domingo, 28 de setembro de 2025

Dia Mundial do Jornalismo – 28 de setembro.

 

Imagem - SEBRAE

Celebrado em sintonia com o Dia Universal da ONU para o Acesso à Informação, o Dia Mundial do Jornalismo, neste 28 de setembro, nos convida a refletir sobre a importância vital da imprensa livre.

Vivemos um tempo marcado por ataques à democracia, por ondas de desinformação em massa e pelo avanço de práticas e ideias autocráticas.
Nesse cenário, o jornalismo se torna ainda mais essencial. Ele é a luz que fura a névoa da mentira, o sopro que mantém acesa a chama da verdade e o instrumento que dá voz à sociedade diante dos poderosos.

É também na luta contra as “fake News” e contra a dissipação da mentira que os jornalistas assumem papel estratégico.

São eles que checam, confrontam, contextualizam e revelam aquilo que se esconde por trás da manipulação.

Sem jornalismo, a mentira se torna regime.  Com jornalismo, a verdade encontra caminho.

Homenagear o jornalismo é, portanto, reafirmar nosso compromisso com a democracia, com o direito do povo à informação e com a coragem de quem, diariamente, enfrenta pressões e riscos para noticiar os fatos.

Aos jornalistas, homens e mulheres que transformam a palavra em trincheira de liberdade, nosso respeito, reconhecimento e gratidão.


segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Rio Preto também gritou pelo Brasil

 

Neste domingo, 21 de setembro, São José do Rio Preto reverberou, em uníssono, os gritos pela democracia e contra a corrupção que ecoaram de norte a sul do Brasil.
A manifestação, organizada por partidos de esquerda, movimentos populares, entidades de trabalhadores e, sobretudo, pela população trabalhadora da cidade, transformou a Câmara Municipal em um verdadeiro caldeirão de indignação e esperança.
As galerias lotadas pediam rua.

E o povo foi.
Após falas firmes e cheias de energia, a multidão saiu com bandeiras do Brasil e até da Palestina, denunciando a PEC da Bandidagem, rejeitando a anistia aos golpistas, exigindo a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e defendendo o fim da jornada exaustiva de 6x1.

Essa manifestação serviu pra ajudar a separar o joio do trigo.  De um lado, manifestações da direita que exaltam Trump, Israel e os EUA.  De outro, o povo nas ruas celebrando um Brasil soberano, pedindo prisão para golpistas e clamando por uma Palestina Livre.

Os partidos da esquerda estão unidos.  PT, PSOL, PCdoB, PCB, às juventudes e movimentos JPT, UJS, CUT, Nara, Comitê Popular de Luta, Arteiras pela Democracia e tantos coletivos, também.  Todos se juntaram em torno da democracia. E, sobretudo, à população de Rio Preto que gritou alto, ocupou a Casa do Povo, tomou a frente da Prefeitura e caminhou em torno do Mercadão Municipal, o coração político e social dos domingos de manhã na cidade.

A região também se fez representar com membros do PT e PSOL de Mirassol, que fortaleceram ainda mais este dia histórico de luta.

Foi um domingo em que Rio Preto levantou sua voz e mostrou que o Brasil é do povo, e o povo não se cala.



terça-feira, 16 de setembro de 2025

Anistia ou justiça social? O Congresso precisa escolher de que lado está.

 

Imagem - ICL Notícas
A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, promessa feita ao povo trabalhador e compromisso central do governo Lula, virou campo de batalha em Brasília.

O governo enviou em março uma proposta clara de isentar do imposto quem ganha até R$ 5 mil. A medida beneficiaria 20 milhões de brasileiros, trazendo alívio imediato para famílias da classe média e das bases populares. Em julho, ela avançou na comissão especial da Câmara. Mas desde então, o projeto está congelado no plenário.

E por quê? Porque a pauta da anistia sequestrou a agenda do Congresso. Deputados decidiram priorizar a autoproteção de golpistas em vez de colocar o povo em primeiro lugar.

