 |
Imagem DL News |
Na
tarde desta segunda-feira, mais conhecida como ontem, o vereador João Paulo
Rillo do PSOL de São José do Rio Preto, minha cidade, fez o que todo
representante do povo deveria fazer. Ouvir
a comunidade, respeitar a lei e pressionar para que direitos básicos sejam
garantidos.
Rillo
protocolou uma representação no Ministério Público e na Defensoria Pública
cobrando a criação de mais dois Conselhos Tutelares na cidade, uma necessidade
gritante que não dá mais para empurrar com a barriga.
Rio
Preto tem quase 500 mil habitantes. Pela recomendação do Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente, deveria ter um Conselho Tutelar para cada
100 mil moradores. Hoje, a cidade conta com apenas dois, um na Zona Norte,
outro na Zona Sul e sobrecarregados, com dez conselheiros se desdobrando para
atender uma demanda cada vez maior.
Quem
conhece a realidade da proteção à infância sabe que a falta de estrutura
fragiliza o combate à violência contra crianças e adolescentes, compromete o
acompanhamento de famílias em situação de vulnerabilidade, atrasa respostas
urgentes em casos de abuso, abandono ou negligência.
Uma
cidade que cresce precisa ampliar a rede de cuidado e não fechar os olhos para
as suas crianças.
A
Prefeitura, por sua vez, diz que já está tomando providências para ampliar o
atendimento. Que bom, né? Então que
assine embaixo da representação de Rillo e mostre serviço, porque direito de
criança não é favor, mas prioridade constitucional.
Quando
um vereador se junta ao Ministério Público, à Defensoria e à sociedade civil
para exigir políticas públicas de verdade, é um sinal de que a democracia
respira mesmo num ambiente político tão adverso para quem defende direitos
humanos.
Mais
conselhos tutelares não são só um número a mais. São braços, olhos, ouvidos e
voz para proteger quem mais precisa. São mais conselheiros de portas abertas em
cada bairro, mais presença do poder público onde muitas vezes só chega a
omissão.
Portanto,
todo apoio ao mandato do vereador João Paulo Rillo, que honra o papel
fiscalizador, cobra o Executivo e caminha lado a lado com quem luta para fazer
valer o Estatuto da Criança e do Adolescente.
A
infância não pode esperar. E quem fecha os olhos para isso, pactua com a
violação de direitos.
Que
Rio Preto tenha coragem de ser exemplo. Mais proteção, mais cuidado, mais
presença do Estado onde a criança é prioridade absoluta.