segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Proletarier aller Länder, vereinigt Euch!

FOTO - BRASIL DE FATO


Nilson Dalleldone
nilsondalledone@gmail.com




 Edição do riso

A OTAN caiu numa armadilha...

Divirta-se!

A Rússia ridicularizou os senhores da guerra da OTAN - Tratado do Atlântico Norte, ao provocar uma operação de “caçada ao Oreshnik vermelho”. O objetivo russo, em represália ao ataque da OTAN com seis mísseis de longo alcance ATACMS norte-americanos ao aeródromo de Taganrog, foram armazéns, aeródromos militares e instalações energéticas ucranianas, estas entre 51% – 70% já inoperantes, o que afeta consideravelmente o complexo industrial-militar ucraniano. 

Você acreditou que foi isso mesmo que aconteceu?!

Então, ria de você mesmo e divirta-se por ter caído, junto com os supostos maiores senhores da guerra da OTAN, numa fantástica arapuca e ria, ria, ria...

O objetivo verdadeiro dos russos era pegar em cheio os sistemas antimísseis da OTAN instalados na Ucrânia, na verdade, o que resta deles... Agora, você já começa a entender a situação...

Que armadilha os russos prepararam para a OTAN?

Sem qualquer compromisso de notificar o inimigo, porque a gerência Donald Trump anulou o tratado para armas de alcance médio, os russos avisaram que lançariam mísseis desse tipo contra alvos na Ucrânia. Então, sem pensar duas vezes, o Alto Comando da OTAN, que já apresenta severos problemas cognitivos, entendeu que os russos, em questão de horas, lançariam mísseis Oreshnik de última geração, aquele sem equivalente no mundo. 

Deu certo! 

A OTAN preparou um gigantesco e muito custoso operativo, para acompanhar o lançamento e a trajetória do míssil Oreshnik. V. Zelensky entrou em pânico e estava com medo de gravar vídeo sobre derrubada em massa de mísseis e drones russos, o que nunca acontece por completa incompetência dos países da OTAN. Não se deve esquecer que o ditador e criminoso V. Zelensky estava muito assustado, mas como genocida que é, foi parte na decisão de não se estabelecer trégua no Natal e nem de trocar prisioneiros. O desespero de V. Zelensky chegou a tal ponto que pedia, histericamente, a OTAN mais armas antimísseis, para derrubar os mísseis hipersônicos russos, mesmo sabendo que não existem tais armas com essa capacidade.

A Rússia enganou os serviços de inteligência da OTAN com um míssil Oreshnik que nunca alçou voo. Aconteceu, entretanto, uma feroz batalha estratégica entre a Rússia e a OTAN, envolvendo os principais quartéis generais dos EUA e da Rússia. Foram os EUA que deram a ordem de atacar Taganrog com mísseis, em 11 de dezembro, sendo o objetivo provocar a Rússia, para que usasse os mísseis Oreshnik, outra vez.

O fato é que o lançamento de teste do míssil Oreshnik, em 21 de novembro, contra a gigantesca fábrica de Dnepropetrovsk, a Yuzhmash, readaptada pelos neonazistas ucranianos e pela OTAN para produção de armas, foi inesperado. Os serviços de reconhecimento espacial, aéreo e terrestre dos senhores da guerra não tiveram tempo, para coletar dados importantes sobre as características do lançamento, da trajetória de suas várias seções, o rastro térmico deixado na atmosfera pelo portador a cada segundo de voo, a altitude em que os motores deixaram de funcionar, informações básicas para entender até que ponto eram verdadeiras as afirmações de V. V. Putin, presidente da Rússia, de que as defesas antimísseis do Ocidente eram impotentes contra o míssil Oreshnik. Por isso, os EUA precisavam de outro lançamento do novo míssil russo.

Todos os sistemas de rastreamento do Ocidente estavam prontos para detectar o Oreshnik, no lançamento e em voo. Observou-se um movimento sem precedentes dos satélites espiões da OTAN, desde a região de Kaliningrad até a região do rio Volga, de onde partiu o primeiro míssil Oreshnik contra a grande fábrica, em 21 de novembro. É óbvio que reorientar e ajustar a órbita de um satélite espião fica muito caro e considere-se que sua reserva de combustível é pequena e qualquer erro pode liquidar um satélite que custa centenas de milhões de dólares. 

Em 13 de dezembro, as forças da OTAN entraram em alerta de combate e lançaram aviões e caças de reconhecimento. Pela primeira vez, um avião de reconhecimento britânico, acompanhado de caças de cobertura sobrevoou a zona do Mar Negro e, por várias horas, ficou sobre a região, aparentemente, aguardando que o míssil Oreshnik partisse. Por fim, retornou a sua base. 

Da operação contra o míssil Oreshnik participaram todos os equipamentos eletrônicos e todos os sistemas de defesa aérea da OTAN, na Ucrânia. Mas todos os esforços de reconhecimento foram em vão, porque o míssil Oreshnik não compareceu. Segundo Serguei Marshenko, especialista militar, foram avistados aviões-espiões em todas as fronteiras russas. 

O truque deu certo e o Estado Maior russo aproveitou, ao máximo, o fato de que todos os equipamentos da OTAN estavam funcionando com capacidade máxima. Os complexos de rádio-reconhecimento e de defesa aérea, funcionando a potência máxima, foram cuidadosamente observados pelos sistemas de radares voadores russos, indicando os objetivos das forças de mísseis. E exatamente esses sistemas de defesa aérea se transformaram em objetivo principal dos mísseis russos e não outros, como se previa.

Não se sabe ainda em quanto os russos conseguiram reduzir as defesas aéreas da OTAN, na Ucrânia, mas, inclusive antes dos ataques russos da Sexta-Feira Negra, V. Zelensky e seu Ministro de Assuntos Exteriores começaram a gritar desesperados que necessitavam com urgência de 20 sistemas de defesa aérea Nassan, Hawk, Iris-T e Patriot. Ao todo, V. Zelensky implorou por, pelo menos, 30 a 40 baterias de defesa aérea de médio e longo alcance e 300 a 400 lançadores. O custo de uma bateria Patriot ultrapassa um bilhão de dólares. E cada míssil custa entre 1 e 3 milhões. Para que se possa comparar, o último pacote de ajuda militar de Joe Biden para a Ucrânia foi de 500 milhões de dólares. Como informa o canal de Telegram Militarist, os pedidos de sistemas de defesa aérea de Kiev estão aumentando, o que pode indicar que os sistemas de defesa ucranianos estão sendo destruídos regularmente. O desejo de V. Zelensky de receber entre 10 e 12 sistemas Patriot esbarra em um pequeno problema, porque os EUA só têm, ao todo, 14 sistemas Patriot.

Ao se avaliar o ataque massivo da Sexta-Feira Negra contra a Ucrânia, o especialista militar Yuri Podolyaka indicou que o importante não é o número de objetos atingidos, mas o fato de que “todos os objetos que nossos mísseis atacaram, foram atingidos”. Em outras palavras, os sistemas de defesa aérea das Forças Armadas da Ucrânia, ou o que resta deles, não conseguiram proteger nenhum dos objetos. Segundo especialistas, os mísseis de cruzeiro russos voavam a altitude ultrabaixa, impedindo que fossem vistos e alcançados pelos sistemas de defesa aérea ucranianos sobreviventes.

Desse modo, o Estado Maior russo superou os serviços de inteligência da OTAN. Por culpa dos EUA que ousaram desafiar a Rússia, a Ucrânia mergulhou na escuridão com quase todos seus sistemas energéticos, criados no período soviético, destruídos. Os sistemas de defesa aérea da OTAN sofreram perdas significativas. As forças de espionagem espacial dos países da OTAN desperdiçaram recursos gigantescos. O míssil Oreshnik levantará voo, mas somente quando os russos necessitem dele. 

O prefeito de Kiev, Vitaly Klischko, declarou que Kiev se tornará inabitável e já começou a se preparar para o pior, porque não haverá eletricidade, água ou calefação. Como nos filmes de desastres de Hollywood, resta dizer: “Corre e foge, enquanto tenha tempo!” Vitaly Klischko, ainda, informou que, no caso de temperaturas congelantes, o serviço público de Kiev será obrigado a drenar a água das tubulações, para evitar acidentes na rede de calefação. Acrescentou que, no momento, não será iniciada a evacuação da cidade, mas que isso pode acontecer. Os centros de calefação já estão abarrotados de gente.