O resultado é grave. Se a isenção não for aprovada em 2025, só poderá valer em 2027. Ou seja, dois anos de atraso para o trabalhador, dois anos de aperto a mais no bolso da população, tudo porque a Câmara preferiu correr para salvar quem atentou contra a democracia.

Enquanto isso, o Senado tenta puxar o freio de mão dessa irresponsabilidade. Renan Calheiros anunciou que vai resgatar um projeto de 2019 para acelerar o processo e não deixar a promessa se perder na poeira da anistia. É um gesto político que escancara a contradição. Quando o assunto é cuidar do povo, tudo é lento, emperrado, cheio de desculpas. Mas quando é para salvar a pele de poderosos, a pressa aparece.

O povo brasileiro não pode aceitar essa chantagem silenciosa. Não é apenas uma disputa técnica entre Câmara e Senado, mas uma escolha política sobre quem merece prioridade: o trabalhador que sua para sobreviver ou os golpistas que tentaram calar a democracia.

Por isso, precisamos estar atentos e mobilizados. Precisamos gritar nas ruas, nas redes e nos espaços de luta.
Não à anistia dos golpistas.
Sim à isenção do Imposto de Renda já.

Não deixaremos que o direito do povo vire moeda de troca. Se não houver pressão popular, a promessa pode se transformar em mais um adiamento injusto. E quem paga essa conta é sempre o mesmo povo trabalhador.

A democracia não se protege com silêncio. Protege-se com voz, com luta e com mobilização. É hora de escolhermos entre a autoproteção de poucos, ou a justiça social para milhões.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Posse Coletiva do Diretório do PT de Rio Preto e cidades da região fortalece unidade da esquerda e projeta novos desafios

 



Com presenças marcantes e um clima de resistência e esperança, o Partido dos Trabalhadores de São José do Rio Preto realizou, nesta quinta-feira (11), no Clube do Lago, a posse da nova direção municipal, em conjunto com os presidentes de diversos diretórios da região.

O ato foi presidido por Celi Regina, presidenta até então do PT local, e por Ariovaldo Soriano de Castro, o Castrinho, que deu posse às lideranças regionais.

A cerimônia contou com as participações especiais dos deputados Nilto Tatto (federal) e Professora Bebel (estadual), que reforçaram a importância da organização popular e da unidade da esquerda no interior paulista.

Também estiveram presentes e saudaram a militância os presidentes dos diretórios empossados de Potirendaba, Bady Bassit, Mendonça, Mirassol, Nova Granada, Altair, Orindiúva, Guapiaçu, Olímpia, Nova Aliança, Paulo de Faria, Palestina e Tabapuã, mostrando a força coletiva da Macro.

O ato reuniu ainda lideranças históricas e representativas da luta social e política: Arthur Grigolin (Juventude do PT), Antônio Cícero (representando a outra chapa que disputou o PED), o vereador João Paulo Rillo (PSOL), Prof. Eduardo Lima (PCdoB), Amarildo Pessoa (CUT) e Profa. Zezé (APEOESP). Ex-vereadores como Eni Fernandes, Marco Rillo e Márcio Ladeia, além do vereador Rogério, de Orindiúva, dividiram os lugares na platéia.

Durante o ato, novos filiados foram recebidos e apresentados à militância: Carlos Feitosa, Arif Cais e André Pina Borges, que emprestaram sua história e prestígio reforçando a renovação e o crescimento do Partido dos Trabalhadores na cidade.

O presidente empossado, Carlos Alexandre, destacou em sua fala a contradição de Rio Preto ter concedido expressivos votos a parlamentares bolsonaristas sem qualquer vínculo real com o povo local. Defendeu com firmeza a urgência de construirmos candidaturas próprias do PT para a Câmara dos Deputados e a Assembleia Legislativa, resgatando a representatividade da região no cenário estadual e nacional.

Enfatizou ainda que as prioridades centrais da militância serão:

  • a reeleição do presidente Lula em 2026,
  • a retomada das cadeiras do PT na Câmara Municipal de Rio Preto,
  • a formação e mobilização permanente da militância,
  • a unidade das forças progressistas e de esquerda na cidade e na macroregião.

