sábado, 4 de outubro de 2014

UTOPIA

Em 1516, o pensador de origem britânica Thomas Morus, publicou Utopia. 
O livro fala de um lugar perfeito onde as liberdades são uma realidade e questões que constituíam a sociedade inglesa da época são colocadas em xeque. Era como se o paraíso divino estivesse presente entre os terrenos, neste Estado Perfeito imaginado pelo autor.
Em plena Inglaterra de Henrique VIII, o escritor humanista apresenta esta verdadeira crítica religiosa, política e social, disfarçada de uma ilha imaginária onde, dentre outras coisas, seus habitantes praticam a harmonia e a posse comum.
Imagine a riqueza de tal pensamento para a época em que a posse individual era praticamente obrigatória e exuberante pela Europa de leste a oeste.
Morus ia além e pregava, já naquele momento, o trabalho de 6 horas diárias e trabalho digno e libertador, não aquele cujo trabalhador vive às custas de ricos dominadores.
Sem perceber, a defesa de muitos socialistas modernos é bastante próxima das ideias do pensador inglês do século XVI.  E como para os de seu tempo, estas ideias também hoje parecem loucura ou mera “utopia” as pessoas que as ouvem.
A busca pelo fim da miséria, do desemprego, das diferenças, das altas taxas e da valorização do trabalhador que já moviam o pensamento daquele escritor, perduram em nossos dias e os poucos que a defendem, sequer são levados em consideração.
Em uma campanha, como a que acabamos de ver, pela presidência do Brasil, estes são deixados pra trás, só participam de debates por força da justiça e quando falam, são tratados como desvairados, insanos ou sonhadores.  Meio que considerados ridículos e “zoados”.
Covardia de uma sociedade que se acostumou com os desmandos, com a prevaricação, com a exploração e a obedecer cegamente os patrões, as elites e a opinião do vizinho (via mídia).
Uma lástima sem tamanho.

Por isso eu recomendo mais uma vez a leitura da obra que não é grande em tamanho, mas ocupa toda uma biblioteca em utilidade. 

Um comentário:

  1. Esqueceu-se de dizer que ele foi condenado e morto enforcado pela igreja da época... É sempre bom lembrar as atrocidades que a religião comete contra pessoas boas neste mundo. Depois, é claro, a própria igreja o canonizou... para miséria de ambos.

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