O observador militar, Vlad Schlechenko, em seu canal de Telegram, observou que o regime neonazista da Ucrânia continuará a provocar a Rússia, para que ataque o sistema energético, de modo que possa utilizar o desastre humanitário, para obter dinheiro de outros países. O sofrimento humano em larga escala pode se tornar um importante instrumento para V. Zelensky e sua quadrilha, já que restam poucas formas para continuar a ter assistência de outros países. 

As instituições governamentais não poderão fazer muita coisa, exceto trazer para Kiev equipes de reportagem estrangeiras. A alta burguesia ucraniana, surgida com base no roubo aberto de bens públicos, durante o desmantelamento da União Soviética, juntamente com os propagandistas ocidentais, podem transformar o sofrimento em massa de civis num filme para Hollywood, a ser mostrado ao mundo inteiro. 

Na medida em que as temperaturas de inverno vão dominando cada vez mais a paisagem, a vida na Ucrânia vai-se tornando mais insuportável. Já não conseguem derrubar nem drones russos, ampliam a lei marcial e, apesar da fadiga do povo, V. Zelensky e sua quadrilha estão dispostos a enterrar outros milhares de ucranianos, para atingir seus fins políticos. Porém, dentro de seis meses, não haverá recursos para enfrentar os russos. A administração Biden, enquanto isso, pressiona para que se rebaixe a idade de alistamento militar de 25 para 18 anos, o que significa despovoar a Ucrânia, para continuar enriquecendo o complexo industrial-militar norte-americano.

O que você deve fazer diante de tamanha tragédia? Você deve explicar a todas as pessoas que puder alcançar que a alta burguesia dos EUA não se incomoda em destruir qualquer povo do mundo e não há exceções, desde que aumente seus lucros. O complexo industrial-militar norte-americano e europeu, com seus braços em Israel, Coreia do Sul, Japão e outros países são capazes de apoiar e praticar genocídios, sem nenhuma consideração humanitária. Como fazem isso? Utilizam-se de bandidos fascistas e nazistas de todo e qualquer lugar. Afinal de contas, na Ucrânia, os serviços de inteligência da OTAN colocaram no governo, em 2014, por meio de golpe de Estado, neonazistas locais, dispostos a entregar as imensas riquezas ucranianas para grandes empresários norte-americanos e europeus, mesmo ao preço de destruição e mortes em massa. Se você está se lembrando do Brasil sob o governo Bolsonaro que matou 712 mil brasileiros por covid-19 e lançou à fome outros 32 milhões, você ligou uma coisa a outra, porque Jair Bolsonaro e sua quadrilha são todos fascistas, são de extrema direita e serviçais da alta burguesia, quer dizer, dos super ricos e defensores do retorno à escravidão de trabalhadores de todas as cores e tonalidades.

Você entendeu?

Neonazistas ucranianos e fascistas (bolsonaristas) brasileiros, em essência, representam a mesma coisa. Você encontrará seus alvos facilmente!

Movimente-se!

Tome atitudes!

Ainda há tempo de frear e fazer retroceder a barbárie das burguesias de todos os lugares. O mundo não pertence a eles. De fato, o mundo não pertence a ninguém e nada se levará deste mundo, não importa o quanto alguém tenha açambarcado.

Vamos ao que nos une!

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

A difícil arte de manter uma posição concreta

 


"Votar Nulo não é sacanagem.
É posição.  É também ato de coragem."




É muito triste ser submetido a julgamentos pretenciosos de companheiros históricos por conta de uma posição concreta, pensada e bem refletida, como declarar, publicamente, o voto nulo em um processo eleitoral.

Não me causaria tristeza ou qualquer sentimento ruim, que essas acusações sob o conceito de “covarde”, “omisso”, viessem de pessoas nada comprometidas com a militância política.  Afinal, nós temos dito sempre a estes, da importância de se participar do voto, sendo ele um importantíssimo instrumento e ferramenta da Democracia.

Já quando companheiros e camaradas que conhecem os meandros de uma atuação política o fazem, estão usando de maldade e oportunismo.

Ocorre que há uma gigantesca diferença entre voto nulo e voto em branco.  E espero que disso ninguém discorde.

Votar branco significa não votar.  Se abster do direito e do dever de votar.  Talvez, nem ir à eleição. 

Já o voto nulo, de maneira clara e objetiva significa rejeição, protesto, indignação.  Não aceitação do que está posto.  E é bom lembrar, não se trata de falta de espírito democrático ou de aceitação de derrota, como possa parecer.

A legislação se equivoca ao colocar, na mesma bacia, essas duas posições.

Uma reforma política é urgente e deve sim considerar que se a maioria de uma população não quer um ou mais candidatos, eles devem sim dar lugar a alternativas escolhidas por esses eleitores.

Óbvio que tendo perdido (em número de votos) as eleições, fica parecendo despeito e até pode causar certo pensamento de um ridículo esperneio.

Oras, ninguém aqui está achando que vai “ferrar” o processo eleitoral, ou anular as eleições, ou o que o valha. 

Essa posição é realmente e unicamente por não acreditar que qualquer das possibilidades disponíveis, nem de longe representam o anseio ou as respostas para o que se quer.

É as enxergar de forma muito similar no que elas têm de pior, de danosas.

Depois de muitas eleições em minha vida, inclusive algumas que me impuseram votar no “menos pior”, sinto-me hoje com coragem e tranquilidade para afirmar que minha postura pelo “nulo” não carrega ódio, revanchismo, mas sim amor por Rio Preto.


domingo, 13 de outubro de 2024

OS EFEITOS DE SE VOTAR “NULO”

 

Em todas as eleições, sobretudo ao conversar com algumas pessoas nas ruas sobre as opções de votos, não é raro ouvirmos frases como:

“Com meu voto ninguém vai roubar”.

Ou então:

“Eu é que não vou ser responsável por botar fulano(a) lá”.

Ocorre que, sabidamente, a legislação eleitoral faz com que esse tipo de protesto seja inócuo, pra não dizer, represente apenas falta de politização.

Ao considerar apenas os votos válidos na contagem final, os tribunais eleitorais desprezam a grande diferença entre votar branco e nulo, colocando ambos “no lixo”.

Pra começar é importante lembrar que votar é um direito conquistado com grande sacrifício, uma vez que escolher os governantes era, num passado não tão distante, privilégio das elites, de homens brancos e poderosos.

Ao permitir o voto às mulheres, aos analfabetos e até torná-lo obrigatório entre 18 e 70 anos, demos uma boa guinada nesse ato democrático de escolher nossos representantes.

Claro, falta muito para que votar seja considerado um exercício máximo de cidadania.  Mas já é um bom começo.

Filho de uma época em que imperava a Ditadura Militar no Brasil, sei bem o que é não poder escolher os representantes, sobretudo o presidente do país, tendo que aceitar como mandante da nação, por exemplo, alguém que declarava abertamente preferir cheiro de cavalo, do que de povo.

Por isso, dou sim muito valor ao ato de votar.

Mas, voltando ao que vinha discorrendo, quero pensar na diferença entre os votos.

Votar em branco é quando não comparecemos ou optamos, nas teclas da Urna Eletrônica, por assim proceder. Seria o ato de se abster do direito e do dever de votar.

Já anular, para mim pelo menos, revela um sentido prático e real de rejeição absoluta ao que se apresenta como alternativa.

É sim, portanto, uma opção. Um voto, na minha concepção, tão válido quanto a escolha de “x” ou “y”.

Votar nulo é um direito do eleitor, estabelecido inclusive na Constituição Cidadã de 1988. Não encaro como abstenção, o que pra mim, de novo, reveste o ato de votar Branco.  Anular o voto, considero o que já defini por rejeição.

Mostro, por meio dele, o descontentamento com os candidatos postos, como se exigisse, pela maioria do voto nulo, uma nova eleição, com novos participantes.

Seria o ápice da democracia contar com essa força de “barrar” quem não acreditamos dignos de nos representar, de não administrar nossa cidade, estado ou país.

Infelizmente, no entanto, o entendimento dos que elaboram e aprovam as leis por aqui, desfavorece quem pensa como eu. Uma reforma eleitoral que considerasse essa hipótese está pra lá de atrasada.

A bem da verdade, antes esse fosse o único problema.  Lembro ainda dos inúmeros subterfúgios que permitem que um candidato de “ficha suja” ou que tenha processos em discussão, às vezes até com condenação, possa competir, ganhar e até tomar posse.

Louco isso, não?

