade, caso tenham algum princípio nobre envolvido, o que não tem parecido, para exigir que o governo legitimamente eleito realize as mudanças que acreditam importantes e sérias, bem como para cobrar e promover a fiscalização que todos os cidadãos de bem deveriam fazer sobre seus governantes e representantes.

domingo, 2 de novembro de 2014

Minha doce Lídia

Ontem, dia de Todos os Santos, segundo a fé católica, se completaram 11 anos de falecimento de minha querida avó, Lídia Peloso Antunes.
Ela nasceu no dia de São José e também dia do aniversário de minha cidade São José do Rio Preto em 19 de março de 1916.
Geralmente após um longo tempo do passamento de alguém, costumamos assimilar a perda e tocar nossas vidas como aliás, convém.
No meu caso, não foi diferente, com um senão.
Minha avó, mãe de minha mãe, foi uma pessoa extremamente presente em minha vida.  Desde minha tenra infância, eu sempre pude contar com sua carinhosa companhia, pois morávamos perto e todos os dias, trocávamos visitas e quando não, eu ficava em sua casa até meus pais voltarem do trabalho ou da faculdade.
Com sua viuvez, penso que aos meus 15 anos, passei por quase um ano, a ficar todas as noites na sua casa para onde ia jantar após o trabalho e dormir após a escola.
Tudo isso fez com que eu sempre a tivesse como uma segunda mãe, uma amiga de verdade e grande conselheira que com sabedoria sem igual, me ajudou, em muito, a ser quem sou.
Já bem idosa, foi morar por uns tempos em casa de meus pais, período em que eu poderia ter sido mais carinhoso com ela, mas que foi, na verdade para mim, um tempo de vida profissional muito difícil e no qual eu, já me preparando para casar, estava mais distante do que nunca.
No final de sua vida, ela havia voltado a morar sozinha e nas tardes de tristeza, preocupação, ou mesmo cansaço, era para lá que me dirigia a fim de tomar um café (sempre pronto), ou comer um pudim (feito especialmente para mim).
Junto com a culpa que carrego de quantos almoços recusei, de quantas visitas deixei de fazer por nada, trago também a certeza de que sempre estive muito ligado.
Na ocasião de sua morte tive o privilégio de, junto com minhas primas e mãe, segurar em sua mão até seu último suspiro e assim ela partiu, levando consigo um grande pedaço de mim.
Tanto é fato, que sonhar com ela é rotineiro.   Ouvir seus conselhos e por vezes sentir um afago, ainda me é possível.
Por isso, nas minhas preces de hoje ela estará presente e junto aos falecidos por quem farei orações, ela sempre será minha porta-voz.  

Mensagem para Dilma

Dilma.
Não sei se verá este vídeo, mas eu precisava lhe falar.
Votei em você.
Trabalhei pela sua reeleição.
Briguei com amigos, com parentes, me expus no trabalho e perante clientes.
Juntei material, li e reli várias vezes sobre tudo o que envolviam as denúncias contra seu governo e contra a oposição.
Com muita responsabilidade, agi como um brasileiro consequente na minha escolha e a assumi perante todos os que de algum modo me conhecem.
Mas te peço que não me decepcione. 
Não decepcione meus filhos, a quem falei de você.  Não decepcione meus pais que também confiaram em você.  Não decepcione minha mulher que queria as mudanças sérias propostas por Luciana Genro, mas no segundo turno, empenhou em você a confiança.
Não decepcione os milhões de brasileiros que, em todos os estados, lhe concederam mais 4 anos de mandato.
Aproveite que conseguiu mais tempo.  E agora, faça uma grande reflexão.
Perceba como ter aliados de várias cores, na verdade, só te prejudicaram.  Em nada acrescentaram, seja no congresso, seja na campanha.
Perceba que seus verdadeiros aliados são o povo, que concordando com sua forma de governar, ou pelo menos com parte dela, lhe deram este aval para continuar os avanços.
Avanços que, na verdade, foram até modestos.
Quero te pedir.
Não nos traia Dilma. 
Não traia os trabalhadores.
Não traia sua história.
Use o apoio popular para fazer as mudanças esperadas desde a posse de Lula, no primeiro mandato.
Faça a reforma política.  Faça a reforma tributária.  Convoque uma nova Constituinte já prometida.  Imponha responsabilidades aos veículos de comunicação criminosos que interferem na consciência do povo.
Resolva de uma vez a penúria com a qual vivem os aposentados.
Distribuição de renda não é esmola.
Não deixe a classe média pagar pelas conquistas sociais.  Olhe para as grandes fortunas.  São elas que precisam dividir o bolo.
Dilma, invista sempre na educação e na saúde, invista na moradia e na condução da política econômica. Invista no Pré-Sal. 
Mas não se esqueça: consumo não é sinal de saúde financeira.  Investimentos externos, não substituem um olhar apurado pra dentro.  Produção de energia, não implica em desrespeitar a vida e o ecossistema.
Faça um governo justo.  Bom.  Sério.  Combata veementemente a corrupção.  Sem piedade.  Principalmente daqueles que sempre se disseram sérios.
Por pouco, o governo não foi tirado das mãos do trabalhador.  Mas agora e de fato, devolva a eles, aos trabalhadores, o controle do Brasil.
Do contrário, na próxima, com todas as forças que me restarem, a luta será outra.
Muito sucesso e que Deus abençoe o seu novo mandato.
Assinado eu, um cidadão.


