REGULAMENTAÇÃO DAS
MÍDIAS - IMPRENSA
Quando a Inglaterra
realiza a regulamentação da imprensa, a rainha não é agredida nos jornais do
mundo, nem chamada de “bolivariana”. Só
podia, né?
Mas quando isso
ocorre na América do Sul, os adjetivos vão de “ditadora” a “censora”, como no
caso da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner.
O que não se diz é
que EUA e França também possuem seu “regulador”, consistindo isso algo que não
é encarado como atitude autoritária, mas sim para coibir a existência de
oligopólios no setor de comunicação.
Será que as pessoas
acham normal que num país do tamanho do Brasil, por exemplo, as cadeias de
televisão abertas e a cabo, jornais, revistas e grandes portais da internet
pertençam a uns poucos?
Claro, estes proprietários trabalham com o
discurso da limitação da Lei de Imprensa, e acham simples colocar isso na boca de
âncoras ou editores de seus jornais que estão pouco ligando para o que é Imprensa Livre na
verdade, uma vez que respondem cegamente aos seus patrões, seja por interesse ou medo, que no fim, dá no mesmo.
Tenho certeza que ao
propor, se propor, a regulamentação no Brasil, a presidenta Dilma será tratada
como louca, ditadora, autoritária e o ato, sem dúvidas, será encarado como
censura. Amplamente combatido por todos os aparelhos da mídia de massas.
Seria precioso que
as pessoas que trabalham com meios de informação alternativos ajudassem, orientando o público em geral da importância de uma ação neste sentido, qual seja a regulamentação, para
democratizar o controle da comunicação de massas.
Atitudes como a que
a Revista Veja tomou na véspera do 2º turno das eleições só mostram que não há
o mínimo respeito pelo jornalismo sério e investigativo. Menos ainda compromisso com a verdade. E isso só ocorre decorrente da certeza de que não haverá nenhuma cobrança de quem quer que seja.
SERRA NA POLÍCIA
FEDERAL
Na última
quinta-feira, dia 30/10 o Senador do PSDB José Serra esteve prestando depoimento
na Polícia Federal.
O depoimento acontece após o 2º turno das eleições e assim o caso não resvala
e não chama a atenção.
O motivo do
depoimento do senador tucano foi o inquérito que investiga a ação do cartel no
caso do Metrô de São Paulo denunciado pela empresa alemã Siemens. Só pra lembrar o escândalo que envolve
governos do PSDB pode implicar em milhões ou até bilhões de reais.
Para quem tinha o
discurso de “livrar o país da corrupção” o partido de Aécio Neves não era o
mais recomendado.
3º TURNO
Eu ainda estou
impactado com a ideia de que o PSDB deseja uma auditoria nas urnas e resultados
da eleição que deram a vitória a Dilma Roussef para seu 2º mandato.
Fiquei sabendo que o jornal O Estado de
São Paulo revelou que “o PSDB teria tramado um golpe via WhatsApp com objetivo
de conseguir contribuições para a representação” do partido junto ao TSE
pedindo a auditoria na apuração das eleições do último domingo dia 26/10.
O jornal ainda
revela que o próprio Aécio teria dado o aval para a execução deste plano.
Perder com dignidade
seria mais bonito.
Enquanto isso, em
algumas cidades, pessoas tem realizado atos isolados pedindo o impeachment da
presidenta Dilma. Parecem não compreender muito o que corresponderia motivos para um processo de impeachment.
O que chama a
atenção é que tais movimentos incluem pessoas com faixas de apelo por “intervenção
militar”.
Fico imaginando duas
coisas. Em primeiro lugar acredito que
há um pessoal que, vislumbrando oportunidades para algum prestigio e destaque
que prepare para o pleito próximo de 2016 a cargos municipais, possa estar
pegando carona no meio deste público. Com algum discurso, chamam pra si uma atenção especial. Em
segundo lugar acredito que quem pede por intervenção militar não tem a menor
noção do que está fazendo. Ditaduras não tem
sentido algum e a noção de substituir um governo, a qualquer preço, já
apresentou assombrosos fatos históricos que jamais deverão se repetir como o
fascismo, nazismo e outros. As desculpas quase sempre foram as mesmas: combater o comunismo, combater a ditadura, combater a corrupção. No fim, deu no que deu.
Que estas pessoas que estão se movimentando se
unam de verdade, caso tenham algum princípio nobre envolvido, o que não tem
parecido, para exigir que o governo legitimamente eleito realize as mudanças que acreditam importantes e sérias, bem como
para cobrar e promover a fiscalização que todos os cidadãos de bem deveriam fazer sobre
seus governantes e representantes.
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