Ainda sobre voto nulo, chamo a atenção para um artigo presente no Código Eleitoral.  O 224 que versa sobre a nulidade e chega a dizer que “ao atingir a mais da metade dos votos do país nas eleições presidências, do Estado nas eleições estaduais ou do município, nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20(vinte) a 40(quarenta) dias.”

Só que o entendimento quanto a nulidade, fica limitado a condições específicas como fraudes, incorreções em processos burocráticos etc.

Ou seja, votar nulo, tal qual votar em branco, passa a não significar absolutamente nada para efeito de contagem final.

Viajando muito no pensamento, eu fico imaginando uma situação em que alguém me pergunta se eu prefiro morrer de tiro ou de acidente, em que eu não possa simplesmente responder que eu prefiro não morrer.

Oras se tenho que escolher entre uma ideologia autoritária, antidemocrática, castradora de direitos e uma outra figura que, de algum modo, difira pouquíssimo desta e acrescente ainda práticas atrasadas e assombradas por dúvidas sobre conduta (e não falo de moralismo tão somente), não tenho pois o direito de rejeitar a ambos os casos e ter o respaldo da legislação pra isso?

Pois é. 

Militantes oportunistas ou críticos de todas as espécies e cores, costumam cobrar de nós, militantes permanentes, a correção de erros históricos.  Mas a “culpa” nem sempre é nossa.

Onde estavam esses no terrível golpe militar, no impeachment que apeou uma presidenta honesta, ou mesmo diante dos exagerados desmandos da Lava Jato?

Sempre nas ruas, sempre nas trincheiras, pessoas como eu têm sim o direito de protestar contra modelos que não só, não se enquadram naquilo que reputamos como avanço, mas sobretudo representem atraso cruel e danoso.

Jamais imaginei uma campanha assim.  Em que eu tenha, não por revolta ou despeito, mas por convicção, que pregar a fortíssima rejeição às opções deixadas pelo eleitorado.

Até porque, nessa configuração, seja o resultado qual for, o vencedor e seu projeto serão enfrentados por aqueles que, como eu, jamais desistem da luta.

Políticas públicas de meio ambiente para além do indivíduo

 



Silvana Torquato Duarte

Engenheira Florestal
Mestra em Agronomia - UFRRJ
Especialista em Educação Ambiental - UNB
Carioca, mãe de 4 filhos, 
militante ecossocialista e antinuclear.




Sempre que sou convidada a falar de meio ambiente faço referência à necessidade de instituirmos políticas públicas de meio ambiente. Esse mantra encontra justificativa na contraposição a algo falacioso em que querem que acreditemos: que a preservação ambiental é possível a partir de mudanças individuais.

 

Confuso? Então vamos trazer alguns exemplos para ajudar na reflexão que proponho nesse texto.

 

Um dos problemas provocados pelas mudanças climáticas é a alteração dos ciclos hidrológicos, e aqui em São José do Rio Preto temos ano a ano lidado com estiagens mais prolongadas. Se chove menos temos menos água disponível para consumo. Sendo assim, é razoável pensar que precisamos racionar o consumo. Campanhas orientando a população a não regar plantas, não lavar calçadas, para que diminuam o tempo no banho, reduzam o uso da máquina de lavar, etc., são veiculadas nas mídias. Tudo certo, mas tem um probleminha. Os maiores consumidores de água no Brasil, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA) são a indústria e o agronegócio, que juntos são responsáveis pelo consumo de 70% da água doce disponível. Então, é razoável considerar que, ainda que toda a população de Rio Preto decida reduzir a níveis mínimos o uso/consumo de água, ainda assim, a economia de água gerada ficará aquém do necessário para evitar um colapso hídrico.

 

Seguindo com nossa reflexão, quando pensamos na emissão de CO2 na atmosfera lembramos da queima de combustíveis fósseis, que produz o efeito estufa, que, por sua vez, contribui para as mudanças climáticas. Se todos nós parássemos de usar nossos carros e motos menos CO2 seria lançado na atmosfera, porém cerca de 85% do combustível fóssil queimado é para produzir energia gasta pela indústria/agroindústria.

 

Com esses dois exemplos creio que começa a ficar claro que atitudes individuais, mesmo que sejam adotadas por todos os indivíduos de uma sociedade, são insuficientes para impedir o avanço da crise climática e seus eventos extremos.

 

A ideia de que cabe ao indivíduo e não às corporações a responsabilidade por estabelecer padrões adequados de consumo dos recursos naturais é, no mínimo, equivocada. Antes do indivíduo, a indústria que lucra com a exploração dos bens naturais, que mesmo diante de crises produz bens na lógica da obsolescência programada, que limita sua vida útil para manter o consumo contínuo e crescente, cabe a essa indústria rever padrões de produção no que se refere ao uso dos recursos naturais.

 

Podemos citar também os resíduos sólidos e a pressão para que as cidades implantem programas de coleta seletiva. Para além da cobrança sobre o consumidor, que deve se responsabilizar pela destinação adequada do seu lixo, vemos novamente as indústrias, que são as maiores produtoras de lixo, sendo deixadas em segundo plano. Ou seja, coloca-se o indivíduo no centro da causa e solução do problema, e deixa-se de lado o que de fato precisa ser pensado, que é o sistema produtivo: quem produz, o que produz, quanto produz e pra quem produz.

 

Diante do desafio de reverter as condições que alimentam a crise climática, acreditar que basta que individualmente se faça a escolha certa é, além de tudo, desconsiderar que em sociedades tão desiguais como a nossa nem sempre é possível fazer escolhas. Enquanto a classe média pode optar por roupas ecológicas, alimentos orgânicos, deslocar de bike ou mesmo a pé até locais de seu interesse, a maioria da população brasileira, e em Rio Preto não é diferente, não tem escolha. Consome o que pode, quando pode.

 

Se você chegou até aqui, espero que agora entenda porque falo tanto em políticas públicas de meio ambiente. Justiça ambiental se conquista com justiça social e regulação do capital. Antes de pedir a uma dona de casa que não regue suas plantas, pense em dizer para a indústria que ela está obrigada a promover novas tecnologias para uso e consumo dos recursos naturais, e que é obrigada a produzir bens duráveis, reduzindo o consumo e a geração de lixo.

 

Só com políticas públicas de meio ambiente assertivas e controle social conseguiremos avançar!



quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Terceira Guerra Mundial em andamento...


 


 Nilson Dalledone
nilsondalledone@gmail.com




Depois do ataque maciço com mísseis balísticos das Forças Armadas do Irã contra a entidade sionista (Israel), as tensões no Oeste da Ásia (Oriente Médio) chegaram ao ponto de rompimento, devido à disputa pela supremacia regional entre Irã e a entidade sionista (Israel). O ataque maciço do Irã contra os ocupantes da Palestina foi uma clara resposta ao assassinato dos líderes do Hamas e do Hezbollah e uma represália contra o ataque com pagers explosivos que causou muita indignação no mundo árabe. Entretanto, a entidade sionista (Israel) fingindo que o ataque de represália iraniano foi uma agressão não provocada, ameaça vingança a qualquer custo. 

Funcionários da entidade sionista anônimos informaram que estão considerando a possibilidade de atacar instalações nucleares e de produção de petróleo, assim como setores de comunicação e do sistema bancário iraniano, além de realizar assassinatos seletivos contra figuras-chave da liderança do País. Chegou-se ao ponto de um chefete do serviço de segurança sionista ameaçar assassinar o líder supremo do Irã, Ali Khamenei.

É por isso que as FDI – Forças de Defesa Israelenses estão buscando formas, para superar as defesas antiaéreas iranianas e alcançar seus objetivos. Enquanto isso, o Irã continua reforçando suas defesas com a ajuda da Federação Russa que forneceu sistemas S-400 e caças Sukhoi 35. 

De fato, a entidade sionista só enfrenta sozinha inimigos inferiores e, mesmo assim, com grandes fornecimentos de bombas e armas norte-americanas. É fato que a entidade sionista (Israel) bombardeou civis indefesos em Gaza e no Líbano, com a aprovação do governo norte-americano, mas, para atacar o Irã, dependeria da intervenção direta dos EUA e de seus aliados da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte. Qualquer ataque ao Irã depende do apoio de países ocidentais com presença militar no oeste da Ásia, especialmente dos EUA que garantiriam o abastecimento de armas e munições à entidade sionista, assim como alta disponibilidade dos ativos da Força Aérea Israelense. Teriam de oferecer, também, acesso às informações de sua rede de satélites e dos serviços de inteligência da OTAN, forçada, então, a usar intensivamente aviões AWACS.

