domingo, 21 de dezembro de 2025

Soberania não se pede, se exerce

 

Imagem - ICL Notícias
Há uma palavra que assusta os impérios quando dita com serenidade: soberania. Ela não grita, não ameaça, não invade, mas resiste. É essa palavra que orienta a posição do presidente Lula diante da Venezuela e da América Latina como um todo. E é por ela que nos colocamos, sem rodeios, ao lado do direito dos povos de decidirem seus próprios destinos.

A Venezuela é um país soberano. Não é quintal, não é laboratório, não é peça de xadrez em tabuleiro alheio. Seus conflitos, contradições e escolhas pertencem antes de tudo ao povo venezuelano. Quando potências estrangeiras tentam “corrigir” nações por meio de sanções, bloqueios econômicos e chantagens diplomáticas, não estão defendendo democracia.  Estão punindo populações inteiras para preservar interesses geopolíticos.

A política externa dos Estados Unidos, especialmente na América Latina, insiste em uma lógica antiga, já gasta pelo tempo. A do imperialismo travestido de tutela moral. Uma lógica que não reconhece seu próprio esgotamento. O mundo mudou. O eixo do poder se desloca. A unipolaridade dá sinais claros de fadiga, enquanto novos centros de decisão emergem. Persistir em intervenções, cercos econômicos e desestabilização política é negar a realidade histórica e aprofundar o isolamento.

Lula compreende algo essencial: não há democracia imposta de fora, nem direitos humanos que sobrevivam à fome causada por sanções. Defender o diálogo com a Venezuela não é endossar governos, é respeitar nações. É apostar na diplomacia, na integração regional, na solução política construída entre iguais. É recusar a hipocrisia de quem fala em liberdade enquanto estrangula economias inteiras.

A América Latina já pagou caro demais por golpes, ingerências e “ajudas” interessadas. Cada país tem o direito de errar, corrigir, avançar e decidir sem bloqueios, sem ameaças, sem porta-aviões no horizonte. Apoiar a soberania venezuelana é, no fundo, defender a soberania de todos nós.

O imperialismo não percebeu, ou se recusa a aceitar, que o século XXI exige cooperação, não dominação.  Multipolaridade, não submissão. Respeito, não tutela. O declínio não está apenas no poder econômico ou militar, mas na incapacidade de ouvir o mundo como ele é.

Por isso, nossa posição é clara e sem hesitação. Repudiamos a política imperialista norte-americana e reafirmamos nosso apoio ao caminho defendido por Lula.  O caminho do diálogo, da soberania dos povos e da autodeterminação das nações. Porque a história não caminha para trás. E a América Latina já aprendeu a levantar a cabeça.

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