terça-feira, 3 de junho de 2025

Home Office: O Paraíso por Trás da Tela

 

Imagem - Forbes Brasil
Acordar, dar um “bom dia” para o gato e iniciar o expediente sem enfrentar trens lotados nem ônibus atrasados. Quem não sonha com isso?

Para muitos, a volta obrigatória ao escritório se transformou em pesadelo diário e, em alguns casos, foi a gota d’água para uma demissão voluntária.

Imagine passar quase cinco horas por dia no percurso casa-trabalho-casa, dividindo espaço com multidões apressadas e calor humano demais (às vezes de um jeito ruim). Não é só o tempo perdido, mas a energia drenada, o estresse acumulado e a sensação de que, quando você finalmente chega, já não tem pique para pensar.

Muitos comprovaram que, para trabalhar, não serve só ter um crachá. É preciso dispor de um Tempo Perdido no Trânsito.

Por trás de metas e relatórios, existe algo mais valioso do que o holerite: a qualidade de vida. Cuidar da saúde, acompanhar um filho na escola ou simplesmente ter 30 minutos a mais para aproveitar o café da manhã virou luxo.

Quem experimentou o home office descobriu que a jornada flexível tem um valor irrecusável. E aí, diante de promessas de aumento salarial, preferiu recusar a lotação do trem e manter a sanidade.

Dados mostram que 86% das pessoas se sentem inseguras nas ruas. No transporte público, o risco de assédio, de assalto ou até de ficar ilhado em enchente realça a sensação de vulnerabilidade. Trabalhando de casa, não se está completamente livre de perigos, mas, ao menos, não se enfrenta o risco constante de uma ‘aventura urbana’ a caminho do escritório.

O trabalho remoto mostra que produtividade não depende de sede física no prédio. Cursos online pipocam, e quem escolheu o home office encontrou tempo para se qualificar sem driblar trânsito. Ao fechar o notebook, pode tomar um banho e assistir à família, algo inimaginável para quem, até pouco tempo, saía de casa ainda meio dormindo e só voltava quase na hora de dormir.

No Brasil e no mundo, uma pesquisa apontou que 33% dos executivos pensam em deixar o emprego ao serem obrigados a voltar ao escritório. Aqui, um incontável número de profissionais pediu demissão em 2024, e 15,7% deles apontaram a falta de flexibilidade como motivo direto. O presencial, antes exaltado como “essencial para a cultura”, hoje é visto por muitos como sinônimo de atraso, afinal, quem quer desperdiçar horas preciosas no transporte quando pode entregar relatórios do sofá?

Moral da história: o home office vai além de trabalhar de pijama. É a chance de recuperar tempo, cuidar da saúde, evitar riscos e, ao mesmo tempo, produzir. Se você já experimentou esse modelo, considere com carinho antes de aceitar a carda ao escritório lotado. Qualidade de vida não é modismo, mas direito.


Um comentário:

  1. Perfeito, nunca encontrei tanta disponibilidade como agora. Parabéns pelo conteúdo.

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