Especialistas em Ásia Ocidental têm ressaltado o papel de um importante documento do Broking Institution, elaborado, para oferecer recomendações à alta burguesia dos EUA e seus serviçais sobre como defender seus interesses perante o Irã.  O documento com data de 2009, intitulado “Que caminhos devemos seguir rumo à Pérsia”, recomenda utilizar a entidade sionista (Israel) como proxy, para defender os interesses ocidentais, permitindo que, quando houver ataques contra o Irã, seja plausível negar de onde vieram de fato, incluindo a devastação da economia e infraestrutura básica do Irã, e, também, de suas instalações nucleares. A culpa, nos termos do Direito Internacional, recairia em seu peão sionista e não nos EUA e seus aliados da OTAN. No capítulo V desse documento atualizado, com o subtítulo “Deixe-o para Bibi”, estimula a entidade sionista (Israel) a promover ataques em toda a região contra rivais dos EUA. “Bibi” é um apelido popular do criminoso nazi-sionista Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense.

Esse documento ressalta que em caso de ataques aéreos norte-americanos contra o Irã, o objetivo seria destruir as instalações nucleares-chave iranianas, na esperança de atrasar significativamente a capacidade nuclear desse país. Entretanto, nessa opção, os EUA não só estimulariam, mas também ajudariam a entidade sionista a realizar tais ataques, porém, desviando as represálias iranianas e a crítica internacional contra a entidade sionista (Israel), de modo semelhante ao uso pela OTAN da Ucrânia, para atacar a Federação Russa. 

O Irã tem sido classificado por muitos anos como um dos quatro grandes rivais do poder ocidental, ao lado da República Popular da China, Rússia e a República Popular da Coreia do Norte. A suposta carência de armas nucleares pelo Irã faria com que a República Islâmica seja o elo mais fraco desse eixo. É por isso que um ataque sionista suficientemente devastador contra o Irã poderia ter consequências geopolíticas muito favoráveis para o mundo ocidental. O mais provável é que a entidade sionista (Israel) seja o único a lançar ataques reais, mas fortemente respaldados por vários países membros da OTAN, primeiramente, pelos EUA. A chegada do chefe do comando central dos EUA a Tel-Aviv, em 5 de outubro, aumentou o consenso de que o próximo ataque será estreitamente coordenado com os EUA e seus aliados da OTAN.

O resultado dos atuais confrontos é incerto. A possibilidade de que os EUA confiem na entidade sionista (Israel), como um proxy, para lançar ataques na Ásia Ocidental continua sendo significativa. No entanto, as análises norte-americanas e de seus aliados menores da OTAN poderiam estar errados.  

O Irã aumentou sua capacidade de ataque notavelmente nos últimos anos. O país islâmico adquiriu ativos para ataque e defesa que não existiam antes. Por outro lado, enquanto os analistas ocidentais tinham certeza de que o Irã não teria armas nucleares, é mais do que provável que a República Islâmica já as tenha. E as capacidades de represália iranianas são bastante consideráveis. Seus mísseis podem alcançar os países europeus da OTAN e superar todas suas defesas aéreas, não importa se se trate dos EUA, da entidade sionista (Israel) ou da Jordânia. Está demonstrado na prática. 

E a situação da OTAN e de seus satélites se agravou muito em 5 de outubro, às 12:35 h, horário iraniano. Nesse instante, ocorreu um abalo sísmico de 4.6, na escala Richter, em Aradan, na província de Semnan, com epicentro a menos de 5 km da superfície, captados por uma estação sísmica da Armênia. Trata-se de algo muito estranho, porque essa região, próxima ao deserto de Kavir, não é propensa a terremotos e a profundidade em que os abalos teriam acontecido, seriam muito próximos da superfície. Um dia antes, o Aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, fez referência a um acontecimento milagroso que traria uma nova “Batalha de Kaybar”, confronto entre os primeiros muçulmanos e uma comunidade judia, em Khaybar, em 628 d.C. Suspeita-se que o Irã tenha feito seu primeiro teste nuclear, tal como EUA, União Soviética e outros fizeram a seu tempo.

Evidentemente, Ali Khamenei não se refere à continuação de nenhuma guerra religiosa, mas à terrível luta que travam os povos da Ásia Ocidental contra o colonialismo e o imperialismo. O Estado artificial de Israel pouco tem a ver com Bíblia ou com religião, ainda que use de argumentos religiosos e de “religiosos enviados por Satã”, para justificar sua existência e ferocidade. 

Se a República Islâmica do Irã tivesse usado armas nucleares em sua represália contra os monstros sionistas, em 1º de outubro, a entidade sionista não existiria mais. Ocorre que os iranianos somente atacaram alvos militares importantes. Não faz parte de sua doutrina militar, tal como acontece com a Rússia, bombardear populações civis. Por isso, estão apostando no enfraquecimento dos EUA e no desaparecimento gradual de Israel, sem a necessidade de promover qualquer carnificina. É outra lógica. Não custa aprender.

O início de uma guerra interminável na Ásia Ocidental é uma das possibilidades mais assustadoras para a OTAN. Se a Federação Russa intervier a favor do Irã, complicaria consideravelmente as operações da OTAN, pondo em risco sua segurança, inclusive, no continente europeu.

Todos os seres humanos são tripulantes de uma mesma nave chamada Terra. Os quatro países que compõem a coluna vertebral do Eixo da Resistência contra o imperialismo norte-americano e o que resta do colonialismo europeu não só denunciam os crimes da alta burguesia global contra a humanidade, como sua intenção descarada de reduzir a população mundial por meio de guerras, fome e pandemias, mas também assumem compromissos práticos, como o intenso respaldo a todas as forças que combatem imperialistas e colonialistas, não importa a cara que tenham.

Faça sua parte todos os dias, como meio para salvar a humanidade de uma hecatombe nuclear que é cada vez mais iminente.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Sol de Minha Vida

O sol que outrora sempre brilhava

No amanhecer de minha existência

E que, com abundante luz e calor

Inundava de vida todo o meu ambiente,

De repente, sem que eu percebesse,

Foi aos poucos se extinguindo,

Aos poucos, foi se apagando,

Até dar lugar a escuridão.

Foi então que eu percebi que devia,

À vida, dar mais intenção,

Pois era a tua jovial companhia

A causa de minha alegria,

E que alegravas com teu sorriso,

Meu carente e sofrido coração.


    Gomes de Castro
(Carlos Alberto Gomes - meu pai, para minha mãe Darci Antunes Gomes)

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

CADEIRADA

 


Gerando todo tipo de indignação e ao mesmo tempo conseguindo “chamar a atenção” de forma desmedida, o candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, auto denominado Coach, usa táticas de campanha abomináveis que tornam sua imagem desqualificada para o cargo pleiteado de prefeito da Maior Cidade da América Latina.

Familiarizado no ambiente digital, Marçal é acusado de aplicar golpes na internet, particularmente contra idosos, o que aumenta as preocupações sobre sua ética e integridade.

Suas estratégias provocativas são utilizadas em todos os encontros com os outros candidatos ao cargo, mas com foco no candidato mais velho da disputa, José Luiz Datena, que tem o dobro de sua idade, evidenciando a preferência do provocador em atuar contra pessoas de mais idade.

Tanto tentou que causou o desequilíbrio no candidato que na noite de ontem avançou sobre Marçal com uma cadeira para lhe desferir “porradas”.

Embora nenhuma violência pode ser aceita ou justificada, as violências verbais e a “covardia” do jovem coach na sua atuação também merece o repúdio e a contundente ação da Justiça Eleitoral.

Uma cidade, do tamanho e dimensões da capital paulista não pode correr o risco de ser entregue às mãos de tal indivíduo que, além de não possuir escrúpulos, nada mais faz que “farras” no seu modo de buscar votos/likes.

Que a população de São Paulo ponha a mão na consciência e entenda seu papel na estrutura de nosso país e garanta a seriedade da escolha.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

A AGENDA 30 - COMPROMISSOS COM O PLANETA A PARTIR DAS CIDADES

 


Vi com tristeza a imprensa de minha cidade noticiar o descaso de alguns candidatos a prefeitura de Rio Preto com a Agenda 30 que é um conjunto de diretrizes que visa promover o desenvolvimento sustentável e a justiça social.

Marco Rillo é um candidato que se destaca por seu compromisso e se manifesta em várias frentes:

Defende políticas que priorizam a preservação do meio ambiente, promovendo práticas que reduzem a emissão de carbono e incentivam o uso de energias renováveis. Essa é uma visão fundamental para garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações de riopretenses.