As falas dos dirigentes também não ignoraram o momento histórico vivido pelo Brasil, com o Supremo Tribunal Federal condenando Bolsonaro e generais golpistas, um passo firme da democracia contra a tentativa de ruptura institucional.

O tom foi de comemoração da justiça e de reafirmação do compromisso de barrar o avanço do fascismo no país.

A posse do Diretório do PT de Rio Preto não foi apenas um ato formal.  Foi um grande encontro de militância, resistência e esperança, que demonstrou a vitalidade do Partido dos Trabalhadores no interior paulista e o compromisso coletivo de transformar a realidade da cidade e da região.

O PT de Rio Preto e da Macroregião saem desse ato enormemente fortalecidos, prontos para enfrentar os desafios de hoje e construir o Brasil de amanhã.

 

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Contradições, medo e a sombra de Trump.

 

Imagem - ICL Notícias
O voto de Luiz Fux no julgamento do núcleo central da tentativa de golpe de 2022 é um marco de covardia política e contradição jurídica. O mesmo ministro que, meses atrás, não titubeou em condenar militantes de base e executores do 8 de janeiro, agora resolve absolver o chefe-mor da conspiração e seus generais de confiança. Ora, se havia provas para punir quem acampava na frente dos quartéis, como não enxergar as provas contra quem planejou, articulou e financiou a trama?

Fux recorre a um malabarismo vergonhoso. Descreve as articulações como “desabafos de derrotado”, relativiza reuniões em que se discutia abertamente golpe de Estado, e trata a minuta golpista como se fosse papel sem consequência. Como se não bastasse, retira de Bolsonaro o protagonismo dos crimes, apresentando-o quase como vítima de um golpe oferecido de presente por auxiliares mais ousados. É o ápice da inversão.

Não é ingenuidade. É escolha. Uma escolha que ecoa as pressões externas vindas dos Estados Unidos, que já ousam ameaçar o Brasil com sanções econômicas e até uso da força em nome de “proteger a liberdade de expressão”. Uma liberdade que, na boca de Trump e seus aliados, significa apenas a licença para atacar a democracia dos outros. Coincidência ou não, Fux acena exatamente nesse momento com um voto que enfraquece a responsabilização do principal responsável pelo complô golpista.

A incoerência é brutal. Quando se tratava de punir os soldados rasos, os infiltrados de massa, os destruidores de vidraças, Fux se somou ao coro da justiça. Mas agora, diante dos generais fardados e do ex-presidente que insuflou o país ao abismo, prefere a anulação, a dúvida conveniente, a retórica vazia da falta de provas. Como se não fosse prova suficiente a confissão de Cid, os áudios, as mensagens, os encontros, as ordens veladas.

A história é implacável com os pusilânimes. No momento em que a democracia brasileira exigia coragem, Luiz Fux escolheu a tibieza. No instante em que a República necessitava de firmeza, ele optou pela rendição. Seja por medo de Trump, por cálculo político ou por mero apequenamento de caráter, o efeito é o mesmo: tentar lavar a biografia de Bolsonaro e sua corja de golpistas.

Mas a democracia não se lava com votos frouxos. A democracia só se defende com justiça, memória e coragem. E é isso que o povo brasileiro espera.  Não de um ou outro ministro isolado, mas do conjunto da Corte e das instituições da República. Que não se intimidem. Que não cedam. Que mostrem ao mundo que aqui, diferente de onde Trump reina com ameaças, golpe não tem vez e covardia não terá perdão.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

STF julga núcleo central do golpe de 2022. Bolsonaro e generais na berlinda.

 

Parlamentares de Esquerda acompanham o STF
Imagem - ICL Notícias
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta terça-feira (9) o terceiro dia do julgamento do “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado de 2022.

Até aqui, os ministros Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino já votaram pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos outros sete réus. O placar está 2 a 0 pela condenação.