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

"Uma derrota popular - não do governo"

Na data de hoje, a democracia levou “uns tapas” e vi gente que comemorou.
Eu me lembro quando ocupei uma Assessoria Especial no Governo Municipal de São José do Rio Preto.  A Administração era do Prefeito Edinho Araújo e o fato ocorreu na Secretaria de Governo, que até então era dirigida por Carlos Feitosa.
Resolvemos estabelecer uma interlocução direta com representantes da população para interpretar melhor as necessidades e solicitações, bem como, auscultar, via representantes diretos e escolhidos pelos moradores de determinados lugares, os apelos e angústias das pessoas.
Fomos então de bairro a bairro e encontramos os representantes de Associações de Moradores.  Mas era preciso constatar se aquela representação era legítima ou fruto de simples ausência de participação.
Para encurtar muito, a conversa, resta saber que oficializamos todas, provocando em muitas, novas eleições com divulgação e tempo para registro de chapas.
Em pouco tempo a cidade, de pouco menos que 500 mil habitantes, possuía um fórum de associações.
Logo, fizemos algo parecido com os Conselhos Municipais e sem alterar-lhes a conduta ou a eficiência, criamos mecanismos de ouvi-los mais diretamente.
Em ambos os casos, a Administração Pública se preparou para atende-los com menos burocracias e maior agilidade.  Estas associações e conselhos eram também consultados em eventuais tomadas drásticas de decisões.
Nem tudo era perfeito, mas sem dúvidas aquela foi uma política inovadora da representação popular.
Mais adiante, o fórum serviu para atuar junto ao Orçamento Participativo e na legalização e acompanhamento de loteamentos irregulares, que somavam, até então, mais de 100.  Uma população de praticamente 22 mil pessoas.
O projeto que a Câmara hoje recusou, sobre os Conselhos Populares, tinha princípios bastante semelhantes. 
Não se estavam criando novos conselhos, nem dando a estes conselhos, poderes diferentes dos que já possuem hoje. 
O que se pretendia era se preparar a Administração Federal para auscultar e trabalhar mais de perto, amplificando a consulta dos mesmos e facilitando o alcance de algumas políticas específicas.
Numa atitude compreensiva de quem está com “dor de cotovelos”, a retaliação veio como forma de “vingança” e a derrota foi, na verdade, da democracia e da representação popular efetiva.
Lamento, mas não há o que se fazer.  As manchetes dos jornais ampliaram o fato como “derrota do governo”, como se as eleições não tivessem terminado e este “golpe” restaurasse os ânimos da oposição que fica com o “prêmio de consolação”.
Entende-se no recado de que este é só o começo.  Mas fica a pergunta, de quanto a população e a democracia terão que pagar até que esta fúria inexplicável seja aplacada.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Por um governo de mais avanços.