 

Também aborda a redução das desigualdades sociais. Marco Rillo tem falado em criar oportunidades para todos, promovendo inclusão social e acesso a serviços essenciais, como educação e saúde, especialmente para as os mais vulneráveis.

 

Rillo acredita na importância da democracia participativa. Incentiva a mobilização e a participação da população nas decisões que afetam suas vidas, o que é um princípio central da Agenda 30. Isso fortalece a cidadania e a coesão social.

 

Seu programa busca integrar soluções inovadoras que utilizem a tecnologia para enfrentar desafios sociais e ambientais. Isso não apenas moderniza a gestão pública, mas também promove um desenvolvimento mais eficiente e inclusivo.

 

Propõe um modelo de governança que envolve a colaboração entre diferentes setores da sociedade – governo, empresas e organizações civis – para o cumprimento dos objetivos da Agenda 30.

 

Em resumo, a candidatura de Marco Rillo é uma oportunidade de avançar na implementação desse assunto na cidade, promovendo um futuro mais justo, sustentável e democrático.

 

Seu compromisso e visão são essenciais para transformar desafios em oportunidades e construir uma sociedade melhor para todos.



terça-feira, 27 de agosto de 2024

33 ANOS

Nesse mês de agosto estou completando 33 anos no exercício ininterrupto de minha profissão como Corretor de Seguros.

Em todo esse período fui também lojista, proprietário de escolas, palestrante, instrutor de cursos profissionalizantes, consultor de franquias e gestor de expansão e operações de redes.  Estudei 4 anos do curso de Direito, mas me formei em Administração Pública pela UFOP - Federal de Ouro Preto.  

Nunca, desde agosto de 1991, deixei de exercer diariamente a profissão para a qual me entreguei de corpo e alma e que aprendi com meu pai, Carlos Gomes, na sua Rio Preto Corretora de Seguros que ficava na rua Tiradentes, em frente à Bradesco Seguros.

O Corretor de Seguros, na sociedade moderna, desempenha um importante papel, a saber, o de intermediário essencial entre seguradoras e clientes finais.  Por que intermediar?  Simples.  Para que os clientes não paguem pelo que não precisam e não deixem lacunas, entre as coberturas que verdadeiramente os irão proteger. 

Ao disponibilizar seu conhecimento técnico, esse profissional analisa as necessidades específicas de cada cliente, chamado segurado, oferecendo a ele, soluções personalizadas e na medida certa que se alinham às realidades financeiras e situação de cada um.

Defensores dos direitos do consumidor, os corretores esclarecem cláusulas contratuais complexas e evitam surpresas desagradáveis no momento da sinistralidade ou ocorrência que exige a manifestação das companhias de seguros.  É assim que os corretores facilitam, auxiliam e se posicionam, colocando-se ao lado do cliente em primeiríssimo lugar, ao contrário de instituições bancárias, por exemplo, que negligenciam o apoio de quem mais precisa em nome de suas diretorias e financiadores.

Com um vasto leque de opções, eu por exemplo, opero em todos os ramos com apólices para automóveis, residências, empresas, frotas, eventos, exercício profissional, vida e saúde, viagens e outras modalidades.

Não por acaso, vivenciei coisas incríveis, como participar de indenizações salvadoras à famílias apavoradas pela perda do seu mantenedor, até a reconstrução de prédios ou galpões afetados por incêndios e outros reveses. 

Sem dúvidas contribuo, bem como meus colegas de profissão, à propagação da cultura de prevenção ao conscientizar a sociedade da importância do seguro como componente do planejamento financeiro e repositor de prejuízos inesperados.  Além disso, operamos mitigando o impacto de catástrofes que poderiam fazer sucumbir negócios inteiros pela falta dessa proteção.

Afirmo sem reservas que a atuação como Corretor de Seguros me permite contribuir para a valiosa estabilidade econômica e social de famílias inteiras ao fomentar a segurança e promover a garantia de atividades empresariais múltiplas.

O seguro, apesar de arrecadar um montante expressivo da sociedade, devolve boa parte desse valor à comunidade na forma de indenizações, exames, restituições, além de salários e comissões que movimentam a economia como um todo. E não é loucura dizer que, à medida que repõe danos a pessoas, desonera o Poder Público de algum desembolso ou custo operacional de caráter previdenciário ou socorro obrigatório.

Nunca deixarei de lembrar de cada um dos colegas corretores, bem como dos muitos parceiros das seguradoras que fizeram parte de minha história.  Todos, alguns já falecidos, foram fundamentais para eu me desenvolver como profissional e mesmo hoje, depois de vários erros e acertos, conservo gratidão e respeito profundo por cada uma e cada um.

Sou orgulhoso de meu trabalho e grato a meu pai que o deixou tão sólido em minha consciência.  Acima de todo o exposto, sei que os mais preciosos valores dessa atividade são a ética, a transparência e a qualidade do trabalho.


quarta-feira, 29 de maio de 2024

Edição do Fim do Mundo



Nilson Dalledone
nilsondalledone@gmail.com



Dissuasão nuclear significa que seu inimigo sabe que, no caso de qualquer ato mal calculado, você aperta o botão do Juízo Final. Em 06 de maio de 2024, o Presidente V. V. Putin deu ordem para iniciar a preparação das armas nucleares não estratégicas para combate, diante da ameaça de desembarque de tropas europeias da OTAN, na Ucrânia. 

O Estado Maior da Federação Russa, por ordem do Comandante em Chefe das Forças Armadas, começou os preparativos, para realizar exercícios com unidades de mísseis do Distrito Militar Sul, para cumprir missões de combate, segundo informa o Ministério de Defesa da Rússia. Os exercícios têm a finalidade de aumentar a preparação e prontidão de forças nucleares não estratégicas e de manter a capacidade de combate tanto do pessoal como dos equipamentos, para entrar em operação a qualquer momento, numa situação de aumento constante das tensões com o Ocidente imperialista, em consequência do conflito na Ucrânia.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, informou que exercícios com armas nucleares não estratégicas têm relação direta com as declarações de governantes ocidentais de enviar tropas à Ucrânia. A Federação Russa, em diversos momentos, avisou que a resposta seria um ataque nuclear preventivo e devastador, conforme as doutrinas militares ocidentais dos tempos da Guerra Fria que, agora, são possíveis graças às armas hipersônicas russas e a evidente vantagem do arsenal nuclear russo.

A doutrina militar da Federação Russa, até há bem pouco tempo, determinava que a Rússia não realizaria o primeiro ataque, exceto a partir de determinado umbral de risco ao país, sendo continuidade da política militar da extinta União Soviética. Mas, recentemente, V. V. Putin advertiu os países europeus, membros da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte -, de que nem teriam tempo de invocar o Artigo 5 da Carta dessa organização, em caso de confronto real. 

É possível supor que está sobre a mesa um plano de ataque de tal magnitude, em tal velocidade e, principalmente, tão definitivo que não haveria tempo, para qualquer reação do Ocidente imperialista. É provável que o conceito de “guerra nuclear limitada” ou o conceito de “primeiro ataque nuclear”, tão estudados pelos EUA, após o fim da Guerra Fria, para desarmar seus inimigos com um ataque inicial contra suas forças nucleares e, ao mesmo tempo, conseguindo conter um contra-ataque com seus sistemas antimísseis, como o THAAD e AEGIS, assim como usando as tecnologias furtivas de ataque com os aviões F-117 Nightrock, o B-2 Spirit, o F-22 Raptor, o F-35, apontavam para essa estratégia, supondo que a Rússia, a China Popular, a Coreia do Norte e o Irã e qualquer outro país hostil não conseguiriam desenvolver contramedidas efetivas. Grave engano da alta burguesia norte-americana e de seus funcionários do Pentágono!

No imaginário norte-americano e de seus aliados menores, numa primeira opção, seria possível um ataque de contraforça dirigido exclusivamente contra as forças nucleares inimigas e seus ativos militares mais importantes. Em outra opção, num ataque de contraforça estendido, aniquilaria todas as forças convencionais do inimigo, toda sua infraestrutura militar e civil. Numa terceira opção, um ataque de contravalor limitado seria dirigido aos centros de poder político e social. Numa quarta opção, a guerra nuclear seria total, com aniquilação completa do inimigo.

Teoricamente, os EUA, superiores tecnologicamente, poderiam lançar um ataque nuclear inicial e seletivo de forma furtiva, desarmando seu inimigo ou aniquilando-o completamente, conforme exigisse a situação e, ainda, impedindo o contra-ataque principal. Ocorre que essa teoria perdeu a validade, porque os EUA perderam a vantagem tecnológica.