O julgamento será retomado nesta quarta-feira (10), com os votos de Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Além de Bolsonaro, respondem:

  • General Walter Braga Netto
  • General Augusto Heleno
  • General Paulo Sérgio Nogueira
  • Almirante Almir Garnier
  • Deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ)
  • Ex-ministro Anderson Torres
  • Tenente-coronel Mauro Cid

Por mais de cinco horas, Moraes apresentou um voto contundente. Ele rejeitou as manobras da defesa e classificou as alegações contra as delações como “litigância de má-fé”.
Para o relator, não há dúvidas. “Isso tem um nome só: golpe de Estado”, afirmou, destacando que Bolsonaro exerceu o papel de líder de uma organização criminosa que tentou tomar de assalto as instituições.

Moraes alertou que o Brasil esteve a um passo de voltar a uma ditadura. “Uma organização criminosa, liderada por Jair Bolsonaro, não aceitou a alternância de poder, um princípio democrático básico”.

Na parte da tarde, o ministro Flávio Dino acompanhou Moraes. Ressaltou que este não é um julgamento excepcional, mas um processo comum dentro do Estado Democrático de Direito.
Rebateu críticas de Tarcísio de Freitas, que acusara o STF de “tirania”: “É exótico dizer que um tribunal constitucional é tirânico. É exatamente o oposto”, disse Dino.

O ministro também descartou qualquer possibilidade de anistia. “Nunca houve anistia feita em proveito dos altos escalões de poder. Nunca a anistia se prestou a uma espécie de autoanistia”.

Em seu voto, apontou Bolsonaro e Braga Netto como figuras dominantes da trama e adiantou que defenderá penas mais duras para ambos.

A Procuradoria-Geral da República denunciou o grupo por:

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Tentativa de golpe de Estado

Moraes votou ainda pela condenação de sete dos oito réus por dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado, com exceção de Ramagem, por decisão da Câmara dos Deputados. Dino acompanhou integralmente.

O julgamento do núcleo central é um divisor de águas na história recente do Brasil. Ele demonstra que não há espaço para aventuras autoritárias, nem para a impunidade de quem tentou destruir a democracia.
Parlamentares de esquerda acompanharam a sessão, entre eles Ivan Valente (PSOL), Talíria Petrone (PSOL), Rogério Correia (PT) e Jandira Feghali (PCdoB).

A decisão final do STF, prevista para os próximos dias, marcará de forma definitiva se o país dará uma resposta firme aos golpistas ou se abrirá brechas para novos ataques ao Estado Democrático de Direito.


segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Por uma verdadeira Independência do Brasil

 

Imagem - Portal da Prefeitura Municipal Rio Preto
O 7 de Setembro não é apenas a lembrança de um ato de 1822. É um chamado vivo, renovado a cada geração, para que o Brasil seja realmente livre, soberano e justo.

Em São José do Rio Preto, o PT chamou partidos de esquerda, entidades, movimentos e coletivos para ocupar as bordas do desfile cívico.

Mais de 3 mil munícipes estavam presentes diante de um palanque repleto de autoridades, em sua maioria militares, ligados ao governo municipal do prefeito bolsonarista.

Foi nesse ambiente que militamos, panfleto em mãos, com a firmeza de quem acredita no povo. Foram cerca de 2.500 exemplares distribuídos. E a resposta foi clara. Quase ninguém recusou. Nenhum panfleto foi ao chão. O povo recebeu nossa mensagem com respeito, atenção e curiosidade.

O texto que levamos não foi apenas palavras no papel. Foi a expressão de um compromisso:

  • Prisão de todos os golpistas, sem anistia. Democracia se protege com justiça.
  • Fim da escala 6x1, que esmaga famílias e destrói vidas.
  • Isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil, porque quem luta para sobreviver não pode ser penalizado.
  • Taxação das grandes fortunas, porque quem pode mais deve contribuir mais.

Essa é a verdadeira independência.  A que rompe com as correntes da submissão, da injustiça e da desigualdade.

Enquanto aqui lutamos pelo *Brasil soberano, democrático e popular*, em São Paulo e outras capitais bolsonaristas tremulavam bandeiras dos Estados Unidos e de Israel. Um contrassenso vergonhoso.  No dia da independência brasileira, celebravam servilismo. Não o Brasil, mas o império estrangeiro. Não a soberania, mas a submissão.

