São José do Rio Preto, 05 de julho de 2003
(Daniel e Yeva ainda não haviam nascido)
Meus queridos netos...
Quando vocês lerem este escrito, com capacidade de
reflexão, eu talvez não mais esteja aqui.
Vocês acabam de comemorar aniversário de nascimento por esses dias e eu, pelo amor que dediquei à sua avó e a meus filhos, seu tio e pai, e que, agora em grande parte transfiro a vocês, não posso deixar de dar-lhes o que chamaria de “mensagem”.
Apesar de a vida nos dias atuais se nos apresentar cheia de tribulações e, via de regra, nos trazer muitos dissabores, vale à pena ser vivida.
Digo-lhes que vale a pena porque, se soubermos vive-la com amor, o pouco de bom que ela nos oferece por certo há de nos trazer muita alegria e felicidade.
Para isto, queridos, precisamos desde pequenos aprender muitas coisas.
A base da felicidade, que nos vem da própria criação, como dom que Deus nos outorga, vocês a possuem: o lar.
Lar é uma pequena palavra, fácil de se pronunciar, mas nem sempre encarada com seriedade e devido valor.
Lar é intimidade vivida com amor, respeito e caridade de pais e filhos que o formam.
Felizmente vocês têm pais que, pelo menos creio, vivem no amor. Se isto não sucedesse, creio que seria complicado. Talvez eu possa me referir mais particularmente ao seu pai pois, afinal de contas é meu filho a quem sempre muito amei. Se algo me tranquiliza, tenham certeza, é de que ele os formará e os enquadrará nessa base a que me refiro.
Mas, não basta que tenhamos essa base, esse lar, se não cuidarmos desde jovens a completa-la, a soltar suas ramagens, de forma que tragam guarida, calor e amor a quem quer que nelas se abrigue.
Por isso, filhos, precisamos atentar para certos requisitos. Não devemos nos preocupar em demasia com “ter” esquecendo-nos que é mais importante “ser”. Desta forma poderemos formar nosso caráter. Outra pequena palavra, mas de importância tão grande e que nós, na grande maioria o criamos com arranhões e cheio de imperfeições.
O caráter depende de cada um de nós. Ao caráter, são essenciais: a vontade, a razão e a sensibilidade.
Quando dizemos: “Sou assim, são coisas de meu caráter...” Isto demonstra falta de caráter.
Um homem de caráter precisa também saber dizer “não”. Aprendam a dizer não quando não podem ou não devem dizer “sim”.
Sejam pessoas humildes mas não se contentem com vossos rasantes, façam como as águias: Voem alto.
Tenham fé. Fé em um Deus criador, misericordioso e verdadeiro. A fé em Deus é o grande suporte que nos guia e nos protege nos momentos mais difíceis.
Tenham fé nas pessoas mas, acautelai-vos com elas. Às vezes, devemos ser humildes como cordeiros, mas termos a esperteza, a astúcia de uma serpente.
Estudem sempre. O estudo é grande responsável pela formação cultural de vocês. Mas nunca deixem de ler. Leiam bastante, mas leiam coisas que lhes tragam algo de positivo, quer no campo cultural, quer no entretenimento.
Dia chegará em que vocês perceberão a necessidade de ter uma companheira.
Que Deus lhes ajude para que suas escolhas sejam acertadas. Que elas lhes sejam como um órgão transplantado que venha lhes apresentar indícios de refeição.
Se souberem procurar, por certo hão de encontrar uma alma “gêmea” que passará a ser parte de cada um de vocês, como um enxerto de uma planta, e que frutificarão consigo.
Quando forem procurar um trabalho, busquem aquele com o qual vocês se identificam e que o desempenharão com sofisticação.
Sejam obedientes sempre que necessário e lembrem-se: humildade não é sinônimo de submissão.
Peçam a proteção dos anjos. Aliás, por que não de São Gabriel e São Rafael? São-lhes onomásticos e por certo lhes darão guarida sempre que necessário se fizer.
Sejam caridosos. Lembrem-se que uma palavra de carinho torna-se muitas vezes um grande ato de caridade pois o amor é o maior símbolo da caridade. E, se perceberem que não tem o que dizer ou não o devam fazer, aprendam a calar-se.
Tanto no lar, trabalho ou qualquer segmento da sociedade, sejam como o sal, que apesar de em pequenas pitadas, é indispensável. Sejam também indispensáveis, mas sem presunção, com humildade.
Aprendam a agradecer, principalmente a Deus que os criou e deu-lhes um lar que a muitos tem faltado.
Por fim, quando olharem para uma foto de seu avô, uma foto qualquer, tenham a certeza de que, através dela, estarei a abençoá-los.
Agradeço a Deus por ter-me dado vocês. Vocês são “meus pingos de gente” que Ele colocou em minha “viagem”.
Perdoem-me por eu ter um dia descido em uma estação e, quando o trem partiu, tê-lo perdido e não mais estar à vidraça com vocês, vendo tudo que passa...