A governabilidade pede uma grande ginástica por parte de quem deseja administrar um país do tamanho e da pujança do Brasil.
Em nome dela, muitos partidos se descaracterizam e se unem com outros para viabilizar aprovação e apoio nas reformas necessárias.
Os governos de Lula e Dilma não foram diferentes, com uma grande exceção, foram governos que mantiveram um olhar atento nos menos favorecidos e mais necessitados.
Graças a isso, hoje está afastada da miséria uma grande fatia da população.  Jovens podem estudar e competir no Mercado com aqueles que, bem nascidos, detinham sozinhos as vagas nas universidades e bons empregos.
O país cresceu.  Consegue oferecer emprego e moradia para sua gente.
Lá fora, recebeu o reconhecimento e a merecida notoriedade por parte das grandes nações.
Tudo isso e mais um monte de outras coisas, compuseram a somatória de vantagens deste governo perante outras promessas.
Mas agora, com uma vitória apertada no segundo turno que quase provocou uma volta a programas já idos como o que defende o modelo "neoliberal", fica claro que é preciso avançar ainda mais.
E de tal forma faze-lo, que fique claro que daqui pra diante, só se anda pra frente.
Parar e fazer uma autocrítica é aconselhável e reforçar aquilo que moldou o ideário do trabalhador quando o ex-torneiro mecânico se tornou presidente, passa a ter importância indiscutível.
Em nome disso, modestamente e como um cidadão, produzi um texto e melhor que apenas divulgá-lo aqui na forma escrita, passo a reproduzi-lo.
Espero que os companheiros da esquerda e os amigos do Partido dos Trabalhadores o recebam como contribuição ao que chamo de "um governo de mais avanços".

Click no link:
https://www.youtube.com/watch?v=8vDosaA-syc&feature=youtu.be

Forte abraço.


sábado, 25 de outubro de 2014

Enfim, às urnas

Que bom... Graças a Deus é véspera das eleições presidenciais.
E fiz o que sempre faço... Me manifestei.  "Abri o bico".  Gritei aos quatro ventos.
Já não aguento mais.  Quantos parentes e amigos, clientes e parceiros de negócios me restam por perder nas redes sociais, ou rodas de botequim?
E tudo em nome de que?  Em nome de um arremedo de debate sério.
Digo arremedo porque o que ocorre está longe de ser uma discussão verdadeira, embasada na ideologia ou na formação política de cada um.
De repente, metade do Brasil se viu com uma estranha vontade de mudança.  Vontade que não se fez presente quando, no primeiro turno, havia alternativas para tal e foram desprezadas.
Afinal, mudar com as propostas já tradicionais do PSDB que deve, sem dúvidas, ressuscitar o neoliberalismo já vencido, se parece muito com andarmos de sapato plataforma, costeletas e calças boca-de-sino, num discurso de lançar uma nova moda.
As provas do que estou dizendo estão por aí, nas declarações dos eleitores tucanos que não conseguem explicar direito sua escolha, falando um pouco de tudo e um tudo de nada. 
Quando muito eloquentes, afirmam que desejam o “fim da corrupção”, como se tivessem tido o carinho e a paciência de examinar as dezenas de casos de corrupção tucana, esquecidos ou prescritos e cujos valores são extremamente mais extravagantes que o dito “mensalão do PT”.  Ou será que pensam mesmo que gente como eu ou você aceitamos e toleramos corrupção?  Chega a ser ofensivo, né?
Também é prova de que não se quer mudar confiar no apoio de certos setores como a Revista Veja, a Rede Globo e algumas figuras como Malafaya, Bolsonaro, dentre outros.
Só quem realmente nunca se preocupou com o tema “política” é capaz de ignorar o que representa uma edição de Veja como esta às vésperas da eleição.  Um Jornal Nacional com suas meias verdades e que vai se aproveitar dessa munição sem que haja tempo para direito de respostas.
Como eu disse ontem, citando o Rio Centro, estamos num cenário muito parecido com 64.  Só que, sem armas por agora.  Sem AI5 ou desaparecidos políticos.  Mas um golpe se verifica.  Vamos retroceder nos acertos junto ao BRICS, nos investimentos dos Royalties do Petróleo, no combate à miséria e sobretudo no fim da ascensão de uma nova classe média que começou a ocorrer para a tristeza geral da “antiga classe média” que sempre se achou rica.
Tenho pena de quem hoje vende ou depende comercialmente desta nova fatia da população que vai deixar de existir.  E falo isso sem medo.
Enfim, deu pra cansar.  Mas deu também pra anotar numa caderneta alguns nomes para excluir da agenda a partir de segunda.  Esta higiene fará, de alguma forma, com que parte de nossas vidas realmente seja diferente em qualquer um dos casos. Ganhe quem ganhar.
Mas até lá, tem matéria no jornal da noite e provavelmente muita água para passar por debaixo da ponte.  Vamos ver no que dá.