A cena escancarou dois projetos de país. De um lado, os vendilhões da pátria, que se ajoelham ao estrangeiro e pedem perdão para golpistas. De outro, homens e mulheres comuns, trabalhadores e trabalhadoras, que levantam sua voz pelo Brasil real, que vive, sofre, produz e resiste.

Foi esse Brasil que se fez presente em Rio Preto no 7 de Setembro.
O Brasil que não aceita retrocesso.
O Brasil que acredita que independência de verdade é soberania, democracia e justiça social.

Esse é o Brasil que defendemos. Esse é o Brasil que há de vencer.

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Povo Independente é Povo Soberano

 

Imagem - site do PT
Este 7 de setembro não será apenas uma data para lembrar a independência do Brasil no passado. Será um dia para reafirmar, nas ruas e nas praças, a luta pela soberania popular e por um país mais justo.

O Partido dos Trabalhadores, junto com as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, centrais sindicais, a UNE, partidos progressistas, movimentos sociais e representações religiosas convocam a militância e toda a sociedade civil a se engajar no ato nacional ‘Povo Independente é Povo Soberano’.

Será um momento de resistência contra as ameaças externas, de defesa dos interesses nacionais e de fortalecimento da democracia. Além disso, o dia também marca a realização do plebiscito popular pela redução da jornada de trabalho e por justiça tributária.

Deputados e deputadas da bancada do PT na Câmara já reforçaram o chamado: este é o momento de erguer a voz da classe trabalhadora, lutar por melhores condições de vida e reafirmar que soberania e independência só existem quando o povo ocupa seu lugar de protagonista na história.

Neste 7 de setembro, o Brasil vai às ruas para dizer em alto e bom som: povo independente é povo soberano.

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Anistia aos golpistas: a fatura que Tarcísio quer pagar para virar candidato

 

O candidato do golpe - Imagem O Globo
O primeiro dia do julgamento de Jair Bolsonaro e de seus aliados no Supremo Tribunal Federal deixou evidente não apenas o peso das acusações de tentativa de golpe de Estado, mas também uma articulação paralela que tenta salvar o ex-presidente da prisão.

Em Brasília, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reuniu-se com lideranças políticas e religiosas, atuando em defesa de um projeto de anistia ampla. A estratégia é clara.  Enquanto Bolsonaro enfrenta a Justiça, seu afilhado político corre para transformar o tema em bandeira e, ao mesmo tempo, consolidar sua própria candidatura presidencial em 2026.

Essa movimentação deu novo fôlego aos setores mais reacionários da Câmara, que pressionam para colocar a anistia em votação logo após o fim do julgamento.

Partidos como União Brasil, PP e Republicanos estão entre os mais ativos, reforçando o lobby golpista. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, no entanto, se manifestou contra perdoar Bolsonaro, defendendo um texto que apenas reduza penas de envolvidos de menor participação. Ainda assim, a pressão cresceu e o debate se intensificou.

Para o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, tratar desse tema é um grave erro. Segundo ele, ao se lançar como fiador da anistia, Tarcísio assume o rótulo de “candidato do golpe”, colocando-se ao lado de quem atentou contra a democracia em vez de defender a Constituição.

O recado é claro: esse não é um gesto de reconciliação, mas uma ofensiva política para transformar a impunidade em trampolim eleitoral.

O risco é enorme. Uma eventual anistia a Bolsonaro e a seus cúmplices afrontaria diretamente a Constituição e abriria precedente perigoso, naturalizando tentativas de golpe e incentivando novos ataques à democracia.

O que está em jogo não é apenas o futuro político de Bolsonaro, mas a própria credibilidade das instituições.

Golpismo não se perdoa, se pune.


A Revolução Silenciosa da Educação

  Imagem - ICL Notícias Quando um presidente se levanta diante de jovens estudantes e diz, sem rodeios, que a educação vale mais que o lucro...