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Para muitos, a volta obrigatória ao escritório se
transformou em pesadelo diário e, em alguns casos, foi a gota d’água para uma
demissão voluntária.
Imagine passar quase cinco horas por dia no
percurso casa-trabalho-casa, dividindo espaço com multidões apressadas
e calor humano demais (às
vezes de um jeito ruim). Não
é só o tempo
perdido, mas a energia drenada, o estresse acumulado e a sensação de que,
quando você
finalmente chega, já
não tem pique
para pensar.
Muitos comprovaram que, para trabalhar, não serve só ter um crachá. É preciso
dispor de um “Tempo
Perdido no Trânsito”.
Por trás de metas e relatórios, existe algo mais
valioso do que o holerite: a qualidade de vida. Cuidar da saúde, acompanhar um
filho na escola ou simplesmente ter 30 minutos a mais para aproveitar o café da
manhã virou luxo.
Quem experimentou o home office descobriu que a
jornada flexível tem um valor irrecusável. E aí, diante de promessas de aumento
salarial, preferiu recusar a lotação do trem e manter a sanidade.
Dados mostram que 86% das pessoas se sentem
inseguras nas ruas. No transporte público, o risco de assédio, de assalto ou
até de ficar ilhado em enchente realça a sensação de vulnerabilidade.
Trabalhando de casa, não se está completamente livre de perigos, mas, ao menos,
não se enfrenta o risco constante de uma ‘aventura urbana’ a caminho do
escritório.
O trabalho remoto mostra que produtividade não
depende de sede física no prédio. Cursos online pipocam, e quem escolheu o home
office encontrou tempo para se qualificar sem driblar trânsito. Ao fechar o
notebook, pode tomar um banho e assistir à família, algo inimaginável para
quem, até pouco tempo, saía de casa ainda meio dormindo e só voltava quase na
hora de dormir.
No Brasil e no mundo, uma pesquisa apontou que 33%
dos executivos pensam em deixar o emprego ao serem obrigados a voltar ao
escritório. Aqui, um incontável número de profissionais pediu demissão em 2024,
e 15,7% deles apontaram a falta de flexibilidade como motivo direto. O
presencial, antes exaltado como “essencial para a cultura”, hoje é visto por
muitos como sinônimo de atraso, afinal, quem quer desperdiçar horas preciosas
no transporte quando pode entregar relatórios do sofá?
Moral da história: o home office vai além de
trabalhar de pijama. É a chance de recuperar tempo, cuidar da saúde, evitar
riscos e, ao mesmo tempo, produzir. Se você já experimentou esse modelo,
considere com carinho antes de aceitar a carda ao escritório lotado. Qualidade
de vida não é modismo, mas direito.
Perfeito, nunca encontrei tanta disponibilidade como agora. Parabéns pelo conteúdo.
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