O candidato do golpe - Imagem O Globo |
Em Brasília,
o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reuniu-se com lideranças
políticas e religiosas, atuando em defesa de um projeto de anistia ampla. A
estratégia é clara. Enquanto Bolsonaro
enfrenta a Justiça, seu afilhado político corre para transformar o tema em
bandeira e, ao mesmo tempo, consolidar sua própria candidatura presidencial em
2026.
Essa
movimentação deu novo fôlego aos setores mais reacionários da Câmara, que
pressionam para colocar a anistia em votação logo após o fim do julgamento.
Partidos como
União Brasil, PP e Republicanos estão entre os mais ativos, reforçando o lobby
golpista. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, no entanto, se manifestou
contra perdoar Bolsonaro, defendendo um texto que apenas reduza penas de
envolvidos de menor participação. Ainda assim, a pressão cresceu e o debate se
intensificou.
Para o líder
do PT na Câmara, Lindbergh Farias, tratar desse tema é um grave erro. Segundo
ele, ao se lançar como fiador da anistia, Tarcísio assume o rótulo de
“candidato do golpe”, colocando-se ao lado de quem atentou contra a democracia
em vez de defender a Constituição.
O recado é
claro: esse não é um gesto de reconciliação, mas uma ofensiva política para
transformar a impunidade em trampolim eleitoral.
O risco é
enorme. Uma eventual anistia a Bolsonaro e a seus cúmplices afrontaria
diretamente a Constituição e abriria precedente perigoso, naturalizando
tentativas de golpe e incentivando novos ataques à democracia.
O que está em
jogo não é apenas o futuro político de Bolsonaro, mas a própria credibilidade
das instituições.
Golpismo não
se perdoa, se pune.
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