É preciso entender que um país, além de seu arsenal nuclear, deve ter vetores de ataque. Um artefato nuclear não tem nenhum valor, se não houver possibilidade de entregá-lo em território inimigo. Então, um avião de combate, um bombardeiro, um míssil balístico intercontinental e, inclusive, uma arma hipersônica, onde a Federação Russa tem uma vantagem gigantesca sobre a OTAN, em seu conjunto, são fundamentais.

Quando V. V. Putin fala de um ataque que não daria tempo de reação aos aliados da OTAN, não está brincando. Um ataque nuclear inicial russo contra a OTAN europeia, a partir da Bielorrússia e Kaliningrad, com mísseis hipersônicos Kinzhal, permitiria desarmar a quase toda OTAN europeia em 10 (dez) minutos, tornando um primeiro ataque russo um grande êxito militar. Na linguagem militar da OTAN, seria um ataque de contraforça estendido, sendo seu objetivo hangares e pistas de caças e de bombardeiros encarregados de entregar a dissuasão nuclear da OTAN, suas bases navais, os silos baseados no continente europeu, as principais bases militares, complexos de defesa antiaérea e sistemas mais convencionais, como os ICBM, liquidando qualquer ativo militar que torne viável um contra-ataque, incluindo instalações de infraestrutura crítica, sem ter de tocar em áreas populosas. Um ataque, nessa escala, não seria de aniquilação, possibilitando, ainda, alguma resposta vinda de submarinos estratégicos britânicos e franceses que poderiam lançar um ataque nuclear, arriscando escalar o conflito. Entretanto, essas armas se baseiam nos mesmos princípios das norte-americanas, sendo muito antigas e de efetividade duvidosa.

Numa guerra nuclear, não há garantia de coisa alguma, mas a Federação Russa, para se contrapor a um ataque nuclear limitado, possui sistemas hipersônicos, como o sistema A235 Nudol e S-500, complementados por sistemas antibalísticos como o S-400 e o S-300, que mesmo não tendo efetividade total, conseguem proteger até 95% dos objetivos dentro da Federação Russa. Considerando que a OTAN não possui armas hipersônicas, simplesmente não haveria outro contra-ataque mais efetivo. 

Num cenário como esse, os EUA não se sacrificariam pela Europa e, provavelmente, fariam um acordo com a Federação russa para desescalar o conflito, dando garantias para a situação não se tornar ainda pior. Seja como for, esse nível de confronto, já criaria um cenário quase apocalíptico, constituindo um ataque de último recurso, em toda a extensão do significado dessa palavra, mas ainda assim considera-se viável, mesmo que muito improvável, enquanto a OTAN europeia não cruzar a última linha vermelha, crendo que poderia derrotar a Rússia numa guerra convencional. As palavras de V. V. Putin são um aviso, mas antes são um convite para a reflexão, já que num cenário de guerra como esse ninguém ganhará. Sequer o plano de guerra nuclear limitada é plausível, se os EUA acabarem se envolvendo no conflito. Por isso, não há nenhuma garantia de que o cenário de guerra nuclear limitada não extravase para guerra total. Ninguém deseja que esse cenário se torne realidade. 

Que os países membros da OTAN não se arrisquem a dar nenhum passo impensado! Os atuais dirigentes do mundo capitalista não servem de termos de comparação com seus antecessores que comandaram seus países durante a Guerra Fria e que não cometeram o ERRO FATAL. A Rússia de hoje é diferente da União Soviética, seus líderes são outros e, diante de qualquer ameaça de destruição ou desintegração, acionarão o botão do apocalipse. As maletas estão sempre à mão e não haverá ataque de surpresa contra a Rússia, China Popular, Coreia do Norte ou Irã, tal como sonham os atuais dirigentes políticos e militares do mundo capitalista, testas de ferro de poderosa e criminosa burguesia globalista.

Faça sua parte, mas viva, enquanto pode. No caso de uma hecatombe nuclear, em 30 minutos, quando muito um pouco mais, tudo estaria acabado. Por mais algumas horas, continuarão os intercâmbios nucleares em larga escala, até que tudo, em todo o planeta, seja abafado pelo silêncio do inverno nuclear...

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Carta do Vô Tato

 

São José do Rio Preto, 05 de julho de 2003
(Daniel e Yeva ainda não haviam nascido)
 
Meus queridos netos...
 
Quando vocês lerem este escrito, com capacidade de reflexão, eu talvez não mais esteja aqui.
Vocês acabam de comemorar aniversário de nascimento por esses dias e eu, pelo amor que dediquei à sua avó e a meus filhos, seu tio e pai, e que, agora em grande parte transfiro a vocês, não posso deixar de dar-lhes o que chamaria de “mensagem”.
Apesar de a vida nos dias atuais se nos apresentar cheia de tribulações e, via de regra, nos trazer muitos dissabores, vale à pena ser vivida.
Digo-lhes que vale a pena porque, se soubermos vive-la com amor, o pouco de bom que ela nos oferece por certo há de nos trazer muita alegria e felicidade.
Para isto, queridos, precisamos desde pequenos aprender muitas coisas.
A base da felicidade, que nos vem da própria criação, como dom que Deus nos outorga, vocês a possuem: o lar.
Lar é uma pequena palavra, fácil de se pronunciar, mas nem sempre encarada com seriedade e devido valor.
Lar é intimidade vivida com amor, respeito e caridade de pais e filhos que o formam.
Felizmente vocês têm pais que, pelo menos creio, vivem no amor.  Se isto não sucedesse, creio que seria complicado.  Talvez eu possa me referir mais particularmente ao seu pai pois, afinal de contas é meu filho a quem sempre muito amei.  Se algo me tranquiliza, tenham certeza, é de que ele os formará e os enquadrará nessa base a que me refiro.
Mas, não basta que tenhamos essa base, esse lar, se não cuidarmos desde jovens a completa-la, a soltar suas ramagens, de forma que tragam guarida, calor e amor a quem quer que nelas se abrigue.
Por isso, filhos, precisamos atentar para certos requisitos. Não devemos nos preocupar em demasia com “ter” esquecendo-nos que é mais importante “ser”.  Desta forma poderemos formar nosso caráter.  Outra pequena palavra, mas de importância tão grande e que nós, na grande maioria o criamos com arranhões e cheio de imperfeições.
O caráter depende de cada um de nós.  Ao caráter, são essenciais: a vontade, a razão e a sensibilidade.
Quando dizemos:  “Sou assim, são coisas de meu caráter...” Isto demonstra falta de caráter.
Um homem de caráter precisa também saber dizer “não”.  Aprendam a dizer não quando não podem ou não devem dizer “sim”.
Sejam pessoas humildes mas não se contentem com vossos rasantes, façam como as águias: Voem alto.
Tenham fé. Fé em um Deus criador, misericordioso e verdadeiro. A fé em Deus é o grande suporte que nos guia e nos protege nos momentos mais difíceis.
Tenham fé nas pessoas mas, acautelai-vos com elas.  Às vezes, devemos ser humildes como cordeiros, mas termos a esperteza, a astúcia de uma serpente.
Estudem sempre. O estudo é grande responsável pela formação cultural de vocês.  Mas nunca deixem de ler.  Leiam bastante, mas leiam coisas que lhes tragam algo de positivo, quer no campo cultural, quer no entretenimento.
Dia chegará em que vocês perceberão a necessidade de ter uma companheira.
Que Deus lhes ajude para que suas escolhas sejam acertadas.  Que elas lhes sejam como um órgão transplantado que venha lhes apresentar indícios de refeição.
Se souberem procurar, por certo hão de encontrar uma alma “gêmea” que passará a ser parte de cada um de vocês, como um enxerto de uma planta, e que frutificarão consigo.
Quando forem procurar um trabalho, busquem aquele com o qual vocês se identificam e que o desempenharão com sofisticação.
Sejam obedientes sempre que necessário e lembrem-se: humildade não é sinônimo de submissão.
Peçam a proteção dos anjos. Aliás, por que não de São Gabriel e São Rafael? São-lhes onomásticos e por certo lhes darão guarida sempre que necessário se fizer.
Sejam caridosos. Lembrem-se que uma palavra de carinho torna-se muitas vezes um grande ato de caridade pois o amor é o maior símbolo da caridade.  E, se perceberem que não tem o que dizer ou não o devam fazer, aprendam a calar-se.
Tanto no lar, trabalho ou qualquer segmento da sociedade, sejam como o sal, que apesar de em pequenas pitadas, é indispensável.  Sejam também indispensáveis, mas sem presunção, com humildade.
Aprendam a agradecer, principalmente a Deus que os criou e deu-lhes um lar que a muitos tem faltado.
Por fim, quando olharem para uma foto de seu avô, uma foto qualquer, tenham a certeza de que, através dela, estarei a abençoá-los.
Agradeço a Deus por ter-me dado vocês.  Vocês são “meus pingos de gente” que Ele colocou em minha “viagem”.
Perdoem-me por eu ter um dia descido em uma estação e, quando o trem partiu, tê-lo perdido e não mais estar à vidraça com vocês, vendo tudo que passa...
Deus os abençoe.
Seu avô,
Carlos Alberto (Tato).