Deus os abençoe.
Seu avô,
Carlos Alberto (Tato).
(Daniel e Yeva ainda não haviam nascido)
Vocês acabam de comemorar aniversário de nascimento por esses dias e eu, pelo amor que dediquei à sua avó e a meus filhos, seu tio e pai, e que, agora em grande parte transfiro a vocês, não posso deixar de dar-lhes o que chamaria de “mensagem”.
Apesar de a vida nos dias atuais se nos apresentar cheia de tribulações e, via de regra, nos trazer muitos dissabores, vale à pena ser vivida.
Digo-lhes que vale a pena porque, se soubermos vive-la com amor, o pouco de bom que ela nos oferece por certo há de nos trazer muita alegria e felicidade.
Para isto, queridos, precisamos desde pequenos aprender muitas coisas.
A base da felicidade, que nos vem da própria criação, como dom que Deus nos outorga, vocês a possuem: o lar.
Lar é uma pequena palavra, fácil de se pronunciar, mas nem sempre encarada com seriedade e devido valor.
Lar é intimidade vivida com amor, respeito e caridade de pais e filhos que o formam.
Felizmente vocês têm pais que, pelo menos creio, vivem no amor. Se isto não sucedesse, creio que seria complicado. Talvez eu possa me referir mais particularmente ao seu pai pois, afinal de contas é meu filho a quem sempre muito amei. Se algo me tranquiliza, tenham certeza, é de que ele os formará e os enquadrará nessa base a que me refiro.
Mas, não basta que tenhamos essa base, esse lar, se não cuidarmos desde jovens a completa-la, a soltar suas ramagens, de forma que tragam guarida, calor e amor a quem quer que nelas se abrigue.
Por isso, filhos, precisamos atentar para certos requisitos. Não devemos nos preocupar em demasia com “ter” esquecendo-nos que é mais importante “ser”. Desta forma poderemos formar nosso caráter. Outra pequena palavra, mas de importância tão grande e que nós, na grande maioria o criamos com arranhões e cheio de imperfeições.
O caráter depende de cada um de nós. Ao caráter, são essenciais: a vontade, a razão e a sensibilidade.
Quando dizemos: “Sou assim, são coisas de meu caráter...” Isto demonstra falta de caráter.
Um homem de caráter precisa também saber dizer “não”. Aprendam a dizer não quando não podem ou não devem dizer “sim”.
Sejam pessoas humildes mas não se contentem com vossos rasantes, façam como as águias: Voem alto.
Tenham fé. Fé em um Deus criador, misericordioso e verdadeiro. A fé em Deus é o grande suporte que nos guia e nos protege nos momentos mais difíceis.
Tenham fé nas pessoas mas, acautelai-vos com elas. Às vezes, devemos ser humildes como cordeiros, mas termos a esperteza, a astúcia de uma serpente.
Estudem sempre. O estudo é grande responsável pela formação cultural de vocês. Mas nunca deixem de ler. Leiam bastante, mas leiam coisas que lhes tragam algo de positivo, quer no campo cultural, quer no entretenimento.
Dia chegará em que vocês perceberão a necessidade de ter uma companheira.
Que Deus lhes ajude para que suas escolhas sejam acertadas. Que elas lhes sejam como um órgão transplantado que venha lhes apresentar indícios de refeição.
Se souberem procurar, por certo hão de encontrar uma alma “gêmea” que passará a ser parte de cada um de vocês, como um enxerto de uma planta, e que frutificarão consigo.
Quando forem procurar um trabalho, busquem aquele com o qual vocês se identificam e que o desempenharão com sofisticação.
Sejam obedientes sempre que necessário e lembrem-se: humildade não é sinônimo de submissão.
Peçam a proteção dos anjos. Aliás, por que não de São Gabriel e São Rafael? São-lhes onomásticos e por certo lhes darão guarida sempre que necessário se fizer.
Sejam caridosos. Lembrem-se que uma palavra de carinho torna-se muitas vezes um grande ato de caridade pois o amor é o maior símbolo da caridade. E, se perceberem que não tem o que dizer ou não o devam fazer, aprendam a calar-se.
Tanto no lar, trabalho ou qualquer segmento da sociedade, sejam como o sal, que apesar de em pequenas pitadas, é indispensável. Sejam também indispensáveis, mas sem presunção, com humildade.
Aprendam a agradecer, principalmente a Deus que os criou e deu-lhes um lar que a muitos tem faltado.
Por fim, quando olharem para uma foto de seu avô, uma foto qualquer, tenham a certeza de que, através dela, estarei a abençoá-los.
Agradeço a Deus por ter-me dado vocês. Vocês são “meus pingos de gente” que Ele colocou em minha “viagem”.
Perdoem-me por eu ter um dia descido em uma estação e, quando o trem partiu, tê-lo perdido e não mais estar à vidraça com vocês, vendo tudo que passa...
Deus os abençoe.
Seu avô,
Carlos Alberto (Tato).
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