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O escândalo da capa - o novo Rio Centro

O escândalo da capa.  Assim já está sendo chamada a tentativa de golpe desta sexta-feira, 24 de outubro.
Repetindo o triste e fatídico episódio do Rio Centro, ocorrido em 1981, em que um grupo de militares insatisfeitos com a abertura política organizou um atentado a bomba em um show com diversos artistas da MPB, que marcava as celebrações do Dia do Trabalhador, uma nova tentativa de golpe se verificou na noite desta quinta para a sexta-feira.
O objetivo dos militares de então, era espalhar o pânico e culpar a esquerda pela desordem.  No entanto, uma bomba explodiu ainda quando estava sendo transportada e além de entregar o plano “sujo”, acabou por causar a morte de um soldado.
Segundo consta, além dos militares envolvidos, havia também civis.
Mesmo diante das evidências indiscutíveis, o exército declarou que radicais de esquerda teriam a culpa pelo atentado.
Não encontrando provas e não podendo explicar as evidências que apontavam para si, o Ministro da Casa Civil, um militar, renunciou ao cargo e o caso “foi arquivado”.
No entanto, o episódio do Rio Centro serviu para acelerar a queda do regime militar.
Semelhante a isso, a mídia irresponsável e a serviço da direita, lança mão de uma “bomba”, cujas provas e evidências não possui, depositando-as nas declarações de um criminoso, não corroboradas, e a bem da verdade, também não negadas pelo próprio advogado do mesmo.
O fato não é este, costumeiro invencionismo da revista em questão.  Mas estão em pauta, os meandros deste processo, desta maquinação.
Às vésperas da eleição, sem tempo para os devidos desmentidos e direitos de respostas, o semanário já de baixa credibilidade, antecipa a edição para hoje, dois dias antes do normal (domingo) e municia o candidato da oposição, não por coincidência seu favorito já declarado nas matérias impressas ou divulgadas em seu portal e blogs dos principais articulistas.
Além disso, ocorre hoje um importante debate, já marcado sem os cuidados das equipes dos candidatos, encerrando a campanha, o que favorece demais a poderosa Rede Globo, manipuladora de campanhas anteriores como confessou seu próprio “guru”, José Bonifácio em entrevista.
Podendo citar a revista em seus editorias, telejornais da emissora e campanha opositora irão dançar a valsa da vitória antes mesmo da eleição ocorrer.
Qual é o papel da imprensa neste país desde os tempos de Chateaubriand?  Um quarto e iminente poder, consegue hoje em favor de algumas famílias, definir quem vence e quem perde o poder central do país, a serviço exatamente de quem?
Se não fazemos estes questionamentos, não terminam os desmandos e vence a mentira, a maldade e a sujeira, sobre a verdade, o bem e o saneamento dos “inputs” que alimentam nossas mentes e almas.
Ao contrário, se realizarmos um processo sério de avaliação destes veículos e a devida cobrança do cumprimento rigoroso de seu papel na sociedade, com certeza mudamos, aí sim, a história deste país como querem os que clamam por mudanças.
Mas ninguém pensou.  Será que este golpe, esta “canalhice” não corre o risco de estourar antes da hora e no colo de quem o orquestrou?  Não poderá, de repente esta ação mal feita e de improvável sustentação, repetir o que foi o Rio Centro e ocasionar na derrocada da campanha imoral que está sendo imposta no extremo baixo nível deste processo eleitoral?

Enfim, temos dois dias para conferir.  Que Deus nos ajude.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

San Martin e os novos franqueados

Na próxima semana começa mais um treinamento gerencial para novos franqueados da San Martin Corretora de Seguros.
A San Martin é uma das marcas próprias da World Brasil Franquias que formata e negocia redes de franquias com competência e reconhecido sucesso.
A outra marca é Maria Brasileira, responsável pelo fornecimento de serviços de limpeza, recrutamento de domésticas, cozinheiras, passadeiras, cuidadores de idosos, babás e baby sitter, passeadores de cães e cuidadores de animais domésticos, limpadores de piscinas e profissionais terceirizados.
O fato é que a World Brasil reúne excelentes profissionais do franchising que aliam uma larga experiência no ramo, com pensamento inovador.
É neste espírito que a corretora virou rede de franquias.  A San Martin Corretora possui uma unidade piloto em funcionamento há 19 anos e que traz consigo um excelente portfólio de produtos nos mais diversos ramos do Mercado de Seguros.
Além disso, a San Martin apresenta parceria em 30 companhias seguradoras, todas sólidas e sérias em atuação no Brasil.
Se tiver que apresentar um grande diferencial, a San Martin se orgulha de dizer que trabalha pelo atendimento personalizado a clientes,  Mas não fica por aí.   A San Martin também trabalha com a formação de franqueados que se habilitam como corretores profissionais (SUSEP) e ainda se responsabiliza pela produção, mantendo a centralização desta produção e sendo responsável pelo relacionamento com as companhias de seguros.
Ou seja, um trabalho sério, digno e competente, que tem ajudado na mudança de vida de seus franqueados que, com esforço próprio, realizam a prospecção e negociação de clientes com orientação, treinamentos, suporte e apoio técnico de uma equipe bem preparada.
O treinamento inicial para os novos franqueados é de uma semana e ocorre na sede da franqueadora.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