 

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Brasil da Esperança, Rio Preto da Esperança.

É na eleição municipal que a democracia fica mais evidente, pois é nas cidades que os cidadãos de um país podem se manifestar de maneira mais direta e clara afim de escolherem seus representantes locais.

Nossa cidade, São José do Rio Preto, traz consigo o peso de ser uma das mais importantes cidades do Estado de São Paulo. Até por isso, a unidade entre o Partidos dos Trabalhadores (PT), o Partido Verde (PV) e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) se mostra tão fundamental.

Claramente oposição ao que está vigente há décadas no município, a Federação Brasil da Esperança oferece uma alternativa diferente aos eleitores e busca ampliar a mobilização aumentando as chances de conquistar a confiança daqueles descontentes com a atual e as últimas administrações.

Ao agregar suas forças, propósitos e postulados, as três legendas ampliam a representatividade política e agrega diferentes olhares e perspectivas ideológicas, embora próximas, a um único e coeso plano de governo.

O PT com sua histórica luta em defesa dos direitos sociais e inclusão, o PCdoB representando as grandes lutas democráticas do país e o PV com sua preocupação ambiental, farão juntos um governo inovador, progressista e humano.

Aberta ainda à adesão de partidos e federações que emprestarão sua força no combate ao atraso, ao fascismo e impactarão positivamente nas vidas do rio-pretense, a candidatura representada pela Federação defenderá uma agenda avançada, com vistas á Educação, Saúde, Esporte, Moradia, Empregos, Segurança, Cultura e Meio Ambiente.  Propostas conjuntas de gente séria e comprometida com a vida.

É nesse cenário polarizado e ao mesmo tempo fragmentado que a unidade partidária em questão compartilhará recursos materiais e humanos em prol de uma nova cidade.  

segunda-feira, 22 de abril de 2024

FEDERAÇÃO

 


Diferente, até para os mais experientes militantes da política, o modelo da Federação Partidária, aprovado pelo Congresso em 2021, autoriza os partidos a aturarem de maneira conjunta como um preparo para possíveis e futuras fusões entre si.

As eleições municipais de 6 de outubro próximo serão as primeiras nesse formato.

As legendas unificadas pela Federação funcionarão como um único partido e forçosamente deverão permanecer juntas pelos 4 anos de mandato.  Caso alguma se retire antes, perde os direitos, a verba dentre outras punições.

A campanha eleitoral, o apoio aos candidatos e tudo o mais como distribuição e aplicação de recursos, arrecadação, contagem de votos para a composição dos coeficientes etc., acontecerão dentro do âmbito da Federação, inclusive a prestação de contas.

Assim, e por óbvio, ao compor uma Federação os partidos devem apresentar um mínimo de coerência programática.

É o que acontece por exemplo com a federação Brasil da Esperança na qual se encontram os partidos PT, PV e PCdoB.

Dentro da Federação, os partidos, em conformidade com suas métricas, apresentam candidaturas às vagas proporcionais (vereadores) que juntas vão somar e compor o número necessário para alcançar vagas e cadeiras nas Câmaras Municipais.

Ao mesmo tempo, enquanto não termina o prazo de definição, as legendas presentes na Federação podem apresentar pré-candidatos à candidatura majoritária (prefeito) que deverá ser afunilada e apresentada unanimemente para concorrer ao pleito.

Legítima, democrática, essa possibilidade permite aos partícipes da Federação a discussão, diálogo, conhecimento, comparação, análise e escolha consciente e madura de seu representante.  Privilégio para quem está dentro do processo e também para quem se coloca ao dispor desse coletivo com seu nome.

Sair defendido e apoiado por todos os partidos membros, significa sair forte e com foco de todos.

Não há deméritos nessa aparente disputa, que na verdade é apenas um movimento a mais no tabuleiro interno.

O PCdoB de Rio Preto encarou com grande responsabilidade esse momento novo da política e primando pela unidade, primeiro dos partidos da Federação e também de todo o conjunto do campo em que atua, tem buscado promover, entre os dois pré-candidatos apresentados pelo PT e pelo PV, uma conversa amistosa e aberta antes de manifestar “de público” qualquer lado.

Não se trata de falta de posicionamento ou de preferência, nem de afinidade programática, mas antes e objetivamente, a congruência de ideias, de forças e de trabalho.

Com a proximidade do prazo para a finalização, a Federação deve oficializar seu pré-candidato único, o que deverá acontecer nos próximos dias.

No entanto, havendo dois pré-candidatos, mesmo que haja uma votação entre os partidos membros, não havendo unanimidade (3 a zero no caso da Brasil da Esperança), quem define o nome único é a esfera superior da Federação (estadual).

O que o PCdoB busca, em suma, é evitar que isso aconteça, trabalhando para que a decisão ocorra na própria instância municipal e dentro de um espírito fraterno, livre e tranquilo, conciliador a exemplo do que tem sido a prática da principal liderança da esquerda brasileira, o presidente Lula.

Confiante na trajetória e história dos postulantes e no senso de entendimento de que urge combater o mesmo adversário comum, o PCdoB aposta na unificação das propostas e por ela vem torcendo.

quinta-feira, 7 de março de 2024

Ser uma nova versão.


Muitas vezes eu me ponho a aconselhar pessoas.  Desde os filhos, companheira, amigos e até quem não pede conselho algum.

Feio isso, né? Além de irresponsável de minha parte.

Não sou guru, filósofo, cientista e muito menos profissional do ramo psicológico. Tampouco milionário ou famoso. Com que moral ou autoridade eu resolvo que posso dar palpites?

Contudo, penso eu, pode ser que esse hábito seja resultado de uma vida de muitas experiências boas e que externá-las me dê mesmo muita satisfação. E claro, se isso de fato ajudar alguém, tanto melhor. Caso contrário, basta desprezar e pronto.

Pensando assim, prossigo para ressaltar algumas coisas que realmente me fizeram ou estão me fazendo uma pessoa melhor. No mínimo causando impacto e promovendo comportamento diferente, geradores de resultados novos e, no meu caso, apreciáveis.

Tudo começou quando descobri o quanto eu estava me diminuindo e empobrecendo minha autoestima.

Desde a postura com a qual me sentava em uma cadeira pra conversar com alguém, até meu modo de andar, estavam revelando minha decadência, o peso sobre os ombros de ter falhado, caído, desanimado ou fracassado em alguma coisa.

Certo que havia motivos pra eu me sentir daquele jeito, mas exibir com tamanha competência os resultados negativos, era demais. Desnecessário até.

Então comecei a prestar a atenção.  A ocupar mais os espaços onde estivesse.  Andar ereto, sentar-me mais elevado e erguer a cabeça sempre.  Incrível como modifica até o olhar do interlocutor, além de nos deixar mais bonitos e altivos. Chega a aumentar a confiança e a credibilidade na gente.

Creio que só esse procedimento pode alterar os resultados de uma negociação e favorecer a conversa.

E para além da postura física, relevante se faz também cuidar da comunicação.

Reclamar e justificar o tempo todo são atitudes tão “broxantes” para os outros, quanto o que lhes causa quando vivemos a olhar pro chão ou andar curvado.

Ninguém na face da Terra, por mais que nos ame, quer ficar ouvindo nossas lamúrias, problemas e dores.  Certas pessoas podem até suportar por algum tempo, se condoer ou se emocionar.  Mas em sã consciência, quem quer gastar energia, ficar triste ou abalado pelos revezes de alguém?

Reclamar e murmurar não resolvem, aprofundam os problemas e criam uma atmosfera de desesperança, tristeza e desânimo contagiantes.

Se alguém perguntar como vai a vida, a melhor resposta, ainda que talvez não totalmente sincera, será dizer que vai muito bem, graças a Deus. Até pra que passe a ir.

