sábado, 25 de outubro de 2014

Enfim, às urnas

Que bom... Graças a Deus é véspera das eleições presidenciais.
E fiz o que sempre faço... Me manifestei.  "Abri o bico".  Gritei aos quatro ventos.
Já não aguento mais.  Quantos parentes e amigos, clientes e parceiros de negócios me restam por perder nas redes sociais, ou rodas de botequim?
E tudo em nome de que?  Em nome de um arremedo de debate sério.
Digo arremedo porque o que ocorre está longe de ser uma discussão verdadeira, embasada na ideologia ou na formação política de cada um.
De repente, metade do Brasil se viu com uma estranha vontade de mudança.  Vontade que não se fez presente quando, no primeiro turno, havia alternativas para tal e foram desprezadas.
Afinal, mudar com as propostas já tradicionais do PSDB que deve, sem dúvidas, ressuscitar o neoliberalismo já vencido, se parece muito com andarmos de sapato plataforma, costeletas e calças boca-de-sino, num discurso de lançar uma nova moda.
As provas do que estou dizendo estão por aí, nas declarações dos eleitores tucanos que não conseguem explicar direito sua escolha, falando um pouco de tudo e um tudo de nada. 
Quando muito eloquentes, afirmam que desejam o “fim da corrupção”, como se tivessem tido o carinho e a paciência de examinar as dezenas de casos de corrupção tucana, esquecidos ou prescritos e cujos valores são extremamente mais extravagantes que o dito “mensalão do PT”.  Ou será que pensam mesmo que gente como eu ou você aceitamos e toleramos corrupção?  Chega a ser ofensivo, né?
Também é prova de que não se quer mudar confiar no apoio de certos setores como a Revista Veja, a Rede Globo e algumas figuras como Malafaya, Bolsonaro, dentre outros.
Só quem realmente nunca se preocupou com o tema “política” é capaz de ignorar o que representa uma edição de Veja como esta às vésperas da eleição.  Um Jornal Nacional com suas meias verdades e que vai se aproveitar dessa munição sem que haja tempo para direito de respostas.
Como eu disse ontem, citando o Rio Centro, estamos num cenário muito parecido com 64.  Só que, sem armas por agora.  Sem AI5 ou desaparecidos políticos.  Mas um golpe se verifica.  Vamos retroceder nos acertos junto ao BRICS, nos investimentos dos Royalties do Petróleo, no combate à miséria e sobretudo no fim da ascensão de uma nova classe média que começou a ocorrer para a tristeza geral da “antiga classe média” que sempre se achou rica.
Tenho pena de quem hoje vende ou depende comercialmente desta nova fatia da população que vai deixar de existir.  E falo isso sem medo.
Enfim, deu pra cansar.  Mas deu também pra anotar numa caderneta alguns nomes para excluir da agenda a partir de segunda.  Esta higiene fará, de alguma forma, com que parte de nossas vidas realmente seja diferente em qualquer um dos casos. Ganhe quem ganhar.
Mas até lá, tem matéria no jornal da noite e provavelmente muita água para passar por debaixo da ponte.  Vamos ver no que dá.


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