| Imagem - ICL Notícias |
Foi isso que vimos neste sábado, em São Bernardo
do Campo. Não era apenas um discurso, mas um chamado histórico, um gesto
de rebeldia contra a desigualdade que por séculos negou aos filhos dos pobres o
direito de sonhar em pé de igualdade com os filhos dos ricos.
Luiz Inácio Lula da Silva, Lula, um
operário que se fez presidente, falou com a convicção de quem conhece a dor de
ver portas fechadas. E, de novo, defendeu a educação como a mais poderosa
arma de libertação coletiva, mesmo sabendo que “a Faria Lima vai brigar com
a gente”.
Ao propor a universalização do Pé-de-Meia,
Lula fala de justiça. A de garantir que
nenhuma menina precise abandonar a escola por falta de dinheiro, que nenhum
jovem desista do futuro por causa de cinquenta centavos de diferença. E quando
ele diz que a “filha da doméstica deve poder fazer o Enem ao lado do filho da
patroa”, não é retórica e sim um tapa de dignidade num sistema que ainda
insiste em reproduzir castas.
Mas Lula foi além.
Acenou para a América Latina com um sonho de soberania educacional.
Uma doutrina própria, feita por latino-americanos e para latino-americanos, que
liberte nosso continente do olhar submisso.
Não é bravata nacionalista. É estratégia de
dignidade. Um povo educado não se ajoelha.
Dialoga de igual para igual.
Sim, os donos do dinheiro vão reclamar. Já
começaram. Porque cada real investido num jovem que sonha é um real a menos no
cofre dos que lucram com a ignorância.
Mas educação não é gasto. É investimento em futuro, em liberdade, em
soberania.
E quando ele alerta pra que não desanimem, para
que “entrem para a política, porque o político bom está dentro de vocês”, Lula
acerta na veia.
A transformação não será feita por anjos descendo
dos céus, mas por jovens conscientes, críticos e mobilizados.
Essa é a revolução silenciosa que assusta os
poderosos. Um povo que pensa, questiona e vota com
autonomia.
E é por isso que cada escola, cada cursinho
popular, cada Pé-de-Meia entregue, cada menina que continua estudando é, na
prática, um ato de resistência democrática.
O Brasil já aprendeu uma lição essencial. Que nenhum
banqueiro é mais forte do que um povo educado.
E se a Faria Lima vai chiar, que chore de inveja
ao ver o país aprender a voar.
Tenho esperanças que Lula consiga em um futuro bem próximo, realizar essa transformação no nosso Brasil!!
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