Mesmo os insetos são atraídos pela luz.  Então, que possamos brilhar ao invés de turvar, obscurecer ou lançar trevas sobre as demais almas.

E se reclamar é feio, ficar apontando culpados para todos os nossos erros ou infortúnios é trágico, além de cruel e injusto.

Traz mais admiração para alguém quando assumimos nossas responsabilidades, do que quando nos esquivamos delas com desculpas amarelas. 

Trocar o buscar culpados por encontrar solução, será de fato o melhor caminho.

Agora atenção!

Substituir a reclamação e o andar cabisbaixo pelo autoelogio, pelo muito falar de si é ainda mais desprezível.

Pessoas que precisam ficar exaltando suas qualidades, geralmente são inseguras, pouco humildes e desacreditadas.

Arrancamos elogios reais quando nossas ações dão testemunho de nossas qualidades, não quando falamos sobre elas.

É lamentável assistir pessoas que precisam exaltar seus talentos e feitos para merecerem algum respeito. 

Aliás, falar demais não favorece.  Ouvir mais que falar, eis o segredo que vale milhões e tão pouca gente consegue praticar.

Quando falamos muito, principalmente sobre nós mesmos, acabamos por revelar o que mais queríamos esconder.

Isso me lembra quando, ainda moleque, tinha que contar alguma “lorota” para meus pais afim de me livrar de repreensões.  Justificava, explicava, voltava, falava e com toda essa insistência, acabava por deixar explicitada minha culpa.

Não seria ótimo ser reconhecido como uma pessoa que não mente, não reclama, não critica, sabe escutar e exala gentileza até quando está em silêncio?

Quero ser essa pessoa.  Estou lutando muito para isso. 

Quando me pego aumentando ou diminuindo uma virgula em algo que estou comentando, na mesma hora me desminto, mesmo correndo o risco de ficar patético.  Que mania de enfeitar as coisas que alguns de nós tem, né? Isso já quase não me pertence mais.

Não se ganha empatia ou simpatia por tornar alguma coisa mais completa ou complexa do que na realidade é.  Basta a verdade pura.  Ela, por si só, já é extraordinária.

Até por isso, passei a escolher melhor meus pensamentos.

Pensamentos viram palavras e palavras se tornam atos.  Então já mato na mente quando algo ruim aparece.

Uma dor, um incômodo físico, uma chateação, uma preocupação ou problema que surjam, dou um jeito de rejeitar imediatamente e substituir por algo melhor, animado, positivo. Nunca admirei ninguém que fosse negativo, pessimista, acovardado.  Tenho, ao contrário, profundo respeito por pessoas positivas, motivadas, que tem brilhos nos olhos.  Por que então logo eu tenho que ser o inverso disso?

Já me basta ser um cara que se sabota sempre que as coisas parecem dar certo.

Não sei se pensava que não merecia desfrutar algo bom, mas era só as coisas começarem a dar certo, eu desistia, abandonava ou achava um jeito de arrumar defeito.

Ia à academia e bastava ficar mais bonito, disposto, que logo desanimava e faltava, até abandoná-la.  Começava um livro bom e era só me interessar muito pela narrativa e crescer com ela, para criar preguiça de continuar a leitura.  Inclusive ganhar dinheiro.  Era ganhar algum extra para logo em seguida gastá-lo sem cautela, ficando na mesma hora sem ele.  

Hoje, virei um desafiador de mim mesmo.

Quando um pensamento ameaçador vem pra me desanimar ou fazer desistir, dobro a aposta.

“Ah, tá com sono?  Então ao invés de dez, agora vai ler vinte páginas para só depois dormir.” Ou então: “Ah, tá com preguiça de ir à academia de segunda, quarta e sexta?  Então amanhã que é quinta, vai também.”

Depois que comecei a me penalizar desse modo, parei de me sabotar.

Quer saber?  A gente não precisa se depreciar.  As pessoas, sobretudo as mais próximas e claro, sem maldades e não de propósito, nos lembram o tempo todo de nossos defeitos.

Você já deve ter ouvido frases como:

“Você nunca termina o que começa.”  Ou então: “Olha pro fulano, como consegue realizar tudo o que se propõe a fazer.”

Hoje eu simplesmente sou o exemplo de mim mesmo, pois ao invés de pensar nos outros e no que os outros avaliam de mim, tento me superar a cada dia com relação a mim mesmo no dia, semana ou mês anteriores.  E isso tem provocado resultados incríveis em diversas áreas de minha vida.

Não me deixo abalar pelo medo, pelo risco de ser ridicularizado.  Gravo vídeos que, bonitos ou feios, são vistos e espalhados.  Escrevo textos que, lidos ou não, me servem de roteiro diário.  Me declaro, arrisco, ouso.  Ninguém vai juntar meus cacos além de mim, então porque economizarei ao me “jogar” em algo? Se quebrar, conserto.

Outra coisa é quando aparece o medo, a vergonha ou algo que possa me limitar. De novo, dobro a aposta. 

“Ah, quer dizer que acha que vão rir do seu vídeo? Então agora vai compartilhar no Instagram, Facebook e mandar para alguns no Whats App.”

Parece desaforo de criança, né?  Mas funciona.

É porque não adianta eu focar na insegurança.  Se meu cabelo está raleando, ao pensar nisso em uma festa ou ambiente, vou me sentir feio e mesmo se vestido com elegância, estarei mesmo feio, pelo menos pra mim. Melhor desprezar o que não tem jeito ou solução, aceitando-o com naturalidade e colocar mais peso no que dá pra valorizar. Me sentir bem vestido, ao invés de bem penteado, me fará mais confiante e consequentemente, mais bonito.

Todos já estamos familiarizados com postagens que mostram gente passeando, sorrindo, se beijando, dirigindo um belo carrão, quando muitas vezes estão em uma vida horrível.  Sozinhos, tristes, sem aventura alguma.

Essa necessidade de disfarçar a realidade faz parte da mesma insegurança de quem abusa nos filtros ou no excesso de justificativas para se mostrar o que, ou quem não é de fato.

Resumo, não adianta.

Tá certo que não tem cabimento postar coisas ruins, como que mostrem a geladeira vazia, ou a espinha inflamada no rosto.  Mas já vi postagens de gente, na frente de um carro que simplesmente estava na rua e não lhe pertencia.  Pergunto: pra quê? Pra quem?

Nunca vai adiantar.  Como diz o ditado: “o sucesso elogia em silêncio enquanto o fracasso chicoteia gritando.”

Sem falar que mostrar muita felicidade e conquistas de maneira tão ostensiva, pode provocar, mesmo em amigos preciosos, sentimentos nada apreciáveis de inveja, ciúme, incômodo, que não precisavam existir.

Fácil falar, difícil fazer.  Quem de nós ao estar com quem ama, não quer registrar o momento?  Ao conhecer um lugar lindo, ou mesmo realizar uma conquista importante, quem não quer comemorar com todo mundo?

Basta entender que há consequências e tudo bem.  E que ao ver as “comemorações” alheias, também se precisa levar em conta que possam ser um pouco além do que representam de fato, para não nos abalar, se somos fracos ou temos problemas emocionais graves.

Em resumo, não precisamos provar por postagens que temos estilo, bom gosto, dinheiro ou um(a) bom(a) companhia.  Basta vivermos isso. 

Quando temos dinheiro, dizia minha avó, até o cheiro da gente delata essa condição.  Com dinheiro, ninguém liga pros nossos erros de português, pra cor do nosso sapato ou pro volume de nossa fala. 

Pois bem.  Estou tentando viver essa nova versão.  A versão de alguém que deseja ser grato, desafiador, persistente e sobretudo jovial.

Antes me preocupava muito com minha idade, até perceber jovens de 29 anos que se mostravam com 80 anos na prática.  Me preocupava em levar "nãos" e foras, até perceber que eu era a melhor opção, na maioria das vezes para aquele cliente ou pessoa. Me preocupava em ser julgado pelos meus resultados, até perceber que saldo bancário não diz quem sou de fato e nem mostra aonde posso chegar se eu quiser mesmo.

Continuo tentando, todos os dias. Essa briga por ser uma “melhor versão” está longe de acabar.  E quer saber? Ainda que eu não consiga ser o leão que espero ser, aquele gatinho tímido e franzino que eu era, jamais serei novamente.

Proletarier aller Länder, vereinigt Euch!

FOTO - BRASIL DE FATO Nilson Dalleldone nilsondalledone@gmail.com   Edição do riso A OTAN caiu numa armadilha... Divirta-se! A Rússia ridicu...