Nesta quinta-feira, em Brasília, o presidente
nacional do Partido dos Trabalhadores, Edinho Silva, marcou
presença no 16º Congresso do Partido Comunista do Brasil ao lado do
presidente Lula e de lideranças históricas da esquerda brasileira.Fotos: Murilo Nascimento
Recebido com carinho pela presidenta comunista Luciana
Santos, Edinho exaltou a longa caminhada conjunta entre PT e PCdoB, uma
aliança forjada nas ruas, nas lutas mais duras e nas conquistas mais luminosas
de nossa história recente.
Desde 1989, quando Lula disputou sua primeira
eleição presidencial ao lado de PCdoB e PSB, a união entre petistas e
comunistas vai muito além de cálculos eleitorais. É uma aliança de projeto, sustentada
por sonhos comuns de justiça social, soberania nacional e democracia popular.
Como bem disse Edinho.
Sua fala, no entanto, foi mais do que uma
celebração de laços. Foi também um chamado à lucidez e à resistência. Edinho
destacou que este congresso ocorre num “momento crucial” em que crises
globais e ameaças autoritárias tentam redesenhar o mapa do poder no mundo.
Lembrou que a crise de 2008 revelou as entranhas
vorazes do capitalismo financeiro, aprofundando desigualdades e reacendendo
forças reacionárias que muitos julgavam derrotadas no pós-guerra. Mencionou as
ofensivas conservadoras que atravessam a América Latina, como as ações do
governo Trump e as constantes agressões ao povo venezuelano, exemplos dolorosos
de como a extrema direita internacional opera contra a soberania dos povos.
No cenário nacional, Edinho celebrou a derrota do
fascismo nas urnas em 2022, quando o povo brasileiro reconduziu Lula à
Presidência, mas advertiu que ainda não “impusemos a derrota final à extrema-direita.”
O episódio de 8 de janeiro de 2023 foi, como ele
lembrou, um grito de alerta onde a democracia precisa ser defendida todos os
dias, com coragem e organização.
Para Edinho, garantir a reeleição de Lula em
2026 não se trata apenas de disputar um pleito, mas de assegurar a
continuidade de um projeto de país, um Brasil justo, igualitário e
soberano, que não se curva ao ódio nem ao autoritarismo.
Entre as bandeiras que devem pulsar no coração da
esquerda, destacou o enfrentamento à concentração de renda, o fim da jornada
6x1, a tarifa zero pro transporte público, a transição energética para o Brasil
sustentável e políticas de segurança pública democráticas, rompendo com a
lógica do autoritarismo.
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