segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Algumas Observações

REGULAMENTAÇÃO DAS MÍDIAS - IMPRENSA

Quando a Inglaterra realiza a regulamentação da imprensa, a rainha não é agredida nos jornais do mundo, nem chamada de “bolivariana”.  Só podia, né?
Mas quando isso ocorre na América do Sul, os adjetivos vão de “ditadora” a “censora”, como no caso da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner.
O que não se diz é que EUA e França também possuem seu “regulador”, consistindo isso algo que não é encarado como atitude autoritária, mas sim para coibir a existência de oligopólios no setor de comunicação.
Será que as pessoas acham normal que num país do tamanho do Brasil, por exemplo, as cadeias de televisão abertas e a cabo, jornais, revistas e grandes portais da internet pertençam a uns poucos?
Claro, estes proprietários trabalham com o discurso da limitação da Lei de Imprensa, e acham simples colocar isso na boca de âncoras ou editores de seus jornais que estão pouco ligando para o que é Imprensa Livre na verdade, uma vez que respondem cegamente aos seus patrões, seja por interesse ou medo, que no fim, dá no mesmo.
Tenho certeza que ao propor, se propor, a regulamentação no Brasil, a presidenta Dilma será tratada como louca, ditadora, autoritária e o ato, sem dúvidas, será encarado como censura.  Amplamente combatido por todos os aparelhos da mídia de massas.
Seria precioso que as pessoas que trabalham com meios de informação alternativos ajudassem, orientando o público em geral da importância de uma ação neste sentido, qual seja a regulamentação, para democratizar o controle da comunicação de massas.
Atitudes como a que a Revista Veja tomou na véspera do 2º turno das eleições só mostram que não há o mínimo respeito pelo jornalismo sério e investigativo.  Menos ainda compromisso com a verdade.  E isso só ocorre decorrente da certeza de que não haverá nenhuma cobrança de quem quer que seja.


SERRA NA POLÍCIA FEDERAL

Na última quinta-feira, dia 30/10 o Senador do PSDB José Serra esteve prestando depoimento na Polícia Federal.
O depoimento acontece após o 2º turno das eleições e assim o caso não resvala e não chama a atenção.
O motivo do depoimento do senador tucano foi o inquérito que investiga a ação do cartel no caso do Metrô de São Paulo denunciado pela empresa alemã Siemens.  Só pra lembrar o escândalo que envolve governos do PSDB pode implicar em milhões ou até bilhões de reais.
Para quem tinha o discurso de “livrar o país da corrupção” o partido de Aécio Neves não era o mais recomendado.  


3º TURNO

Eu ainda estou impactado com a ideia de que o PSDB deseja uma auditoria nas urnas e resultados da eleição que deram a vitória a Dilma Roussef para seu 2º mandato.
Fiquei sabendo que o jornal O Estado de São Paulo revelou que “o PSDB teria tramado um golpe via WhatsApp com objetivo de conseguir contribuições para a representação” do partido junto ao TSE pedindo a auditoria na apuração das eleições do último domingo dia 26/10.
O jornal ainda revela que o próprio Aécio teria dado o aval para a execução deste plano. 
Perder com dignidade seria mais bonito.
Enquanto isso, em algumas cidades, pessoas tem realizado atos isolados pedindo o impeachment da presidenta Dilma.  Parecem não compreender muito o que corresponderia motivos para um processo de impeachment.
O que chama a atenção é que tais movimentos incluem pessoas com faixas de apelo por “intervenção militar”. 
Fico imaginando duas coisas.  Em primeiro lugar acredito que há um pessoal que, vislumbrando oportunidades para algum prestigio e destaque que prepare para o pleito próximo de 2016 a cargos municipais, possa estar pegando carona no meio deste público.  Com algum discurso, chamam pra si uma atenção especial.  Em segundo lugar acredito que quem pede por intervenção militar não tem a menor noção do que está fazendo.  Ditaduras não tem sentido algum e a noção de substituir um governo, a qualquer preço, já apresentou assombrosos fatos históricos que jamais deverão se repetir como o fascismo, nazismo e outros.  As desculpas quase sempre foram as mesmas: combater o comunismo, combater a ditadura, combater a corrupção.  No fim, deu no que deu.
Que estas pessoas que estão se movimentando se unam de verdade, caso tenham algum princípio nobre envolvido, o que não tem parecido, para exigir que o governo legitimamente eleito realize as mudanças que acreditam importantes e sérias, bem como para cobrar e promover a fiscalização que todos os cidadãos de bem deveriam fazer sobre seus governantes e representantes.

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