POR MAIS RESPEITO, ÉTICA, CIDADANIA E RESGATE DA VERDADE

Apesar de acreditar que as redes sociais são um grande mecanismo de transmissão de nossos pensamentos, tudo aquilo que se escreve está passivo de interpretações, mesmo lá.
Assim, por mais que eu deixe claras minhas convicções e a forma respeitosa como as defendo, na questão política atual, tenho visto e recebido em resposta, desaforados “esculachos” e acredito que até posso ter perdido alguns valorosos companheiros pelo caminho.
O fato é que tenho uma vida engajada politicamente. Já participei de inúmeras eleições.  Pelas minhas contas, umas 14.  Mas nunca, jamais, assisti ou vivi um período eleitoral tão forte, tão concreto e tão marcado como este.
E esta parece ser uma constatação geral.
Antigamente, em cidades muito pequenas do interior, os processos eleitorais dividiam a população em dois lados.  Famílias ficavam repartidas.  Em certas ocasiões saiam tiros, de tão fortes e definidos os lados.
O que estamos vivendo hoje, me parece repetir em larga escala este fenômeno e me enxergo num Brasil que se aparenta a uma pequena cidade, em proporção nacional.
Amigos estão divididos, filhos e pais separados pela opinião divergente e mais que isso, uma onda de violência e agressividade se instalou.
Carros adesivados são depredados, postagens e comentários são grosseiramente respondidos, quase sempre com afrontas pessoais ou comparações desmerecidas. 
Posso até dizer, de certa forma, de ambos os lados.
Penso que devíamos nos lembrar que as eleições passarão e nós ficaremos aqui.  Uns perante os outros, para convivermos e trabalharmos. Negociarmos e sofrermos as consequências da escolha, seja ela qual for.
Ao contrário, aos herdeiros do poder, sejam eles quem forem, pouco irá importar nossa ira, se for o caso, posto que jamais se preocuparam com nossa capacidade de mobilização e luta por direitos, que afinal de contas, não existe e quando se apresenta, termina assim que surge qualquer festa ou feriado prolongado.
Claro, eu tenho um lado.  Não sou afeito a não ter posição. E minha posição é clara.
Mas quero externa-la com o direito de quem o faz em verdade, com argumentos e sem qualquer tipo de agressão, mentira ou simples ódio.
O ódio que se verifica é uma grande tristeza, pois não é esse o caminho dos debates.  E é o ódio pelo ódio.  Sem maiores explicações.
O debate deve servir para reforçar nossas convicções ou mostrar onde estão os erros de nossas avaliações.
Uma chuva de postagens, notícias, fotos e outras provas, verdadeiras ou falsas têm aparecido nos computadores, programas políticos, manchetes de jornais e revistas.  É pelo debate que somos alertados de tudo isso, cabendo a cada um de nós a investigação e também a propagação daquilo que for factual.
Porque ganhar as eleições, não é ver nosso candidato vitorioso... É ver a verdade, a ética, o progresso, o bem comum... Estes sim vencerem.
E não está difícil, pois temos duas alternativas muito claras. 
De um lado Dilma, representando os últimos 12 anos de governo federal.  De outro, Aécio, representando os anos de Fernando Henrique e os seus próprios, a frente do Governo do Estado de Minas Gerais.
Então cada um de nós deve avaliar e defender seu lado, mas sem ficar cego a tudo aquilo que permeia a candidatura de sua escolha.
Eu, por exemplo, faço minha avaliação e apesar de identificar motivos para críticas pesadas ao governo do PT, não aceito o retorno, o retrocesso, a volta de um passado que se mostrou inadequado.  Afinal, mudança ocorre pra frente, não pra trás.
Dilma tem aliados.  Aliados bons e aliados ruins.  Esta tal de governabilidade é mesmo uma desgraça.   Mas também e por outro lado, Aécio tem os seus.  E os seus parecem não ter nenhum compromisso com o avanço: Bolsonaro, Levi Fidelix, Pastor Everaldo e Malafaya, juntam entre si preconceitos dos mais variados.  Tem também Marina, a aliada de última hora e suas contradições já desprezadas por muitos no primeiro turno.  Fora os aliados de sempre.  Aqueles da privataria, do mensalão tucano, do PSDB que todo mundo já conhece e está ciente de tantos casos mal explicados.  Isso tudo sem falar no seu aliado favorito e o já escolhido  para homem forte, Armínio Fraga com seus métodos conhecidíssimos de arrocho, juros altos, inflação e achismos.
