Diferente, até para os mais experientes militantes da política, o modelo da Federação Partidária, aprovado pelo Congresso em 2021, autoriza os partidos a aturarem de maneira conjunta como um preparo para possíveis e futuras fusões entre si.
As eleições municipais de 6 de outubro próximo serão as primeiras
nesse formato.
As legendas unificadas pela Federação funcionarão como um
único partido e forçosamente deverão permanecer juntas pelos 4 anos de
mandato. Caso alguma se retire antes,
perde os direitos, a verba dentre outras punições.
A campanha eleitoral, o apoio aos candidatos e tudo o mais
como distribuição e aplicação de recursos, arrecadação, contagem de votos para
a composição dos coeficientes etc., acontecerão dentro do âmbito da Federação,
inclusive a prestação de contas.
Assim, e por óbvio, ao compor uma Federação os partidos
devem apresentar um mínimo de coerência programática.
É o que acontece por exemplo com a federação Brasil da
Esperança na qual se encontram os partidos PT, PV e PCdoB.
Dentro da Federação, os partidos, em conformidade com suas
métricas, apresentam candidaturas às vagas proporcionais (vereadores) que
juntas vão somar e compor o número necessário para alcançar vagas e cadeiras
nas Câmaras Municipais.
Ao mesmo tempo, enquanto não termina o prazo de definição,
as legendas presentes na Federação podem apresentar pré-candidatos à
candidatura majoritária (prefeito) que deverá ser afunilada e apresentada unanimemente
para concorrer ao pleito.
Legítima, democrática, essa possibilidade permite aos
partícipes da Federação a discussão, diálogo, conhecimento, comparação, análise
e escolha consciente e madura de seu representante. Privilégio para quem está dentro do processo
e também para quem se coloca ao dispor desse coletivo com seu nome.
Sair defendido e apoiado por todos os partidos membros,
significa sair forte e com foco de todos.
Não há deméritos nessa aparente disputa, que na verdade é
apenas um movimento a mais no tabuleiro interno.
O PCdoB de Rio Preto encarou com grande responsabilidade
esse momento novo da política e primando pela unidade, primeiro dos partidos da
Federação e também de todo o conjunto do campo em que atua, tem buscado
promover, entre os dois pré-candidatos apresentados pelo PT e pelo PV, uma
conversa amistosa e aberta antes de manifestar “de público” qualquer lado.
Não se trata de falta de posicionamento ou de preferência,
nem de afinidade programática, mas antes e objetivamente, a congruência de
ideias, de forças e de trabalho.
Com a proximidade do prazo para a finalização, a Federação
deve oficializar seu pré-candidato único, o que deverá acontecer nos próximos
dias.
No entanto, havendo dois pré-candidatos, mesmo que haja uma
votação entre os partidos membros, não havendo unanimidade (3 a zero no caso da
Brasil da Esperança), quem define o nome único é a esfera superior da Federação
(estadual).
O que o PCdoB busca, em suma, é evitar que isso aconteça,
trabalhando para que a decisão ocorra na própria instância municipal e dentro
de um espírito fraterno, livre e tranquilo, conciliador a exemplo do que tem
sido a prática da principal liderança da esquerda brasileira, o presidente
Lula.
Confiante na trajetória e história dos postulantes e no
senso de entendimento de que urge combater o mesmo adversário comum, o PCdoB aposta
na unificação das propostas e por ela vem torcendo.
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