Nenhum brasileiro está livre da responsabilidade de refletir, investigar a verdade e avaliar bem sua escolha. 
Em nome de implantar o medo nas pessoas, os oposicionistas acusam o PT de comunista, bolivariano.  Se fosse assim, contariam com o apoio da esquerda.
A verdadeira esquerda não está feliz com o governo petista.  Queriam um governo mais avançado.  Mas está aí algum progresso.  Os mais necessitados estão sendo assistidos.  Foram feitos investimentos, antes nunca praticados na saúde, na educação e em moradias.  A ascensão social foi notória e nossa relação com o exterior caminhou largos passos.  Conquistas foram obtidas no campo da distribuição de renda (mesmo que não ideal) e a redução da miséria elevou o padrão de tratamento do povo como em mais de 500 anos não se havia visto.
Você pode gostar ou não do atual governo, mas não se pode negar o que aí está, pra todo mundo ver.
As pessoas são inteligentes, mas existem os ressonantes da mídia irresponsável.  Aqueles que apenas repetem o que os fabricantes de heróis produzem ao sabor das suas necessidades próprias.  Aqueles que não tem compromisso conosco, pois precisam garantir seus privilégios na forma de contratos assinados por  governantes e suas empresas de comunicação, verdadeiros tesouros para as famílias detentoras.
Há gente séria e trabalhadora na classe média, mas boa parte é ingrata.  Esta gente que hoje estuda os filhos em universidades, antes inacessíveis para eles.  Faz cursos técnicos, viaja de avião, dirige melhor, come melhor, se veste melhor e mora melhor.  Mas boa parte destes é incapaz de reconhecer que não foram sozinhos os autores desta ascensão ou os promotores destas conquistas.  Precisaram de um cenário favorável garantido pelas facilidades de acesso, de crédito, de atenção que nunca haviam tido.
Não me deterei aqui ao combate exclusivo das privatizações criminosas, pois cada um dos brasileiros já sabe o que perdeu com elas.  Se não sabe, deve ter notado, pelo menos, que a cada privatização, milhares de pessoas vão pra rua, demitidos pelos empresários que só visam lucro.
Existe uma farta produção, um monte de vídeos, revistas e jornais velhos da própria mídia irresponsável que não conseguiu esconder isso tudo e que está disponível para quem quiser confirmar.  Existem livros, contando os bastidores de todo o cenário.
Mas por fim, seria pelo menos prudente falar de Minas Gerais, um Estado cujos professores e servidores estão vindo a publico dizer e lastimar como tudo ficou após o governo do candidato do PSDB.  É o que se tem de mais recente e o mais diretamente ligado ao opositor candidato. 
A corrupção, estampada no dia a dia de todos nós, nunca foi aceita pelas pessoas de bem. Não seria agora que a poderíamos aceitar.  Mas há que se questionar porque aparece tanto neste momento, e mesmo assim sendo julgada e tendo seus envolvidos a cumprir pena, enquanto que as outras tantas e mais pesadas ocorridas no governo do partido de Aécio foram esquecidas, arquivadas, prescritas e envolvendo gente que está solta e é candidatíssima. 
O projeto que está aí fazendo oposição ao atual governo é um projeto de quem está alinhado a interesses outros que não vê com bons olhos nossa presença no BRICS.  Que não vê com bons olhos nossa amizade aos irmãos e vizinhos da América do Sul, pois essa ligação entre Venezuela, Brasil, Bolívia, Argentina, Uruguai etc., prejudica o controle absoluto daqueles que sempre brincaram nos quintais da América Latina.
Sabe, podemos defender nosso ponto de vista.  O que não podemos é perder o brio. O respeito entre nós. 

Insisto no debate.  Mesmo que discordemos.  Mas tentemos parar com as agressões diretas e pessoais e partir para o debate sério.  Só assim ganhamos.  Só assim ganha o Brasil.

Proletarier aller Länder, vereinigt Euch!

FOTO - BRASIL DE FATO Nilson Dalleldone nilsondalledone@gmail.com   Edição do riso A OTAN caiu numa armadilha... Divirta-se! A Rússia ridicu...